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sábado, 3 de novembro de 2012

A complexidade do entendimento do que é Dislexia,

Entender como aprendemos e o porquê de muitas pessoas inteligentes e, até, geniais experimentarem dificuldades paralelas em seu caminho diferencial do aprendizado, é desafio que a Ciência vem deslindando paulatinamente, em130 anos de pesquisas. E com o avanço tecnológico de nossos dias, com destaque ao apoio da técnica de ressonância magnética funcional, as conquistas dos últimos dez anos têm trazido respostas significativas sobre o que é Dislexia.
A complexidade do entendimento do que é Dislexia, está diretamente vinculada ao entendimento do ser humano: de quem somos; do que é Memória e Pensamento- Pensamento e Linguagem; de como aprendemos e do por quê podemos encontrar facilidades até geniais, mescladas de dificuldades até básicas em nosso processo individual de aprendizado. O maior problema para assimilarmos esta realidade está no conceito arcaico de que: "quem é bom, é bom em tudo"; isto é, a pessoa, porque inteligente, tem que saber tudo e ser habilidosa em tudo o que faz. Posição equivocada que Howard Gardner aprofundou com excepcional mestria, em suas pesquisas e estudos registrados, especialmente, em sua obra Inteligências Múltiplas. Insight que ele transformou em pesquisa cientificamente comprovada, que o alçou à posição de um dos maiores educadores de todos os tempos.
A evolução progressiva de entendimento do que é Disléxia, resultante do trabalho cooperativo de mentes brilhantes que têm-se doado em persistentes estudos, tem marcadores claros do progresso que vem sendo conquistado. Durante esse longo período de pesquisas que transcende gerações, o desencontro de opiniões sobre o que é Dislexia redundou em mais de cem nomes para designar essas específicas dificuldades de aprendizado, e em cerca de 40 definições, sem que nenhuma delas tenha sido universalmente aceita. Recentemente, porém, no entrelaçamento de descobertas realizadas por diferentes áreas relacionadas aos campos da Educação e da Saúde, foram surgindo respostas importantes e conclusivas, como:
que Dislexia tem base neurológica, e que existe uma incidência expressiva de fator genético em suas causas, transmitido por um gene de uma pequena ramificação do cromossomo # 6 que, por ser dominante, torna Dislexia altamente hereditária, o que justifica que se repita nas mesmas famílias;
que o disléxico tem mais desenvolvida área específica de seu hemisfério cerebral lateral-direito do que leitores normais. Condição que, segundo estudiosos, justificaria seus "dons" como expressão significativa desse potencial, que está relacionado à sensibilidade, artes, atletismo, mecânica, visualização em 3 dimenões, criatividade na solução de problemas e habilidades intuitivas;
que, embora existindo disléxicos ganhadores de medalha olímpica em esportes, a maioria deles apresenta imaturidade psicomotora ou conflito em sua dominância e colaboração hemisférica cerebral direita-esquerda. Dentre estes, há um grande exemplo brasileiro que, embora somente com sua autorização pessoal poderíamos declinar o seu nome, ele que é uma de nossas mentes mais brilhantes e criativas no campo da mídia, declarou: "Não sei por que, mas quem me conhece também sabe que não tenho domínio motor que me dê a capacidade de, por exemplo, apertar um simples parafuso";
que, com a conquista científica de uma avaliação mais clara da dinâmica de comando cerebral em Dislexia, pesquisadores da equipe da Dra. Sally Shaywitz, da Yale University, anunciaram, recentemente, uma significativa descoberta neurofisiológica, que justifica ser a falta de consciência fonológica do disléxico, a determinante mais forte da probabilidade de sua falência no aprendizado da leitura;
que o Dr. Breitmeyer descobriu que há dois mecanismos inter-relacionados no ato de ler: o mecanismo de fixação visual e o mecanismo de transição ocular que, mais tarde, foram estudados pelo Dr. William Lovegrove e seus colaboradores, e demonstraram que crianças disléxicas e não-disléxicas não apresentaram diferença na fixação visual ao ler; mas que os disléxicos, porém, encontraram dificuldades significativas em seu mecanismo de transição no correr dos olhos, em seu ato de mudança de foco de uma sílaba à seguinte, fazendo com que a palavra passasse a ser percebida, visualmente, como se estivesse borrada, com traçado carregado e sobreposto. Sensação que dificultava a discriminação visual das letras que formavam a palavra escrita. Como bem figura uma educadora e especialista alemã, "... É como se as palavras dançassem e pulassem diante dos olhos do disléxico".

A dificuldade de conhecimento e de definição do que é Dislexia, faz com que se tenha criado um mundo tão diversificado de informações, que confunde e desinforma. Além do que a mídia, no Brasil, as poucas vezes em que aborda esse grave problema, somente o faz de maneira parcial, quando não de forma inadequada e, mesmo, fora do contexto global das descobertas atuais da Ciência.
Dislexia é causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país, e uma das causas do chamado "analfabetismo funcional" que, por permanecer envolta no desconhecimento, na desinformação ou na informação imprecisa, não é considerada como desencadeante de insucessos no aprendizado.
Hoje, os mais abrangentes e sérios estudos a respeito desse assunto, registram 20% da população americana como disléxica, com a observação adicional: "existem muitos disléxicos não diagnosticados em nosso país". Para sublinhar, de cada 10 alunos em sala de aula, dois são disléxicos, com algum grau significativo de dificuldades. Graus leves, embora importantes, não costumam sequer ser considerados.
Também para realçar a grande importância da posição do disléxico em sala de aula cabe, além de considerar o seríssimo problema da violência infanto-juvenil, citar o lamentável fenômeno do suicídio de crianças que, nos USA, traz o gravíssimo registro de que 40 (quarenta) crianças se suicidam todos os dias, naquele país. E que dificuldades na escola e decepção que eles não gostariam de dar a seus pais estão citadas entre as causas determinantes dessa tragédia.
Ainda é de extrema relevância considerar estudos americanos, que provam ser de 70% a 80% o número de jovens delinqüentes nos USA, que apresentam algum tipo de dificuldades de aprendizado. E que também é comum que crimes violentos sejam praticados por pessoas que têm dificuldades para ler. E quando, na prisão, eles aprendem a ler, seu nível de agressividade diminui consideravelmente.
O Dr. Norman Geschwind, M.D., professor de Neurologia da Harvard Medical School; professor de Psicologia do MIT - Massachussets Institute of Tecnology; diretor da Unidade de Neurologia do Beth Israel Hospital, em Boston, MA, pesquisador lúcido e perseverante que assumiu a direção da pesquisa neurológica em Dislexia, após a morte do pesquisador pioneiro, o Dr. Samuel Orton, afirma que a falta de consenso no entendimento do que é Dislexia, começou a partir da decodificação do termo criado para nomear essas específicas dificuldades de aprendizado; que foi elegido o significado latino dys, como dificuldade; e lexia, como palavra. Mas que é na decodificação do sentido da derivação grega de Dislexia, que está a significação intrínsica do termo: dys, significando imperfeito como disfunção, isto é, uma função anormal ou prejudicada; elexia que, do grego, dá significação mais ampla ao termo palavra, isto é, comoLinguagem em seu sentido abrangente.
Por toda complexidade do que, realmente, é Dislexia; por muita contradição derivada de diferentes focos e ângulos pessoais e profissionais de visão; porque os caminhos de descobertas científicas que trazem respostas sobre essas específicas dificuldades de aprendizado têm sido longos e extremamente laboriosos, necessitando, sempre, de consenso, é imprescindível um olhar humano, lógico e lúcido para o entendimento maior do que é Dislexia.
Dislexia é uma específica dificuldade de aprendizado da Linguagem: em Leitura, Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social. Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária. Dificuldades no aprendizado da leitura, em diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos. 
Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente...

