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quinta-feira, 14 de junho de 2012

O fenômeno religioso ...



O fenômeno religioso vem se constituindo cada vez mais um terreno de grande interesse para os estudos sociológicos e históricos, sobretudo quando investigado em sua dimensão política, de maneira especial no Brasil. De fato, nos últimos cinquenta anos a trajetória das classes populares brasileiras esteve marcada em grande medida por movimentos de caráter religioso, sobretudo no campo cristão, tanto católico como protestante. É inegável a importância assumida pela chamada Igreja Progressista, o que culminou na elaboração das Teologias da Libertação e da Terra e numa intensa atuação das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), das Pastorais Sociais e de diversas entidades de inspiração cristã. A produção acadêmica tem procurado acompanhar este processo, com a ampliação quantitativa e qualitativa das pesquisas e publicações na interface entre Religião, Política e Movimentos Sociais.
O Seminário, previsto para ocorrer anualmente, surgiu da necessidade de criar um espaço permanente para a divulgação e debate público destas pesquisas, não apenas no âmbito acadêmico como também e principalmente dos diversos grupos sociais protagonistas destas ações. Daí porque se trata de uma promoção conjunta do Grupo de Pesquisa Religião, Política e Movimentos Sociais, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em História da UFBA, e do Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), entidade de assessoria popular ligada à Companhia de Jesus que vem desde 1967 apoiando, favorecendo e incentivando a tomada de iniciativas próprias e autônomas por parte de diversos grupos populares urbanos e rurais, sobretudo da região Nordeste, contribuindo assim para superar a longa história de exclusão social e autoritarismo decorrente da dominação das elites sobre o povo brasileiro.
A edição 2012 do Seminário de Religião, Política e Movimentos Sociais está estruturada em dois momentos. No primeiro, no dia 12 de junho, ocorrerá uma Mesa Redonda sobre Igreja e Política no Brasil, com a participação dos professores doutores Elizete da Silva (UEFS) e Iraneidson Santos Costa (UFBA), que discutirão as tensões, conflitos, rupturas e acomodações da atuação política nos campos protestante e católico, respectivamente, enquanto o padre Miguel Martins, Provincial da Província Brasil Nordeste da Companhia de Jesus, abordará a ação dos jesuítas no panorama político brasileiro atual. Finalizando esta primeira seção, ocorrerá o lançamento do livro do professor Iraneidson Santos Costa: Que PaPo é esse? Igreja Católica, movimentos populares e política no Brasil (1974-1985), Feira de Santana, UEFS Editora, 2011.
No segundo momento, no dia 13 de junho, teremos uma pequena mostra da produção intelectual da recente geração de mestres em História pela UFBA, numa Sessão de Comunicações: “Direita, Esquerda ou Centro: A trajetória política da IURD”, de Adriana Martins dos Santos, “Protestantes Ecumênicos e Poder Público em Feira de Santana”, de Charlene Brito e “O clero na formação do Estado imperial Brasileiro”, de Israel Silva dos Santos. Estes e outros artigos integram o primeiro número da revista Perspectiva Histórica: Dossiê Religião e Política, uma publicação do Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas (CEBEP) e cujo lançamento ocorrerá ao final desta segunda seção.
Período de realização e inscrição
O Seminário será realizado nos dias 12 e 13 de junho de 2012, sempre no turno da manhã, de 9 às 13h. As inscrições ocorrerão no dia 12 de junho de 2012, a partir das 8 horas, no próprio local de realização do evento: Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), rua Aristides Novis, nº 101, Federação, Salvador (BA). Telefone: (71) 3247-1232.
Equipe:
Iraneidson Santos Costa: Professor Adjunto 1 do Departamento de História (FFCH/UFBA).
José Maurício Carneiro Daltro Bittencourt (Centro de Estudos e Ação Social/CEAS, Salvador, Bahia, Brasil)

"Eu não decidi ser prostituta. Comecei aos 8, pedindo esmola", disse Marinalva - VIDA RESISTENCIA E MILITANCIA SERA TEMA DE PESQUISA E COMPENDIO DE ARTIGO ... E PROJETO DE LIVRO... UMA FLOR DE RESISTENCIA NO ESTADO RN...


Sexta-feira, 29/06/2007 às 17h57

"Eu não decidi ser prostituta. Comecei aos 8, pedindo esmola", disse Marinalva

A presidente da da Associação das Profissionais do Sexo e Congêneres do RN concedeu entrevista ao portal no dia 2 deste mês.

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Marinalva Ferreira, presidente da Associação das Profissionais do Sexo e Congêneres do Rio Grande do Norte, morreu nesta sexta-feira (29). Prostituta há 30 anos, ela estava internada desde quarta-feira (27) no Hospital Walfredo Gurgel. Marinalva foi vítima de um AVC e faleceu aos 39 anos.

No último dia 2 de junho, quando foi comemorado o Dia Internacional da Prostituta, a Associação promoveu em Natal um movimento em comemoração à data. Na ocasião, Marinalva concedeu entrevista ao Nominuto ( clique aqui e ouça ), que apesar de não ter sido lançado naquela data, já vinha realizando algumas atividades.

Em homenagem à Marinalva Ferreira, o Nominuto publica a entrevista nesta sexta.


Nominuto - Em qual momento da sua vida a senhora decidiu ser prostituta?

Marinalva Ferreira - Eu não decidi ser prostituta. Comecei inocentemente, com oito anos, pedindo esmola para dar de comer à minha mãe, e com nove anos me vendendo, saindo com velhos de carro, na Praça André de Albuquerque. Foi aí que eu perdi minha virgindade. Eu não sei o que foi namorar, brincar, ter amigos e ir à escola. Quando comecei a me vender mesmo e a ganhar dinheiro, eu decidi seguir nessa vida.

NM - Mas aos oito anos? Alguém a influenciou?

MF - Não. Eu comecei pedindo esmola, aí me juntei com outras meninas pequenas que estavam na rua também. A gente, pedindo esmola, ganhava umas pratinhas, e fazendo programa, a gente ganhava uma nota de Cr$ 10 ou de Cr$ 50. E comecei por aí. Mas se nós tivéssemos os direitos que existem hoje, como Bolsa-Escola, Bolsa-Família, acho que não teria passado por isso. Eu teria estudado e hoje poderia ser uma médica ou advogada.

NM - A senhora acha que a maioria dessas mulheres entra na prostituição por opção ou é por necessidade?

MF - As que eu trabalho, que são de baixa renda, estão por necessidade. Porque muitas delas têm seus filhos para dar de comer, umas têm aluguel para pagar. E como não tem emprego nem outra opção, elas vão fazer o quê? Vão roubar? Então, vão fazer programa para ganhar R$10, R$20, R$30 ou até menos. Essa que é a realidade.

NM - Em relação à Associação dos Profissionais do Sexo e Congêneres do Rio Grande do Norte, como surgiu a idéia de criar um órgão desse aqui no Estado?

