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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Mapeando o Axé do Brasil....

Candomblé, umbanda, tambor de mina, batuque, nação, quimbanda, xambá, omolocô, pajelança, jurema: as religiões de matriz africana e indígena compõem, no Brasil, um cenário amplo e plural. Para melhor compreender tal cenário e conhecer a realidade das comunidades tradicionais de terreiro, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS e aOrganização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – UNESCO, em parceria com aSecretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR e a Fundação Cultural Palmares – FCP, desenvolveram o projeto Mapeando o Axé. A pesquisa socioeconômica e cultural das comunidades tradicionais de terreiro foi realizada nas capitais dos Estados de Minas Gerais, Pernambuco, Pará e Rio Grande do Sul.
Segundo Eloi Ferreira de Araujo, presidente daFundação Cultural Palmares, o governo brasileiro tem uma longa dívida com as comunidades remanescentes de terreiros. “As comunidades são a essência da matriz cultural africana e afro-brasileira. O mapeamento busca conhecer a realidade dessas comunidades, criando as condições necessárias para que as políticas públicas cheguem até elas. Além disso, garante sua preservação cultural e proteção como patrimônio imaterial”, explica.
Realizada entre maio e agosto de 2010 pela Associação Filmes de Quintal, instituição habilitada por meio de edital público, a pesquisa mapeou 4.045 terreiros em regiões metropolitanas, sendo 1.089 deles em Belém; 353 em Belo Horizonte; 1.342 em Porto Alegre; e 1.261 em Recife. Entre os objetivos, estavam descobrir quem são, onde estão localizados, quais as principais atividades comunitárias, qual a situação fundiária e demais aspectos socio-culturais e demográficos.
De acordo com Marcelo Vilarino, antropólogo da Associação Filmes de Quintal e um dos coordenadores da pesquisa, a valorização e o reconhecimento da importância histórica das comunidades negras no Brasil puderam ser observadas nas falas e nas ações das lideranças das casas religiosas. “Damos destaque para o movimento pelo fim da intolerância religiosa e pela aplicabilidade da lei que garante a liberdade de culto no país”, conta.
Vilarino enfatiza que, em regiões periféricas dos grandes centros urbanos, em geral não alcançadas pelos serviços públicos, as comunidades dos terreiros e suas lideranças exercem diversos papéis importantes, tanto como conselheiros espirituais quanto no desenvolvimento de ações de apoio à saúde, cultura e educação e de combate à violência contra a mulher. “Os terreiros são espaços privilegiados de solidariedade. As pessoas são respeitadas pela sua própria existência e por poderem ser instrumentos da ação das forças divinas na terra, no ato da incorporação espiritual. Nessas comunidades, tudo é partilhado e ninguém passa fome. O pouco que se tem é distribuído ou reaproveitado, sendo o desperdício inexistente, diante do processo dinâmico de distribuição do excedente”, conta o antropólogo.
Segundo Marcos Dal Fabbro, diretor de Promoção à Alimentação Adequada da Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, o levantamento buscou difundir a importância da localização das comunidades no espaço geográfico das cidades, fazer sua contabilização e realizar um diagnóstico sociocultural focado em segurança alimentar e nutricional. “As comissões de acompanhamento da pesquisa foram formadas por lideranças das comunidades tradicionais de terreiros, representantes de órgãos governamentais locais – que possuem interlocução com os atores sociais em foco –, e de movimentos negros organizados, além de outras instituições e de pessoas como yalorixás, babalorixás, mametus, tatetus, zeladores, mães e pais de santo”.
A partir das informações coletadas, foi construído um banco de dados sobre as comunidades tradicionais de terreiro, com o objetivo de servir como referência para a formulação de políticas públicas, em especial as de promoção da segurança alimentar e nutricional. “Os terreiros podem ser vistos como facilitadores de ações de assistência social, saúde e segurança alimentar e espaços de promoção social e inclusão produtiva. A sintonia com as necessidades locais faz com que sejam potenciais espaços para a identificação de demandas para formações e capacitações voltadas à comunidade”, conta Dal Fabro. Para ele, a sustentabilidade cultural e a segurança alimentar estão relacionadas à promoção da autonomia dos terreiros quanto à produção de alimentos adequados e saudáveis, por meio de atividades como hortas comunitárias, quintais produtivos e agricultura urbana. “Os terreiros também são locais de saberes tradicionais femininos, que junto à diversidade étnica e religiosa, precisam ser respeitados e trabalhados do ponto de vista de políticas culturais e educacionais”, enfatiza o diretor de Promoção à Alimentação Adequada da Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS.
Preservação da matriz cultural africana
Sobre a contribuição do mapeamento das comunidades tradicionais de terreiro para a preservação do patrimônio cultural brasileiro, conversamos com o professor daEscola de Comunicação – ECO da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Muniz Sodré. Segundo ele, o mapeamento é importante para avaliar a força, a presença geográfica e o lugar social que os terreiros ocupam nas cidades brasileiras.
De acordo com Sodré, as comunidades de terreiro não são movimentos exclusivamente religiosos, mas se apresentam historicamente como organizações políticas capazes de preservar a identidade cultural de matriz africana: “a identificação com a cultura africana sempre esteve ligada aos terreiros”, resume.
O pesquisador também ressaltou a importância do mapeamento dos terreiros para a proteção jurídica territorial, possibilitando a regulamentação fundiária das comunidades tradicionais. Da mesma forma, a legitimação das comunidades de terreiro junto ao Estado é também importante para proteger sua cultura do assédio de outras religiões de cunho fundamentalista e discriminatório. Sodré ressaltou ainda a modernidade das religiões de matriz africana em relação ao respeito que prestam às demais religiões, um “respeito fortalecedor da convivência religiosa”. Para ele, é sadio para a democracia e para a cultura brasileira que os terreiros estejam sob a proteção do Estado.

