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sábado, 2 de abril de 2011

PROJETO REDE MANDACARU RN E CAMINHOS ILE AXE ORUN AYE BABA OMIM OFA BARA LONAN...


UM SONHO E SERA UMA REALIZAÇÃO PRECISAMOS DE VOCÊ PARA ESSA CAUSA...

Necessidades dos Terreiros E Caminhos:


Garantia de posse e propriedade de terra
Formação de associação civil
Registro no CNPJ
Processos de Usucapião
Reconhecimento de direitos públicos
Elaboração de laudos antropológicos
Elaboração de laudos etnoecológicos
Processo de imunidade de IPTU
Garantia territorial e melhoria ambiental
Elaboração de levantamentos planialtimétricos
Elaboração de projetos paisagísticos
Superação do preconceito e da intolerância religiosa
Ações contra o preconceito e a intolerância religiosa
Realização de reflexões e encontros de diálogos que
auxiliem as ações contra o preconceito (temas)
datas inerentes janeiro, maio, agosto, novembro e dezembro...
CD E DVD JUREMA DE NOSSA TERRA E XIRE NO ORUM E AYE...
MALETA DA SAUDE PARCERIA CANAL FUTURA E FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO E REDE MANDACARU RN
PROJETO A COR DA CULTURA .....
Projetos sociais e econômicos na otica da economia solidaria
educação de jovens e adultos em parceria com secretaria de educação e MEC.
PROJETO DEDO DE PROSA E CASAS DO AXE BANCOS DA PREVENÇÃO CASAS DE SABERES COM PARCERIA COM MINISTERIO DA SAUDE E PROGRAMAS ESTADUAL RN E COM SMS NATAL E DEMAIS MUNICIPIOS DO RN.
CURSO DE TEOLOGIA AFRO E INDIGENA...
Trabalho voluntário
Oficinas: bordado; comidas afro, instrumentos musicais, saúde e saúde da mulher; direitos e deveres na
comunidades
Outras oficinas...
A partir
da experiência e das reflexões das
comunidades rurais DO RN E de Terreiros pretende debater o papel destas
comunidades na promoção do
desenvolvimento.
A discussão será pautada pelos
temas: Água, Meio Ambiente, Justiça
Ambiental e Desenvolvimento;
Saúde e Desenvolvimento;
Território, Livre Associação e
Desenvolvimento; Liberdade
Religiosa; Memória e Saberes;
Juventude e Desenvolvimento. Esses
temas serão debatidos a partir do
enfoque dos direitos das
comunidades e de sua visão e
propostas de desenvolvimento, em
diálogo com as políticas públicas
voltadas para esses temas e para essa
população, à luz da Política Nacional
para Povos e Comunidades
Tradicionais.
Além de membros das ILE AXE ORUN AYE BABA OMIM OFA BARA LONAN...
comunidades, participarão do
seminário representantes de governos
(federal e estadual) que trabalham com
políticas públicas voltadas para esse
público; representantes de universidades;
ongs de apoio e organizações
O evento é uma promoção de
REDE MANDACARU RN, Presença Ecumênica e
Serviço, da Comissão Estadual dos
Povos e Comunidades Tradicionais DE TERREIRO E MATRIZ AFRICANA DO RN E
COMUNIDADES.

Oxum Opará

Canto a Oxala

Meu pai Oxala - "OMOLU"

Sivuca , Luiz Gonzaga e Glorinha Gadelha '' Mulher de sanfoneiro ''

MANDACARU QUANDO FLORA NA SECA... NOSSA INSITENCIA E LUTA...Luiz Gonzaga - "O Xote das Meninas" (1987)

Asa Branca 60 Anos - Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira

Gilberto Gil - Super Homem ( A Canção )

africanidade e saude

Por: Iyalorixá Cristina Martins d’Osun*



As religiões de matrizes africanas estão atualmente assim representadas em nosso território brasileiro: Candomblé (várias nações)(¹), Umbanda, Tambor de Mina, Tambor de caboclo, Xangô, Xambá, Omolocô, Terecô, Batuque, Encataria e Jurema, podendo haver alguma ramificação isolada.