MF - A idéia surgiu no momento em que eu fui fazer um exame, há uns cinco anos atrás, no Centro Reprodutivo Leide Morais, e não tinha o dinheiro para pagar. Então, eu me revoltei e fui atrás dos meus direitos. Depois de três meses que eu já estava fazendo os exames, eles abriram espaço pra eu levar as conhecidas que tivessem dificuldades. Dentro de um ano e três meses eu levei 145. Deu soro positivo em duas e Sífilis em 59. Por aí começou o trabalho da Associação.

NM - E como ela funciona hoje? Como está estruturada?

MF - Hoje, a gente tem 1.050 associados e trabalhamos em parceria com as secretarias municipal e estadual de Saúde, que nos fornecem material como preservativos e panfletos. A associação já conseguiu 31 mil preservativos garantidos. Já conseguimos médicos sem enfrentar filas, advogados, escolas. A gente já pode pagar o nosso INSS, que é R$ 41. Agora, vamos correr atrás de cursos e empregos.

NM - Como vocês lidam com a AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis?

MF - Nós sempre passamos informações para que esse pessoal use preservativo, que faça seus exames para saber como está a saúde. Para que as profissionais do sexo continuem seu trabalho e que tenham seus exames em dia.

NM - Quais são os maiores problemas enfrentados por vocês?

MF - Os grandes problemas que a gente enfrenta no dia-a-dia são o preconceito, a discriminação e a violência. E isso não é fácil. A sociedade ainda discrimina muito, pois pensa que é porque a gente quer. Mas não é porque a gente quer.

NM - A senhora já entrou em confronto ou agrediu algum homem por ele ter lhe desrespeitado?
MF - (Risos...) Quando eu tinha meus 13, 14 anos eu não agüentava levar um ‘xêxo’ [calote]. O cliente que me passasse um ‘xêxo’, ficava com uma cicatriz. É por isso que hoje em dia eu sou marcada, cheia de acidente de trabalho, porque eu também não fui de levar desaforo para casa.

NM - Aos 39 anos, com 30 de profissão, a senhora já pensa em se aposentar?
MF - Meu filho, enquanto eu tiver com saúde, fé em Deus, e meus clientes ainda tiverem me atendendo. Como eu vou me aposentar agora? Ainda tenho 39 anos, paguei pouco tempo o INSS. Então, eu vou me aposentar por onde? Queria eu ter uma aposentadoria para poupar mais minhas ‘peças’ (risos...).

Cidadã como qualquer outra

Publicação: 31 de Outubro de 2006 às 00:00
João Maria AlvesASSOCIAÇÃO - Marinalva da Silva fala sobre o trabalho da AsprornASSOCIAÇÃO - Marinalva da Silva fala sobre o trabalho da Asprorn
São 30 anos de profissão e muita história pra contar. Marinalva Ferreira da Silva, 38, trabalha como presidente e coordenadora da Associação dos Profissionais do Sexo e Congêneres do Rio Grande do Norte (Asprorn). Além disso, ainda faz programa para se sustentar. “Sou uma prostituta ainda na ativa”, contou. 

A Asprorn é fruto de uma luta iniciada em 2001, por essa mulher que sequer saber ler corretamente. “Ainda estou me alfabetizando”, disse. Marinalva Ferreira contou que em 2003 registrou a Associação e em 2005 a tornou órgão de utilidade pública municipal e estadual. Hoje a Asprorn tem 1.050 profissionais do sexo cadastradas, que variam dos 18 aos 60 anos. Marinalva Ferreira trabalha de forma voluntária na Associação para garantir atendimento médico, alfabetização e cursos profissionalizantes para as profissionais do sexo da Grande Natal. 

Ela contou que as prostitutas do Estado ainda passam por constrangimentos por causa do preconceito da população. Segundo ela, muitas se sentem inferiores e humilhadas. “Somos gente, cidadãs, amigas, companheiras, donas-de-casa, mães”, lembrou. 

Ela contou que o desrespeito e a violência são os maiores problemas enfrentados pelas profissionais do sexo. “Se eu fosse mole já estava do chão pra baixo”, contou, mostrando o que ela chama de acidentes de trabalho - várias cicatrizes pelo corpo. 

Marinalva Ferreira tem uma história de vida marcante. Começou a se prostituir aos oito anos para ajudar em casa. “No meu auge tinha noite que eu pegava 40 homens, hoje em dia eu não pego 40 em um ano”. Ao longo de todos esses anos contraiu muitas doenças sexualmente transmissíveis (DST) e enfrentou dificuldades para conseguir se tratar. Por isso lutou pelo direito das prostitutas de receber atendimento médico. 

A Asporn conta com a ajuda do Centro Reprodutivo Leide Moraes, onde as mulheres podem realizar todos os exames preventivos e relacionados às DSTs.  A presidente da Asprorn contou que uma vez foi ao Centro para fazer exames e explicou para a diretora o problema das prostitutas. “Lá em um dia fiz exames que eu não fazia em um ano”, disse.  Desde então, existe essa parceria”, disse. 

Marinalva Ferreira dividiu as prostitutas do RN em duas categorias, as mulheres que fazem programa por necessidade e as que escolhem a profissão. Quanto às garotas de programa de Ponta Negra, a Asprorn não tem nenhuma relação. “A maioria dessas mulheres não procuram a Associação, muitas têm plano de saúde próprio e não precisam de ajuda”, disse Marinalva Ferreira. 

Em geral, as garotas de programa de Ponta Negra recebem em euros ou dólares. As prostitutas que fazem ponto na Rodoviária Velha, Praça Gentil Ferreira e em casas de prostituição da Ribeira e Alecrim, recebem entre R$10 e R$ 30. 

Encontro debate sobre cidadania

A Asprorn promove pela segunda vez o Encontro de Profissionais do Sexo do RN. Este ano, o tema escolhido promete levantar uma questão freqüentemente discutida no meio, a prostituição como opção ou necessidade. O evento conta com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Sesap e Fórum das Mulheres do RN. 

Serão discutidos também temas como cidadania e preconceito, situações comuns enfrentadas pelas prostitutas. Além disso, a Associação deve esclarecer para as participantes do evento, que o Ministério do Trabalho nomeou no Código Brasileiro de Ocupação, a atividade da categoria dos profissionais do sexo. Com isso, a atividade é reconhecida como ocupação com o direito de contribuição para o INSS - possibilidade de pagamento da aposentadoria como autônomo. São esperadas 100 pessoas para o Encontro, que contará com a participação  de prostitutas de outros municípios do Estado.

Durante o encontro Vera Rapozo, presidente do conselho da Mulher, irá assinar um termo de compromisso de implantar um disque-denúncia para as prostitutas. Assim, elas poderão prestar queixa contra os abusos dos clientes de uma forma mais ágil.  A presidente da Asprorn Marinalva Ferreira da Silva também está procurando junto aos hotéis da cidade e órgãos competentes, a implantação de cursos profissionalizantes para prostitutas que tenham interesse em mudar de trabalho.


June 30, 2007 - 21:08

AVC mata Marinalva, da Associação das Prostitutas

Parentes, amigos, representantes de movimentos sociais e profissionais do sexo prestam hoje as últimas homenagens a Marinalva ...

