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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

QUILOMBOLAS - PROJETO BRASIL LOCAL

Conheça alguns escravos que lutaram contra tudo e todos de sua época pelo seu direito à liberdade e igualdade
por: Pietro Bottura
Zumbi foi um escravo fugitivo que montou um dos maiores quilombos (“cidades” de escravos refugiados) conhecidos do Brasil, o dos Palmares. Deificado por sua força, resistência e perseverança, o líder brasileiro é um dos milhares de nomes de escravos que, contra os terríveis costumes da época e a mentalidade opressora, conseguiram lutar por seu direito de liberdade e levantar a bandeira da igualdade racial, até hoje pesada demais para tremular direito.
Entretanto, se hoje em dia nossa sociedade é racista, classista, sexista e materialista como é, imagine há 4 séculos atrás, quando tomar crianças e matar vilarejos africanos inteiros era algo considerado “certo” diante da ética humana. Por isso, pode até parecer que o pessoal dessa lista fez pouca coisa, mas, sem eles, passos essenciais na caminhada contra a escravidão e a desigualdade foram dados, fazendo dessas figuras memoráveis para a história da humanidade e dos negros:

John Tompson

thompson 600x378 Escravos influentes sobre os quais os livros de História não falam
Nasceu numa plantação em Maryland, em 1812, onde a escravidão era regra e seu patrão, Jonh Wagar, adorava dar chicotadas nos escravos, apenas para garantir que permanecessem numa “humildade submissa”. Quando tinha 12 anos, apanhou do filho de Wagar com tanta força que ficou imobilizado por 5 semanas.
Então, foi “emprestado” para um membro da família, Richard Thomas, que descobriu que o escravo estava aprendendo secretamente a ler e escrever, o que fez com que Thomas ameaçasse transferí-lo para as plantações do Sul, conhecidas como o inferno na Terra. Sem muita motivação pra isso, Thompson fugiu junto de um amigo, tendo que escapar de assassinos, cães de caça e até mesmo roubando cavalos (negros andando em cavalos eram algo surreal para a época).
Chegando na Pennsylvania, Thompson se casou e voltou a trabalhar. Mas quando as autoridades passaram recolhendo escravos fugidos, o ex-escravo decidiu entrar para a tripulação de um navio baleeiro, no qual passou vários anos viajando antes de retornar para os EUA.

Ignatius Sancho

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Nascido em 1729, em um navio de escravos, foi levado para a Inglaterra e sua vida de escravidão aos dois anos de idade. Apesar de não ser claro como, sabe-se que mais tarde Sancho deixou de ser escravo, possivelmente pela morte de seu senhor. Rapidamente, tornou-se mordomo do Duque de Montagu, aprendendo a ler, escrever e até compor peças e músicas.
Quando Montagu morreu, deixou uma pequena soma para Sancho, que investiu o dinheiro em um mercado em Westminster, no qual trabalhou com sua esposa. O local tornou-se um ponto de referência para os anti-escravistas, políticos e ativistas da época, e Sancho tornou-se cada vez mais respeitado e reverenciado na cidade, sendo inclusive o primeiro homem negro a votar numa eleição, historicamente.
Era chamado de “negro extraordinário”, e representou bem a capacidade de educação, elegância, educação e adaptação social que os escravos negros eram acusados de não ter.

Lucy Terry

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Sequestrada da África e levada até Massachusetts para se tornar uma escrava, foi comprada por Ebenezer Wells e levada para viver na pequena cidade de Deerfield. Mas Wells, diferente do resto do pessoal da época, integrou Lucy à família e até a batizou, quando tinha cinco anos.
Mais tarde, em 1746, quando a tribo Abenaki invadiu a cidade, Lucy – então, com 21 anos – criou um poema chamado “The Bars Fight”, que até hoje é o relato mais conhecido sobre o episódio, algo inesperado para uma negra em seu contexto social, onde ler e escrever eram regalias da nobreza branca.
Em 1756, casou-se e tornou-se liberta, tendo seis filhos e tornando-se uma porta-voz em sua comunidade. Quando morreu, jornais publicaram notas a seu respeito, algo impensável para uma mulher da época – o que dizer, então, de uma ex-escrava!

Jupiter Hammon

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Nasceu de pais escravos rebeldes, que tentavam sempre fugir, mas por alguma razão nasceu calmo e leal aos seus mestres. Tendo nascido em 1711, o jovem costumava acompanhar seu senhor em viagens, passeios e era até mesmo o secretário pessoal em dias de eventos, o que lhe rendeu a graça da família que servia. Por isso, foi matriculado num colégio e tornou-se rapidamente um escritor, publicando contos enquanto ainda era um escravo.
Se isso parece muito, continue lendo: tendo noções sociológicas e antropológicas bastante avançadas, Jupiter sabia que a escravidão era cultural e estava ligada às bases econômicas da América de forma essencial, de maneira que não poderia ser resolvida rapidamente.
Foi um escravo até o fim de sua vida, e passou grande parte dela pregando um polêmico discurso que afirmava que a escravidão era a vida reservada por Deus para os negros, e não devia ser odiada. Apesar de para muitos ser um hipócrita, Jupiter é também visto como um Gandhi antigo, pregando a não-violência e o protesto intelectual.

Olaudah Equiano

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Filho de um respeitado líder um vilarejo africano, Equiano foi capturado com 11 anos e levado para a escravidão na Virginia, EUA. Foi vendido para um capitão de navio chamado Henry Pascal, que o levou à Inglaterra, onde aprendeu a ler e escrever, além de se tornar um marinheiro excelente.
5 anos mais tarde, Equiano foi vendido para Robert King, um comerciante da Filadélfia, que era bondoso com Equiano e até lhe deu a chance de comprar sua liberdade de seu mestre. Depois de livre, Equiano se manteve sendo um marujo, mas não sem dificuldades – houve um caso em que ficou pendurado num mastro do navio a noite inteira como punição por seu comportamento.
De volta à Inglaterra, já velho, tornou-se uma figura pública, conhecida por seu ativismo e discursos, montando até mesmo um grupo abolicionista, chamado “Filhos da África”, com o qual fez uma petição ao Parlamento inglês visando tornar a escravidão um crime. Em 1789, publicou sua autobiografia, que virou um best seller instantâneo.




Leia a matéria completa em: Escravos influentes sobre os quais os livros de História não falam - Geledés 
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