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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Nossa elas são tão especiais....A vocação de ser benzedeira


Nossa elas são tão especiais....
A vocação de ser benzedeira

Elas fazem parte da cultura popular. A maioria é de uma generosidade incrível. Por mais antiga que seja a tradição, as benzedeiras se encontram mais vivas do que nunca. Basta ter vocação e força de vontade. Mesmo com a medicina avançada, muitas pessoas recorrem a elas para os diversos tipos de cura. Sejam os chás, a reza de água benta, “benza” para dor de cabeça, quebrante, picada de inseto, entre outros. Elas têm as respostas para as perguntas da medicina: as benzedeiras.
Para encontrá-las não há endereço. Basta perguntar nas ruas que logo alguém conhece ou já ouviu falar delas. Na maioria são velhas e simples. É olhando para o rosto e contando suas rugas que encontramos a idade delas. Quem acredita em benzedeira, jura que elas fazem milagres. Muitos criticam, outros pensam que é pura bobagem. Há ainda os que dizem que é “coisa de bruxaria”, mas ninguém se atreve a falar isso na frente delas.
No interior da cidade de Agudo, no estado do RS, vive a benzedeira Irena Katza Becker, 82 anos, viúva, mãe de um filho. Irena, nome complicado de pronunciar, mas fácil de se deixar levar pelos olhos claros que transmitem bem-estar. Benzedeira assumida com muito orgulho, Rena, como é mais conhecida, parou de benzer há dez anos, pois se considerava acima da idade. “Parei porque tinha que cuidar mais de mim”, disse Rena.
Os ensinamentos foram passados pelo avô quando Rena tinha apenas 10 anos. Muita nova, já sabia que nos benzimentos encontraria a cura para muitos males. “Benzo para dor de cabeça, mordida de aranha, quebrante”, explica Rena. Ela fala pouco. As palavras e os entendimentos se transmitem pela expressão do rosto. E que rosto. Que olhar. Um olhar profundo digno de uma benzedeira que cultivou sabedoria durante sua vida.
Não muito longe de Agudo, em Vila Rosa, interior de Restinga Seca, mora sozinha numa casa modesta, mas aconchegante, Dona Arcelina Ferreira Preste, 71 anos, conhecida por Lica. Natural de Sobradinho, há trinta anos veio para Restinga onde permanece até hoje. Além de benzedeira, Lica também é massoterapeuta. Ela diz: “Cuido mais da parte espiritual de Deus. Invoco em Deus por força do espiritualismo”.

Ser benzedeira, como Lica diz: “Tem que ter o dom da natureza”. Ela acrescenta: “Aprendi com meu pai que também benzia e até hoje sei olhando no olho, quem acredita ou não. Se não acredita, não ajuda”. Acreditar é um requisito importante para quem quer ser curado. Mais importante do que acreditar, é a fé. Lica esclarece: “Porque se tem fé o resultado aparece”.
Em relação a essa tradição que passa de geração para geração, Lica afirma, já com lágrimas no rosto: “Os velhos tão se indo, e os novos não se interessam. Isso é uma coisa que com o tempo vai terminar. Hoje tem tanta coisa ruim, olho grande, falsidade, e os benzimentos são apenas coisas boas”. Lica não cobra pelo benzimento. “Deus nunca cobrou para fazer o bem. Eu curo e quando a pessoa é curada, ela fica feliz e me dá um presente”.
Para não se sentir muito só, Lica cria galinhas nos fundos da casa. “Gosto de tratá-las e costumo conversar com elas”. E não pretende parar tão cedo de benzer. “Se depender da minha força de vontade vou benzer até os dias que Deus me permitir”.
O tempo ensinou muito a Lica, que é viúva, já perdeu uma filha e criou a neta. Na sala humilde, há vários porta-retratos de fotos da filha e neta que criou com muito orgulho. Simpática, adora conversar e relembrar os velhos tempos. Conta, com alegria, várias histórias sobre seus benzimentos. Ao fundo, na sala há apenas um retrato de Maria e Jesus. “É para dar sorte”. Além dos benzimentos, Lica gosta de tratar as pessoas anêmicas. Atende também aqueles que sofrem de nervos e faz vitaminas para crianças e adultos.
Se depender de Marisa Teresinha Machado Schiefelbein Bley, 36 anos, as benzedeiras vão continuar por algum tempo. Aprendeu a benzer com sua avó, aos 12 anos, e não se arrepende. “Achava interessante ela conseguir curar a dor, e então pedi a ela que me ensinasse”, comenta Marisa.
Antigamente, a relação das benzedeiras com a medicina mantinha conflitos mais acirrados. Hoje, porém, a situação já está mais branda. É o que esclarece o Dr. Mario Lutke: “Isso é uma crença que está presente na vida da humanidade há muito tempo. Anos atrás, lembro que os médicos criticavam muito o rito feito por elas. Eu não acredito, mas respeito. Isso vai da cabeça de cada pessoa”.
Frei Luis Carlos defende o trabalho que as benzedeiras realizam. “Existe muita fé nesse processo. Se fosse algo contra a palavra de Deus, mas não é. As benzedeiras, pra quem acredita, só ajudam”.
Benzer para curar. Esse ritual faz parte de um imaginário popular deste tempos imemoriais. Não importa o tempo, a classe social, a religião. Para quem acredita, a fé, muitas vezes, é mais importante que a ciência ou a razão. Mesmo com a idade avançada das benzedeiras, o amor em curar é mais forte e dispensa férias. As que já se ausentam do ato de benzer tem seus motivos particulares, a maioria é devido ao problema de saúde. As que continuam benzendo, fazem por vontade e amor. Sempre haverá quem critique e quem simpatize. Mas isso não importa. Falem mal ou bem, elas amam o que fazem."