Conteúdo extra: Photo Gallery
Diário de Natal - RN


Parentes, amigos, representantes de movimentos sociais e profissionais do sexo prestam hoje as últimas homenagens a Marinalva Ferreira da Silva, 39, presidente da Associação das Prostitutas do Rio Grande do Norte (Asprorn), que faleceu na manhã de ontem vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). O sepultamento será as 9h, no Cemitério Bom Pastor I.

Segundo a amiga Gorete Gomes, membro da Liga Brasileira de Lésbicas, Marinalva Silva sofria de problemas cardíacos, mas nunca teve maiores complicações até o início da noite da última quarta-feira, quando teve um ''derrame'' e foi levada às pressas para o hospital Walfredo Gurgel, onde ficou internada para tratamento, mas acabou falecendo às 6h dessa sexta-feira.

''O movimento feminista, o GLBT e demais movimentos sociais sentem muito a perda de Marinalva, pois ela engrandecia a luta das minorias ao dar suporte às prostitutas, um público bastante vulnerável que em sua totalidade vive na periferia e sofre todo tipo de agressão social. Além das prostitutas, ela também era uma grande defensora da comunidade de Mãe Luiza. Era uma grande companheira de luta social'', disse Gorete Gomes durante o velório, no Centro Pastoral de Mãe Luiza.

O presidente da Ong Apolos, Wilson Dantas, lembrou que a Asprorn surgiu com o apoio do movimento GLBT para mostrar à sociedade que as profissionais do sexo também eram pessoas humanas que mereciam respeito, dignidade e cidadania.

''Além de ser uma grande perda para as minorias, ela vai fazer falta para o mundo, pois uma pessoa como ela que passou fome e sofreu agressões físicas no exercício da profissão para poder sobreviver e mesmo assim encarava tudo com alto astral, sempre de bem e sorrindo só poderá

Para Maria da Paz, vice-presidente da Asprorn, a partida de Marinalva deixou um vazio na luta pela defesa dos direitos das profissionais do sexo, principalmente no momento em que a Associação conseguiu o apoio do Governo do Estado para implantar o projeto ''Diamante Bruto'', que oferecerá serviços diversos nas áreas de educação e saúde.

Amélia Freire, coordenadora estadual de políticas para as mulheres, e a deputada federal Fátima Bezerra lembraram de Marinalva como sendo uma pessoa de grande solidariedade e generosidade com o próximo. Amélia lembrou ainda que um dos grandes feitos da presidente da Asprorn foi a iniciativa de pedir o apoio do padre Sabino para montar uma escola de alfabetização para as prostitutas, inclusive ela que não tinha vergonha de dizer que era analfabeta.

Natural de Lagoa Salgada, sem filhos, a presidente da Asprorn ganhou destaque entre os movimentos sociais a partir de 2002 quando tomou a iniciativa de procurar o Centro de Saúde Reprodutiva para garantir consultas e tratamento para as colegas de profissão.

De acordo com Celeste Maria Rocha Melo, coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids, mesmo tendo montado um negócio próprio e abandonado a prostituição, Marinalva conseguiu mobilizar cerca de mil prostitutas para ter atendimento médico e receber preservativos. ''Ela se preocupaca com a qualidade de vida das pessoas. Era uma grande parceira no controle da transmissão de DST/Aids'', declarou. 

06/07/07

Prostitutas do RN perdem sua líder maior

Imagem Interna
Amigos, militantes e companheiras da líder sindical Marinalva Ferreira da Silva, falecida na última quinta-feira, 28/06, de um acidente vascular cerebral (AVC) participaram, na tarde de ontem, de missa de Sétimo Dia, na Igreja Bom Jesus, na Ribeira, mandada celebrar pela Associação das Prostitutas do Rio Grande do Norte (ASPRORN), Movimento GLBT Potiguar, Movimento de luta contra a AIDS do RN, Fórum de Mulheres do RN e Movimento social Potiguar.

Marinalva foi fundadora e Presidenta da ASPRORN e marcou a sua trajetória defendendo os direitos humanos das prostitutas do RN e atuando no 
Fórum ONG/AIDS e Fórum de Mulheres do RN.  A deputada Fátima Bezerra esteve no velório da líder sindical e disse lembrar de Marinalva como “uma pessoa de grande solidariedade e generosidade com o próximo”.

‘‘O movimento feminista, o GLBT e demais movimentos sociais sentem muito a perda de Marinalva, pois ela engrandecia a luta das minorias ao dar suporte às prostitutas, um público bastante vulnerável que em sua totalidade vive na periferia e sofre todo tipo de agressão social”, afirmou Gorete Gomes, integrante da Liga Brasileira de Lésbicas, ao jornal Diário de Natal. 
 
Já o presidente da ONG Apolos, Wilson Dantas, disse que “além de ser uma grande perda para as minorias, Marinalva vai fazer falta para o mundo”. E enalteceu o espírito de luta da líder sindical que sendo “uma pessoa que passou fome e sofreu agressões físicas no exercício da profissão para poder sobreviver”,  mesmo assim “encarava tudo com alto astral, sempre de bem e sorrindo”.
 
A coordenadora Estadual de Políticas para as Mulheres do RN, Amélia Freire, também reverenciou a luta de Marinalva. Em nota, publicada na tarde de segunda-feira (02/07), o Programa Nacional de DST/Aids lamenta a morte da ativista. O texto, assinado por Mariângela Simão, diretora do programa, também lembra um pouco da história de Marinalva Ferreira da Silva. Abaixo, a nota na íntegra.

Nota de falecimento

O Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde (PN-DST/AIDS) lamenta o falecimento da ativista Marinalva Ferreira da Silva, 38, fundadora da ASPRORN – Associação das Prostitutas do Rio Grande do Norte, ocorrida na manhã dessa quinta-feira (28/06), em Natal-RN.

Natural de Lagoa Salgada - RN, ganhou destaque entre os movimentos sociais a partir de 2002 quando tomou a iniciativa de procurar o Centro de Saúde Reprodutiva para garantir consultas e tratamento para as colegas de profissão, hoje, sua organização conta com 1052 membros.

Marinalva foi pioneira na defesa dos direitos das prostitutas no Rio Grande do Norte, atualmente implantava o Projeto ‘Diamante Bruto” em parceria com o Governo do Estado, oferecendo serviços diversos na área da educação e saúde.

Corajosa e ousada, sua condição de não alfabetizada, não a impediu de criar uma sala de alfabetização para as profissionais do sexo, intitulada pelo PEDST/AIDS – RN como grande parceira no controle da transmissão das DST/Aids tem a imagem relatada por seus amigos(as) de uma militante verdadeira de humor debochado, onde os desafios na luta por direitos humanos, não apagava a sua alegria e espontaneidade. 

Temos certeza de que o espírito combativo de Marinalva continuará a inspirar as ações de prevenção à aids e de garantia dos direitos humanos e de cidadania das Profissionais do Sexo, bem como das pessoas que vivem com HIV e AIDS no Brasil.Fonte: Assessoria
Publicado no Dia 02/06/2007
Katarina das Vitórias
Profissionais do sexo comemoraram seu dia compartilhando informações com população
"Nós somos profissionais do sexo, mas antes de tudo somos mulheres, merecemos respeito", enfatizou a presidente da Associação das Profissionais do Sexo e Congêneres do RN - Asprorn, Marinalva Ferreira. As prostitutas de Natal receberam hoje, Dia Internacional da Profissional do Sexo, orientações de higiene, vestimenta, abordagem ao cliente e doenças sexualmente transmissíveis, além de preservativos. 