DIA DOS APOSENTADOS SEM BOLO E SEM FESTA....

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Para o vice-presidente Financeiro e Administrativo da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio de Janeiro (Asaprev/RJ), Hélio Guimarães Santos, não há razões para comemorar, hoje (24), o Dia do Aposentado. À Agência Brasil, ele disse que os aposentados brasileiros “só têm tido perdas” ao longo dos últimos anos.
Ele cita como exemplo o fato de que, enquanto o salário mínimo subiu 14,13% este ano, atingindo R$ 622, o reajuste dos benefícios de quem ganha mais de um salário mínimo ficou em 6,08%. Com isso, a cada ano, em torno de 1 milhão de aposentados, segundo ele, passam a integrar o grupo de quem recebe apenas o piso legal. “Pessoas que recebiam 12 salários mínimos, hoje estão recebendo cinco”, disse Santos.
A associação fluminense tem participado, junto com a confederação da categoria, de uma campanha para que o Congresso Nacional altere a atual política de benefícios da Previdência para recuperar as perdas dos aposentados. “Existem projetos que estão lá [no Congresso] engavetados e o governo não permite que eles tenham andamento”.
O vice-presidente da Asaprev teme que, "em um futuro não muito distante, todo mundo vai estar ganhando um salário mínimo, se essa política não mudar”. Mas no governo Dilma Rousseff, ele não vê perspectivas de mudança. “A presidenta já disse que não vai dar ganho real aos aposentados”. O Brasil tem hoje cerca de 29 milhões de aposentados.
Edição: Vinicius Doria

orge Wamburg*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Um acordo de lideranças permitiu a aprovação do Orçamento da União de 2012, no plenário do Congresso Nacional, 12 minutos antes de terminar o prazo estabelecido pela Constituição. Sem previsão de recursos para reajustar os benefícios de aposentados que ganham mais de um salário mínimo e os vencimentos dos servidores do Judiciário e do Ministério Público da União, o acordo deixou a solução do problema dos aposentados para o ano que vem, mas não incluiu os servidores nessa negociação.
Pelo acordo que garantiu a aprovação do projeto, os partidos se comprometeram a criar uma política de valorização e ganho real de aposentadorias e pensões, que deverá ser elaborada, em conjunto, pelos representantes de aposentados e pensionistas e o Palácio do Planalto. O texto aprovado é um substitutivo de autoria do relator, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), no valor de R$ 1,602 trilhão, já descontados os R$ 655 bilhões destinados ao refinanciamento da dívida pública.
O projeto segue agora para a sanção da presidente Dilma Rousseff, e o Congresso Nacional entra em recesso a partir de hoje (23). Antes da votação no plenário do Congresso, o Orçamento de 2012 foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento, apesar dos protestos de servidores e aposentados que, durante todo o dia acompanharam as discussões.
A questão dos reajustes acabou excluída de vez na comissão, quando foram rejeitados dois destaques (emendas) apresentados pelo deputado Efraim Filho (DEM-PB), que receberam o apoio de apenas quatro deputados, para concessão de aumento salarial aos servidores públicos do Judiciário e do Ministério Público da União e aos aposentados.
Duas mudanças no substitutivo foram aprovadas pela comissão, por meio de adendos no Artigo 4, que autoriza a abertura de créditos suplementares do governo por meio de decreto. Em cada subtítulo, o governo poderá remanejar até o limite de 10%. Nos grupos de outras despesas correntes e investimentos, o remanejamento estará limitado a 30%. O projeto aprovado também manteve a possibilidade de o governo remanejar até 30% do montante das dotações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que contará com R$ 42,7 bilhões em 2012.
O Orçamento de 2012 também prevê a revisão dos benefícios previdenciários e assistenciais e do seguro-desemprego, especialmente em razão de alteração de parâmetros econômicos; ações nacionais para concessão de benefícios à população idosa; ações nacionais de apoio ao pequeno e médio produtor rural, ao desenvolvimento da agricultura ecologicamente sustentável e à garantia e sustentação de preços na comercialização de produtos agropecuários.
O Orçamento aprovado ontem pelo Congresso prevê ainda ações destinadas à superação da extrema pobreza, no âmbito do Plano Brasil sem Miséria; o desenvolvimento das ações que garantam o cumprimento da missão constitucional e das diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa, por intermédio dos comandos da Marinha, do Exercito e da Aeronáutica.
Com informações da Agência Senado
Edição: Talita Cavalcante