Dentro de nossas religiões acreditamos que o nosso corpo é o nosso templo, portanto ele deve ser preservado. Todo o conceito de criação está baseado nos quatros elementos (água, terra, fogo e ar), sendo que Olodurame (Criador) é único. Dando ao animal humano a razão para tudo coordenar diante dos outros animais criados, portanto temos a grande responsabilidade de manter toda a criação em equilíbrio a partir de nós mesmos. Acreditando que o corpo é a morada dos Orixás, e nós seres humanos criados para administrar os elementos que vão servir para organizar a própria existência, somos totalmente voltados para a magnitude da criação; “a natureza” sendo nosso ponto chave de fé e devoção.

Ficando então corpo-mente-espírito a grande chave para o equilíbrio do ser humano e que quando cada um destes pontos estiver desequilibrado tenhamos que reequilibrá-lo dentro dos nossos espaços sagrados para que o Orixá continue a ser o nosso grande guardião, fortalecendo assim o elo sagrado entre homem e Olodumare.

Falar do sagrado ou do profano nas religiões de matrizes africanas é um tanto quanto desafiador, porque quem trouxe os negros até estas terras usurpou deles todas as formas de crenças, culturas e sentimentos. Tinham que ser batizados no Cristianismo Católico, mas com muita garra e resistência venceram, quando associaram, já na nova terra, todos os seus conceitos de sagrado e fizeram com que seus usurpadores acreditassem que o que era profano para eles fosse na verdade o sagrado (o próprio sincretismo, usado como artimanha para continuarem a cultuar os Orixás), fazendo assim que perpetuassem a sacralidade de sua história. Mesmo sabendo que hoje somos descendentes africanos e de termos nossa própria história, não podemos mais dizer que isto ficou perdido nos navios negreiros, principalmente por ser uma religião oral, temos pesquisadores e escritores(²) idôneos que registraram muito bem a história deste povo diante da adversidade que o afligiu em meados do século XVI.

Estas religiões têm uma outra característica que muito favorece ao acolhimento e a auto-estima que é a forma de ver o ser humano, que faz com que seja diferenciada a sua visão de cura diante do quadro patológico.

Os descendentes de religiões de matrizes africanas cuidam do indivíduo por inteiro, dentro das três formas aqui já relatadas (corpo mente e espírito). Sendo assim não há discriminação diante da forma que o indivíduo se apresenta quando vai em busca de ajuda. Acolhe e cuida sem discriminar a sua etnia, raça, opção sexual ou mesmo a sua opção social de viver, simplesmente o assiste nas suas necessidades por acreditar que ele é um ser criado e merecedor de toda e qualquer forma de ajuda para se reequilibrar diante de Olodumare. Por tudo isso, a vinda da epidemia para o Brasil nos anos 80 foi associada à libertinagem e às religiões de matriz africana, pois muitos eram negros, homossexuais e de baixa renda. Não podia deixar de dar uma introdução na nossa história, pois somente assim conseguiremos entender os avanços que as tradições de matrizes africanas deram até aqui neste início de século XXI.

Nossos mais velhos dentro da religião muito lutaram para desfazer esta imagem criada a partir da ignorância e desconhecimento de nossas tradições. O Instituto Emílio Ribas, organização que primeiramente atendeu e promoveu o enfrentamento da epidemia, era visitado por estes Sacerdotes e Sacerdotisas para o auxílio aos seus adeptos e muito erroneamente foram achincalhados e desacreditados, mas não deixaram de dar assistência espiritual e também de cidadania diante da resistência dos órgãos públicos de Saúde em querer entender quem queríamos e nos credenciar para podermos dar uma assistência de qualidade para os nossos adeptos dentro das instituições públicas de saúde .

Não posso aqui deixar de dizer que isto é histórico e está registrado no próprio IBGE, que diz que a população negra está a margem da sociedade.
Sem falar nas instituições privadas, em que muitas vezes tinham que pedir intervenção policial e ainda assim não conseguiam pelo próprio racismo institucional.
Nossas tradições têm uma forma hierárquica de ser, damos créditos aos mais velhos primeiramente, e por sermos de raízes matriarcais, as mulheres é que dão o tom das ações, discussões e afirmações diante do sagrado e da comunidade de terreiro. Então fica mais grave ainda quando vivemos em uma sociedade totalmente machista, patriarcal discriminativa e racista.