Para Marinalva Ferreira, no Dia Internacional das Profissionais existe um motivo para comemorar. "A violência com as prostitutas diminuiu porque hoje elas denunciam mais e se comportam melhor para evitar as agressões até mesmo entre elas", explicou. A Asprorn possui hoje 1050 profissionais cadastradas, que contam mensalmente com 31 mil preservativos (masculinos e femininos) doados pelas secretarias Municipal e Estadual de Saúde. 

A única queixa é sobre o fornecimento de gel lubrificante, dado pelo governo. "Hoje recebemos apenas 200, o ideal seria cinco mil por questões de higiene", reclamou Marinalva Ferreira. O evento pelo Dia Internacional da Profissional do Sexo aconteceu neste sábado pela manhã na praça Gentil Ferreira, local de grande concentração de prostitutas, e cabarés (12 no total). A capital potiguar possui 105 casas especificas para a atividade da prostituição. 

Segundo Marinalva, as prostitutas de Natal estão localizadas principalmente em três pontos: Zona Norte, Ponta Negra e Rocas. ""Elas se dividem na primeira idade, que vai de 18 aos 25 anos, segunda idade, que é de 26 até 50 e a terceira idade a partir dos 50 anos, ainda muito bem ativas", contou sorrindo. 

Segundo a presidente, a Asprorn pretende neste dia reforçar a luta contra o preconceito e a discriminação e buscar políticas públicas de promoção dos direitos para as profissionais do sexo. "As prostitutas sofrem violência e preconceito diariamente. Os poderes públicos precisam tomar providências para que as meninas tenham o direito de trabalhar como qualquer trabalhador tem na sociedade", comentou. 

Com o tema "Toda Mulher Tem Direito à Liberdade Sexual e a Decidir sobre o seu Corpo", a associação preparou diversas atividades de saúde, educação, lazer e cidadania.

Matéria Correio da Tarde 31/10 – Prostitutas estão preocupadas com futuro

Posted 02/11/2006 by yunosilva in correio-da-tardeturismo-sexual. Comentários desativados
Elas querem renda extra
Mariele Araújo – Repórter
Foto: Alberto Leandro
Elas também reclamam de distribuição insuficiente de preservativos
Preocupadas com rumos da prostituição, profissionais do sexo pedirão ao poder público capacitação e empregos. No encontro que aconteceu hoje de manhã as prostitutas decidiram pedir auxílio da prefeitura e secretaria estadual de saúde para tentar outras fontes de renda.
Profissionais acham que não é mais possível sobreviver apenas do sexo. Associação dos Profissionais do Sexo do RN(Asprorn) reclamou também do número insuficientes de preservativos distribuídos pelas secretarias.
Marinalva Ferreira, presidente da associação disse que irá cobrar das autoridades programas que ajudem as prostitutas a conseguirem outros ofícios. “Está difícil sobreviver apenas do corpo, e a medida que elas vão envelhecendo vai ficando pior. Queremos que elas aprendam outras coisas”, explicou.
A Asprorn informou ainda que o poder público não está fornecendo preservativos na quantidade necessária. Segundo Marinalva Ferreira, a associação possui hoje 1050 profissionais cadastradas e para isso recebe apenas 20 mil camisinhas por mês. “Mas quando levamos em consideração as prostitutas não associadas esse número ultrapassa 3 mil profissionais”, reclamou a presidente.
Pelas estimativas da Asprorn seria preciso a distribuição de pelo menos 31 mil camisinhas. O déficit no fornecimento de preservativos pode ajudar no aumento das doenças sexualmente transmissíveis em todo o RN. “Foi difícil educar então agora não pode faltar”, completou Marinalva Ferreira.
O II Encontro de Profissionais do Sexo do Rio Grande do Norte teve como tema “Prostituição Opção ou Necessidade?”. Na ocasião foram feitos testes de Aids e Hepatite C pela secretaria municipal de saúde. Ana Célica Silva, responsável pelos exames não soube informar quais os dados atuais do município sobre as doenças sexualmente transmissíveis.
“Estamos ainda organizando nosso cadastro”. A falta de organização das estatísticas resultou na desinformação das profissionais que estavam no II Encontro.
Ana Célia chamou atenção para o número de contaminação das chamadas parceiras monogâmicas, ou seja, mulheres com um único parceiro, geralmente casadas. “O número de casos sempre oscila entre profissionais do sexo e homossexuais mas o que tem nos chamado atenção são as mulheres com união estável que estão sendo contaminadas”, alertou a servidora.
Há 12 anos Denise Rocha sobrevive do corpo. Ela contou que está cada vez mais difícil arrumar clientes, por um preço satisfatório. “Trabalhava nas Rocas, agora tenho que subir para Ponta Negra e procurar turistas porque o movimento com natalense está fraco”. Denise cobra em média R$ 50 reais por programa. “Tenho uma filha de sete aos pra sustentar e tenho 36 anos. Me viro como posso”.
Marcos Antônio, do grupo Hábeas Corpus reforçou a parceria entre todas as classes relacionadas ao sexo. “A Asprorn funciona na nossa sede então estamos sempre apoiando. Combatemos principalmente a discriminação”, defendeu.
Mas nem todas as prostitutas encaram o sexo como trabalho. Maria das Graças Macedo fez questão de informar a reportagem seu apresso pela profissão. “Faço porque gosto mesmo. Tenho 54 aos, já fui doméstica e sei trabalhar em outras coisas”, enfatizou. Ela tem quatro filhos, sendo dois fruto de relação com clientes e ressaltou que sua idade não influencia nos programas. “Temos de fazer bem qualquer profissão então ninguém reclama de mim”.
Em tom de protesto Marinalva Ferreira falou sobre a visão que a sociedade tem das prostitutas. “Quem nos dá sustento é o corpo então não temos porque ter vergonha dele. Somos mulheres, somos companheiras, pagamos impostos então cobramos de todo mundo e do poder público”. Ela citou também a necessidade de outros “assessórios” que as secretarias precisam distribuir melhor como gel lubrificante e preservativos femininos.

Briga pela infância -


         Prostitutas trabalham como voluntárias para impedir que crianças e adolescentes sejam vítimas de abusos e violência nas cidades. E cobram do governo ações efetivas e enfrentamento do problema.





Paloma Oliveto

Da equipe do Correio

Aos 8 anos de idade, Marinalva Ferreira da Silva pedia esmola nas ruas de Natal, no Rio Grande do Norte. Aos 9, vendia o corpo por ?alguns trocados?. Hoje, aos 36 e ainda ?na vida?, trabalha como voluntária para evitar que outras crianças e adolescentes sejam vítimas da exploração sexual. Assim como ela, prostitutas de várias regiões do país compraram essa briga. Vão a bordéis, procuram as meninas nas ruas, denunciam clientes e desenvolvem trabalhos preventivos. ?Esse povo que explora criança devia ter dor na consciência. E se fosse com a filha deles??, questiona Marinalva, presidente da Associação das Prostitutas do Rio Grande do Norte.