EDUCAÇÃO E BANALIZADA FILA E HUMILHAÇÃO NAS PORTAS DOS CMEIS EM NATAL.... EXEMPLO O CMEI DO NSA APRESENTAÇÃO A FILA COMEÇOU NO DIA 1º DE JANEIRO PARA GANRANTIA DE VAGAS...TRILOGIA EM DUAS PARTES....

 A PERGUNTA E SERA QUE OS  FILHOS DOS PSEUDOS REPRESENTANTES DO POVO TAMBEM PRECISARAM DORMIR NAS FILAS PARA GARANTIA DE VAGAS....
ATE QUANDO NOS VAMOS SUPORTAR ISSO VERGONHA NA CARA MINHA APOS VARIOS DIAS DORMINDO NA FILA DO CMEI NSA APRESENTAÇÃO PARA GARANTIR VAGA PARA MEU FILHO ADOTIVO DE 2 ANOS HOJE CONSEGUI MATRICULALO APOS CHUVA E SOL E MUITA HUMILHAÇÃO NA FILA JUNTO OUTROS INCLUSIVE CRIANÇAS DE TODAS AS IDADES SE AMONTOAVAM NO CHAO E NO MURO DA ESCOLA, ROUBO E HUMILHAÇÃO NAS FILAS ENQUNATO ISSO ORGAOS COMPETENTES E GESTORES EM ESCRITORIOS CLIMATIZADOS FAZEM DISCUSSÕES VERGONHA NACIONAL EU SOU VITIMA DE NOVO E VOCÊ....




JORNAL TRIBUNA DO NORTE:
Margareth Grilo - repórter especial

Hoje é o primeiro dia de matrícula para novos alunos na rede municipal de Educação de Natal. Mas, já nas primeiras horas da manhã, as vagas disponibilizadas para Berçário, que recebe crianças de até 2 anos, para os níveis 1 (a partir de 2 anos) e 4 (crianças a partir de 5 anos) da Educação infantil estavam esgotadas. Esses são os níveis que registravam maior demanda, na maioria dos Centros Municipais de Educação Infantil - CMEI's.

Em Mãe Luiza, as 26 novas vagas oferecidas para Berçário pelos CMEI's N. Sra. De Lourdes (18) e Galdina Guimarães (8) esgotaram às 7h. "Nós tínhamos receio de que houvesse confusão, mas foi tranquilo, apesar da procura ser muito alta", afirmou a diretora do CMEI Galdina Guimarães, Francigleide Pereira de Souza. Esse CMEI tem apenas duas vagas em aberto, uma para o nível 3 (crianças de 4 anos) e outra para o nível 4 (crianças de 5 anos).
Alberto LeandroNo Centro Municipal de Educação Infantil Nossa Senhora de Lourdes, um aviso indicava que todas as vagas já estavam esgotadas nesta manhãNo Centro Municipal de Educação Infantil Nossa Senhora de Lourdes, um aviso indicava que todas as vagas já estavam esgotadas nesta manhã

"No nível 2, nós matriculamos quatro excedentes, e vamos atendê-los. Ao invés de 15, vamos ter 19 alunos", frisou. No CMEI N. Sra de Lourdes não há mais vaga para nenhum dos níveis. A carência levou as mães Jéssica Jordânia, 20, e Andreia dos Santos, 24, moradoras de Mãe Luiza, a recorrerem, na manhã de hoje, ao Conselho Tutelar da Zona Leste.

