Trinta bens tombados no Rio Grande do Norte
O surgimento da cidade de Natal teve origem com a expedição organizada em 1597 para expulsar franceses da região. Para isto, foi construída uma fortaleza na foz do Rio Potengi que resultou posteriormente na povoação da área. No local foi erguida a primeira capela de Natal, hoje a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, situada na Praça André de Albuquerque, marco zero da cidade.
Por sua posição geográfica estratégica, Natal conviveu em 1920 com o advento da aviação e serviu de sede a bases militares das forças aliadas na II Guerra Mundial. O período possibilitou intensas transformações físicas e culturais, marcadas na memória popular e na estrutura citadina. A partir das décadas de 1950 e 1960, a área urbana se expandiu rapidamente, ocupando a margem norte do rio de forma mais intensa em 1980.
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Repleta de belas praias, com dunas de areia clara, lagoas e enseadas, Natal se destaca no cenário turístico nacional e internacional pela beleza de suas paisagens naturais. Além disso, abriga um patrimônio cultural diversificado e representativo da identidade potiguar, composto por elementos de natureza material e imaterial.
Foto: Embratur
Este patrimônio está expresso nos ofícios tradicionais das rezadeiras e bordadeiras, dos mangaeiros e pescadores. Na culinária, a confecção de queijos, de manteiga e de coalho, e de doces, como o grude – tradicional de Extremoz –, o alfenim, o beiju, rapadura e o chouriço, oriundo da região do Seridó. Na praia da Redinha, é tradicional a ginga com tapioca. Entre as danças, há o Boi Calemba – presente na Vila de Ponta Negra e no bairro de Felipe Camarão, em Natal, e em cidades próximas, como Nísia Floresta e São Gonçalo do Amarante –, os congos e a Araruna. As festas de Nossa Senhora dos Navegantes e de Santos Reis são forte tradição natalense. Constitui ainda este patrimônio a poesia popular de Dona Militana e a produção do folclorista Câmara Cascudo, entre outras manifestações.
Existem hoje 30 bens materiais tombados nacionalmente no estado, o que inclui edificações de destaque, em sua maioria do período colonial, um acervo de obras de arte sacra, e o Centro Histórico de Natal. Este sítio possui um conjunto arquitetônico e urbanístico preservado, de expressivo valor histórico, com elementos urbanos que remontam ao núcleo colonial, e outros que evidenciam a trajetória de modernização da cidade ao longo da República. Exemplares de arquitetura civil colonial e barroca, edifícios ecléticos e modernistas, emoldurados pelo Rio Potengi, compõe uma paisagem de elevada importância para a memória potiguar, onde hoje estão instalados a maior parte dos espaços culturais da cidade.
A arquitetura reúne todos os estilos, do colonial ao contemporâneo, sendo a grande maioria das edificações construídas no século XX, com exceção das igrejas do século XVIII e alguns monumentos do final do século XIX. Apesar das intervenções contemporâneas incorporadas ao longo dos anos, a área que deu início à cidade ainda conserva conjuntos de edifícios e bairros com suficiente representatividade histórica. Por toda essa riqueza, no ano de 2010, o centro foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Entre tantos outros bens, estão o Forte dos Reis Magos, monumento histórico mais importante de Natal e marco inicial da história da Cidade, o Teatro Alberto Maranhão e o Palácio Potengi. Já o Morro do Careca é o principal patrimônio natural de Natal e situa-se a um dos extremos da Praia de Ponta Negra. É uma formação montanhosa que supera os 100 metros de altura formada por uma impressionante duna de areia branca de grande pendente, rodeada de uma frondosa vegetação.
A cidade conta com excelente infraestrutura hoteleira, bares, restaurantes e locais de ambiente noturno animado. O clima de Natal é o tropical úmido, com temperatura média em torno de 28 °C. Por estar localizada a menos de cem metros de altitude, o município recebe ventos constantes. Natal e região metropolitana são servidas pelo Aeroporto Internacional Augusto Severo, situado em Parnamirim, a 18 quilômetros da capital potiguar e o principal aeroporto do Rio Grande do Norte.