Angélica Weise
A vocação de ser benzedeira

Elas fazem parte da cultura popular. A maioria é de uma generosidade incrível. Por mais antiga que seja a tradição, as benzedeiras 
se encontram mais vivas do que nunca. Basta ter vocação e força de vontade. Mesmo com a medicina avançada, muitas pessoas recorrem a elas para os diversos tipos de cura. Sejam os chás, a reza de água benta, “benza” para dor de cabeça, quebrante, picada de inseto, entre outros. Elas têm as respostas para as perguntas da medicina: as benzedeiras.
Para encontrá-las não há endereço. Basta perguntar nas ruas que logo alguém conhece ou já ouviu falar delas. Na maioria são velhas e simples. É olhando para o rosto e contando suas rugas que encontramos a idade delas. Quem acredita em benzedeira, jura que elas fazem milagres. Muitos criticam, outros pensam que é pura bobagem. Há ainda os que dizem que é “coisa de bruxaria”, mas ninguém se atreve a falar isso na frente delas.
No interior da cidade de Agudo, no estado do RS, vive a benzedeira Irena Katza Becker, 82 anos, viúva, mãe de um filho. Irena, nome complicado de pronunciar, mas fácil de se deixar levar pelos olhos claros que transmitem bem-estar. Benzedeira assumida com muito orgulho, Rena, como é mais conhecida, parou de benzer há dez anos, pois se considerava acima da idade. “Parei porque tinha que cuidar mais de mim”, disse Rena.
Os ensinamentos foram passados pelo avô quando Rena tinha apenas 10 anos. Muita nova, já sabia que nos benzimentos encontraria a cura para muitos males. “Benzo para dor de cabeça, mordida de aranha, quebrante”, explica Rena. Ela fala pouco. As palavras e os entendimentos se transmitem pela expressão do rosto. E que rosto. Que olhar. Um olhar profundo digno de uma benzedeira que cultivou sabedoria durante sua vida.
Não muito longe de Agudo, em Vila Rosa, interior de Restinga Seca, mora sozinha numa casa modesta, mas aconchegante, Dona Arcelina Ferreira Preste, 71 anos, conhecida por Lica. Natural de Sobradinho, há trinta anos veio para Restinga onde permanece até hoje. Além de benzedeira, Lica também é massoterapeuta. Ela diz: “Cuido mais da parte espiritual de Deus. Invoco em Deus por força do espiritualismo”.

Ser benzedeira, como Lica diz: “Tem que ter o dom da natureza”. Ela acrescenta: “Aprendi com meu pai que também benzia e até hoje sei olhando no olho, quem acredita ou não. Se não acredita, não ajuda”. Acreditar é um requisito importante para quem quer ser curado. Mais importante do que acreditar, é a fé. Lica esclarece: “Porque se tem fé o resultado aparece”.
Em relação a essa tradição que passa de geração para geração, Lica afirma, já com lágrimas no rosto: “Os velhos tão se indo, e os novos não se interessam. Isso é uma coisa que com o tempo vai terminar. Hoje tem tanta coisa ruim, olho grande, falsidade, e os benzimentos são apenas coisas boas”. Lica não cobra pelo benzimento. “Deus nunca cobrou para fazer o bem. Eu curo e quando a pessoa é curada, ela fica feliz e me dá um presente”.
Para não se sentir muito só, Lica cria galinhas nos fundos da casa. “Gosto de tratá-las e costumo conversar com elas”. E não pretende parar tão cedo de benzer. “Se depender da minha força de vontade vou benzer até os dias que Deus me permitir”.
O tempo ensinou muito a Lica, que é viúva, já perdeu uma filha e criou a neta. Na sala humilde, há vários porta-retratos de fotos da filha e neta que criou com muito orgulho. Simpática, adora conversar e relembrar os velhos tempos. Conta, com alegria, várias histórias sobre seus benzimentos. Ao fundo, na sala há apenas um retrato de Maria e Jesus. “É para dar sorte”. Além dos benzimentos, Lica gosta de tratar as pessoas anêmicas. Atende também aqueles que sofrem de nervos e faz vitaminas para crianças e adultos.
Se depender de Marisa Teresinha Machado Schiefelbein Bley, 36 anos, as benzedeiras vão continuar por algum tempo. Aprendeu a benzer com sua avó, aos 12 anos, e não se arrepende. “Achava interessante ela conseguir curar a dor, e então pedi a ela que me ensinasse”, comenta Marisa.
Antigamente, a relação das benzedeiras com a medicina mantinha conflitos mais acirrados. Hoje, porém, a situação já está mais branda. É o que esclarece o Dr. Mario Lutke: “Isso é uma crença que está presente na vida da humanidade há muito tempo. Anos atrás, lembro que os médicos criticavam muito o rito feito por elas. Eu não acredito, mas respeito. Isso vai da cabeça de cada pessoa”.
Frei Luis Carlos defende o trabalho que as benzedeiras realizam. “Existe muita fé nesse processo. Se fosse algo contra a palavra de Deus, mas não é. As benzedeiras, pra quem acredita, só ajudam”.
Benzer para curar. Esse ritual faz parte de um imaginário popular deste tempos imemoriais. Não importa o tempo, a classe social, a religião. Para quem acredita, a fé, muitas vezes, é mais importante que a ciência ou a razão. Mesmo com a idade avançada das benzedeiras, o amor em curar é mais forte e dispensa férias. As que já se ausentam do ato de benzer tem seus motivos particulares, a maioria é devido ao problema de saúde. As que continuam benzendo, fazem por vontade e amor. Sempre haverá quem critique e quem simpatize. Mas isso não importa. Falem mal ou bem, elas amam o que fazem."

Em 1947, a ONU aprovou o plano de Partilha da Palestina. Com isso, o território palestino foi dividido em dois Estados, um judeu e outro árabe. Em maio de 1948, a criação do Estado de Israel foi oficialmente instituída.


A Criação do Estado de Israel

Em 1947, a ONU aprovou o plano de Partilha da Palestina. Com isso, o território palestino foi dividido em dois Estados, um judeu e outro árabe. Em maio de 1948, a criação do Estado de Israel foi oficialmente instituída.

O Estado de Israel
O Estado de Israel
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo se deparou com as sequelas de anos de crueldade: mais de seis milhões de judeus exterminados nos campos nazistas. Com isso, as organizações voltadas para ajuda humanitária passaram a resgatar os judeus que sobreviveram aos campos de concentração e embarcá-los clandestinamente para a palestina. A Inglaterra tentou de todas as formas barrar o desembarque dos refugiados, lembrando que a Palestina era concessão britânica.
O fato sensibilizou a opinião pública mundial e revigorou a ideia de criação de um Estado judeu na Palestina. Em 1947, em assembleia realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha, foi deliberada a divisão da Palestina em dois Estados, o Estado Judeu e o Estado Árabe. Em maio de 1948, os judeus, liderados por David Bem Gurion, fundaram oficialmente o Estado de Israel. No entanto, o Estado árabe prenunciado pela ONU nessa partilha não foi estabelecido e os palestinos lutam até hoje para ter o seu Estado. Esse episódio foi denominado Questão Palestina.
A revolta dos países árabes foi imediata à criação do Estado de Israel. Isso culminou no primeiro conflito árabe israelense.  Com o apoio militar e financeiro recebido de outras nações, Israel venceu a guerra e dominou mais da metade do território reservado aos árabes no plano de divisão da ONU. Com a derrota da guerra de 1948, cerca de meio milhão de palestinos foram obrigados a deixar a terra em que viviam para se refugiar em países vizinhos.
Expulsos de suas terras, os palestinos eram maltratados, inclusive nos países árabes. Somente a Jordânia permitiu a integração dos palestinos em sua sociedade, mas sendo vigiados permanentemente. Nos outros países eles passaram a viver em acampamentos para refugiados, com a ajuda da ONU. Desde então, o Oriente Médio tornou-se uma das regiões mais conflituosas do globo, cenário de consecutivos conflitos extremistas entre judeus e árabes.