Isto tudo é o grande segredo do cuidar africano, voltado hoje para nós descendentes, quando no final do século XX continuávamos a estar descredenciados para o auxílio de nossos adeptos, mas já com uma política publica em saúde voltada para a população negra com dados e confirmações de que necessitamos sim destas políticas. Isto em razão do avanço da trajetória da Aids como se verificou, por exemplo, na 13ª Conferência Internacional sobre Aids, em Durban em 2000, na África do Sul, que denunciou ao mundo a mortandade na África. Ou quando da realização do I Fórum em HIV/Aids e DST da América Latina, no Rio de Janeiro, que identificou o aumento dos casos em mulheres.

Assim, surgem várias ações voltadas para a compreensão e o auxílio no controle da epidemia, bem como uma melhor qualidade de vida, em que a Política Nacional de Saúde da População Negra - Uma Questão de Equidade/Subsídios para o Debate reconhece:

“(...) Por intermédio de categorias culturais que permitem outras formas de perceber, expressar, avaliar e tratar doenças, os terapeutas populares, como mães de santo, rezadeiras, raizeiras e parteiras atendem a uma demanda expressiva de doentes que não têm acesso aos serviços públicos de saúde e, para muitos, oferecem a primeira, e talvez, a única terapêutica disponível.”

Nós das tradições de terreiros também começamos a nos instrumentalizar para ajudar no controle das DST/Aids, fazendo capacitações(³) em nossas comunidades. Acreditamos que temos que dar o empoderamento ao nosso próprio povo, para assim acolhermos melhor e com linguagem própria os adeptos dentro desta questão nas nossas casas, pois muitos portadores do HIV/Aids não se sentem fortalecidos em conversar nos seus lares, e chegam em nossos templos totalmente arrasados e sem equilíbrio.

Ainda há profissionais de saúde e gestores que entram em nossos espaços, ainda neste momento, somente para fazer as capacitações sem querer entender realmente quem somos. E também começamos a circular nos espaços diretamente ligados às DST/Aids, bem como nas secretarias de saúde, nos três poderes públicos. Assim, mostramos que estamos organizados e queremos um melhor cuidado para o nosso povo, que pela própria história tem sempre que reafirmar a sua resistência diante do descaso social em que vive.

Estamos já, nós comunidades de terreiros, dentro do Plano Estadual de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo 2008/2011, como promotores de saúde, dentro do objetivo 18 do Eixo VI: “Desenvolvimento de serviços e ações de saúde para segmentos da população mais vulneráveis aos riscos de doenças ou com necessidades específica”.

Hoje temos uma nova construção de linguagem para as capacitações e oficinas, pois acreditamos que temos que dar educação continuada para o nosso povo, mas já com efetividade de linguagem profissional e estrutural. Quando os profissionais de saúde e gestores agora adentram em nossos espaços para aprender sobre a nossa cultura e religiosidade4, para melhor acolhimento dentro dos órgãos públicos de saúde, fazem um grande avanço para a humanização do SUS.

Fico aqui tranquila para dizer que a maneira de cuidar da comunidade de terreiro pode intervir diretamente na forma de fazer políticas públicas de saúde e de cidadania, ficando assim evidente o quanto auxiliamos, nós de religiões de matrizes africanas, para a diminuição da epidemia dentro e fora da nossa cultura e religiosidade. Pois mantemos a prevenção e a educação juntas em todas as instâncias aqui apresentadas. E reafirmo o paralelo traçado pelo Diretor Executivo da Rede de Religiões Afrobrasileira e Saúde no I Seminário Nacional de Diversidade de Sujeito e Igualdade de Direitos no SUS(5).

“O acolhimento e o toque no corpo (Política Nacional de Humanização), o respeito aos idosos e ao saber dos mais velhos (Política Nac. Saúde do Idoso), celebração da vida e do nascimento (Política Nacional de Humanização do Parto e do Nascimento), respeito às orientações sexuais (Programa Brasil sem Homofobia), equilíbrio psicossocial (Política Nacional de Saúde Mental), uso de folhas e ervas (Política Nac. de Práticas Integrativas e Complementares) e a inclusão de todas e todos (SUS)”.