Monumentos selecionados
Marco de Touros
O padrão quinhentista português, confeccionado em pedra-lioz, mede aproximadamente 1,62m de altura e ostenta o relevo da Cruz da Ordem de Cristo e a representação das armas do Rei de Portugal, Dom Manuel. Acredita-se que a esquadra portuguesa saída de Lisboa em 1501, comandada pelo capitão-mor André Gonçalves, trazia a bordo este padrão, assentado na costa norte-rio-grandense como índice oficial de domínio no mesmo ano. O marco foi identificado por historiadores em 1928, na atual Praia do Marco, tombado pelo Iphan em 1962 e levado em 1976 para o Forte dos Reis Magos, onde se encontra atualmente.
O padrão quinhentista português, confeccionado em pedra-lioz, mede aproximadamente 1,62m de altura e ostenta o relevo da Cruz da Ordem de Cristo e a representação das armas do Rei de Portugal, Dom Manuel. Acredita-se que a esquadra portuguesa saída de Lisboa em 1501, comandada pelo capitão-mor André Gonçalves, trazia a bordo este padrão, assentado na costa norte-rio-grandense como índice oficial de domínio no mesmo ano. O marco foi identificado por historiadores em 1928, na atual Praia do Marco, tombado pelo Iphan em 1962 e levado em 1976 para o Forte dos Reis Magos, onde se encontra atualmente.
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação
A igreja foi construída na Rua Grande, atual Praça André de Albuquerque, onde ocorreu a missa comemorativa da fundação da cidade de Natal, em 1599. A data de fundação e a feição primitiva da capela não são conhecidas. Sabe-se que, após diversas obras de ampliação e melhoramentos, o templo foi inaugurado com a conclusão da torre, seguindo projeto original, em 1862. Esse importante monumento da arquitetura colonial religiosa potiguar, primeiro templo católico da cidade, foi tombado pelo Governo do Estado em 1992 e, após última restauração, devolvido à comunidade natalense, em agosto de 1995.
A igreja foi construída na Rua Grande, atual Praça André de Albuquerque, onde ocorreu a missa comemorativa da fundação da cidade de Natal, em 1599. A data de fundação e a feição primitiva da capela não são conhecidas. Sabe-se que, após diversas obras de ampliação e melhoramentos, o templo foi inaugurado com a conclusão da torre, seguindo projeto original, em 1862. Esse importante monumento da arquitetura colonial religiosa potiguar, primeiro templo católico da cidade, foi tombado pelo Governo do Estado em 1992 e, após última restauração, devolvido à comunidade natalense, em agosto de 1995.
Igreja de Santo Antônio
Foi a terceira igreja erguida em Natal e é também conhecida como Igreja do Galo. Integra um harmonioso conjunto de edificações históricas, do qual fazem parte a Casa do Bispo, o antigo Erário Público, a Igreja Matriz, entre outros. As obras foram provavelmente concluídas em 1766, data inscrita no alto da porta principal. A construção, feita por partes, recebeu acréscimos para adaptação às diversas atividades que abrigou o quartel policial, o colégio diocesano e, finalmente, o Convento de Santo Antônio. Este templo destaca-se pelo porte e beleza, constituindo-se num exemplar representativo do estilo barroco na cidade de Natal. É tombada em nível estadual desde 1983
Foi a terceira igreja erguida em Natal e é também conhecida como Igreja do Galo. Integra um harmonioso conjunto de edificações históricas, do qual fazem parte a Casa do Bispo, o antigo Erário Público, a Igreja Matriz, entre outros. As obras foram provavelmente concluídas em 1766, data inscrita no alto da porta principal. A construção, feita por partes, recebeu acréscimos para adaptação às diversas atividades que abrigou o quartel policial, o colégio diocesano e, finalmente, o Convento de Santo Antônio. Este templo destaca-se pelo porte e beleza, constituindo-se num exemplar representativo do estilo barroco na cidade de Natal. É tombada em nível estadual desde 1983
Fotos: Iphan
Forte dos Reis Magos (foto)
Em 1597, o Governador Geral do Brasil, D. Francisco de Souza, determinou a organização de uma expedição para expulsar os franceses da Capitania do Rio Grande, que previa a construção de uma fortificação na barra do Rio Grande (Rio Potengi), e a posterior fundação de uma cidade. Em 6 de janeiro de 1598, começou a ser construída a fortaleza, chamada de Reis Magos em homenagem aos Santos Reis, comemorado naquele dia. A obra foi concluída em 1630, após melhoramentos. Seu traçado, atribuído ao padre jesuíta Gaspar de Sampères, segue teorias arquitetônicas renascentistas italianas do século XVI.