Disgrafia é uma inabilidade ou atraso no desenvolvimento da Linguagem Escrita, especialmente da escrita cursiva. Escrever com máquina datilográfica ou com o computador pode ser muito mais fácil para o disléxico. Na escrita manual, as letras podem ser mal grafadas, borradas ou incompletas, com tendência à escrita em letra de forma. Os erros ortográficos, inversões de letras, sílabas e números e a falta ou troca de letras e números ficam caracterizados com muita frequência... Ler mais sobre>

Discalculia - As dificuldades com a Linguagem Matemática são muito variadas em seus diferentes níveis e complexas em sua origem. Podem evidenciar-se já no aprendizado aritmético básico como, mais tarde, na elaboração do pensamento matemático mais avançado. Embora essas dificuldades possam manifestar-se sem nenhuma inabilidade em leitura, há outras que são decorrentes do processamento lógico-matemático da linguagem lida ou ouvida. Também existem dificuldades advindas da imprecisa percepção de tempo e espaço, como na apreensão e no processamento de fatos matemáticos, em sua devida ordem...Ler mais sobre>
Deficiência de Atenção - É a dificuldade de concentrar e de manter concentrada a atenção em objetivo central, para discriminar, compreender e assimilar o foco central de um estímulo. Esse estado de concentração é fundamental para que, através do discernimento e da elaboração do ensino, possa completar-se a fixação do aprendizado. A Deficiência de Atenção pode manifestar-se isoladamente ou associada a uma Linguagem Corporal que caracteriza a Hiperatividade ou, opostamente, a Hipoatividade...Ler mais sobre>

Hiperatividade - Refere-se à atividade psicomotora excessiva, com padrões diferenciais de sintomas: o jovem ou a criança hiperativa com comportamento impulsivo é aquela que fala sem parar e nunca espera por nada; não consegue esperar por sua vez, interrompendo e atropelando tudo e todos. Porque age sem pensar e sem medir conseqüências, está sempre envolvida em pequenos acidentes, com escoriações, hematomas, cortes. Um segundo tipo de hiperatividade tem como característica mais pronunciada, sintomas de dificuldades de foco de atenção. É uma superestimulação nervosa que leva esse jovem ou essa criança a passar de um estímulo a outro, não conseguindo focar a atenção em um único tópico. Assim, dá a falsa impressão de que é desligada mas, ao contrário, é por estar ligada em tudo, ao mesmo tempo, que não consegue concentrar-se em um único estímulo, ignorando outros...Ler mais sobre>
Hipoatividade - A Hipoatividade se caracteriza por um nível baixo de atividade psicomotora, com reação lenta a qualquer estímulo. Trata-se daquela criança chamada "boazinha", que parece estar, sempre, no "mundo da lua", "sonhando acordada". Comumente o hipoativo tem memória pobre e comportamento vago, pouca interação social e quase não se envolve com seus colegas...Ler mais sobre>
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No cérebro de um disléxico

Por: Vítor Cruz (*)
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O que é a dislexia?

Na sua etimologia, a palavra "dislexia" é constituída pelos radicais "dis", que significa dificuldade ou distúrbio, e "lexia", que significa leitura no latim e linguagem no grego, ou seja, o termo dislexia refere-se a dificuldades na leitura ou a dificuldades na linguagem (Lerner, 2003). No entanto, a ideia de que se refere a um distúrbio na leitura parece ser aquela que é mais consensual (Lerner, 2003).

Deste modo, o termo dislexia é actualmente aceite como referindo-se a um subgrupo de desordens dentro do grupo das Dificuldades de Aprendizagem, mas que é frequentemente usado de um modo abusivo, pois tem sido dada a ideia incorrecta de que todos as pessoas com problemas de leitura, ou de instrução de um modo geral, têm dislexia (Kirk, Gallagher & Anastasiow, 1993, Rebelo, 1993, Morais, 1997, Caldas, 1999, Das et al., 2001, Vega, 2002).

Embora existam muitas definições e explicações, e não obstante as diferenças entre as várias definições, de acordo com as nossas leituras parecem existir aspectos de consenso. Ou seja, parece ser consensual que quando falamos em dislexia estamos a referir-nos a uma dificuldade primária para a leitura, devida a um funcionamento diferente do cérebro (que não está lesado), não existindo portanto uma causa aparente para o problema, aspecto este que está associado à exclusão de um conjunto de critérios eventualmente originadores de problemas na leitura. Por último há que referir um critério da discrepância, no qual se sugere que o problema que surge não é esperado.

A definição da Federação Mundial de Neurologia (1968, cito in Torres & Fernández, 2001, p. 5) parece ser a que melhor sintetiza os aspectos atrás referidos, pois sugere que a dislexia é "uma perturbação que se manifesta na dificuldade em aprender a ler, apesar de o ensino ser convencional, a inteligência adequada e as oportunidades socioculturais suficientes. Deve-se a uma incapacidade cognitiva fundamental, frequentemente de origem constitucional".

Como é que o cérebro lê as palavras?
Tendo em consideração que a maioria das definições sugerem que a dislexia presumivelmente se deve a alterações no sistema nervoso central, de seguida faremos uma breve abordagem ao que a literatura refere sobre os diferentes substratos neurológicos envolvidos na leitura, e suas funções nessa tarefa complexa.