MARINALVA: VIDA E OBRA

Filipe Mamede
Marinalva
1
Iva Kareninna · Natal, RN
20/5/2007 · 151 · 11
O endereço é a praça André de Albuquerque – centro de Natal.Várias meninas circulam, uma em especial. Morena, cabelos cacheados. Ela tem apenas 8 anos. Pede esmolas, conta o dinheiro, acha pouco. A menina faz amigas, já se passou um ano, ela agora tem 9. Descobre que não precisa mais pedir esmolas. Um homem que poderia ser seu avô se aproxima. Conversam. Os dois saem de cena.

É mais ou menos assim que a história de Marinalva Ferreira da Silva (39) e de muitas garotas começa. Impulsionadas pela necessidade ou pelo deslumbramento do dinheiro fácil, elas são iniciadas numa atividade ilegal difícil de ser combatida, a prostituição infantil.

Os destinos a partir daí são os mais variados possíveis. Marinalva diz que apesar das dificuldades sua vida foi melhor que a de suas colegas. Umas estão presas, algumas entraram para o tráfico, umas são dependentes químicas e outras até morreram. Marinalva acabou transformando sua profissão numa prática política e social.

Da inocência à maturidade prematura

Durante a infância foi uma vítima da pobreza, da privação. Alimentava-se - quando tinha - do que a mãe tirava do lixo: “Às vezes a gente não tinha nada para comer, só coco ‘rapado’... não morri de fome porque comi até areia”. Morava em Mangabeira, município próximo à Macaíba. Nas raras vindas para Natal, observou outras pessoas e aprendeu a pedir comida e dinheiro. Julgou ter encontrado condições melhores na rua. Fugiu de casa aos 8 anos.

Em um ano de idas e vindas das ruas para casa, fez amizades nas praças da vida. Começaram a surgir propostas não mais tão inocentes. A mais velha de suas amigas, que tinha apenas 12 anos, a convidou para também começar sair com idosos. Após relutar um pouco, avaliou: “Era um dinheiro que em um dia todinho eu não ganhava pedindo esmola...e eu precisava ajudar a minha mãe” - e continua - “Acabei sendo mulher cinco anos antes de ser moça”.

Aos 10 anos já fazia programas freqüentemente pelas ruas de Natal, mas perseguida pelo Juizado de Menores foi morar em um bordel em Parnamirim. Hoje reconhece a gravidade de suas práticas precoces e é contra a prostituição infantil: “As crianças devem estar numa sala de aula... a maioria que se prostitui hoje não é porque precisa...há muitos projetos do governo que dão ajuda a quem estuda, há muito mais oportunidade.”

Marinalva parece não ter tido chance. Aos 14 anos tinha uma média de 40 relações diárias. O ritmo de sua profissão lhe deixou seqüelas. Contraiu todas as DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) menos AIDS, seu útero ficou atrofiado, adquiriu uma inflamação crônica e nunca pôde gerar filhos.

A vaidade não esconde os sinais de sua vida. Sua aparência hoje é de uma mulher muito mais velha que a sua idade biológica. Além das marcas de expressão, carrega outras. Cicatrizes de doenças, tiros e de objetos cortantes estão espalhadas pelo seu corpo. Quando perguntada, desconversa, diz apenas: “Isso tudo é acidente de trabalho”.

De como a gente se torna o que a gente é

O primeiro passo que Marinalva deu para se tornar líder da sua categoria foi em 2000, no Centro Reprodutivo Leide Morais, hospital-maternidade do Alecrim. Na intenção de conseguir melhores condições de atendimento, acabou ajudando a si e às suas companheiras. Graças a sua mobilização, hoje nas quintas-feiras as profissionais do sexo podem ser atendidas sem precisar esperar dias ou tirar fichas: “Em um ano e três meses eu levei 148 companheiras”, se orgulha Marinalva.

Seu desempenho em seminários promovidos em parceria com o hospital chamou a atenção de entidades públicas e de associações de prostitutas de outros estados. Em 2002, foi convidada para um congresso de profissionais da área em Fortaleza. Depois de muito relutar, assumiu a representação do Estado. Foi criada a ASPRORN, Associação dos e das Profissionais do Sexo e Congêneres do Rio Grande do Norte.

Além das conquistas na área da saúde, a presidente da ASPRORN também conseguiu salas onde são ministradas aulas para as suas companheiras. Foi inclusive por meio desse projeto que ela mesma se alfabetizou há apenas três anos.

Na Associação seu trabalho é corrido, durante a semana comparece a eventos da área e visita, na capital e no interior, diversas casas de prostituição, chamadas por ela de “casas vida”. Ministra aulas de educação sexual, distribui preservativos masculinos e femininos, folhetos educativos e faz levantamentos do número de beneficiadas com o trabalho.

Desde que assumiu o cargo, Marinalva tem lutado por uma causa que começou em 1975. Há trinta anos, 150 prostitutas francesas ocuparam uma igreja na cidade de Lyon. Protestavam contra a repressão policial, multas, prisões e até assassinatos de colegas que não eram investigados.

Houve greve de sexo comercial e o movimento se espalhou. A repressão foi violenta e várias partes do mundo tomaram conhecimento. O resultado foi a criação da primeira associação de prostitutas e do dia internacional de luta por melhores condições de trabalho e de vida, o dia 2 de junho.

Faz tempo... 

As primeiras manifestações da prostituição datadas desde as civilizações de romanas só chegaram a ser oficializadas na Europa no período da Idade Média, mas sua consolidação veio no século XVIII com a Revolução Industrial, período que com o êxodo rural propiciou a formação de aglomerações urbanas e redutos de pobreza.

Por ter apresentado uma industrialização tardia, o Brasil concretizou essa atividade somente em 1930. No Rio Grande do Norte, a prostituição ganhou grande repercussão nas décadas de 1940 e 1950, naturalmente impulsionadas pela Segunda Guerra Mundial. Na época, a profissão não fazia parte do gueto social a que pertence hoje, a elite local figurava entre a clientela assídua das casas de meretrizes, como é o caso do mitificado e requintado “Cabaré de Maria Boa”. 

EM NOTA, PROGRAMA NACIONAL DE DST/AIDS LAMENTA FALECIMENTO DA FUNDADORA DA ASSOCIAÇÃO DAS PROSTITUTAS DO RIO GRANDE DO NORTE
APOIO






 


03/07/2007 – 11h55

Marinalva Ferreira da Silva em foto publicada pelo jornal Diário de Natal / Crédito: DLuca

Um acidente vascular cerebral (AVC) provocou a morte, na manhã da última quinta-feira (28/06), de Marinalva Ferreira da Silva, fundadora da Associação das Prostitutas do Rio Grande do Norte (ASPRORN). O falecimento da ativista, de 38 anos, foi lembrado em nota pelo Programa Nacional de DST/Aids e por amigos e militantes presentes ao seu velório. ‘‘O movimento feminista, o GLBT e demais movimentos sociais sentem muito a perda de Marinalva [Ferreira da Silva, fundadora da Associação das Prostitutas do Rio Grande do Norte], pois ela engrandecia a luta das minorias ao dar suporte às prostitutas, um público bastante vulnerável que em sua totalidade vive na periferia e sofre todo tipo de agressão social. Além das prostitutas, ela também era uma grande defensora da comunidade de Mãe Luiza. Era uma grande companheira de luta social’’, afirmou Gorete Gomes, integrante da Liga Brasileira de Lésbicas, ao jornal Diário de Natal.