Os Orixás são as forças da Natureza


Os Orixás são as forças da Natureza

Com certeza, o Culto aos Orixás é uma das religiões mais belas e discriminadas de todas, não só por pessoas de fora do culto, mas principalmente pelos próprios adeptos do culto. Alguns sentem vergonha do Culto, mas isso, infelizmente não é o pior, existem ainda aqueles que vulgarizam o Culto, com atitudes débeis, dando assim mais e mais motivos para que as pessoas continuem falando mau do Culto aos Orixás, e o pior é que essas atitudes mesquinhas vem por parte dos ditos, "Babalorixás", que fazem dessa Religião uma espécie de comércio barato, distorcendo a verdade dos fato para seu proveito. Fica claro que os "Babalorixás", de tanto nome dos quais não só eu já ouvi falar como vocês também já ouviram, não possuem o mínimo de sabedoria que o cargo exige. E com toda certeza eles nem ao menos sabem o que realmente é o verdadeiro AXÉ.
 
 É incrível como o homem, vulgariza, menospreza e destrói, os verdadeiros fundamentos da vida  por simples jogos de interesses, para se entregar e se perder cada vez mais numa cultura baseada em disputas de uma forma geral. E isso para atingir seus interesses banais, passa por cima de tudo e todos, inclusive a Natureza, que é a verdadeira fonte da vida. Mas é tolice do homem em pensar que pode fazer tudo o que quiser com a Natureza. Ela já mostrou em várias ocasiões, que ela decide o rumo que cada uma de nossas vidas seguirá e não o contrário, a própria história já provou isso e recentemente ela já está dando sinais, como o famoso Tsunami que devastou a Indonésia, furacões que assolam países da América, vulcões, nevascas, tempestades tropicais e elétricas. Agora isso vai do entendimento de cada um, reconhecer ou não a importância dela, nós que cultuamos Orixá sabemos disso e sei que todos que lerem esse texto, concordarão que todos nós, seres humanos, somos filhos da Natureza, eu sou filho da Natureza, eu sou filho do fogo, eu sou filho do aço, eu sou filho dos raioseu sou filho das águas, eu sou filho do vento, eu sou filho das  matas, eu sou filho das folhas, sou filho da chuva, sou filho do tempo, sou filho da luz e por fim sou filho da Terra, sou filho de Onilé (Ilé Mopé ô).
Bem vindos ao culto dos Orixás, Bem vindos ao culto da Natureza, Axé!
  Ilé Mopé ô
(Terra eu te saúdo)

Gravura de Carybé representa a cerimônia do Padê.

O artigo 5º da Constituição Federal dispõe que é inviolável a
liberdade de consciência e de crença e que ninguém será
privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política
A lei determina uma pena de reclusão de um a três anos,
além de multa para os crimes relacionados ao preconceito
religioso.
Se o crime for cometido por intermédio dos meios de
comunicação social ou publicação de qualquer natureza a
pena aumenta para dois a cinco anos de reclusão, além da
multa. Poderá ocorrer também a proibição das respectivas

Diga Não ao Preconceito




Preconceito religioso é crime, temos o dever de respeitar todas as crenças, iguais ou diferentes das nossas, mas também temos o direito de sermos respeitados da mesma forma.
    

Não podemos mais permitir essas ofensas, não somos "Macumbeiros", "Somos Umbandistas, Candomblézistas, Espiritualistas e Kardecistas"
Vamos denunciar esses abusos, pois somos amparados pela lei:

“Art. 5º : Todos são iguais perante a lei (...)
VIII: ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política (...)”
Neste sentido temos a Lei 7.716/89, que em seu artigo 1º, alterado pela Lei  009.459/97, dispõe que serão punidos na forma da Lei os crimes resultantes de discriminação ou preconceito religioso.
Neste mesmo diploma legal, em seu artigo 20º, puni quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito religioso com pena de reclusão de 01 (um) a 03 (três) anos e multa. 
 
Caso isso Aconteça devemos Nos dirigir até uma delegacia abrir um Boletim de ocorrência, que lá as autoridades competentes, tomaram as medidas cabiveis. 
 