Foi apoiando-se em trabalhos como o de Pierre Paul Broca e de Carl Wernicke que em 1979 Norman Geschwind apresentou um relato preciso do percurso através do córtex cerebral envolvido na leitura (Posner & Raichle, 2001). Assim, Geschwind sugere a existência de cinco áreas do córtex com funções diferentes na leitura, (Posner & Raichle, 2001).

A primeira é a área visual primária, local onde se realiza a percepção da imagem da palavra. Depois, na circunvolução angular ocorrem as fases iniciais da interpretação da palavra e o estímulo visual é convertido no seu significado linguístico. A terceira área é responsável pela compreensão do significado da palavra e é denominada por área de Wernicke. De seguida, a área de Broca recebe a informação sobre o que se vai dizer e planeia o tipo de movimentos técnicos necessários à produção da fala. Por último é do córtex motor que são enviados os comandos nervosos.

Usando técnicas sofisticadas para analisar o cérebro de crianças e adultos, mais recentemente os investigadores identificaram três regiões de fundamental importância, que o cérebro usa para analisar as palavras escritas, para reconhecer os seus sons constituintes e para automatizar o processo de leitura (Shaywitz, 2003).

Assim, Shaywitz (2003) diz-nos que para ler as pessoas usam três sistemas cerebrais, todos eles situados no hemisfério esquerdo do cérebro, aquele que é tradicionalmente associado à linguagem. A primeira área está na parte frontal do cérebro e é denominada de gírus frontal inferior ou área de Broca. As outras áreas situam-se na parte de trás do cérebro e são a região parieto-temporal e a região occipito-temporal, também denominada área de visão das formas das palavras.

De acordo com Shaywitz (2003), a área frontal inferior esquerda do cérebro (área de Broca), denominada pela autora de gerador de fonemas, é responsável pela articulação da linguagem falada, pois esta área do cérebro ajuda as pessoas a vocalizarem as palavras - em silêncio ou em voz alta. É uma área especialmente activa no cérebro dos leitores principiantes, pois também realiza a análise dos fonemas.

Por seu lado, a região parieto-temporal esquerda, denominada de analisador de palavras, está envolvida na análise e descodificação dos sons das partes das palavras, pois esta secção do cérebro realiza uma análise mais completa das palavras escritas. Na realidade, nesta área as palavras são divididas nas sílabas e fonemas ou as constituem, e as letras são associadas aos sons apropriados (Shaywitz, 2003).

Por último, a região occipito-temporal ou detector automático é o local onde toda a informação relacionada com as palavras e os sons é combinada, para que o leitor reconheça e leia a palavra de um modo instantâneo, ou seja, a tarefa desta parte do cérebro é a de automatizar o processo de reconhecimento das palavras (Shaywitz, 2003).

Resta referir que apesar de estes processos serem divididos numa sequência de três etapas para facilitar o seu entendimento, na realidade estas áreas do cérebro actuam de modo simultâneo e concertado, tal como acontece com as secções de uma orquestra (Shaywitz, 2003).

Com uma abordagem diferente, um outro trabalho digno de relevo é o recentemente desenvolvido por Nicolson & Fawcett, que sugerem a existência de um défice no cerebelo como hipótese explicativa da dislexia (Nicolson & Fawcett, 2000, Beaton, 2002, Bishop, 2002).

De acordo com os autores referidos, o cerebelo é uma estrutura que contém cerca de 50% do total dos neurónios do cérebro, que se situa na parte de trás deste e que faz o interface entre o córtex cerebral e o sistema motor (Nicolson & Fawcett, 2000, Beaton, 2002, Bishop, 2002).

Se por um lado é sabido que o cerebelo está envolvido na aquisição e execução das habilidades motoras, e que geralmente é considerado como um elemento central na automatização das habilidades motoras, por outro lado, trabalhos recentes demonstraram que o cerebelo também está directamente envolvido nas habilidades cognitivas relacionadas com a linguagem (Nicolson & Fawcett, 2000, Beaton, 2002, Bishop, 2002).

Assim, de acordo com a hipótese do défice cerebeloso proposta por Nicolson & Fawcett, alterações na estrutura do cerebelo das pessoas com dislexia originam alguns problemas na automatização das habilidades relacionadas com a linguagem, que originam de um modo directo os padrões de dificuldades dos disléxicos (Nicolson & Fawcett, 2000, Beaton, 2002, Bishop, 2002). Em conclusão, pensamos que independentemente das origens da dislexia, o que é fundamental é pensarmos nas melhores maneiras de ajudarmos estas pessoas a lidarem com essa sua maneira particular de percepcionar e entender os símbolos gráficos.
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(*) Professor Auxiliar na Unidade Científico-Pedagógica de Educação Especial e Reabilitação da Faculdade de Motricidade Humana, Universidade Técnica de Lisboa.

Referências bibliográficas

Beaton, A. A. (2002). Dyslexia and the Cerebellar Deficit Hypothesis. Cortex, 38, 479- 490.
Bishop, D. V. M. (2002). Cerebellar Abnormalities in Developmental Dyslexia: Cause, Correlate or Consequence? Cortex, 38, 491-498.
Caldas, A. C. (1999). A Herança de Franz Joseph Gall - O Cérebro ao Serviço do Comportamento Humano. Lisboa: McGraw-Hill.
Das, J. P., Garrido, M. A., González, M., Timoneda, C. & Pérez-Álvarez, F. (2001). Dislexia y Dificultades de Lectura: Una Guía para Maestros. Barcelona: Paidós.
Kirk, S. A., Gallagher, J. J. & Anastasiow, N. J. (1993). Educating Exceptional Children. Boston: Houghton MifflinCompany.
Lerner, J. W. (2003). Learning Disabilities: Theories, Diagnosis, and Teaching Strategies. Boston: Houghton MifflinCompany. Morais, J. (1997). A Arte de Ler – Psicologi Cognitiva da Leitura. Lisboa: Edições Cosmos.
Nicolson, R. I. & Fawcett, A. J. (2000). Long-term Learning in Dyslexic Children. European Journal of Cognitive Psychology, (12), 357-393.
Posner, M. I. &Raichle, M.E. (2001). Imagens da Mente. Porto: Porto Editora.
Rebelo, J. A. S. (1993). Dificuldades da Leitura e da Escrita em Alunos do Ensino Básico. Rio Tinto: Edições ASA.
Shaywitz, S. (2003). Overcaming Dyslexia: A New and Complete Science-Based Program for Overcaming Reading Problems at Any Levei. Knopf.
Torres, R. M. R. & Fernández, P. F. (2001). Dislexia, Disortografia e Disgrafia. Lisboa: McGraw-Hill.
Vega, F. C. (2002). Psicología de Ia Lectura: Diagnóstico y Tratamiento de los Transtornos de Lectura. Barcelona: Praxis.