‘‘Além de ser uma grande perda para as minorias, ela vai fazer falta para o mundo, pois uma pessoa como ela que passou fome e sofreu agressões físicas no exercício da profissão para poder sobreviver e mesmo assim encarava tudo com alto astral, sempre de bem e sorrindo”, disse Wilson Dantas, presidente da ONG Apolos. Ainda de acordo com matéria do diário da capital do Rio Grande do Norte, “a partida de Marinalva deixou um vazio na luta pela defesa dos direitos das profissionais do sexo”, na avaliação de Maria da Paz, vice-presidente da ASPRORN.

“Amélia Freire, coordenadora estadual de políticas para as mulheres, e a deputada federal Fátima Bezerra lembraram de Marinalva como sendo uma pessoa de grande solidariedade e generosidade com o próximo”, acrescentou o Diário de Natal. Em nota, publicada na tarde de segunda-feira (02/07), o Programa Nacional de DST/Aids lamenta a morte da ativista. O texto, assinado por Mariângela Simão, diretora do programa, também lembra um pouco da história de Marinalva Ferreira da Silva. Abaixo, a nota na íntegra.

Nota de falecimento

O Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde (PN-DST/AIDS) lamenta o falecimento da ativista Marinalva Ferreira da Silva, 38, fundadora da ASPRORN – Associação das Prostitutas do Rio Grande do Norte, ocorrida na manhã dessa quinta-feira (28/06), em Natal-RN.

Natural de Lagoa Salgada - RN, ganhou destaque entre os movimentos sociais a partir de 2002 quando tomou a iniciativa de procurar o Centro de Saúde Reprodutiva para garantir consultas e tratamento para as colegas de profissão, hoje, sua organização conta com 1052 membros.

Marinalva foi pioneira na defesa dos direitos das prostitutas no Rio Grande do Norte, atualmente implantava o Projeto ‘Diamante Bruto” em parceria com o Governo do Estado, oferecendo serviços diversos na área da educação e saúde.

Corajosa e ousada, sua condição de não alfabetizada, não a impediu de criar uma sala de alfabetização para as profissionais do sexo, intitulada pelo PEDST/AIDS – RN como grande parceira no controle da transmissão das DST/Aids tem a imagem relatada por seus amigos(as) de uma militante verdadeira de humor debochado, onde os desafios na luta por direitos humanos, não apagava a sua alegria e espontaneidade.

Temos certeza de que o espírito combativo de Marinalva continuará a inspirar as ações de prevenção à aids e de garantia dos direitos humanos e de cidadania das Profissionais do Sexo, bem como das pessoas que vivem com HIV e aids no Brasil.

Solidariamente,

Mariângela Simão
Diretora do PN-DST/AIDS



Redação da Agência de Notícias da Aids
   





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Prostituição

A prostituição antes e atualmente...

A prostituição pode ser definida como a troca consiente de favores sexuais por interesses não sentimentais,afetivos ou .prazer Apesar de comumente aprostituição consistir numa relação de troca entre sexo e dinheiro, esta não é uma regra. Pode-se trocar relações sexuais por favorecimento proficional, por bens materiais (incluindo-se o dinheiro), por informação,etc.
A prostituição é praticada mais comumente por mulheres, mas há um grande número de casos de prostituição masculina em diversos locais ao redor do mundo.


A ONU, em 1949, denunciou e tentou tomar medidas para o controle da prostituição no mundo. Desde o início do séulo XX, os países ocidentais tomaram medidas visando a retirar a prostituição da atividade criminosa onde se tinha inserido no século anterior, quando a exploração sexual passou a ser executada por grandes grupos do crime organizado; portanto, havia a necessidade de desvincular prostituição propriamente dita de crime, de forma a minimizar e diminuir o lucro dos criminosos. Dessa forma as prostitutas passaram a ser somente perseguidas pelos órgãos de repressão se incitassem ou fomentassem a atividade publicamente.
Com a disseminação de medidas profiláticas e de higiene e o uso de antibioticos, o controle da propagação de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e outras enfermidades correlatas à prostituição parecia próximo até meados da década de 1980 no século XX, porém, a AIDS tornou a prostituição uma prática potencialmente fatal para prostitutas e clientes, havendo no início da enfermidade uma verdadeira epidemia.


*Atualmente
Modernamente, com as doenças sexualmente transmitidas, (DST), entre as quais a SIDA (AIDS em inglês ), a prática da prostituição recebeu um golpe. Foi necessária a intervenção estatal para o controle e prevenção das doenças, que atingiram níveis de epidemia no final do século XX, início do século XXI, extinguindo boa parte da população de risco (pois são enfermidades fatais aos clientes e prostitutas).
Apesar das tentativas de órgãos de saúde pública em todo o mundo na prevenção a estas doenças, em regiões mais pobres do planeta, miséria e prostituição são palavras praticamente sinônimas.



Nas regiões mais pobres a miséria, a prostituição, o tráfico ou drogas e as DST se entrelaçam. No Brasil a prostituição infantil é comum nas camadas mais pobres dos grandes centros urbanos. Nas capitais do Nordeste em especial, existe o turismo sexual, onde crianças de ambos os sexos são recrutadas para satisfazer os desejos de pedófilos provindos de todas as partes do mundo, em especial dos Estados Unidos e da Europa.

Alguns países já reconhecem legalmente a prostituição como profissão, a exemplo da Alemanha.
Com a popularização dos novos meios de comunicação em massa, novas formas de prostituição se verificaram, como o "sexo por telefone" e sites onde o sexo é vendido em filmes, em imagens, em web cams ao vivo etc., criando uma nova forma da atividade: a "prostituição virtual".




05/06/2012 16:50

Medalha Marinalva Ferreira da Silva é entregue a secretária da mulher

Max Almeida
O Solar Bela Vista serviu de cenário, no último na segunda-feira (04), para entrega da Medalha Marinalva Ferreira da Silva. As homenagens encerraram a programação alusiva ao dia 02 de junho, Dia Internacional da Prostituta. A secretária municipal de Políticas Públicas para Mulheres, Josileide Lucas de Pontes, foi uma das agraciadas.
A Associação dos e das profissionais do sexo e congêneres do Rio Grande do Norte (ASPRORN), homenageou pessoas que contribuíram com relevantes serviços para a sociedade desde o inicio do movimento social inclusivo.

Josileide Lucas recebeu homenagem pela atenção ao movimento social comandado por Diana Soares, atual Presidente da ASPRORN. Dina Soares destacou o trabalho da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres (Semul), que sempre foi sensível ao movimento social.