Exu Não é Diabo



 
O ser humano pratica suas maldades e se diz tentado pelo Diabo. Procede errado na vida e culpa o Capeta pela responsabilidade do ato. O Demo representado por uma imagem horrível e satânica torna-se réu culpado das más ações não praticadas por ele. Nesse sentido, o Demônio serve de “bode expiatório” para isentar o indivíduo da culpabilidade de seus atos. Essa foi a forma mais fácil encontrada pelo homem a fim de alcançar o perdão de Deus. Para o criador essa fantasia não existe. Deus quando criou o mundo e os seres humanos deu a cada filho dele o livre-arbítrio para optar pelo melhor ou pior caminho, logo, quando uma pessoa age mal, a escolha dessa conduta é somente de quem pratica.
O ser humano pratica suas maldades e se diz tentado pelo Diabo. Procede errado na vida e culpa o Capeta pela responsabilidade do ato. O Demo representado por uma imagem horrível e satânica torna-se réu culpado das más ações não praticadas por ele. Nesse sentido, o Demônio serve de "bode espiatório" para isentar o indivíduo da culpabilidade de seus atos. Essa foi a forma mais fácil encontrada pelo homem a fim de alcançar o perdão de Deus. Todos os seres humanos possuem o livre-arbítrio para optar pelo bem ou pelo mal, logo, quando uma pessoa age mal a escolha dessa conduta é somente dela.
Sem entrar no mérito da questão, o ser humano desenvolve dentro de si mesmo, duas forças, a do bem e a do mal. Haja vista a possibilidade da pessoa ser boa por um lado e má por outro. O culpado da parte má é sempre uma figura folclórica com vários nomes: Diabo, Demônio, Satanás, Capeta, Lúcifer etc. os quais são culpados pelas consequências do ato cometido pelos homens.
Na religião africana e afro-brasileira como o Candomblé, Exu é um Orixá, é um Deus de suma importância e que é louvado antes de todos os outros Deuses, Orixás. Por um outro lado na Umbanda alguns adeptos menos esclarecidos associam erradamente Exu ao Diabo, e não a um Orixá. Na realidade Exu é uma entidade de maior desdobramento entre o mundo dos Deuses e do homens, ele é um Deus e não tem nada haver com o Diabo cristão.
Embora Exu seja assexuado, isto é, não tem sexo, na África, Ele é representado por um montículo de terra em forma de homem acocorado ornado com um falo de tamanho respeitável. Exu é o protetor dinâmico, esperto, inteligente, jovial. Ele é um Deus guardião dos templos religiosos, das casas de moradia e defensor das pessoas. Exu é também mestre em feitiçaria, ele é o agente mágico da Umbanda sabe fazer e desmanchar magia negra. Com os seus poderes espirituais, também, cura doenças, abre os caminhos e melhora a vida de seus aparelhos mediúnicos, quando estes seguem os princípios da Umbanda.
Exu é um ser espiritual de natureza controvertida e indefinida, Ele ajuda mas castiga também mas o Deus pai de outra religião também é assim.
Na Umbanda existe um seguimento de espírito, os Guardiões, Ekurus, que são chamados de Exus, esses espíritos são muito próximos das pessoas e possuem uma importante missão na vida de todos os seres humanos. Eles são infinitos e seus nomes são dos mais variados, Sete Encruzilhadas, Tranca-Ruas, Capa Preta, Caveira, Morcego, Veludo, Calunga, Cigano etc. e eles possuem seus complementares femininos que são chamados de Pombo-Gira cujos nomes também são dos mais variados: Maria das Camélias, Dama da Noite, Maria Mulambo, Maria Padilha, Maria Quitéria, Pombo-Gira Cigana, Sete Saias, etc. Embora se intitulem Exus, na realidade são Eguns esclarecidos em evolução que procuram fazer o bem, são espíritos que já quebraram o ciclo da reencarnação.
Segundo Allan Kardec, partindo do princípio de que o planeta Terra é um mundo de expiações e provas, todas as reencarnações estão sujeitas à expiação, como forma de purgar por suas faltas em vidas anteriores. Não é, pois, o Diabo e nem o Exu, culpados pelos transtornos de uma vida penosa de sofrimentos, dificuldades e obstáculos, que ocorre com os encarnados.
Autor: Joel Santos 
   
 
Os Adeptos
Um dos grandes males dentro do Culto aos Orixás é a postura dos adeptos. É impressionante o quão cegos ficam alguns adeptos ao adentrarem no Culto, simplesmente, essas pessoas ficam inertes "a espera de um milagre", a espera de que os Orixás resolvam suas vidas.
O cidadão enquanto adepto do Culto aos Orixás não possui o mínimo de comprometimento para com sua crença no Orixá, muito menos com seu próprio destino ou evolução pessoal e esperam, apenas, que os Deuses, Orixás, e os guias movam o mundo em sua volta para que consigam "se dar bem". Embora isso pareça ridículo é exatamente assim que a maioria dos adeptos são, ridículos, aí em um belo dia quando eles finalmente se dão conta de que não é bem assim quem as coisas funcionam o dito "adepto" frustrado, no geral, procura um templo que cultua um deus único com a desculpa de que a crença nos Orixás é uma crença falsa e que não proporciona nada de bom. A partir deste momento ele muda sua atitude para com a vida, passa a se comprometer com as coisas, com o seu papel na sociedade e com a evolução pessoal, então com o maior cinismo e hipocrisia, passa a dizer que o que mudou sua vida foi sua nova crença e o culto, a este outro deus único, quando na realidade o que mudou sua vida foi sua mudança de atitude. 
 
Mas a grande questão é a seguinte: Como fazer os adeptos do Culto aos Orixás mudarem de atitude? Como fazer com que os adeptos passem a enxergar suas falhas? Esta é uma questão extremamente difícil de se resolver, embora seja fácil de visualizarmos este mal, a imensa maioria dos adeptos não quer enxergar a verdade, na realidade eles parecem usar uma espécie de cabresto onde a única coisa que eles enxergam é o que desejam. Como mostrar a esses adeptos, que querem ser encarnações dos Deuses, Orixás, que estão agindo de maneira inadequada? Será que alguém com esta postura realmente possui o Orixá desperto em sua vida? É evidente que não.
Infelizmente algo muito mais danoso ao Culto aos Orixás, que o preconceito da sociedade, está entranhado entre os adeptos, a soberba. Parece até mentira mas um dos 7 pegados capitais pregados pelo Catolicismo é o que está matando o Culto aos Orixás. A crença de que ele, o adepto, é auto-suficiente simplesmente por, supostamente, ter o lado espiritual desenvolvido, tem transformado o nosso meio religioso em um verdadeiro Caos, onde nada é claro, onde tudo é instável, onde é cada um por si, onde o "mais forte" vence. Mas onde está o erro? O que faz com que uma pessoa comum ao entrar no Culto aos Orixás passe a ser tão egoísta?
A resposta é muito simples, o fato é que não existe uma clara filosofia religiosa dentro do Culto aos Orixás, nem os adeptos conhecem os fundamentos da religião, na realidade isso seria algo impossível quando os próprios sacerdotes desconhecem o que é Cultuar Orixá. A falta de instrução é um fator decisivo em qualquer campo e no meio religioso não é diferente. Os próprios sacerdotes se incumbem de instaurar a anarquia e as intrigas quando afirmam que o Orixá X não se dá bem com o Orixá Y, ou o Orixá A derrotou, venceu, escravizou Orixá B. O Culto aos Orixás é harmônico, é sabedoria plena, não uma guerrazinha entre poderes ou vontades diferentes. Para se ter uma ideia, no Culto aos Orixás não existe um Deus do Mal, como o Diabo cristão por exemplo. As lendas, itãs, são apenas lendas como o próprio nome diz, são fantasias que não refletem em nada a realidade, todas foram criações e que não possuem fundamento em sua quase totalidade então porque sustentar estas afirmações?