Como diagnosticar e tratar o transtorno Transtorno exige atenção especial da família, da escola e dos médicos


Como diagnosticar e tratar o transtorno

Transtorno exige atenção especial da família, da escola e dos médicos

Como diagnosticar e tratar o transtorno
Diagnóstico e tratamento demandam parecer de pediatra, psicólogo, fonoaudiólogo e psiquiatra

or Marianna Perri, filha de Rita e José
Uma criança é agitada demais, sobe nos móveis e faz com que os pais evitem sair com ela. Já outra é quieta, ansiosa e sofre com baixa autoestima. Ambas têm desempenho ruim na escola e, por mais que não pareça, sofrem com o mesmo problema. É o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Ele tem origem genética e pode ser agravado por fatores como o parto prematuro, baixo peso do recém-nascido, consumo de álcool durante a gestação e a exposição a toxinas como o chumbo e corantes artificiais.
Embora a dislexia e o TDHA tenham origem parecida – são desfechos diferentes da mesma falta de controle das emoções, que depende da maturidade de uma área específica do cérebro, o córtex, que regula as emoções - o TDAH traz prejuízos intelectuais para as crianças, ao contrário da dislexia. Na média, o QI de quem sofre com o problema é nove pontos menor, se comparado com o de uma criança na mesma faixa etária.
Diferentes perfis do problema
Toda criança com TDAH tem dificuldades comuns, como respostas impulsivas e dificuldade de se planejar, problemas comportamentais e de memória operacional. A depressão também está frequentemente associada ao transtorno, pois a criança sofre para se relacionar com a família e amigos, além da pressão na escola.
Contudo, apesar desses sintomas gerais, existem dois perfis bem definidos de pacientes com TDHA. Um deles é hiperativo, agitado, impulsivo e birrento. Já outro, é inquieto, sem amigos, ansioso, preocupado e sofre mais com os problemas de aprendizado e de baixa autoestima. Os meninos, que se encaixam mais no primeiro perfil, são os que mais sofrem com a condição. Acredita-se que o problema esteja relacionado aos hormônios sexuais masculinos, mas ainda não há nenhuma comprovação científica.
Como os pais devem se comportar
É possível descobrir o TDAH antes da idade escolar. A criança apresenta os primeiros sintomas por volta dos quatro anos: ela não consegue brincar com a mesma coisa por muito tempo, troca de brinquedos frequentemente e não se detém em nenhuma atividade.
Esta situação é agravada a partir dos seis anos, quando começa a alfabetização. Nesta idade, os principais sintomas são a falta de atenção e de organização, impulsividade e dificuldade de controlar a atividade motora.
A Associação Americana de Psicologia (APA) aconselha os pais a buscarem ajuda médica quando os filhos apresentam os sinais regularmente e em várias situações. Mas atenção, uma criança que só fica desatenta durante as aulas, mas consegue focar-se em uma brincadeira, provavelmente não tem o problema.
Os pais devem entender a doença e lidar com as características específicas dos filhos. A primeira dica é não se preocupar e cobrar demais a criança, com exigências na escola ou imposição de um desempenho igual ao dos colegas – esta é a principal causa de depressão entre aqueles que têm o transtorno.
A criança com TDAH precisa de técnica para se desenvolver. Por isso, os pais e professores devem falar com ela de forma clara e direta, utilizando palavras simples. O tom deve ser de aceitação e incentivo, jamais de crítica.
É necessária uma escola que se adapte a criança e busque soluções individualizadas para ela. Aqueles que são diagnosticados com TDAH são considerados de inclusão e devem ter um tratamento diferente dentro da sala de aula, sem a necessidade de procurar um ensino voltado apenas para eles.
Algumas medidas podem ajudar a criança com TDAH na escola: mais trabalhos em grupo, aulas particulares, recompensa pelo esforço, mais chances de sair da sala (para beber água, levar algum recado), fazer um planejamento para estudar em casa e dar mais tempo para que a matéria seja copiada.
Os pais, a escola, os professores e médicos devem estar em harmonia para que a criança entenda que tem um problema, e para que todos descubram a melhor maneira de incentivá-la a se desenvolver.
Tratamento em equipe
O diagnóstico definitivo exige uma vasta equipe de profissionais, já que ele é unicamente clínico. Uma vez determinado, os médicos passam a investigar a história e o desenvolvimento do transtorno. Alguns exames, como o eletroencefalograma, também contribuem para o diagnóstico, uma vez que descartam outras doenças cerebrais ou neurológicas.
O profissional mais bem preparado para identificar e tratar o problema é o psiquiatra da infância e adolescência, mas geralmente são os neurologistas infantis que cuidam destas crianças.O caminho até chegar nestes médicos geralmente passa pela escola, pelo pediatra, psicólogos, fonoaudiólogos e só daí pelos psiquiatras – mas todos estes profissionais devem ser envolvidos no tratamento da criança.
Em alguns casos, é recomendado o uso de medicamentos. Uma pesquisa recente da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo divulgou que o Brasil é segundo maior consumidor da Ritalina no mundo. Entre 2000 e 2008, as vendas do remédio aumentaram 1,65% em todo o país.
A Ritalina é receitada para crianças e adolescentes que tenham baixo desempenho na escola ou que não consigam se comportar. Alguns estudos mostram que, quando utilizado por um longo período, o medicamento pode causar dependência química.
O superdiagnóstico do problema pode ter levado a este aumento nas vendas. A recomendação da APA é que todos os profissionais que lidam com a educação e comportamento da criança se envolvam no tratamento, e não busquem apenas uma saída para cuidar desta criança.
Consultoria: Guilherme Polanczyk, pai de Manuela e Clara, professor de psiquiatria da infância e adolescência da USP. Maria Edna Escórcia de Souza, mãe de Rafael e Thiago, diretora pedagógica do Joana D’arc. Eliana de Barros Santos, mãe de Mariana, Rebeca e Laerte, é psicóloga, psicopedagoga e diretora geral do Colégio Global.