Em 1597, o Governador Geral do Brasil, D. Francisco de Souza, determinou a organização de uma expedição para expulsar os franceses da Capitania do Rio Grande, que previa a construção de uma fortificação na barra do Rio Grande (Rio Potengi), e a posterior fundação de uma cidade. Em 6 de janeiro de 1598, começou a ser construída a fortaleza, chamada de Reis Magos em homenagem aos Santos Reis, comemorado naquele dia. A obra foi concluída em 1630, após melhoramentos. Seu traçado, atribuído ao padre jesuíta Gaspar de Sampères, segue teorias arquitetônicas renascentistas italianas do século XVI.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
É o segundo templo católico de Natal. A data de fundação é desconhecida, mas sabe-se que em 1714 já estava concluída. Construída para o atendimento às classes sociais menos favorecidas – escravos, negros libertos e pobres – ocupa uma localização privilegiada, sob um platô de onde se descortina a paisagem do estuário do Rio Potengi. Embora não haja registros de sua fábrica original, comprovou-se que a torre, a sacristia e a ala lateral foram acrescidas posteriormente, o que indica que foi originariamente erguida de forma semelhante a uma capelinha de engenho. Tombada em nível estadual em 1987, passou por uma última restauração e foi reinaugurada em 1988
É o segundo templo católico de Natal. A data de fundação é desconhecida, mas sabe-se que em 1714 já estava concluída. Construída para o atendimento às classes sociais menos favorecidas – escravos, negros libertos e pobres – ocupa uma localização privilegiada, sob um platô de onde se descortina a paisagem do estuário do Rio Potengi. Embora não haja registros de sua fábrica original, comprovou-se que a torre, a sacristia e a ala lateral foram acrescidas posteriormente, o que indica que foi originariamente erguida de forma semelhante a uma capelinha de engenho. Tombada em nível estadual em 1987, passou por uma última restauração e foi reinaugurada em 1988
Pedra do Rosário
Conta-se que na manhã do dia 21 de novembro de 1753, viram um caixão encalhado numa pedra às margens do Rio Potengi, próximo à Igreja do Rosário. Nesta data comemorava-se a padroeira da cidade de Natal. A imagem, levada à Matriz, foi reconhecida como Nossa Senhora da Apresentação e a pedra onde encalhou a imagem ficou conhecida como Pedra do Rosário.
Conta-se que na manhã do dia 21 de novembro de 1753, viram um caixão encalhado numa pedra às margens do Rio Potengi, próximo à Igreja do Rosário. Nesta data comemorava-se a padroeira da cidade de Natal. A imagem, levada à Matriz, foi reconhecida como Nossa Senhora da Apresentação e a pedra onde encalhou a imagem ficou conhecida como Pedra do Rosário.
Palácio Potengi
Em meados do século XIX, funcionavam no local a Assembleia Legislativa, no andar superior, e a Tesouraria Provincial, no andar térreo. A construção, em estilo neoclássico, teve início em 1866 e só foi concluída em 1873. O edifício abrigou o Tesouro Provincial até 1902, quando o então governador transferiu a sede do executivo para outro prédio. Nele hoje funciona a Pinacoteca do Estado, sendo também conhecido como Palácio da Cultura. Foi tombado pelo IPHAN em 1965.
Em meados do século XIX, funcionavam no local a Assembleia Legislativa, no andar superior, e a Tesouraria Provincial, no andar térreo. A construção, em estilo neoclássico, teve início em 1866 e só foi concluída em 1873. O edifício abrigou o Tesouro Provincial até 1902, quando o então governador transferiu a sede do executivo para outro prédio. Nele hoje funciona a Pinacoteca do Estado, sendo também conhecido como Palácio da Cultura. Foi tombado pelo IPHAN em 1965.
