PARTICIPE DE NOSSAS AÇÕES TRANFORME E SUA CONTRIBUIÇÃO EM UMA AÇÃO SOCIAL - DOE QUALQUER VALOR

CONTRIBUA: 9314 ITAU - 08341 2 NUMERO DA CONTA CORRENTE - deposite qualquer valor

FAÇA UM GESTO DE CARINHO E GENEROSIDADE DEPOSITE EM NOSSA CONTA CORRENTE ITAU AG; 9314 C/C 08341 2

CONTRIBUA QUALQUER VALOR PAG SEGURO UOL OU PELA AG: 9314 CONTA 08341 2 BANCO ITAU

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Exposição Africana no RN e no Brasil - Corpos da mãe África

uno Silva
repórter

O brasileiro conhece pouco sobre a África, e não é nenhum absurdo reconhecer isso. As principais referências que se tem do antigo continente, muitas vezes, estão restritas ao fato de lá ser a origem de uma das matrizes da miscigenação verde-amarela. No geral, essa visão limitada também resume o berço da civilização como um lugar de guerra e miséria. É esse vácuo que a exposição “O corpo na arte africana” quer ocupar ao propor um outro (e novo) olhar através da arte. Organizada pelo Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz (RJ), a mostra reúne cerca de 160 peças – entre esculturas, máscaras e objetos – de 40 etnias africanas a partir desta quarta-feira (16) na galeria da Fundação Capitania das Artes.

O Casal Primordial, esculturas da Costa do Marfim, dá as boas vindas ao público. São esculturas com pouco mais de um metro de altura, feitas em madeira, e simbolizam o núcleo básico da fertilidade familiar.  Boa parte das peças são de madeira, mas há objetos feitos com tecido, metal, pedra e argila. As datas das obras não foram definidas, mas há peças do século 19 e do século 20.

“A exposição apresenta a diversidade e as particularidades de cada etnia, independente do país de origem, e isso nos ajuda a entender a essência de como diferentes povos encaram assuntos como sexualidade, maternidade e o papel social do indivíduo”, explicou a museóloga Eloísa Souza, do Museu da Vida, que acompanhou a montagem da exposição na galeria Newton Navarro da Funcarte. 

A assertiva da museóloga ganha força quando se toma como base a meta dos curadores da exposição em promover visitas guiadas. “O interessante dessa mostra é a possibilidade de instigar reflexões e desmitificar a visão estereotipada de África que as pessoas têm”, acredita. Ela adiantou que a educadora Paula Bonatto, também servidora do Museu da Vida/Fiocruz, virá a Natal para capacitar monitores locais que ficarão responsáveis pela visita guiada, cujo público-alvo são estudantes da rede pública de ensino. “É interessante poder traçar paralelos da arte com outras questões, gerar outros olhares”, garante Eloísa.

O artista plástico Flávio Freitas, chefe do Departamento de Artes Integradas da Funcarte, setor responsável pela exposição em Natal, lembra que a vinda da exposição para a cidade foi decidida em 15 dias e que a parceria com a Secretaria Municipal de Educação ainda está sendo articulada – a princípio “O Corpo na Arte Africana” viria para o RN através da Fundação José Augusto. 

Módulos
A exposição é composta por cinco módulos: Corpo Individual e Corpos Múltiplos; Sexualidade e Maternidade; A modificação e a decoração do corpo; O corpo na decoração dos objetos; e Máscaras como manifestação cultural. E mais de 90% do acervo que permanece exposto na Funcarte até o próximo dia 31 de maio faz parte da coleção particular do Dr. Wilson Savino, pesquisador, diretor do Instituto Oswaldo Cruz e um dos curadores da mostra. 

São peças vindas de países como Mali, Camarões, Costa do Marfim, Nigéria, Congo. Gabão, Guiné, Gana, Moçambique, Tanzânia, Serra Leoa e Libéria. Também há objetos de Paulo Sabroza, Rodrigo Corrêa de Oliveira e Wim Degrave – todos pesquisadores da Fiocruz.

A vinda do curador Wilson Savino a Natal ainda não está definida, ele viria apresentar palestra sobre o significado das obras e a relevância da exposição. “Ele e a família são bem envolvidos com as artes produzidas na África”, revela.

Sobre os módulos, a museóloga Eloísa Sousa destaca que “A modificação e decoração do corpo” funciona como “a assinatura do sujeito dentro da sociedade onde está inserido”. Já “O corpo na decoração dos objetos” investiga a representação de formas humanas em objetos de uso cotidiano e utensílios domésticos; enquanto em “Máscaras” o indivíduo assume a personalidade das máscaras, “sendo que essas máscaras são por si a própria entidade”.