Segundo pesquisas atuais, os dois tipos de hiperatividade mais aceitos são o transtorno por déficit atencional com hiperatividade( TDA+H) e o transtorno por déficit atencional sem hiperatividade(TDA-H). O TDA+H relaciona-se a uma maior agressividade, maior baixa autoestima e pior rendimento em tarefas cognitvas e motoras mais deficitárias. O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade relaciona-se a uma maior ansiedade, preguiça e lentidão nas ações.
A ocorrência do transtorno é maior entre os meninos, com proporções que vão de 2 por 1 até 9 por 1. A Associação Americana de Psiquiatria considera que entre 3 e 7% das crianças em idade escolar apresentam o transtorno, e que cerca de 60 % a 70% das pessoas que tiveram TDAH na infância mantêm o transtorno na vida adulta, interferindo na vida acadêmica, profissional, afetiva e social, de acordo com o DSM-IV (APA, 1994).
As mulheres costumam demonstrar o tipo predominantemente desatento com mais freqüência que os homens
O status socioeconômico também influencia na prevalência do transtorno, onde a carência se apresenta de forma acentuada e limita melhores condições de educação; nesses casos, a presença de hiperatividade pode ser quase o dobro que entre níveis sócio- econômicos mais elevados.
Os fatores de maior predisposição são antecedentes familiares do transtorno, consumo de álcool e tabaco, possíveis problemas na gravidez, exposição a alguns componentes,mães que enfrentam sozinhas a educação de seus filhos, má saúde ou atraso no desenvolvimento da criança, estilo educativo muito crítico e diretivo da mãe na primeira infância.
Segundo Sulivan (1985), na idade pré-escolar a falta de atenção e hiperatividade não são indicativas de hiperatividade, analisando-as isoladamente. Muitas dessas crianças apresentam tais comportamentos, porém são passageiros, em contraposição com a idade escolar,quando o transtorno incide com maior gravidade, coincidindo com as normas, a s regras sociais as quais a criança começa a fazer parte.

"Descobrindo o Transtorno e Déficit de Atenção - TDA" Márcia Homem de Mello©


"Descobrindo o Transtorno e Déficit de Atenção - TDA"
Márcia Homem de Mello©

Engraçado como o terno “a necessidade obriga” foi importante no meu mais recente investimento em estudos e busca de informações.
Mais surpresa ainda fiquei na conclusão desta minha pesquisa pessoal ao constatar que ainda precisamos evoluir MUITO nesse tema, o chamado Transtorno e Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade, o TDA-H. Para alguns o DDA, ou Distúrbio de Déficit de Atenção.
TDA-H é um distúrbio neurológico que se caracteriza pela alteração da atenção, impulsividade e hiperatividade, que atinge entre 3 a 5% de todas as crianças em idade escolar. O Transtorno pode ocorrer sem a Hiperatividade.
Vale ressaltar que TDA-H é uma disfunção cerebral, na qual o cérebro não funciona adequadamente, devido a interferência de impulsos rápidos, que se manifesta por três grupos de sintomas: desatenção, hiperatividade e impulsividade.
A primeira busca pode ocorrer pela hiperatividade, esse termo já é comum e de conhecimento mais popular. Geralmente crianças hiperativas levam apelidos ligados a esse comportamento inquieto, ou ouvem reclamações dos pais dizendo que parece que são “ligadas na tomada”.  Ou a busca pode ocorrer pela dificuldade de aprendizado, uma criança muito dispersa, dificuldade de compreender textos, etc. Mais difícil a procura por conseqüência de atos impulsivos. Ressaltando que esses comportamentos devem estar presentes em qualquer ambiente que se freqüente, não tendo relação com comportamentos que expressem falta de limite na educação/criação.
Apesar de ser um distúrbio comum na infância, pouco se vê em resultados de diagnósticos, podendo levar o transtorno a fase adulta ainda sem nenhum tipo de informação e tratamento ao portador. Ou por inúmeras vezes, ter um diagnóstico confundido com o Transtorno Bipolar.
Tem sido considerado de origem genética, o que me mostrou uma complicação ainda maior devendo haver um levantamento histórico familiar que muitas vezes não é feito, mantendo o transtorno como individual na família ou tratando-se apenas suas comorbidades relacionadas (depressão, dislexia, ansiedade, abuso ou dependência de drogas, disturbios alimentares, etc) .
Com freqüência elevada no sexo masculino, a linha de busca não deve excluir o sexo feminino, mesmo sendo estatisticamente menor.
É importante lembrar que o diagnóstico para ser realizado na fase adulta, deve conter um levantamento de informações desde a infância, pois é onde se iniciam os sintomas. Buscar informações com familiares ajuda muito nesse momento, caso o adulto tenha poucas lembranças. O diagnóstico não deve ser feito com base em relato só na fase adulta.
A importância de se fazer o diagnóstico na infância se deve ao fato de que o tratamento minimizará os comprometimentos sociais, escolares e familiares, nessa fase e o prolongamento na fase adulta, na qual os comportamentos já estão instalados e as dificuldades de atenção continuam atrapalhando a qualidade de vida. Apesar de haver uma tendência ao declínio da hiperatividade, ou uma adaptação dessa inquietação na fase adulta, como a substituição por atitudes de estar sempre andando de um lado para outro, de fazer tudo como se estivesse com muita pressa, de não conseguir deixar as mãos paradas e assim por diante.
Existe um consenso de que nas meninas o tipo clínico mais comum é sem hiperatividade (tipo predominantemente desatento) e nos homens, mais freqüente o quadro com hiperatividade.
Minhas buscas se concentraram na fase adulta, por ter sido o meu ponto de partida, e também por reconhecer uma deficiência no diagnóstico desse transtorno dos profissionais da área, que não se percebem muitas vezes dos motivos geradores de uma doença como a depressão, ou dos indivíduos com diversos tipos de vícios, como as drogas químicas, o álcool, jogos, entre outras.
Alguém que teve sua depressão tratada, mas que ainda continuava sentindo-se “diferente”, de um angustiado em seus relacionamentos pessoais e sociais, por exemplo, ao saberem do diagnóstico de TDA-H, demonstraram um alivio tão significativo, que vale á pena investir mais tempo profissional nessa área de estudos.
Quando uma pessoa apresentar um quadro depressivo, fóbico, de ansiedade, um abuso de drogas, um distúrbio anti-social ou delirante, obsessividade, for imprudente, impulsiva, desorganizada, enfim, é importante fazer um levantamento mais específico para eliminar ou não a possibilidade de TDA-H.
Fiquei me perguntando quantas pessoas poderiam ter vencido a luta contra o vicio das drogas se tivessem sido diagnósticas corretamente? Quantas pessoas poderiam vencer a frustração profissional ou educacional? Quantos relacionamentos poderiam ser resgatados se houvesse o tratamento adequado do TDA-H? Quantos acidentes de trânsito seriam evitados? Quanto se teria diminuído estatisticamente de doenças sexualmente transmissíveis ou de gravidez precoce?
E uma última pergunta que me pareceu mais relevante ao final das minhas reflexões: Quanto os profissionais poderiam ter melhorado a qualidade de vida dessas pessoas evitando que algumas se voltassem para o “mundo do crime”, já que existe uma prevalência elevada de adultos portadores de TDA-H em estabelecimentos prisionais?
Estranho pensar nessas perguntas vistas por esse ponto de vista? Num primeiro momento pode ser, mas se aprofundarmos o tema, verá que a responsabilidade é muito maior do que parece.
Graças aos avanços científicos estamos tendo a possibilidade de mudar tudo isso. Mas precisamos do compromisso da divulgação da informação destes avanços, com a finalidade de chegar-se ao maior número possível de diagnósticos, corretos e o mais breve possível na fase de desenvolvimento do indivíduo.
Impressiona a aflição de um TDA-H em não conseguir se organizar em sua vida pessoal, apesar de reconhecer a necessidade dessa organização, sente-se vencido, derrotado e extremamente frustrado pela falta de estímulo em executar tarefas simples do dia-a-dia.
Essa confusão atinge todas as áreas, da profissional, financeira, social, até a familiar e conjugal. O que torna difícil a convivência e compreensão desse tipo de comportamento por parte dos demais que sequer se dão conta do quanto isso angustia um TDA-H, apenas se afastam, demitem, cobram, pressionam e reclamam.
Na família do TDA-H, que pode vir a ter mais de um portador, os conflitos são maiores, tornando essa convivência um verdadeiro caos.
O tratamento existe. Com uso de psico-estimulante e terapia o TDA-H terá condições de modificar positivamente tudo isso. É importante a busca pelo profissional adequado que fará o diagnóstico e iniciará o processo correto, com acompanhamento da medicação e da terapia.
Converse com o profissional, se informe BEM sobre o assunto.