Elas chegaram, por volta das 10h, no CMEI N. Sra. de Lourdes com um requerimento do Conselho Tutelar. Foram recebidas pela diretora Ana Maria Guimarães de Araújo, que informou da indisponibilidade de vaga. Ela disse que explicou às duas mães que vai remeter um ofício ao Conselho Tutelar justificando a falta de vaga.

"O conselho manda matricular, a escola diz que não tem e a gente que precisa deixar o filho num berçário para ir trabalhar como fica?", questionou Jéssica, que tem uma filha de 1 ano e nove meses. Já Andreia tem duas filhas. "Uma, de 2 anos eu consegui matricular no nível 1, mas para a outra que tem menos de 2 anos não tem vaga em nenhum das duas creches".

As duas chegaram a ir, na madrugada, por volta das 2h, ao CMEI Galdina Guimarães, mas não conseguiram pegar ficha. O terceiro CMEI de Mãe Luiza, o João Perestrello não tem Berçário. Atende crianças de 2 aos 4 anos de idade. Até o final da manhã de ontem, cinco mães já tinham procurado o Conselho Tutelar da Zona Leste na tentativa de garantir vaga para os filhos.
Margareth Grilo - repórter especial

A matrícula para novos alunos na rede municipal de Educação de Natal começa hoje, 24, mas as filas nas portas das unidades de ensino já se formam desde a última sexta-feira, 20. A procura maior acontece nos Centros Municipais de Educação Infantil - CMEIs, principalmente, naqueles que abrem vagas para o berçário [nível que recebe crianças até 2 anos de idade].

Em 2011, quatro mil crianças ficaram fora da sala de aula. Não havia vagas para todas. Ontem, às vésperas de iniciar o período de matrícula a Secretaria Municipal de Educação ainda concluía o levantamento de vagas, e o titular da pasta, Walter Fonseca, ainda não tinha em mãos os números oficias quanto ao número de novas vagas a serem ofertadas na rede e qual a demanda reprimida.

No entanto, garantiu que o excedente será redirecionado para as escolas particulares conveniadas da SME, no Programa Escola Para Todos (PPET). "Em 2011, nós mantivemos 4.800 crianças em escolas particulares conveniadas", afirmou Walter Fonseca. O custo por aluno é de R$ 60,00/mês. No total, a rede municipal recebeu 57 mil alunos no ano passado. Este ano, as aulas da rede municipal começam no próximo dia 13 de fevereiro. Nas escolas, o sofrimento e a apreensão toma conta das mães.

Temendo não conseguir vaga, no berçário do CMEI N. Sra. de Lourdes, em Mãe Luíza, para a filha, Luciene da Silva Guedes, montou 'acampamento' em frente à unidade. Chegou lá ontem, antes das 7h. "A gente tem que passar um dia e uma noite. Se não for assim não garante a vaga".

Outras mães, que pediram anonimato, relataram, em uníssono, que a disputa é grande.  "Não confio em vir somente no dia que abre a matrícula. Quem vier somente amanhã vai sair sem vaga", comentou uma delas.

De fato, a diretora deste CMEI, Ana Maria Guimarães de Araújo, confirmou que o número de mães na fila de espera, formada desde o início da manhã de ontem, já esgota as vagas para o berçário.

Para o ano letivo 2012, a unidade está oferecendo 132 vagas, das quais 68 para novatos. Desse total, 18 são para bebês e crianças até 3 anos [berçário]; 30 para nível 1 e 15 para nível 2. Para esses níveis a procura é menor e a oferta não deve superar a demanda.

"Sempre falta vaga para berçário, que tem maior demanda. Aqui tem famílias numerosas, com quatro, cinco filhos e precisa de, no mínimo, mais duas creches com berçário", disse. No bairro, a SME mantém três CMEIs, dos quais duas unidades - a N. Sra de Lourdes e o Galdino Guimarães - possui berçário.

Ontem, em frente aos dois CMEIs, que juntos ofertam 22 vagas para berçário, a maioria das mães informou ter filhos entre 1 ano e 2 anos e 5 meses. Algumas, como Sueli Siqueira do Nascimento, que tem uma filha de 4 anos, está acampada em frente ao CMEI Galdino Guimarães desde a última sexta-feira, 20.