“A luta não é contra a prostituição e sim contra a exploração sexual. O Movimento serve de reflexão para toda sociedade na reafirmação dos direitos humanos e institucionalizar as políticas públicas para as mulheres no enfrentamento a violência e na busca da autonomia financeira das mulheres,” destacou Josileide Lucas.

Marinalva Ferreira da Silva, faleceu no dia 28 de junho de 2007 de um acidente vascular cerebral (AVC). Marinalva foi fundadora e presidente da ASPRORN e marcou a sua trajetória defendendo os direitos humanos das prostitutas do RN e atuando no Fórum ONG/AIDS e Fórum de Mulheres do RN. Natural de Lagoa Salgada/RN, ganhou destaque entre os movimentos sociais a partir de 2002, quando tomou a iniciativa de procurar o centro de saúde Reprodutiva para garantir consultas e tratamentos para as colegas de profissão, hoje, sua organização conta com mais de 1052 membros. Marinalva foi pioneira dos direitos das prostitutas no Rio Grande do Norte, e implantava o projeto “Diamante Bruto”, oferecendo serviços diversos na área de educação e saúde.

Homenageados:
Wilson Dantas Sobrinho - Coordenador Do Programa De Dst/Aids Da Cidade Do Natal.
Solange Setta Machado - Ex- Coordenadora Do Programa E Dst/Aids Da Cidade Do Natal.
Juliana Bruna De Araujo - Sub-Coordenadora Da Suvige- Sesap/Rn.
Josileide Lucas Pontes - Secretária Municipal de Políticas Públicas para Mulheres
Sonaly Rosado - Ex-Vereadora da Cidade do Natal
Professor José Pinheiro Barbosa.
Estela Galvão - Unp
Tereza Cristina - Voluntária da Asprorn.
Josefa- Vó Zefinha -
Sargento Regina - Vereadora 

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PIPOCA DO BEM PESQUISA AINDA E INCONGNITA...

Isaac Ribeiro - repórter

Vai ter sessão de vídeo hoje? E que tal um cineminha? Só não pode faltar pipoca! Quase sempre relacionado a diversão e lazer, o tradicional e apreciado lanche agora ganha status de alimento. Um estudo realizado na Universidade de Scranton, na Pensilvânia (EUA), comprovou ter ela quantidades surpreendentes de substâncias antioxidantes, como polifenóis, até mais do que algumas frutas e legumes, além de ácido fólico, fibras e minerais como fósforo e potássio.  
Ana SilvaEstudo recente da Universidade de Scranton, na Pensilvânia (EUA), comprova propriedades nutricionais da pipoca desde que preparada sem excesso de sal e óleo. Ela é rica em polifenóis, fibras, ácido fólico e alguns mineirais.Estudo recente da Universidade de Scranton, na Pensilvânia (EUA), comprova propriedades nutricionais da pipoca desde que preparada sem excesso de sal e óleo. Ela é rica em polifenóis, fibras, ácido fólico e alguns mineirais.

Os polifenóis são responsáveis por combater os radicais livres, agentes do envelhecimento precoce do organismo. Além disso, reduzem o risco de doenças cardíacas e até mesmo alguns tipos de câncer. 

Já o ácido fólico ajuda a combater certas anemias, controla a hipertensão, age contra o derrame e doenças cardíacas e ainda mantém os espermatozóides saudáveis. Já o potássio e o fósforo agem no sistema nervoso, são bons para os ossos e na manutenção dos músculos.  

Mas não é qualquer pipoca que proporciona benefícios à saúde. O preparo precisa ser saudável, ou seja com pouco óleo e pouco sal. E aquelas de micro-ondas não são recomendáveis. 

A pipoca chega a ter mais polifenóis que determinadas frutas devido à relação proporcional de água. Em seu grão há apenas de 3% a 5%, enquanto nas frutas chega a 90%. Há portanto uma concentração maior de compostos fenólicos. 

As propriedade benéficas estão justamente naquela capinha do milho que insiste em ficar nos dentes. Se a parte branca tiver uma aparência amarelada é sinal que ela está carregada de carotenoides, antioxidantes convertidos posteriormente em vitamina A pelo organismo. As fibras ajudam no funcionamento do intestino. 

A parte branca e fofinha da pipoca também possui outras propriedades. Por ser rica em amido resistente, ela é transformada em ácidos graxos dentro do intestino grosso. Eles conferem mais acidez à região, protegendo contra o aparecimento de células cancerosas e de tumores. 

Tendo como base o milho em si, a nutricionista Fátima Nunes reconhece praticamente todas as propriedades nutricionais da pipoca, porém tem restrições à afirmação de que ela possui mais polifenóis do que algumas frutas. "Mas o milho é rico em fibras sim, em ácido fólico que é bom para ansiedade, memória; rico em ferro,  que é bom para a anemia; potássio é ótimo para atletas, pois evita câimbras; e fósforo, que também é muito bom para o cérebro", avalia. "Indico muito para crianças com anemia e gestantes as preparações com milho; cuscuz, canjica, mungunzá, e a pipoca."

A nutricionista a considera um bom alimento, mas desde que seja preparada com pouco sal e pouco óleo, como mencionado antes. "A de micro-ondas tem margarinas trans e muitos conservantes e flavorizantes; aquele cheiro forte; essa eu não recomendo. E a do cinema, que tem de ter cuidado, é muito salgada e eles colocam algo amarelo que já perguntei o que é e não sabem; já vem misturada com o sal." Outra propriedade apontada por Fátima Nunes é a saciedade proporcionada pela pipoca, além de ela nutrir bem.

Entrevista com a nutricionista Jocélia Guedes

A pipoca pode realmente trazer benefícios para a saúde?

O milho tem uma grande fonte de energia por conter alto teor de carboidratos (e fibras), além de possuir quantidades consideráveis de vitaminas B1 e E e sais minerais. A vitamina B1 que é a tiamina ajuda na regularização do sistema nervoso e aparelho digestivo. A vitamina E possui propriedades antioxidantes combatendo o envelhecimento precoce das células e até o câncer As fibras que ajudar a combater o mal colesterol sanguíneo e ajuda as pessoas que possuem intestino preso. A pipoca, por ser feita de milho é claro que possui estas propriedades atreladas a ela. O estudo recente da Universidade de Scranton, nos Estados Unidos, só vem a validar que este alimento, pode fazer parte da alimentação como mais uma opção de escolha e eliminar a culpa dos amantes da pipoca. Afinal que não gosta de assistir um filminho com pipoca?

Qual é a forma mais saudável de preparo: micro-ondas, com manteiga, com óleo, margarina?

Temos que ter muito cuidado com as pipocas de micro-ondas pelo seu elevado teor de calorias, gordura e sódio (sal), optando pelas pipocas de menor valor destes nutrientes. Para isso temos que cultivar o hábito de ler os rótulos dos alimentos. Pois o excesso destes pode contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas como obesidade, hipertensão arterial, entre outras. No preparo caseiro da pipoca o ideal é utilizar o óleo, pois este apresenta o ponto de fusão maior, suportando altas temperaturas, não formando a acroleína, substância produzida pela queima da gordura e altamente prejudicial, além de indigesta. O azeite perde suas propriedades com o calor e a margarina/manteiga podem queimar  durante o processo.