Para ela, artistas modernistas e cubistas buscaram inspiração nas formas das esculturas africanas. “São objetos altamente significativo para esses movimentos”. Segundo Eloísa, a exposição coroa uma atividade antiga da Fundação Oswaldo Cruz na área cultural, e homenageia a interação que há entre a instituição e países de língua portuguesa na África”, informa Eloísa. Ela conta que a Fiocruz mantém em Moçambique escritório técnico, fábrica de retrovirais e curso de pós-Graduação em Saúde Pública. A instituição fundada no RJ em 1900 pelo sanitarista Oswaldo Cruz (1872-1917) também está presente em Angola e Cabo Verde.

Instituição vinculada ao Ministério da Saúde, referência na América Latina quanto ao desenvolvimento de pesquisas, ensino e produção de conhecimento científico e tecnológico na área de saúde pública, a Fiocruz abriga esse tipo de iniciativa no Museu da Vida, onde a exposição estreou em setembro de 2012. Depois circulou pelas cidades de Petrópolis e Quissamã, ambas no RJ, passou por Recife, João Pessoa e Maceió antes de chegar a Natal; após o RN as peças africanas seguem para Goiânia e Brasília. No Nordeste a mostra conta com apoio logístico do escritório regional da Funarte.

Yuno Silva
repórter tribuna do  norte

ENTENDA O QUE É O CGMAF RN E A ADDA - A Ação de Distribuição de Alimentos para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana – ADA


ALIMENTO DIREITO SAGRADO PARA COMUNIDADES TRADICIONAIS...
























Ação de Distribuição de Alimentos para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana – ADA
A Ação de Distribuição de Alimentos para Grupos Populacionais Específicos – ADA, criada em 2003, é uma ação emergencial e complementar de enfrentamento a insegurança alimentar e nutricional. Os povos e comunidades tradicionais de matriz africana foram inseridos entre os grupos beneficiários da ação no ano de 2005.
Esta ação é coordenada pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB e a SEPPIR. Para 2013, a meta é distribuir 83.400 cestas de alimentos beneficiando um total de 14.000 famílias. A SEPPIR, atualmente, repassa recursos financeiros para a CONAB garantir a embalagem e o transporte das cestas.
No ano de 2012, visando assegurar uma maior efetividade e transparência à ADA, foram formados Comitês Gestores Estaduais – CGMAF em 21 estados e no distrito federal. Os Comitês devem representar a diversidade das matrizes africanas e garantir a transparência no processo de distribuição das cestas alimentares.
Entre as atribuições do CGMAF, está a indicação das casas e famílias beneficiárias da ação para a SEPPIR. O Comitê deverá prestar contas das cestas distribuídas, além de contribuir para a implementação e monitoramento do I Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos Tradicionais de Matriz Africana e do Plano Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.


Povos e Comunidades Tradicionais

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) preside desde 2007 a Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável das Comunidades Tradicionais. Por meio do Decreto 6.040/2007, instituiu-se a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs) que define esses povos como grupos culturalmente diferenciados, que possuem formas próprias de organização social. 

Esses grupos ocupam e usam, de forma permanente ou temporária, territórios tradicionais e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica. Para isso, são utilizados conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição. Entre os PCTs do Brasil, estão os povos indígenas, os quilombolas, as comunidades de terreiro, os extrativistas, os ribeirinhos, os caboclos, os pescadores artesanais, os pomeranos, dentre outros.

Na III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, definiu-se como diretriz da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional a ampliação e coordenação das ações de segurança alimentar e nutricional para povos indígenas e demais povos e comunidades tradicionais.

Dessa forma, o MDS apoia projetos específicos, definidos por meio de editais públicos, e que auxiliam as famílias a produzirem alimentos de qualidade, com regularidade e em quantidade suficiente para seu autoconsumo. Também são desenvolvidas oportunidades de trabalho e geração de renda. Nesse sentido, foram destinados mais de R$ 27 milhões para atender cerca 46 mil famílias desde 2007.

Além disso, o MDS busca ampliar o acesso desses povos a ações como Acesso à Água e Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA).


Comunidades de Terreiro

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) desenvolve pesquisa voltada para o reconhecimento e valorização das comunidades tradicionais de terreiro no Brasil. São parceiros nesse projeto a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e aAssociação Filmes de Quintal.

O objetivo da realização desse inventário é o mapeamento e o levantamento de informações socioeconômicas, com foco em questões de segurança alimentar dessas comunidades. O trabalho está sendo realizado nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (MG), Belém (PA), Porto Alegre (RS) e Recife (PE) com coleta de dados e produção de conhecimentos específicos a cerca dessas comunidades.

Esse trabalho reconhece a importância fundamental dos terreiros para suas comunidades, tendo em vista o caráter étnico e a dimensão comunitária a eles associados. A pesquisa de campo, com aplicação de questionários, acontece de maio a agosto de 2010. A divulgação dos resultados está prevista para o mês de outubro do mesmo ano.

O inventário conta ainda com o apoio da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e da Fundação Cultural Palmares (FCP).

MIDIAS SOCIAIS COMPARTILHA...

Gostou? Compartilhe !!!

Postagens populares

visitantes diariamente na REDE MANDACARURN