Pelo número de mães, a demanda deve superar a oferta. "A diretora já informou que tem apenas 7 vagas para berçário e, pela quantidade de mães na fila, já estão preenchidas. Não vai ter vaga pra todo mundo", afirmou Sueli Siqueira. Ela quer garantir a vaga da filha de 4 anos, para ter tempo para trabalhar.

Ontem a tarde, outras três mães e dois rapazes, que afirmaram estar guardando lugar para parentes, estavam na porta da unidade. Um deles, Ranilson Nascimento Vieira, disse que guardava lugar para a prima, que tem um filho de um ano. "Ela trabalha e não pode vir, então estou aqui". Uma das mães chegou a dizer que ele "levava um trocado com isso".

A lista feita por elas para organizar a fila contém 16 mães  à procura de vagas para berçário,  e para a Educação Infantil. Todas as mães são moradoras do bairro. Segundo relato feito por elas, a partir de informações da direção da unidade, o número de vagas é pequeno. Para o nível 1, foram abertas duas novas vagas; para o nível 2 não há vagas; para o nível  3 são cinco, sendo duas pela manhã e três a tarde.

Cruzando a cidade, em direção à periferia da zona Oeste, o sofrimento não muda. No conjunto Leningrado, no bairro do Planalto, a cada momento uma mãe se instala na calçada em frente ao CMEI Arnaldo Arsênio de Azevedo em busca de vaga. Maria Lucinete da Silva tenta garantir uma vaga para o filho de 11 meses, no Berçário, e outra para um de 3 anos, no Nível 1. "Se for só cinco vaga como estão dizendo então vai ser difícil".

FARDAMENTO

No último dia 15 de dezembro, a SME licitou mais de R$ 3,817 milhões para a aquisição de fardamento escolar,  (incluindo tênis) e mais de R$ 2,553 milhões para a compra do kit escolar, contendo mochila e 13 itens de materiais de uso do aluno de 1º ao 5º ano, e 11 itens para alunos a partir do 6º ano.

Segundo o titular da Educação, Walter Fonseca, o material chega à Secretaria na primeira semana de fevereiro  para distribuição no início do primeiro semestre de aulas, que começa no dia 13/02.

Quanto aos  pequenos reparos das escolas o secretário informou já estão sendo feitos e que serão intensificados a partir desta semana. Hoje, ele se reúne com o setor de Engenharia da SME e a empresa Arco Engenharia que detém o contrato.  Fonseca garantiu que devido ao não repasse para as escolas do ROM (Recursos Orçamentários do Município) de  2011, a Secretaria vai assumir os custos dos reparos em todas as unidades escolares. O secretário garantiu que os recursos do ROM em atraso para às escolas estão computados e serão repassados. A SME tem um saldo devedor com as unidades que supera R$ 1,052 milhão, somente no ano passado.

Estado fará seleção pela internet

Desde as primeiras horas da manhã de ontem, filas eram vistas em algumas escolas estaduais na capital do Rio Grande do Norte. Algumas pessoas esperavam desde a madrugada na expectativa de garantir a vaga do filho ou parente na rede pública de ensino.

A espera para o atendimento revoltavam os que se viam obrigado a passar pelo esforço para conseguir realizar a matrícula. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE flagrou a espera na Escola Estadual Anísio Teixeira, localizada em frente à Praça Cívica, no bairro de Petrópolis - zona Leste de Natal.

Lá, mais de 100 pessoas procuravam vagas para a realização da matrícula. Elas foram surpreendidas quando a direção anunciou, através de um cartaz na parede, o esgotamento das vagas para o turno matutino.

"Alguém tem que se responsabilizar. Meu filho foi encaminhado da rede municipal para cá, depois que acabou o ensino fundamental. E agora, vai ficar sem aula?", reclamava a técnica em enfermagem, Marli Oliveira.

A dona de casa, Laura Lúcia, questionava o perigo que o filho passaria ao ser matriculado para estudar à noite. "Não quero meu filho estudando à noite. É muito perigoso. Vou ver como vai ficar essa situação. Vou lutar para que ele não fique nesse horário", disse.

Na rede estadual, devido à greve dos professores o calendário letivo só termina em fevereiro. Na maioria das  699 escolas - 437 - a matrícula para novatos está prevista para ocorrer de 23 a 29 de fevereiro. Mas algumas escolas, que já encerraram o ano letivo, estão antecipando o calendário de matrícula. As aulas já foram encerradas em 263 escolas.