    



Discriminação Religiosa

Já não é novidade vermos algumas artimanhas de pessoas preconceituosas para tentar sufocar as formas de Culto aos Orixás. O mais recente caso é o do Sr deputado estadual do PV de São Paulo, Feliciano Filho, que revela ser umCristão e vegetariano. O deputado do PV de São Paulo, Feliciano Filho, diz reconhecer que a ideia é polêmica, mas afirma que "a liberdade de culto vem depois do crime de crueldade". Ele estima que os contrários ao projeto são minoria e afirma " não sei de onde virá a pressão, só sei que é uma minoria. Tem de valer o interesse da sociedade. Não pode valer o interesse de classe. Não queremos cercear a liberdade de Culto".
É impressionante o quão hipócrita pode ser uma pessoa ou até mesmo a sociedade, como o Sr deputado alega não querer cercear a liberdade de Culto criando uma lei que restringe a realização do ato litúrgico? O Sr deputado ao afirmar que não sabe de onde virá a pressão, realmente ele está certo já que quase à totalidade dos deputados são Cristão e, é claro, que existe uma parcela intolerante. Os adeptos das formas de Culto aos Orixás não possuem organização política, nem mesmo religiosa.
Não existe sentido em restringir o sacrifício de animais em ritos religiosos sem antes proibir o abate de todo animal em todos os seguimentos da sociedade. O direito a liberdade de culto vem depois do crime de crueldade, mas o capitalismo está sobre todas as leis. Um frigorífico pode matar quantos animais quiser e da forma que quiser, isso não é crime de crueldade? O tratamento dos animais como produto sim é crueldade. Um animal utilizado para pesquisa em laboratório é torturado, pois ele é mantido vivo durante todo o processo de pesquisa que leva longo tempo. Já um animal sacrificado dentro de um culto religioso, como o dos Orixás, possui uma representatividade muito grande, os animais a serem sacrificados não podem ser de granjas nem mesmo estar em mas condições de criação, não deve ser "torturado" antes de ser abatido, como ocorre em granjas.
Dentro do Culto aos Orixás o Sacrifício é algo extremamente Sagrado, o animal não pode sofrer durante o ato, isso é considerado como um "pecado" perante os Orixás. O Culto aos Orixás é um dos que mais respeitam a Vida e a Natureza e o ato do sacrifício do animal a um Deus é a prova disso. Diferentemente do cristianismo que acredita que os animais não possuem alma, são cascas vazias, dentro do Culto aos Orixás é bem diferente, todos os seres vivos possuem alma e possuem ciclos de evolução. O sacrifício de um animal, para nós, é algo extremamente penoso e por esta razão o chamamos de "Sacrifício" é triste para nós termos que tirar a vida de um outro ser vivo para nos alimentarmos. este é o real sentido do sacrifício, a Alimentação, por esta razão nada do animal sacrificado deve ser desperdiçado, nunca. Quando um animal é Sacrificado aos Orixás existe todo um rito que é seguido de modo a pedir aos Deuses a evolução da alma deste animal. Um seguidor de Orixá não deve se alimentar da carne de um animal que não tenha sido sacrificado em nome de um Deus e que não tenha passado pelos ritos necessários para que, este animal, atinja a evolução.

É fácil criticar o que não se conhece, é fácil, um Cristão, articular dentro da política, em um país Cristão contra uma forma de Culto a outros Deuses e à Natureza.


Em contrapartida, o Sr deputado Edson Portilho, do PT do Rio Grande do Sul, criou uma lei em 2003 que assegura aos adeptos de crenças que realizam sacrifícios tenham o direito constitucional, assegurado, a liberdade religiosa. Seria muito bom se as minorias religiosas, como os seguidores do Culto aos Orixás, passassem a se organizar e a confiar e respeitar mais uns aos outros, somente assim poderíamos ter nossos direitos assegurados, pois ao que parece a constituição em si não tem mais valor.
Apenas criando um grupo sócio-político forte, com representantes do nosso seguimento lá nos três poderes teremos o devido respeito. Somente com cidadão conscientes e imparciais como o deputado Sr Edson Portilho no poder teremos a segurança de que a Constituição Federal será respeitada.

Deputado Edson Portilho - Favorável ao sacrifício de animais em rituais religiosos.


"Diante dos direitos e deveres individuais e coletivos garantidos na Constituição Federal no art. 5º, especificamente no Inciso VI, ” é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias “, ou do Código Penal sobre os crimes contra o sentimento religioso em seu art. 208: ” Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”, faz-se necessária a apresentação deste projeto de lei que define, em parágrafo único, a garantia constitucional que vem sendo violada por interpretações dúbias e inadequadas da Lei nº 11.915, de 21 de maio de 2003 que institui o Código Estadual de Proteção aos Animais. Face a essa dubiedade de interpretação, os Templos Religiosos de matriz africana vêm sendo interpelados e autuados sob influência e manifestação de setores da sociedade civil que usam indevidamente esta lei para denunciar ao poder público práticas que, no seu ponto de vista, maltratam os animais".

Oxum, oapra e apara, oxossi e logum


Oxum

Oxum a poderosa Rainha Mãe, a mais perigosa das Deusas Africanas euma das mais temidas. Poderosa Bruxa que encanta e enfeitiça a todos, é a senhora do mel  e da magia, da vaidade e da riqueza, da persuasão e da sedução é responsável por todo o processo de gestação. É a senhora das águas doces, senhora das águas que proporcionam  a vida. Possui estreita ligação com a Iami Oxorongá. Criadora do Candomblé, Oxum se destaca como a Rainha do Candomblé. É uma das Principais Esposas de Xangô, no Brasil Oxum é considerada a Deusa do ouro, mas na África antiga o metal que lhe pertencia era o cobre, pois na época era o metal mais valioso e por esta razão o ouro por ser extremamente valioso lhe é atribuido nos dias de hoje.
Oxum, a primogênita de Iemanjá, mostrou aos Éboras que a menstruação, em vez de constituir motivo de vergonha e de inferioridade às mulheres, é na realidade motivo de orgulho. A fecundidade e fertilidade feminina lhe pertence.
Oxum é uma das Deusas do Amor, dividindo essa regência com a Deusa Obá. Oxum rege o amor bonito e sincero, o sentimento mágico que perdura para sempre, mas também rege o superficial e interesseiro, enquanto Obá rege o amor descontrolado, a paixão devastadora de onde sempre sai um ferido e outro aniquilado, rege o amor cego e incondicional.
 
