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quarta-feira, 20 de março de 2013

Trote racista na UFMG provoca indignação nas redes sociais

Trote racista na UFMG provoca indignação nas redes sociais



Felipe Rezende, do R7 MG, sugestão de Luana Tolentino
Duas imagens de um trote de estudantes de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) causam polêmica na internet. Compartilhada no Facebook, uma das fotos mostra um “veterano” segurando uma estudante acorrentada, com a pele pintada e com um cartaz escrito “caloura Chica da Silva”. Em outra foto, estudantes amarram um calouro e fazem saudações nazistas.
A assessoria da instituição informou que a UFMG ainda não vai se pronunciar sobre o assunto e que a origem da imagem está sendo “apurada”.
Já o Centro Acadêmico Afonso Pena (CAAP) da Faculdade de Direito convocou uma reunião extraordinária para a manhã desta terça-feira (19) entre a diretoria, o Conselho de Representação de Turma, o Conselho de Representação Discente, a Associação Atlética e Acadêmica, o Centro Acadêmico de Ciências do Estado e o Diretório Central dos Estudantes.
A reunião, segundo o órgão, partiu da “necessidade urgente de posicionamento em relação aos acontecimentos recentes em virtude do trote dos calouros e das calouras”.
Na rede social, estudantes mostraram indignação com a foto. Veja alguns comentários:
“Todo trote ofensivo ou humilhante deve ser proibido. O argumento de que “participa quem quer” é ridículo, pois pressupõe uma falaciosa liberdade total de escolha do calouro. Mesmo dentro da FDUFMG ainda há quem ache graça em oprimir, submeter e achincalhar o colega. Debater o tema é urgente. Propor gincanas lúdicas e trotes solidários é o melhor caminho”
“A foto traz consigo toda uma lógica racista, um menino branco acorrentando uma suposta negra, já tem em si, todo um conteúdo histórico e simbólico de subjugar o outro indivíduo pela sua cor e pela sua condição de mulher”.
“Nenhuma intenção de brincadeira justifica ou pacifica o conteúdo claramente racista de algumas práticas de trote, realizadas em toda UFMG e por diferentes cursos. Naturalizar o preconceito é um passo perigoso para a desumanização”.

CARTA ABERTA À UFMG E AO CONSELHO UNIVERSITÁRIO SOBRE O
TROTE NA FACULDADE DE DIREITO QUE INCITA À DISCRIMINAÇÃO E
AO PRECONCEITO
No dia 18 de março de 2013, a comunidade acadêmica da UFMG e a sociedade
assistiram, chocadas, à veiculação, nas redes sociais, de cenas produzidas por um grupo
de estudantes veteranos do curso de Direito da UFMG, durante uma das atividades de
recepção dos calouros do primeiro semestre de 2013.
A imagem de uma jovem branca, com o corpo pintado de preto, mãos amarradas por
uma corrente, portando no pescoço um cartaz, onde estava escrito “caloura Chica da
Silva” e puxada por um estudante veterano, com um largo sorriso no rosto, choca
qualquer pessoa que tenha o mínimo senso de dignidade humana.
Outra cena assustadora, organizada pelos veteranos, expunha um jovem, pintado de
vermelho, amarrado com fitas adesivas a uma pilastra, simulando um tronco e rodeado
por três veteranos, os quais posam, fazendo saudação nazista. Um deles chegou a pintar
no rosto um bigode semelhante ao que era usado pelo ditador Adolf Hitler.
Tais imagens e supostas brincadeiras indignariam qualquer um, quanto mais os
docentes, discentes e técnicos-administrativos de uma universidade com a excelência da
UFMG e que acaba de implementar cotas para estudantes de escola pública, baixarenda,
negros e indígenas, em cumprimento a Lei Federal 12.711, de 2012.
Independentemente de qualquer justificativa, a mensagem emitida por essas imagens
trata a população negra e indígena, na sua diversidade, de modo homogêneo e numa
condição humilhante e constrangedora. Insinua o tipo de tratamento ameaçador
(continência nazista) que esses grupos, hoje mais representados no ensino superior por
meio das cotas, poderão receber no seu processo de permanência na universidade. Induz
ao preconceito e à discriminação de gênero, raça e etnia.
Fatos como esses merecem tratamento exemplar. Cabe lembrar que são imputados como
crimes previstos no artigo 20 da Lei 776/89, que trata da prática, indução ou incitação à
discriminação e ao preconceito.
Sendo atos praticados por discentes de uma universidade pública, pautada por princípios
éticos, devem ser tratados não apenas como uma infração disciplinar, mas como prática
de racismo e apologia ao nazismo. Os autores desses atos deverão responder ao que
consta na Lei, pois agrediram a dignidade humana e um dos princípios fundamentais da
República, a saber, “a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem de raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.
Solicitamos ao Conselho Universitário e a todos os órgãos superiores da UFMG, bem
como à direção da Faculdade de Direito da UFMG, um posicionamento firme em
relação a esses fatos indignos que não condizem com a própria história política e
acadêmica desta instituição.
Atenciosamente,
Programa Ações Afirmativas na UFMG.
Curso de Formação Intercultural de Educadores Indígenas – FIEI

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