Em entrevista à TN, a coordenadora Regional de Educação, Elisabeth Jácome, que a Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEEC) está orientando as escolas a fazerem a matrícula de todos que procuram vaga. O excedente será remanejado para unidades que tenham disponibilidade de vagas.

"Temos a obrigação de garantir vaga para todos os alunos da rede pública, que venha encaminhado, seja da rede estadual ou municipal, e que, por alguma razão, estão mudando de escola".

Elisabeth disse que para evitar longas filas e tumulto na portas das escolas, a SEEC vai lançar, em seu portal na intenet, uma seleção online. Essa novidade vai beneficiar 34 escolas estaduais, exatamente as que têm alta demanda, das quais 13 em Natal [veja lista].

No período de 6 a 10/02, os pretendentes a uma vaga nessas escolas poderão se inscrever, desde que já sejam alunos da rede pública e tenham familiares na escola para a qual desejam ingressar. Preenchidas as vagas nessas escolas, os excedentes serão remanejados para outras escolas que tenham disponibilidade de vagas.

"Se for muito distante da comunidade onde o aluno mora ele terá o suporte do ônibus escolar", frisou. Segundo a coordenadora, os quase 2.900 candidatos que fizeram o último concurso para professor  e 600 para cargo de apoio pedagógico devem ser convocados de imediato. O resultado final do concurso sai dia 28 de fevereiro.

Há carência de vagas

Cientes das filas nos CMEIs e escolas municipais, o secretário municipal de Educação, Walter Fonseca disse que, este ano, haverá critérios na hora da distribuição das fichas. "Só vai ser atendido quem estiver com a documentação do filho", afirmou.

A medida é para evitar os eventuais "vendedores" de vaga. "Sabemos que essa situação existe e vamos brecar. Se necessário vamos pedir apoio da polícia militar", anunciou. Segundo o titular da SME, os CMEIs de Mãe Luíza atendem bem a demanda. Ele não vê necessidade de as mães pernoitarem em frente à unidade.

Apesar de não dispor dos números oficiais, Walter Fonseca, reconhece que existe carência de vagas, mas disse que ela está mais concentrada nas regiões Oeste e Norte da cidade. Nessas áreas, anunciou, a SME está construindo mais cinco CMEIs, sendo dois do tipo "B", que oferta 240 vagas e três do tipo "C", para 120 alunos.

Além desses, um CMEI localizado no Pitimbu, de porte "B", que oferta 240 vagas, já está pronto para ser inaugurado. "Já está sendo preparado para ser entregue no início das aulas", anunciou Fonseca. Ele afirma que o número de vagas será ampliado, mas não soube dizer em quanto.

"Há carência em algumas regiões, principalmente na educação infantil e ela sempre vai existir, mas essas novas unidades vão reduzir esse déficit. Saímos de 22 para 74 CMEIs em três anos", afirmou o titular da Educação. O custo de construção, por unidade, é de R$ 1,5 milhão.

Os recursos são oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Outros oito CMEI, informou Fonseca, devem ter obras iniciadas ainda este ano. A licitação para contratação da construtora foi homologada em dezembro do ano passado.

Segundo Fonseca, a licitação para aquisição de equipamentos e materiais de uso permanente de todas as unidades escolares, incluindo os novos CMEIs, já foi feita, no valor de R$ 250 mil, faltando a homologação.



comentarios indignados:

mjadilma@...24/01/2012 @ 06h57
Enquanto a prefeitura anuncia investimentos, em Felipe Camarão falta vaga no berçário e nível I, as escolas estão sucateadas. Meu filho estuda na escola municipal bernardo nascimento, que está caindo aos pedaços. o bebedouro dos alunos virou foco de dengue e está dando choque o teto infiltrado está caindo em muitas salas, o mofo tomou conta de muitas salas, a secretaria e algumas salas alagaram com as chuvas. e as aulas vão começar dia 13/02 sem nenhuma reforma. quem irá se responsabilizar se acontecer algo com essas crianças? só quero evitar que o teto caia na cabeça desses meninos.
mjadilma@...24/01/2012 @ 06h22
todo ano é a mesma coisa, licitação de milhões para fardamento e material escolar - é só olhar no diário oficial da prefeitura, mas este fardamento não chega ás escolas. tenho um filho de 8 anos que está matriculado na escola municipal desde o primeiro ano que não sabe o que é farda da prefeitura. E sei que no meu bairro - felipe camarão o cmei não vai funcionar horário integral por falta de colchonete. E as mães que trabalham? como ficam?

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