Véu da noiva ou sobradinho
O prédio é um dos últimos exemplares de residência de classe abastada natalense do século XIX. Sua construção foi iniciada em 1816 e concluída em 1820. Primeiro sobrado particular erguido em Natal, serviu de residência a tradicional família da terra. Nos anos 1920, abrigou algumas instituições, como o Sindicato Geral dos Trabalhadores, até que, em 1962, recebeu o Museu Café Filho. A construção apresenta traços simples, característicos da arquitetura colonial brasileira. Por causa do acentuado declive da parte posterior da cobertura recebeu o nome de véu da noiva.
O prédio é um dos últimos exemplares de residência de classe abastada natalense do século XIX. Sua construção foi iniciada em 1816 e concluída em 1820. Primeiro sobrado particular erguido em Natal, serviu de residência a tradicional família da terra. Nos anos 1920, abrigou algumas instituições, como o Sindicato Geral dos Trabalhadores, até que, em 1962, recebeu o Museu Café Filho. A construção apresenta traços simples, característicos da arquitetura colonial brasileira. Por causa do acentuado declive da parte posterior da cobertura recebeu o nome de véu da noiva.
Antigo Armazém Real da Capitania
Solidamente construído em alvenaria de pedra e cal, o Armazém Real da Capitania era, ainda em 1752, citado como ponto de referência. É provável que em fins do século XIX, já apresentasse a feição atual. A data de desativação do armazém é desconhecida, assim como o histórico de modificações físicas e de usos, mas sabe-se que, em 1881, aí se instalou provisoriamente o Padre João Maria, informação que ficou guardada na memória dos natalenses. Serviu de residência a diversas famílias, até que, nos anos 1970, serviu de depósito de uma loja. Em 1987, foi adquirido pela Fundação Pró-memória, que o restaurou e instalou a Superintendência do IPHAN no Rio Grande do Norte.
Solidamente construído em alvenaria de pedra e cal, o Armazém Real da Capitania era, ainda em 1752, citado como ponto de referência. É provável que em fins do século XIX, já apresentasse a feição atual. A data de desativação do armazém é desconhecida, assim como o histórico de modificações físicas e de usos, mas sabe-se que, em 1881, aí se instalou provisoriamente o Padre João Maria, informação que ficou guardada na memória dos natalenses. Serviu de residência a diversas famílias, até que, nos anos 1970, serviu de depósito de uma loja. Em 1987, foi adquirido pela Fundação Pró-memória, que o restaurou e instalou a Superintendência do IPHAN no Rio Grande do Norte.
Palácio Felipe Camarão (foto)
O prédio da Prefeitura Municipal de Natal, também conhecido como Palácio Felipe Camarão, foi construído no local da antiga Intendência Municipal. A inauguração do novo prédio da Intendência deu-se no dia 7 de setembro de 1922, dentro da programação comemorativa do Centenário da Independência do Brasil. O prédio ostenta uma fachada rebuscada, de estilo eclético, muito em voga à época de sua construção.
O prédio da Prefeitura Municipal de Natal, também conhecido como Palácio Felipe Camarão, foi construído no local da antiga Intendência Municipal. A inauguração do novo prédio da Intendência deu-se no dia 7 de setembro de 1922, dentro da programação comemorativa do Centenário da Independência do Brasil. O prédio ostenta uma fachada rebuscada, de estilo eclético, muito em voga à época de sua construção.
Antigo prédio da Capitania dos Portos
Localizado em pleno Corredor Cultural da cidade, o edifício foi construído no final do século XIX, no mesmo local onde existira um prédio que, entre 1830 e 1862, serviu de sede ao governo provincial. Demolido o antigo casarão, o edifício para Capitania dos Portos foi erguido, onde funcionou até 1972. Em anos de abandono, restaram apenas paredes externas, em estilo neoclássico. Projeto de restauração da Prefeitura Municipal, em fins de 1980, recuperou a fachada principal e construiu um novo edifício parte posterior, para servir como espaço cultural.
Localizado em pleno Corredor Cultural da cidade, o edifício foi construído no final do século XIX, no mesmo local onde existira um prédio que, entre 1830 e 1862, serviu de sede ao governo provincial. Demolido o antigo casarão, o edifício para Capitania dos Portos foi erguido, onde funcionou até 1972. Em anos de abandono, restaram apenas paredes externas, em estilo neoclássico. Projeto de restauração da Prefeitura Municipal, em fins de 1980, recuperou a fachada principal e construiu um novo edifício parte posterior, para servir como espaço cultural.