Para ajudar nesse tema, vou destacar alguns itens que também me foram importantes nesse momento.


Aqui o médico Drauzio Varella conversa com um médico psiquiatra sobre o tema:

Vídeos sobre TDA-H:
Programa do Jô de 2003, entrevista com o Dr. Paulo Mattos:
http://www.youtube.com/watch?v=1k56SxwnPaM  (video 01)http://www.youtube.com/watch?v=qxRnUKAydYo  (video 02)

Dr. Paulo Issa
http://www.youtube.com/watch?v=Ztkaw9W-Mxk

Dra. Ana Beatriz Silva:http://www.youtube.com/watch?v=qYuGThq02uE&NR=1

Pesquisa feita por pesquisadores gaúchos revela que o TDAH tem pouco a ver com influências ambientais e mais com fatores genéticos e neurobiológicos da criança:http://www.youtube.com/watch?v=MePQm8XjWQU

Um video usando realidade virtual, sobre o olhar de uma criança em sala de aula com exemplos de TDAH:http://www.youtube.com/watch?v=s0K9ijrRWfo

Existe uma associação que ajuda no tema:
Associação Brasileira de Déficit de Atenção - http://www.tdah.org.br 

Dois outros links também contendo muitas informações:
Nesse site pode ser encontrado o Consenso Brasileiro de Especialistas sobre o Diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção – Hiperatividade em Adultos - http://www.tdah.org.br/consenso_final.pdf 

13 de novembro uma audiência pública, na qual a gente vai discutir a situação financeira do Estado e a proposta orçamentária para 2013.

13 de novembro uma audiência pública, na qual a gente vai discutir a situação financeira do Estado e a proposta orçamentária para 2013. 
O projeto de orçamento do Estado para 2013 estará em discussão em uma audiência pública, no dia 13 deste mês, na Assembleia Legislativa. A iniciativa é do deputado estadual Fernando Mineiro. 

audiência pública que irá tratar sobre a situação da Saúde do RN. O evento acontecerá na próxima quinta-feira (8), no auditório Robinson Faria e foi solicitado pelo presidente do Sindicato dos Médicos, Geraldo Ferreira Filho. - atuação dos médicos no RN


 fala sobre atuação dos médicos no RN "ALGUNS SAO DEUSES A SAUDE ONDE PACIENTES E OUTROS FUNCIONARIOS DA SAUDE SAO RELEGADOS A QUE???

Publicação: 03/11/2012 08:52 Atualização:
DN Online

O deputado Leonardo Nogueira apresentou, durante a sessão plenária de quinta-feira (01), dados sobre a distribuição dos profissionais de medicina pelo Rio Grande do Norte. De acordo com informações divulgadas por uma pesquisa feita pelo Conselho Federal de Medicina e Conselho Regional de Medicina de São Paulo, os médicos brasileiros estão, sem sua maioria, concentrados nas capitais e região metropolitana. No RN a situação também é essa. Segundo Leonardo Nogueira, 70% desses profissionais estão concentrados em Natal e Grande Natal.

Para ele, a situação é preocupante, tendo em vista que dentro desses 70%, grande parte ainda está voltada para o setor privado e planos de saúde. “Apenas 30% dos médicos estão atuando no interior do estado. E esses 70% que estão na capital e região metropolitana atende mais pelo setor privado. Poucos deles estão ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS). É preciso repensar essa realidade. Vivemos num país que avança economicamente e que não pode mais viver desta forma”, declarou.

O deputado aproveitou a ocasião para falar sobre a audiência pública que irá tratar sobre a situação da Saúde do RN. O evento acontecerá na próxima quinta-feira (8), no auditório Robinson Faria e foi solicitado pelo presidente do Sindicato dos Médicos, Geraldo Ferreira Filho.

Falta fiscalização no litoral Norte NOS DIZEMOS EM TODO O LITORAL...


Falta fiscalização no litoral Norte



A falta de fiscalização por parte das autoridades tem transformado um dos mais importantes atrativos turísticos do Estado - a praia de Jenipabu, no litoral norte - uma "terra" onde as leis são ignoradas por motoristas que aproveitam para exibir seus carros em meio aos pedestres, frequentadores ou moradores da praia.