 
 
O orixá da beleza usa toda sua astúcia e charme extraordinário para conquistar os prazeres da vida e realizar proezas diversas. Amante da fortuna, do esplendor e do poder, Oxum não mede esforços para alcançar seus objetivos, ainda que para isso utilise artifícios e cometa atos extremos contra quem está em seu caminho. Poderosa guerreira não entra em uma batalha para perder. É a senhora da visão e é conhecedora dos segredos da advinhação e os segredos do Jogo de Búzios.
Orixá amante ataca as concorrentes, para que não roubem sua cena, pois ela deve ser a única capaz de centralizar as atenções. Na arte da sedução não pode haver e não existe ninguém superior a Oxum. No entanto ela se entrega por completo quando perdidamente apaixonada afinal o romantismo é outra marca sua. Da África tribal à sociedade urbana brasileira, a musa que dança nos terreiros de espelho em punho para refletir sua beleza estonteante é tão amada quanto à divina mãe que concede a valiosa fertilidade e se doa por seus filhos. Por todos seus atributos a belíssima Oxum não poderia ser menos admirada e amada, não por acaso a cor dela é o reluzente amarelo ouro. Sua responsabilidade em ser mãe se restringe às crianças e bebês. Começa antes, até, na própria fecundação, na gênese do novo ser, mas não no seu desenvolvimento como adulto.

Qualidades de Oxum

Oxum Ominibu - Longe de ser uma qualidade, é um título que ela carrega por reger também as águas frias e profundas.

Oxum Karê - É um título que quer dizer aquela que pode nos fazer felizes ou a que pode cuidar de nós.

Oxum Ipondá - Título que diz, mãe que é o vale de onde convergem as águas da criação

Oxum Abotô - Título que diz, aquela que nos dá cobertura, que nos cobre em todas as nossas necessidades.

Oxum Ijimum - Ijumum é apenas o nome de uma das cidades onde o cultu a Oxum é predominante.

Oxum Oxogbô - Também é o nome de uma das cidades onde o culto de Oxum é predominante.
 
  
 
 
 
“ODI ONA KU ITA Ò RUN”
(ela fecha o caminho da morte) 
 
 
Aspectos Gerais

Dia: Sábado
 
Data: 8 de Dezembro
Metais: Cobre, latão e ouro
Cor: Amarelo- ouro
Símbolo: Leque com espelho (abebé)
Elemento: Água doce (rios, cachoeiras, nascentes, lagoas etc.)
Região da África: Ijesá, Ijebu e Osogbo
Pedra: Topázio
Folhas: Macaca, baronesa, vitória-régia, oripepê, ojú-oro, oxibatá, oriri, vassourinha-de-igreja
Odu que rege: Osé
 
 
 
A saudação de Oxum, "Ora Ieiê" pode ser traduzida como Graciosa mãe.
 
 
Oxum - Os filhos de Orixá Oxun, são pessoas graciosas, elegantes com paixão por joias e coisas caras. São carinhosos, interesseiros, dengosos, sensíveis, chantagistas e temperamentais, geralmente gostam de crianças. São pessoas de rara beleza. Considerados como símbolo de charme, beleza e sensualidade, sempre arrumam alguém para fazer as coisas por elas. Sob a aparência graciosa e sedutora escondem um forte desejo de ascensão social. Vaidosos ao extremo, pessoas com mão de feitiço, pessoas perigosas, vingativas, podem vir a ser cruéis, dissimulados e superficiais. Pessoas de gênio difícil.
 
Adurá de Oxum

Osun mo pè ó o!
N'ò pè o s'Ikù enì kankan
Bénì n'ò s'árùn enì kankan
Mo pè o nìnì owó
Mo pè o nìnì omó
Mo pè o sì nìnì alàfìa
Mo pè o sì oro
Kì awà mà rijà amì o
Odódùn nì a mì orógbó
Odódùn nì mì obì lorì atè o
Odódùn nì kì wòn mà rì wà o
Bi a sè, éyì jù bayì lò, nì àmódùn
Ósùn só wà, kì o màá sì wàbalà lárìn awà omó ré
Kì ilé mà jó wà
Kì óna mà nà wà o
Pèsè asè fùn wà o
Enì asè amódì arà
Fùn nì alàfìa o
Okó obà, adà obà, kì ó mà sà wà lésè o
Kì awà mà rì ógùn idìlé!

Tradução
 Oxun eu te chamo
 Não te chamo por causa da morte,
 Não te chamo por causa da doença de alguém.
 Eu te chamo para que tenhamos dinheiro.
 Eu te chamo para que tenhamos filhos.
 Eu te chamo para que tenhamos saúde.
 Eu te chamo para que tenhamos uma vida serena.
 Para que não sejamos vitimados pela ira das águas.
 Dizem que anualmente há orobôs na feira.
 Dizem que anualmente há obís novos na feira.
 Que as pessoas nos vejam todo o ano.
 Do mesmo modo que fizemos tua festa, que possamos fazer outra melhor, no próximo ano.
 Oxun, nos proteja, para que não haja problemas entre nós, teus filhos.
 Para que haja paz em nosso lar. 
 Que nossos objetivos não se voltem contra nós. 
 Dá-nos axé!
 À quem estiver doente,
 Dá saúde!
 Que as leis dos homens não sejam infringidas por nós.
Que não haja problemas em nossa família!

Orìkí fún Òsun

Ìba Òsun sekese
Ìba Òsun olodi
Latojoki awede we’mo
Ìba Òsun ibu kole
Yeye kari
Latokoko awede we’mo
Yeye opo
O san rere o
Àse





Orìkí para Òsun
 


Eu elogio a deusa do mistério, espírito que limpa de dentro para fora,
Eu elogio a deusa do rio
Espírito que limpa de dentro para fora
Eu elogio a deusa da sedução
Mãe do espelho
Espírito que limpa de dentro para fora
Mãe da abundância
Nós cantamos seus elogios
Axé



Orìkí fún Òsun
 


Obìnrin bí okùnrin ní Òsun
A jí sèrí bí ègà.
Yèyé olomi tútú.
Opàrà òjò bíri kalee.
Agbà obìnrin tí gbogbo ayé n'pe sìn.
Ó bá Sònpònná jé pétékí.
O bá alágbára ranyanga dìde.




Orìkí para Òsun
 

Òsun é uma mulher com força masculina.
Sua voz é afinada como o canto do ega.
Graciosa mãe, senhora das águas frescas.
Opàrà, que ao dançar rodopia como o vento, sem que possamos vê-la.
Senhora plena de sabedoria, que todos veneramos juntos.
Que como pétékí com Xapanã.
Que enfrenta pessoas poderosas e com sabedoria as acalma.