Solar Bela Vista
O Solar Bela Vista foi construído na década de 1910, conforme desenho do Coronel Aureliano Medeiros, dono do imóvel e à época um dos homens mais ricos do estado. O palacete, com traços do estilo neoclássico, foi erguido com o que existia de mais luxuoso e moderno na época, e com a colaboração dos melhores mestres de obra da região. Com a morte do patriarca, o palacete deu lugar ao famoso Hotel Bela Vista que durante anos brilhou como um dos mais importantes de Natal, recebendo importantes figuras políticas e chefes partidários do interior do estado. Tombado a nível estadual em 1990, atualmente funciona como Centro de Cultura e Lazer do SESI.
O Solar Bela Vista foi construído na década de 1910, conforme desenho do Coronel Aureliano Medeiros, dono do imóvel e à época um dos homens mais ricos do estado. O palacete, com traços do estilo neoclássico, foi erguido com o que existia de mais luxuoso e moderno na época, e com a colaboração dos melhores mestres de obra da região. Com a morte do patriarca, o palacete deu lugar ao famoso Hotel Bela Vista que durante anos brilhou como um dos mais importantes de Natal, recebendo importantes figuras políticas e chefes partidários do interior do estado. Tombado a nível estadual em 1990, atualmente funciona como Centro de Cultura e Lazer do SESI.
Centro de Turismo de Natal
O prédio situa-se no alto de uma colina, de onde se tem uma das mais belas vistas da cidade. Desconhece-se o autor do projeto, bem como a época da edificação. Pelos traços arquitetônicos de inspiração neoclássica, é provável que a sua ala mais antiga date de fins do século XIX. Em 1911, foi ampliado e adaptado para abrigar o Asilo de Mendicidade Padre João Maria. Entre 1920 e 1943, foi a sede do Orfanato Padre João Maria, para meninas, , sob a direção de religiosas Filhas de Santana. Em 1945, a Casa de Detenção de Natal transferiu-se para o prédio, onde permaneceu até 1969. Em 1976, o imóvel foi restaurado e passou a ser um centro de turismo.
O prédio situa-se no alto de uma colina, de onde se tem uma das mais belas vistas da cidade. Desconhece-se o autor do projeto, bem como a época da edificação. Pelos traços arquitetônicos de inspiração neoclássica, é provável que a sua ala mais antiga date de fins do século XIX. Em 1911, foi ampliado e adaptado para abrigar o Asilo de Mendicidade Padre João Maria. Entre 1920 e 1943, foi a sede do Orfanato Padre João Maria, para meninas, , sob a direção de religiosas Filhas de Santana. Em 1945, a Casa de Detenção de Natal transferiu-se para o prédio, onde permaneceu até 1969. Em 1976, o imóvel foi restaurado e passou a ser um centro de turismo.
Teatro Alberto Maranhão
Nos últimos anos do século XIX, o bairro da Ribeira começava o seu desenvolvimento, e no início do XX, despontava como o principal centro cultural e comercial da cidade. Como marco de progresso, surgiu o teatro da Praça Augusto Severo, cujas obras foram iniciadas em 1898. Inaugurado em 1904, sob a denominação de Teatro Carlos Gomes, o teatro seguia o estilo chalé, possuindo uma composição clássica. Em 1910, foi reformado pelo arquiteto Herculano Ramos. Reinaugurado em 1912, com dois pavimentos, em arquitetura eclética e com elementos art nouveau, o Teatro permanece com essa feição até hoje e é, ainda, um dos mais importantes espaços culturais da cidade.
Nos últimos anos do século XIX, o bairro da Ribeira começava o seu desenvolvimento, e no início do XX, despontava como o principal centro cultural e comercial da cidade. Como marco de progresso, surgiu o teatro da Praça Augusto Severo, cujas obras foram iniciadas em 1898. Inaugurado em 1904, sob a denominação de Teatro Carlos Gomes, o teatro seguia o estilo chalé, possuindo uma composição clássica. Em 1910, foi reformado pelo arquiteto Herculano Ramos. Reinaugurado em 1912, com dois pavimentos, em arquitetura eclética e com elementos art nouveau, o Teatro permanece com essa feição até hoje e é, ainda, um dos mais importantes espaços culturais da cidade.