Magnus NascimentoBugueiros e seus passageiros não se incomodavam em infringir as leis de trânsito na orla de JenipabuBugueiros e seus passageiros não se incomodavam em infringir as leis de trânsito na orla de Jenipabu

Os riscos e a falta de cuidados com um dos cartões postais do Rio Grande do Norte são rapidamente observados. O "feriadão" maximiza as infrações e, consequentemente, os riscos aos quais estão expostos os banhistas. É um vai e vem de bugres e outros veículos, especialmente os de tração 4x4, na faixa de praia repleta de crianças e adultos.

"Todo feriado é assim. Fiscalização é difícil ter. Enquanto isso, vemos que alguns usuários reclamam. Outros não ligam nem se dão conta do perigo", afirmou Felipe Torres, comerciante de um dos bares da praia. O banhista divide espaço também com animais vadios ou mesmo os domésticos levados pelos seus proprietários para um passeio, em meio às crianças.

Enquanto os banhistas curtiam o sol deitados no chão da praia ou usufruíam do espaço com a prática de algumas modalidades esportivas, era necessária uma atenção constante, ou poderia ser atropelado. "É complicado. Você vem à praia para tentar fugir do trânsito e da rotina diária. Mas quando chega, se depara com o mesmo trânsito", reclama Daisy Nunes, de 30 anos. A turista sul-riograndense Alda Osório, de 80 anos, está pela primeira vez em Natal e não imaginava a praia de Jenipabu dessa forma.

"Você vê, quando vai comprar a viagem, que é uma praia calma, sem ninguém. Tipo uma praia deserta. Mas quando chega se depara com algo bem diferente do que foi vendido", brincou a aposentada. Para ela, é preciso investir nos acessos à praia, que estão com muitos buracos. "Tirando os acessos e esse movimento constante de bugres, tá tudo tranquilo", completou.

Para o comerciante ambulante Severino Silva, de 50 anos, as vendas estão fracas e o movimento bem abaixo do esperado para um feriado. "Deve ser porque é Finados. As pessoas têm a cultura de ir ao cemitério. Não deve sobrar muito tempo para vir à praia", acredita.

MPE pede a dissolução da Ativa - ONG NAO TODO O RN SABE BEM COMO MOVIMENTO SOCIAL QUE A ATIVA E UM BRAÇO DA GESTAO MUNICIPAL QUE HA MUITO TEMPO LEVA MUITO DINHEITO PUBLICO SEM CONTROLE PROPONHO QUE FAÇAM INVESTIGAÇÃO RETROATIVA - VAMOS LEMBRAR DO MEIOS TAMBÉM DISFARÇADAS DE ONG E NA BRECHA DA LEI RECURSOS PUBLICO E CAMAROTES DE EMPREGO DIRECIONADOS SEM CONTROLE E NA GRANDE MAIORIA COM INDICAÇÕES POLITICAS ....


MPE pede a dissolução da Ativa - ONG NAO TODO O RN SABE BEM COMO MOVIMENTO SOCIAL QUE A ATIVA E UM BRAÇO DA GESTAO MUNICIPAL QUE HA MUITO TEMPO LEVA MUITO DINHEITO PUBLICO SEM CONTROLE PROPONHO QUE FAÇAM INVESTIGAÇÃO RETROATIVA - VAMOS LEMBRAR DO MEIOS TAMBÉM DISFARÇADAS DE ONG E NA BRECHA DA LEI RECURSOS PUBLICO E CAMAROTES DE EMPREGO DIRECIONADOS SEM CONTROLE E NA GRANDE MAIORIA COM INDICAÇÕES POLITICAS ....

Ativa Natal

O Ministério Público do RN impetrou Ação Civil Pública na Justiça estadual propondo a dissolução, liquidação e intervenção judicial na organização não-governamental (ong) Ativa, prestadora de serviços à Prefeitura de Natal. A ação foi proposta após o MPE identificar possíveis irregularidades nos convênios mantidos entre a organização não-governamental e a Prefeitura.

Magnus NascimentoAtiva é uma organização não governamental com um único convênio, no valor de R$ 1,1 milhão/mês, com a Prefeitura do NatalAtiva é uma organização não governamental com um único convênio, no valor de R$ 1,1 milhão/mês, com a Prefeitura do Natal

O processo contra a Ativa ocupa 13 volumes, mais de 12 mil páginas, e tramita desde o dia 29 de outubro na 17ª Vara Cível, onde aguarda análise e sentença da juíza Divone Maria Pinheiro. A petição inicial, elaborada pelos promotores Rodrigo Martins da Câmara e Hellen de Macêdo Maciel, detalha a linha de investigação adotada pela promotoria do Patrimônio Público, que atribuiu à causa o valor de R$ 1 milhão.

Na denúncia, o MPE destaca transcrições de depoimentos de ex-funcionários da Ong e documentos que embasam as suspeitas levantadas no Inquérito Civil Público nº 001/12, instaurado para averiguar possíveis fraudes detectadas pelo promotores, entre elas desvio de finalidade da instituição; contratações irregulares de funcionários; ausência de controle no ponto dos contratados para a prestação de serviços aos órgãos públicos conveniados; variação de remuneração para funcionários que exercem os mesmos cargos e funções; irregularidades em licitações e pagamentos; e ausência de controle dos recursos recebidos a títulos de convênio.

A Ação Civil Pública ainda questiona o fato do presidente da Associação ser nomeado pelo chefe do Executivo Municipal, detalhe que descaracteriza a independência na gestão da entidade e comprova o vínculo estreito e sobrevivência atrelada ao poder público. O valor original do convênio da Prefeitura de Natal com a Ativa era de R$ 910 mil/mês. O convênio é, exclusivamente, com a Semtas, mas até o início do mês de outubro o repasse já era de R$ 1,15 milhão devido vigência de contrato para administração das quatro Casas de Passagem. Em agosto, a Ativa ainda prestava serviço à Fundação Capitania das Artes no valor de R$ 100 mil.

O MPE aponta, entre as suspeitas relacionadas para a Justiça, a existência de "funcionários fantasmas", que somariam 35% do pessoal contratado pela ong, e gastos com salários que ultrapassam em 150% as receitas da Ativa. Outra irregularidade levantada é a possibilidade das indicações de funcionários serem feitas por secretários municipais e políticos ligados à administração municipal. 

Entre as irregularidades com a gestão de pessoal, o relatório elaborado pelos promotores atribui a alguns funcionários o recebimento de horas extras que totalizam carga horária de 468 horas/mês - ou jornada diária de 15h30 sem direito a nenhum dia de descanso. "Uma quantidade de horas de trabalho extraordinária não compatível com a legislação vigente, nem tampouco com a condição do ser humano para o trabalho", diz o documento do MPE.