Onde e porque esta Resistência Cultural e Religiosa não consegue avançar diante da Epidemia


Diante do quadro apresentado anteriormente, digo que a maior trava e obstáculo para que alcancemos uma melhor qualidade de vida, quanto a sermos cidadãs e cidadãos brasileiros de religiosidades afrodescendentes que possam acrescentar para a diminuição e o combate a epidemia da Aids no Brasil, é a discriminação, a intolerância religiosa e o racismo sendo ele institucional ou não.

Se nos apropriarmos do imaginário histórico popular para exemplificarmos este quadro acima citado, teremos a escancarada afirmação que para avançarmos nesta questão teremos que resistir muito mais ainda, pois pode interferir diretamente na saúde e nos direitos do ser humano.
Não somos de religião demoníaca porque não o conhecemos. Não somos libertinos porque a partir de ser gerado e ter nascido, ensinamos o quanto o corpo é sagrado e o quanto terá que ser preservado, pois temos vários ritos que pedem a abstinência tanto sexual quanto social e alimentar, para que possa estar apto a estar com o sagrado (seu Orixá). Então sexo para nós tem uma conotação diferente da forma cristã de procriação, é totalmente prazeroso e fomentador de energia.

Não fomos feitos somente para dar prazer, ou sermos diminuídos dentro do conceito histórico imaginativo a ideias associadas à inferioridade inata dos negros(6).
Estamos respaldados dentro da própria Constituição Federal do Brasil, tanto no SUS, no social, quanto religiosamente falando e sempre nos são negados estes direitos, sendo cumprido somente quando fazemos valer nossos direitos diante do disparate escancarado do descaso.

E o mais grave ainda é que por tudo isto, muitos de nossos adeptos não conseguem ultrapassar a linha tênue e fraca da invisibilidade, ficando assim atrás do espelho e negando quem realmente são. Acabam morrendo à míngua com a doença manifestada, e quando diagnosticada em óbito, Caem nas estatísticas como um número apenas, dentro do gráfico epidemiológico do HIV/Aids dos que não tiveram acesso ao tratamento.

Acredito sim que avançamos, mesmo a passos lentos, pois estou aqui mostrando a vocês leitores um pouco de nossa cultura e religiosidade. Fiquem em paz e que os Orixás possam abençoá-los tanto quanto nos abençoa, pois somos todos feitos por um só Criador.

Asé, asé, asé (força, força, força)



Iyalorixá Cristina Martins d’Osun, teóloga, sacerdotisa do Ilê Asé Iyalode Oyo (Casa da Força da Mãe do Poder do Reino de Oyo), secretária Geral do GVTR – Grupo de Valorização do Trabalho em Rede e Coord. da Rede Nacional de Religiões Afro Brasileira e Saúde - Núcleo São Paulo Capital.

Notas:

1 - Nação: local de origem na África: Ketu, Efon, Jeje, Angola, Ijexá.

2 - Pierre Fatumbi Verger, Roger Bastide, Nina Rodrigues, Ruth Landes, Juana Elben dos Santos, José Marmo da Silva, Reginaldo Prandi, José Beniste.

3 - A participação ativa das Comunidades de Terreiro no processo de construção e implementação das políticas públicas de saúde na mesa de negociação: Conselho Municipal de Saúde em 2004/2005, XII Conferência Nacional de Saúde, Seminário Nacional de Saúde da População Negra; Pólo de Educação Permanente da SES - SP.

4 - Projeto Xirê – Prevenção de Aids na Roda dos Orixás – Parceria PM de DST/Aids – S M S de São Paulo, SOS Saúde Mental Ecologia e Cultura, GVTR/Grupo de Valorização do Trabalho em Rede – 05/06-2008.


5 - Fonte: Identificação e Abordagem do Racismo Institucional – Articulação para o Combate ao Racismo Institucional.

FREI GABRIEL MALAGRIDA - O JESUÍTA

FREI GABRIEL MALAGRIDA - O JESUÍTA

No ano de 1689, as margens do rio Como, na Vila de Monagio, nascia um menino que recebeu o nome de Gabriel Malagrida (cujo nome significa''As Vozes Harmoniosas de Deus").
Desde cedo Gabriel demonstrou tendências místicas. Entrou para o seminário de Milão onde foi ordenado e professou na Companhia de Jesus em 1711.
Gabriel desejava cumprir sua missão no Brasil porém Tamborini, o Geral da Companhia de Jesus, havia lhe reservado a cadeira de Humanidades no Colégio de Bastis, na Córsega. Mais tarde conseguiu se transferir para Lisboa, em 1721, onde depois de algum tempo conseguia embarcar para o Maranhão.