Antiga sede da Estação Ferroviária da Esplanada Silva Jardim
O prédio localiza-se na esplanada Silva Jardim, bairro da Ribeira e foi construído no início do século XX. Em 1904, o engenheiro Sampaio Correia chegava a Natal, chefiando a Comissão de Obras Contra as Secas, em cujo plano de ação estava a construção de uma ferrovia. Em 1905 foi criada a Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte. O prédio foi concebido para servir de estação de passageiros e abrigar o escritório da ferrovia. As oficinas para manutenção dos trens foram construídas em 1916. Desativada a estrada de ferro, o prédio foi ocupado por repartições públicas. Em processo de restauração, após as obras servirá de sede do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas no Rio Grande do Norte.
O prédio localiza-se na esplanada Silva Jardim, bairro da Ribeira e foi construído no início do século XX. Em 1904, o engenheiro Sampaio Correia chegava a Natal, chefiando a Comissão de Obras Contra as Secas, em cujo plano de ação estava a construção de uma ferrovia. Em 1905 foi criada a Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte. O prédio foi concebido para servir de estação de passageiros e abrigar o escritório da ferrovia. As oficinas para manutenção dos trens foram construídas em 1916. Desativada a estrada de ferro, o prédio foi ocupado por repartições públicas. Em processo de restauração, após as obras servirá de sede do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas no Rio Grande do Norte.
Prédio do Antigo Liceu Industrial
A construção data, provavelmente, do início do século XX. Em 1909, o presidente da República, Nilo Peçanha, criou as Escolas de Aprendizes Artífices em todo o território nacional, oficialmente instalado no em 1910, para oferecer instrução primária e profissional à infância desvalida. Em 1914, já com o nome de Liceu Industrial, a escola passou a ocupar este prédio, que havia sido um quartel. De expressivo valor arquitetônico, após ampla restauração que contribuiu para a requalificação do centro histórico de Natal, o imponente edifício voltou à sua função educacional, sediando o Instituto Federal de Ciência Educação e Tecnologia do Rio Grande do Norte,
A construção data, provavelmente, do início do século XX. Em 1909, o presidente da República, Nilo Peçanha, criou as Escolas de Aprendizes Artífices em todo o território nacional, oficialmente instalado no em 1910, para oferecer instrução primária e profissional à infância desvalida. Em 1914, já com o nome de Liceu Industrial, a escola passou a ocupar este prédio, que havia sido um quartel. De expressivo valor arquitetônico, após ampla restauração que contribuiu para a requalificação do centro histórico de Natal, o imponente edifício voltou à sua função educacional, sediando o Instituto Federal de Ciência Educação e Tecnologia do Rio Grande do Norte,
Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
Construído em 1938, em estilo neoclássico, é uma das mais significativas edificações que Natal preserva. Primeira instituição destinada a pesquisar e divulgar a história do Estado, criada em 1902, o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte abriga um dos mais importantes acervos culturais do Estado. Ali se encontra a primitiva pia batismal da Matriz de Natal, a estola do padre Miguelinho, mártir e herói da Revolução de 1817; os paramentos do padre João Maria, a quem o povo potiguar consagrou como santo; o primeiro telefone instalado em Natal, e o cofre da Provedoria Real da Capitania do Rio Grande, do início do século XVIII, entre outras peças, além de amplo acervo documental.
Construído em 1938, em estilo neoclássico, é uma das mais significativas edificações que Natal preserva. Primeira instituição destinada a pesquisar e divulgar a história do Estado, criada em 1902, o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte abriga um dos mais importantes acervos culturais do Estado. Ali se encontra a primitiva pia batismal da Matriz de Natal, a estola do padre Miguelinho, mártir e herói da Revolução de 1817; os paramentos do padre João Maria, a quem o povo potiguar consagrou como santo; o primeiro telefone instalado em Natal, e o cofre da Provedoria Real da Capitania do Rio Grande, do início do século XVIII, entre outras peças, além de amplo acervo documental.