Os alunos podem levar pipoca para lanchar no colégio? A pipoca poderia então fazer parte do lanche saudável?

Para a pipoca ficar saborosa, o ideal é consumi-la logo após seu preparo. Então para levar para o lanche escolar é preciso uma grande logística. Para as escolas que oferecem este alimento, pode ser uma opção, desde que não sejam consumidas aquelas pipocas de saquinho plástico, devido ao teor de sal e/ou açúcar elevado e também pela perda de parte das propriedades benéficas durante o processo de produção, em especial a perda das fibras. No caso das escolas que possuem os famosos carrinhos de pipoca, na hora de pedir deve-se manerar no sal e na manteiga, coisa que em geral as crianças e adolescentes pedem para adicionar e com "força".

- Percebe algum tipo de preconceito com a pipoca do ponto de vista nutricional?

Confesso que é raro o nutricionista prescrever pipoca como opção no preparo de um cardápio e ou dieta. Justamente pelo hábito que as pessoas possuem de adicionar o sal e a manteiga. Temos que ter uma confiança muito grande no paciente ao colocar a pipoca no cardápio, para que ele não seja tentado com estas "adições" e "fuja do controle". Na verdade a nutrição ainda é conhecida como uma ciência nova e as tecnologias atuais estão ajudando na descoberta de muitas propriedades que muitos alimentos possuem e, que antes não era sabido. Então muitas descobertas ainda estão por vir, sobre as propriedades benéficas de vários outros alimentos.

- Alguma recomendação para o consumo de pipoca, seja por crianças, jovens ou adultos?

Este alimento, apesar das propriedades reconhecidas não deve substituir refeições, como almoço e jantar e devemos como já vimos ter alguns critérios na sua escolha, no seu preparo e finalização. No mais de vez em quando, pode ser consumida sim em passeios, em lanche em casa, pois é bem melhor que as batatas fritas, refrigerantes, etc. Cuidado apenas com as crianças, pois as pipocas estão no topo da lista dos alimentos que podem provocar engasgamento.

Povos antigos já tinham hábito de comer pipoca

Até hoje não se sabe ao certo a origem da pipoca. Porém, há indícios históricos de que ela já era consumida no Egito Antigo e na China, assim como também entre os povos Incas. Porém, uma das teorias mais aceitáveis é de que ela surgiu mesmo no continente americano há mais de mil anos. 

O relato dos primeiros europeus  descrevem a pipoca como um salgado à base de milho também usado pelos índios como adornos para o cabelo. Os astecas a usavam para enfeitar estátuas de deuses, como Tlaloc, da chuva e da fertilidade. 

Mas também há achados arqueológicos no Peru e onde fica hoje o estado de Utah, nos Estados Unidos, sugerindo ter sido a pipoca parte da alimentação de vários povos americanos.

No século 19, a pipoca já era vendida em feiras e parques dos estados Unidos. E no final desse período surgiram os primeiros cinemas. Os proprietários só permitiram a venda dentro de seus estabelecimentos tempos depois, já que acreditavam que a pipoca tirava a atenção de quem estava assistindo aos filmes. 

A história da pipoca no mundo ocidental contemporâneo está diretamente ligada aos Estados Unidos. Durante a Segunda Guerra Mundial, mais precisamente durante a Grande Depressão, ela se popularizou bastante por ser  um petisco muito barato. Ao perceber seu apelo popular, os agricultores passaram a produzir o milho em maiores proporções, transformando-se em grande fonte de renda. Por ano, os norte-americanos consomem  cerca de 12 bilhões de toneladas do produto.

Vigilância Sanitária recomenda cuidado na armazenagem

Segundo Gláucia Nunes, chefe do Núcleo de Alimentos, da Vigilância Sanitária do Município, não existe nenhuma indústria de pipocas cadastrada. Portanto, não há uma rotina de fiscalização nessa área. Com relação à venda em cinemas e outros estabelecimentos, ela diz não ver nenhuma complicação maior. 

"No cinema, não oferece risco, pois é feita dentro das boas práticas. No nosso cadastro tem fábricas de sorvete, picolé, doces, mas de pipoca não tem nenhuma", comenta Gláucia, chamando atenção, porém, para a mão do manipulador, referindo-se aos tradicionais carrinhos comuns nas ruas, shows, eventos em geral.

Gláucia Nunes aproveita para  orientar as donas de casa sobre a maneira correta de armazenar o milho de pipoca. "Todo grão deve ser armazenado em local arejado, até mesmo para não dar aquele bichinho chamado gorgulho."

A portaria nº 845, de 8/11/1976, do Ministério da da Agricultura, regulamenta o manejo do milho, incluindo o de pipoca, classificando-o em grupos,  classes e tipos, de acordo com sua consistência, coloração e qualidade.

Outro tipo  de pipoca vendidas em saquinhos plásticos fechados é a do tipo 'bokus', com aqueles grãos fofos. Ela é feita industrialmente, a partir de temperaturas bastante elevadas, com o mesmo milho utilizado para fazer canjica/munguzá. Adquire formato diferenciado e extremamente fofo porque a casca do milho é retirada antes de ir ao expansor de grãos. Após atingir a pressão ideal, o equipamento é aberto e os grãos se expandem.

Saiba mais

- Arqueólogos encontram em uma caverna no estado norte-americano do Novo México espigas de milho de pipoca com 5.600 anos de idade. 

- Índios norte-americanos e astecas utilizavam pipocas em adereços como colares e saias, além de decorarem locais de cerimônias com elas. 

- Na costa leste do Peru, arqueólogos encontraram grãos de pipoca com mais de mil anos e que estavam em ótimo estado de conservação, prontos para serem estourados. 

- A pipoca se tornou bastante popular nos Estados Unidos durante a Grande Depressão, no final do século 19, pois era uma das poucas delícias a preços acessíveis à população pobre.

- A primeira máquina portátil de fazer pipocas foi inventada pelo norte-americano Charles Cretors, em 1893.

- As vendas de pipocas para micro-ondas ultrapassam 240 milhões de dólares por ano.

- A cidade Porto Alegre (RS) entrou para o Guinness Book (o Livro dos Records), em 2003, por preparar o maior saco de pipocas do mundo. O pacote tinha 4,2 metros de altura e 23 metros cúbicos de volume. Para enchê-lo, foram necessárias uma tonelada de milho e 360 litros de óleo.

- Nos Estados Unidos, o método de produção de pipocas nos cinemas continua o mesmo até hoje: um saco pequeno contém 29 gramas de gordura saturada, o equivalente a três Big Macs.

- O lugar onde se come mais pipoca nos Estados Unidos é em Dallas. 

- Grãos de pipoca podem estourar sozinhos na areia do deserto.

- Os cinemas vendem pipoca para seus clientes desde 1912.

- A pipoca se tornou popular durante os anos de 1950 com o surgimento da televisão. Pela primeira vez, as pessoas compravam pipoca para comer em casa, hábito que tinham apenas nos cinemas e nos teatros.

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