Gabriel e o Brasil.
Nessas terras, Gabriel pregou internando-se no sertão, enfrentando sérios perigos e vencendo com a fibra de quem se julgava destinado a cumprir uma missão superior no Planeta, uma missão de conquistar almas para o Céu. Apresentava evidentes sintomas mediúnicos ouvindo vozes misteriosas e chegou mesmo a pensar que operava milagres.
Em 1727 começou a árdua tarefa de catequizar os índios no Maranhão, conseguindo nessa mesma ocasião amansar a feroz tribo dos Barbassos. Fundou no Maranhão uma missão que teve grande desenvolvimento, sustentando uma peregrinação apostólica. Foi em seguida, em 1730, para a Bahia e Rio de Janeiro onde continuou a pregar, alcançando grande ascendência sobre os índios. Apareceu então, convertido no apóstolo do Brasil.
Dizia que conversava com Deus e que lhe aparecia a Virgem Maria, e para completar seus feitos, descrevia os "milagres" que operava.
Em 1749 partiu para Lisboa, onde foi recebido com fama de santo por muitos fiéis. Nessa época Dom João V se encontrava muito doente e Gabriel, a seu pedido, o assistiu nos seus últimos momentos.
Em 1751 retornou ao Brasil onde ficou ate 1754, ano em que foi chamado a Lisboa pela Rainha Dona Mariana da Áustria. Encontrou no poder Sebastião José, o terrível Marquês de Pombal, que não permitiu sua presença por muito tempo junto à Rainha. Por esse motivo, Gabriel se isolou durante algum tempo em Setúbal.


Gabriel e a Inquisição
No dia 1° de novembro de 1755, Lisboa foi destruída por um terremoto. Correu o boato que a catástrofe era castigo do céu. Pombal mandou publicar um folheto escrito por um padre, explicando o fenômeno e as causas naturais que o determinaram. Gabriel apareceu em público com um opúsculo, onde procurava corrigir o teor da publicação. Nesse opúsculo, Gabriel afirmava que o terremoto era verdadeiramente um castigo do céu. Pombal enfurecido, mandou queimar o opúsculo e desterrou Gabriel para Setúbal.
Em setembro de 1758, ocorreu um atentado contra a vida de Dom José. Algumas semanas antes, Gabriel havia escrito uma carta ameaçadora ao Marquês de Pombal. Gabriel foi preso, em 11 de dezembro, como responsável pelo atentado e encarcerado nas prisões do Estado. Pombal vasculhou seus livros e nessa oportunidade lhe atribuiu passagens que pareciam pouco ortodoxas, e foi entregue a Inquisição.
Gabriel foi condenado a pena de garrote e fogueira, sendo executado na Praça do Rossio em 21 de setembro de 1761.
Uma comprovação destes fatos pode ser encontrada na Biblioteca de Amsterdam, onde existe uma copia do seu famoso processo, traduzida da edição de Lisboa. Nesse processo pode-se ler que Malagrida foi acusado de feitiçaria e de manter pacto com o Diabo que lhe havia revelado o futuro!...
Gabriel Malagrida reencarnou no Brasil (talvez para se refazer da árdua encarnação como jesuíta) se preparando para a importante missão que lhe estava reservada dentro do Movimento Umbandista no século XX, como
Caboclo das Sete Encruzilhadas.

br.geocities.com/carimbador_maluco2000/malagrida.doc


Frei Gabriel de Malagrida


Uma comprovação da existência do Frei Gabriel Malagrida pode ser feita no livro de Henrique José de Souza, "Eubiose - A verdadeira Iniciação" - 4.ª edição (1978) - Associação Editorial Aquarius; Rio de Janeiro.

Nas páginas 250 e 251, Henrique José de Souza faz o seguinte comentário: "Gabriel Malagrida, ancião de 80 anos foi queimado por Verdugos (Inquisição) em 1761.