Igreja Matriz de São Gonçalo do Amarante (foto)
A Igreja de São Gonçalo do Amarante foi construída entre 1838 e 1840, no local onde existira uma capelinha edificada no século XVIII, uma das poucas que manteve sua estrutura de inspiração barroca no estado. Considerada um dos melhores exemplares da arquitetura religiosa do Nordeste, possui nave única, com corredor lateral à esquerda e torre à direita. A Igreja de São Gonçalo do Amarante foi tombada em 1964 pelo IPHAN, inclusive com todo o seu acervo de imaginária sacra e bens integrados.
Crédito da imagem: Heliana Carvalho
A Igreja de São Gonçalo do Amarante foi construída entre 1838 e 1840, no local onde existira uma capelinha edificada no século XVIII, uma das poucas que manteve sua estrutura de inspiração barroca no estado. Considerada um dos melhores exemplares da arquitetura religiosa do Nordeste, possui nave única, com corredor lateral à esquerda e torre à direita. A Igreja de São Gonçalo do Amarante foi tombada em 1964 pelo IPHAN, inclusive com todo o seu acervo de imaginária sacra e bens integrados.
Crédito da imagem: Heliana Carvalho
Capela do Engenho Cunhaú – Canguaretama
Tem-se notícia da existência dessa capela desde a primeira metade do século XVII, quando, durante a invasão holandesa, sofreu diversos ataques, na medida em que o Engenho Cunhaú – celeiro agrícola da região na época – era saqueado. Implantado em terras férteis de massapê, o engenho foi palco de muitas disputas. No entanto, o mais marcante acontecimento histórico, profundamente vinculado à memória do lugar, foi o massacre de 1645. A população local foi brutalmente assassinada por índios, durante uma missa dominical. Como testemunho do martírio, as ruínas da capela foram tombadas e, após exaustivo estudo, recompostas na restauração dos anos 1980.
Tem-se notícia da existência dessa capela desde a primeira metade do século XVII, quando, durante a invasão holandesa, sofreu diversos ataques, na medida em que o Engenho Cunhaú – celeiro agrícola da região na época – era saqueado. Implantado em terras férteis de massapê, o engenho foi palco de muitas disputas. No entanto, o mais marcante acontecimento histórico, profundamente vinculado à memória do lugar, foi o massacre de 1645. A população local foi brutalmente assassinada por índios, durante uma missa dominical. Como testemunho do martírio, as ruínas da capela foram tombadas e, após exaustivo estudo, recompostas na restauração dos anos 1980.
Patrimônio Imaterial
Festa de Sant’ Ana de Caicó (RN)
A Festa de Sant’Ana de Caicó é uma celebração católica tradicional que ocorre há mais de 270 anos neste município da região do Seridó potiguar. A Festa está profundamente enraizada na história da cidade, em particular, e do sertão em geral, remontando aos processos de ocupação territorial e formação da sociedade ainda no período da colonização portuguesa. A Festa de Sant’Ana demarca um tempo e um espaço de sociabilidade onde o sagrado e o profano se entrelaçam e se misturam também a outras expressões culturais da região. Ela se desenvolve através de diversos momentos que vão desde missas, procissões, peregrinações até feiras de produtos locais e bailes. Realiza-se anualmente da quinta-feira anterior ao dia 26 de julho, dia de Sant’Ana, padroeira de Caicó, até o domingo seguinte.
A Festa de Sant’Ana de Caicó é uma celebração católica tradicional que ocorre há mais de 270 anos neste município da região do Seridó potiguar. A Festa está profundamente enraizada na história da cidade, em particular, e do sertão em geral, remontando aos processos de ocupação territorial e formação da sociedade ainda no período da colonização portuguesa. A Festa de Sant’Ana demarca um tempo e um espaço de sociabilidade onde o sagrado e o profano se entrelaçam e se misturam também a outras expressões culturais da região. Ela se desenvolve através de diversos momentos que vão desde missas, procissões, peregrinações até feiras de produtos locais e bailes. Realiza-se anualmente da quinta-feira anterior ao dia 26 de julho, dia de Sant’Ana, padroeira de Caicó, até o domingo seguinte.
Fonte: Ministério da Cultura/Iphan
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