Também foram registrados um passivo acumulado, até 31 de julho, que ultrapassa os R$ 5,1 milhões, e a ausência de recolhimento de impostos e tributos federais e previdenciários e falta de pagamento de rescisões trabalhistas.

Bate-papo - Alcedo Borges - secretário da Semtas

O secretário Municipal de Trabalho e Assistência Social, Alcedo Borges de Melo Júnior, é citado em diversas ocasiões na petição do Ministério Público como sendo o responsável por justificar "quantidade expressiva de processos" que fundamentam a contratação de pessoal. De acordo com parecer contábil juntado ao  documento elaborado pelos promotores do Patrimônio Público, Rodrigo Martins da Câmara e Hellen de Macêdo Maciel, os ofícios da Semtas destinados à Ativa, assinados por Alcedo Borges, "solicitam contratações de determinadas pessoas" e apresentam o nome e o valor líquido da remuneração.
O titular da Semtas respondeu, por e-mail, questionamentos sobre o assunto e prestou os seguintes esclarecimentos:

Como funciona/funcionava a contratação dos prestadores de serviço lotados na Semtas através da Ativa?
Todos os funcionários da Ativa que prestam serviço à Semtas o fazem por meio de convênio assinado ainda na última gestão, especificamente no ano de 2008, e que vem sendo aditivado desde então para execução de Programas, projetos e ações fundamentais para a efetivação pela das políticas públicas que contemplam a pasta que represento.

Rodrigo SenaEntrevista Alcedo Borges - secretário da SemtasEntrevista Alcedo Borges - secretário da Semtas

Há algum direcionamento quanto aos nomes dos contratados?

A maioria dos prestadores de serviço é formada por profissionais que já possuem anos de trabalho dedicados à Ativa, e consequentemente para a Prefeitura por meio do convênio. São pessoas que já trabalham há 15, 20 anos para na Organização. E durante nossa gestão, diante da necessidade técnica, foram solicitados alguns cargos específicos com qualificação determinante para  efetivação de nossas ações.

Quais os programas assistenciais mantidos pela Semtas possuem pessoal ligado à Ativa?
Os funcionários da Ativa fazem parte do quadro de prestadores de serviço dos Departamentos de Proteção Social Básica (DPSB) e Especial (DPSE), no apoio administrativo, e ainda nas ações ligadas a pasta do Trabalho.

Quantas pessoas da Ativa prestam serviços atualmente para a pasta de Assistência Social?
Hoje, temos em torno de 550 profissionais da Ativa na prestação de serviços na Semtas.

A Semtas tem controle quanto ao expediente dessas pessoas? Folha de ponto, horas extras, diárias?
Há mais de um ano trabalhamos em um processo licitatório para a implementação de controle de ponto eletrônico na Semtas. Realmente não é uma tarefa fácil, mas estamos sempre nos dedicando para aprimorar essa importante questão. Contudo, acreditamos também na responsabilidade de cada profissional da Ativa que sabe a relevância de seu trabalho e talento para o desenvolvimento das ações que envolvem a assistência social do município.

Irregularidades apontadas

. O valor atual do convênio da Ativa com a Semtas é de R$ 910 mil
. Os gastos com pessoal representa 150% da receita total da Associação
. O déficit financeiro ultrapassa os R$ 5,1 milhões
. O índice de supostos funcionários fantasmas bate na casa dos 35%
. Nenhum dos programas assistenciais elaborados pela Ativa estão em desenvolvimento, apenas os funcionários que trabalham no cadastro de notas fiscais do Programa Cidadão Nota 10 têm função identificada
. Atualmente a Ativa possui cerca de 600 funcionários
. Os 155 funcionários que atuavam nas quatro Casas de Passagem e foram demitidos no final de setembro ainda não receberam o pagamento da rescisão trabalhista
. O pagamento dos salários de setembro ainda não foi realizado.

ONG tem relação com fraudes da Assepsia

Dentro do emaranhado de irregularidades encontradas pelo Ministério Público no funcionamento e na gestão da Ativa, as digitais de Rychardson de Macedo Bernardo, ex-diretor do Ipem, pivô da Operação Pecado Capital, aparecem com destaque. Não é a primeira vez. Em setembro deste ano, o MPE denunciou Rychardson e mais quatro pessoas, entre elas o pai, o irmão e a noiva do ex-diretor do Ipem, por peculato e formação de quadrilha por supostas fraudes na Ativa. Ao pedir a dissolução da ONG, o MPE voltou a citar o assunto.

Na petição em que se pede o fim da Ativa, os promotores do Patrimônio Público são categóricos em afirmar que "ficou claro que o fisiologismo outrora reinante naquele órgão (IPEM) havia migrado para a ATIVA". A Operação Pecado Capital investiga fraude em licitações, concessões de diárias indevidas, cobrança de propina, a existência de funcionários fantasmas, entre outras irregularidades. Na ação criminal contra Rychardson, a trilha é a mesma: "a quadrilha atuava mediante apropriação de cheques destinados ao pagamento de contratos de fornecimento de bens e serviços para ATIVA, executados ou não, como também de outros emitidos em favor de terceiros alheios à entidade". 

Outro ponto presente na investigação contra Rychardson é  a suspeita de lavagem de dinheiro.  "Foi operacionalizada por todos os denunciados a lavagem do dinheiro auferido ilicitamente, seja através da criação e funcionamento de empresas em nome de "testas de ferro" e familiares de Rychardson de Macedo Bernardo", aponta o Ministério Público Estadual.

Recomendações

A partir das possíveis irregularidades constatadas na investigação conduzida pela promotoria do Patromônio Público, a Ação Civil Pública encaminhada pelo Ministério Público à Justiça sugere as seguintes providências:

1. Afastamento do atual presidente da Ativa, Bruno Anderson da Costa, e indicação de interventor para gerir a instituição até a dissolução e liquidação da entidade;

2. Que o interventor apresente, em 30 dias, relatório preliminar com a situação financeira e patrimonial da Ativa;

3. Autorizar acesso irrestrito ao MP às informações e documentos bancários, fiscais e contábeis;

4. Permitir o livre acesso do MP aos setores da Semtas e da Funcarte, onde existam documentos relativos aos convênios firmados entre a Associação e os dois órgãos da administração municipal;

5. Citar os requeridos para, querendo, contestarem a presenta Ação, sob pena de revelia;

6. Afastar, em definitivo, o presidente e os superintendentes (indicados como réus do processo) da Ativa;

7. Decretar, por sentença, a dissolução e liquidação da Ativa. 

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