ISURE ÒRÌSÀ ÒSUN


IBA ÒSUN

ORE YEYE O

ÒSUN IWO WE OMO YE,

OMI, ARIN-MA-SUN,

YEYE WEMO YE GBOMO FUN MI JO,

AYILA, GBA MI O, ENI

A NI NII GBA NI,

MO PE O SOWO, MO PE O SOMO,

MO PE O SI AIKU, EMI, FE IYE, ATI ORO,

ENITI NWA OMO KO FUN LOMO,

OMO DARADARA NI KI O FUN WON,

ÒSUN, TO MI SI ONA ORO ATI ALAFIA,

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE


Òsun eu te saúdo


Òsun, você é cheio de idéias,

Pessoa que nada consegue destruir,

Pessoa que faz as coisas sem que seja questionada,

Você que não cansa de usar bronze ornamentais,

Mulher forte que nunca seja atacada,

Pessoa que sentou em cima da cesta na profundeza do rio,

Ore yeye (mãe graciosa)

Ore yeye imole (mão graciosa òrìsà),

Você que acalma as crianças com o seu bronze ornamental,

Você que tem trono calmo,

Mãe graciosa, a rainha do rio,

Mãe graciosa,

Òsun me proteja e meu filho com o banho,

Você que dá vidas às crianças, me dê filhos para mim cuidar,

Ayila (Òsun) me proteja, eu espero salvação de você,

Eu te chamo para Ter dinheiro e filho,

Eu te chamo para não morrer, mas para Ter a vida e prosperidade.

Dá filhos para quem precisa Ter,

Dá eles filhos saudáveis,

Òsun, me caminhe para o caminho da prosperidade e a paz.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo

Ofó de Oxum

Oxum o ieiê ni imó
Amo awô ma rô
Ieiê onikí Obaladô

Tradução

Oxum a graciosa, repleta de sabedoria
Aquela que não revela seus segredos
Graciosa mãe
A graciosa senhora do culto, rainha do rio.
  
 
 

Opará

Opará, também chamada de Apará, assim como todas as Iyagbás, também é uma divindade das águas, é confundida como uma qualidade de Oxum devido a similaridade dos cultos, mas na realidade se trata de uma divindade a parte. Opará nasce da união de Xangô com Obá, é uma divindade muito perigosa.
A maternidade que é umas das marcas de Oxum não existe em Opará.
Era Oxum quem se encarregava de cuidar da prole do Deus das Tempestades, enquanto  ele guerreava. o caso de Opará ocorreu o mesmo, ela foi criada por Oxum, já que Obá, assim como Oyá Iansã, acompanhava Xangô em suas contendas. Opará herda o temperamento e a agressividade natural de Obá e a malícia e a vaidade de Oxum. Tornando-se assim a mais quente e agressiva de todas as Iyagbás superando até  mesmo a própria mãe, Opará é a divindade feminina equivalente a Exú. É uma Deusa da Guerra, indomável, uma poderosa amazona que une força e vaidade, rege os ventos da noite, a umidade do ar e as águas puras que se intercalam entre abundância e escassez absoluta, seu fundamento maior é quando o Raio(Xangô) toca as Águas(Obá). Opará é impiedosa, arrogante e de carácter punitivo, mas apesar das desavenças entre Oxum e Obá, é muito próxima de Obá bem como de Oxum, de quem recebeu o Espelho de Ikú( uma espécie de espelho encantado que traz a morte para que o olhar). Asim como os pais Opará possui forte ligação com a morte  e, assim como Oxum, possui ligação com as Eleyés.


Obá e Opará - Mãe e Filha

Opará - Xangô e Obá




A união de Xangô e Obá
Transcorre um culto nos arredores da cidade, é eleko. Uma sociedade restrita, onde apenas mulheres realizam o culto. Que possue como matriarca a temida Obá, a fundadora desta sociedade que cultua a ancestralidade feminina individual.
Nem um homem poderia sequer assistir o ritual do segredo, sendo punido por Obá com sua própria vida.
Certo dia, em uma das noites de culto, Xangô caminhava alegremente e dançava ao som do batá. Quando percebe, ao longe um aglomerado de mulheres, realizando uma cerimônia sob as ordens da enérgica Obá.
Xangô era muito curioso e não se conteve aproximando-se da cena, ficando a espreita.
Xangô encantou-se com a rara beleza de Obá, que apesar de não ser tão jovem era a mais bela mulher que ele já vira. No momento de distração, Xangô foi percebido e cercado pelas mulheres, foi levado a presença da grande deusa, que lhe falou o preço que haveria de pagar por sua audácia em violar o culto sagrado de Elekó. Mas a própria Obá que encantou-se com a inigualável beleza de Xangõ apaixonando-se de imediato, relutou em aplicar a sentença de morte e usou de sua supremacia no culto para ditar nova regras, dando nova chance a Xangô:
"Todo homem, que violar o culto, se for do agrado, da senhora do culto, deverá unir-se a ela como marido ou aceitar a pena de morte"
Xangô não pensou duas vezes, seria poupado da sentença e ainda sim possuiria a grande deusa por quem havia se apaixonado. A cerimônia de união de Xangô e Obá foi realizada dentro dos limites de Elekó. Foi o inicio de uma grande paixão, nunca se viu tanto amor.
A deusa guerreira e justiceira que pune os homens que maltratam as mulheres, descobriu um sentimento novo por um homem além do ódio. Descobriu todo o amor que um homem pode dar. A grande rainha de Elekó, a rainha de Xangô aprendeu a amar e ser amada.
Nasce, dessa grande paixão, uma criança, uma menina, nasce Opará, nasce a mais bela, justiceira e feroz guerreira. Herdou o melhor do pai e da mãe e prosseguiu com o culto.
  
 
 
 

Logun Edé

Ao contrário do muitos pensam, Logun edé não possui característicasmasculina e feminina nem é homossexual ou bissexual. Na verdade possui uma grande relação com Oxum, sua mãe, e com Erinlé, seu pai, trazendo com sigo  as características desses dois Orixás e algumas características marcantes, mas nada que o transforme em um hermafrodita que durante seis meses é Aboró e seis meses Iyagbá como algumas pessoas dizem e usam esse artifício para o homossexualismo.
Existem templos para Logun Edé em Ilexá, seu lugar de origem, onde em alguns itans é citado como um corajoso e poderoso caçador, que tamanha coragem é relacionada ao leopardo. De culto diferenciado e totalmente ligado ao culto de Oxum, é um Orixá de extremo bom gosto. Seus objetos devem permanecer junto aos de Oxum e sempre que for agradado ela também deve ser agradada. Tem predileção pelo dourado, é um Orixá vaidoso e é considerado o mais elegante de todos os Orixás.
Cultuado em território Ilexá, mais especificamente na região de Ijexá, Iwô, Oxogbô e em Edé na Nigéria, Edé é a cidade da qual ele herda o nome. Logun é considerado o Príncipe de todos os Orixás, o mais feroz de todos os guerreiros, o mais audaz de todos os caçadores e o mais belo dos belos.
Conhecido em Cuba como Laro ou Larooyê, seu culto em Cuba se perdeu mas no Brasil seu culto é amplamente difundido.
Qualquer oferenda realizada a Logun deve conter instrumentos que façam referência a beleza e a sorte. Logun é filho de Oxun e de Erinlé, de Erinlé herdou o caráter selvagem, a arte da caça, o poder sobre a medicina, a paciência do pescador e a astúcia do caçador, assim como de sua Mãe Oxun, Logun, herdou a beleza, o poder de sedução, o encanto, a doçura, o poder da feitiçaria e a riqueza.
Logun Edé tem estas características, é um Orixá guerreiro, mas a sua característica guerreira é própria, mas não o de guerra no sentido físico da palavra e sim a da luta pela conservação da criação.