Existe na Biblioteca de Amsterdã, uma cópia de seu Famoso Processo, traduzido da edição de Lisboa. Malagrida, com efeito, foi acusado de feitiçaria e de manter pacto com o Diabo, que lhe havia revelado o futuro.

A profecia comunicada pelo "inimigo do gênero humano" (quer dizer das profecias comunicadas aos Santos da Igreja, inclusive Santa Odília, que profetizou até a última guerra) ao pobre Jesuíta Visionário, está concebida nos seguintes termos: "O Réu confessou, que o demônio, sob a forma da Virgem Maria, lhe tinha ordenado a escrever a vida do Anticristo; que havia de existir, a bem dizer, 3 anticristos sucessivos, e que o último nasceria em Milão, da sacrilégia união entre um frade e uma freira, etc.

E por aí, outras tantas coisas que o obrigaram a confessar".

*Texto Extraído do Livro Iniciação à Umbanda – Vol. 1


GABRIEL MALAGRIDA VERSUS MARQUÊS DE POMBAL
— Documentário sobre a vida, a obra e a paixão do padre jesuíta italiano Gabriel Malagrida (1689-1761), personagem extraordinário da história do Brasil. Muito famoso em sua época, tanto no Brasil como em Portugal, Malagrida era conhecido como “O Taumaturgo do Brasil” – um fazedor de milagres. Inaugurou no Nordeste brasileiro uma tradição de fervorosa devoção, que teria continuidade, sob outras formas, com Mestre Ibiapina, Antônio Conselheiro e padre Cícero Romão.
Introduziu no Brasil as devoções ao Sagrado Coração e à Nossa Senhora da Boa Morte. Em suas peregrinações, percorria imensas distâncias a pé pelos sertões brasileiros.

Em uma delas, conhecida com “a grande marcha”, percorreu, descalço, mais de 6 mil quilômetros. A equipe deste documentário seguiu os passos de sua vida: na Itália, onde nasceu na bela região do Lago de Como, em seis estados do Nordeste brasileiro, onde fez uma grande obra social e devocional, e Portugal, onde foi executado pela Inquisição. Um mergulho no Brasil do século XVIII, onde são investigadas a arte, a cultura e a mentalidade da época. Uma revisão historiográfica do papel do Marquês de Pombal na extinção da Companhia de Jesus, tudo isso em um documentário tocante, que tem como eixo central a vida do missionário Gabriel Malagrida. É, pois, um filme imperdível.

O MARQUÊS E O FRADE

Para gáudio do grande pintor e crítico Raul Córdula, um dos maiores artistas plásticos paraibanos e também um dos maiores admiradores da obra social e educacional do jesuíta executado pela Inquisição; e também para que o leitor não vá ler o cordel de Clotilde Tavares ou ver o filme de Victor Leonardi e Renato Barbieri sem ter pelo menos uma

GABRIEL MALAGRIDA VERSUS MARQUÊS DE POMBAL
Evandro da Nóbrega

— Documentário sobre a vida, a obra e a paixão do padre jesuíta italiano Gabriel Malagrida (1689-1761), personagem extraordinário da história do Brasil. Muito famoso em sua época, tanto no Brasil como em Portugal, Malagrida era conhecido como “O Taumaturgo do Brasil” – um fazedor de milagres. Inaugurou no Nordeste brasileiro uma tradição de fervorosa devoção, que teria continuidade, sob outras formas, com Mestre Ibiapina, Antônio Conselheiro e padre Cícero Romão.
Introduziu no Brasil as devoções ao Sagrado Coração e à Nossa Senhora da Boa Morte. Em suas peregrinações, percorria imensas distâncias a pé pelos sertões brasileiros.

Em uma delas, conhecida com “a grande marcha”, percorreu, descalço, mais de 6 mil quilômetros. A equipe deste documentário seguiu os passos de sua vida: na Itália, onde nasceu na bela região do Lago de Como, em seis estados do Nordeste brasileiro, onde fez uma grande obra social e devocional, e Portugal, onde foi executado pela Inquisição. Um mergulho no Brasil do século XVIII, onde são investigadas a arte, a cultura e a mentalidade da época. Uma revisão historiográfica do papel do Marquês de Pombal na extinção da Companhia de Jesus, tudo isso em um documentário tocante, que tem como eixo central a vida do missionário Gabriel Malagrida. É, pois, um filme imperdível...

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