Conta um antigo itan que todos os Òrìsà estavam reunidos em uma aldeia, e de repente passa a chover muito e a terra começa a afundar causando grande pânico. Todos tentam fazê-la subir novamente mas , ninguém consegue, por último aquele jovem caçador é chamado e usando um poder que herdou da mãe Òsun, logun-odé entoa o Oriki:
"AWO NBE O, AWO NBE O....ARA NBE O, ARA NBE O"
Eis o iniciado, o forte, eis o misterioso, aqui se fez o milagre
 
 
 
 

Tocando o chão com sua flecha, e a terra começa a subir novamente até voltar a sua posição normal, a partir de então, ele passou a ser reconhecido como um grande guerreiro osiwaju Líder entre os Orixás.  
Em Cuba, sempre era citado mas sem mencionar seu verdadeiro nome: O filho perdido de Oxun, muitos afirmam que ele é a contrapartida masculina de Oxun, dizem que Logun e Oxun são personificações da mesma divindade, a masculina e a feminina. Essa comparação é muito comum em Cuba, não só com Oxun e Logum mas com todos os demais Orixás como Olokun e Yemanjá, Obatalá e Oduduá, Obaluaiê e Nanã, Oxóssi e Otin, Oxumarê e Euá, Xangê e Obá, Ogun e Iansã, Exú e Opará, Ossãe e Ajaa, Erinlé e Abatã, Iroko e Apaoka, Oko e Onilé etc.
Este Orixá é chamado em alguns orikis como Omo Aladê ( Príncipe coroado) e Oba l'oguê ( o que se veste bem) dentre seus títulos é chamado de Loci loci, Ibain, Aro aro, estes títulos são mencionados em suas cantigas como complementos de seu nome.
Logun-Edé, chamado geralmente apenas de Logun, é o ponto de encontro entre os rios e as florestas, as barrancas, beiras de rios, e também o vapor fino sobre as lagoas, que se espalha nos dias quentes pelas florestas. Logun representa o encontro de natureza distintas sem que ambas percam suas características. É filho de Oxossi com Oxum, dos quais herdou as características. Assim, tornou-se o amado, doce e respeitado príncipe das matas e dos rios, e tudo que alimenta os homens, como as plantas, peixes e outros animais, sendo considerado então o dono da riqueza e da beleza masculina. Tem a astúcia dos caçadores e a paciência dos pescadores como principais virtudes.
Seu emblema ou ossun são cinco flechas em um mesmo arco que apontam para cima e oito folhas de variadas, suas cores são o azul turquesa de Erinlé e o amarelo ouro de Oxun.
Logun Edé é considerado um Orixá infantil e por sua vez controla o elo central em qualquer união ou fórmula neutra ou resultante é o equilíbrio da natureza, a energia do pêndulo, o equilíbrio do peso e  da força, ação e reação, a oscilação de energia entre as duas polaridades através do controle, a dimensão entre a vida e a morte, entre Orun e Aiê o fator híbrido, é o dono da harmonia, equilíbrio dinâmico, é o Orixá de tudo o que é perfeito e bonito. Logun somente come após Oxun.
Diz o mito que Logun tinha tudo, menos o amor das mulheres, pois mesmo Iansã, quando roubada de Ogum por Xangô, abandona Logun com seu tio, criando assim um profundo antagonismo entre Xangô e Logun, já que por duas vezes Xangô lhe tira a mãe.

Em outro episódio Logun vai brincar nas águas revoltas (a deusa Obá, também esposa de Xangô) e esta tenta mata-lo como vingança contra Oxum que lhe fizera uma enorme falsidade. Oxum, vendo em seu jogo de búzios o que estava sucedendo com seu filho abandonado, pede a Orunmilá que o salve e este, que sempre atendia às preces da filha de Oxalá, faz uma oferenda a Obá que permite então que os pescadores salvem Logun-Edé, encarregando-o de proteger, a partir daquele dia,os pescadores, as navegações pelos rios e todos os que vivessem à beira das águas doces.
 

Qualidades ou títulos de Logun Edè
Apanã - Pode ser traduzido como Aquele que mata no caminho.
Lokô - Pode ser traduzido como Senhor da colheita.
Ibain - É de um outro caçador homenageado e cultuado como Logun, esse caçador inclusive é o verdadeiro proprietário dos chifres tão importantes no culto.

Aspectos Gerais

DIA: Quinta-feira
 
DATA: 19 de abril
METAIS: Ouro e bronze
CORES: Azul-turquesa e Amarelo-ouro
COMIDAS: Axoxó e Omolocum
SÍMBOLOS: Balança, ofá, abebè e cavalo-marinho
ELEMENTOS: Terra (floresta) e água (de rios e cachoeiras)
REGIÃO DA ÁFRICA: Ilesá
PEDRAS: Topázio e Turquesa
FOLHAS: Oripepê e todas as folhas de Oxóssi e Oxum
ODU QUE REGE: Obará

Arquétipo - Logun Edé - Os filhos de Logun Edé, são vaidosos e graciosos como Oxum gostam de coisas caras, são preguiçosos, considerados o berço da preguiça, joviais e alegres. Por vezes falantes e comunicativos como Oxum e em outros momentos reservados como Erinlé, gostam de mandar, geralmente trazem a rara beleza de Oxum, espertos, apegados a família gostam do conforto do lar e por mais idade que tenham sempre conservam o jeito moleque de ser, geralmente são mimados e dengosos, gostam de tudo na mão.

 
 
 

Orin de Logun Edé
O igbó ó Logun ó a odè kì igbó nì ó bì igì
Igbó ewé ofà ré nì igbó Logun odè, Logun odè, Logun odé
Ofà ré nì igbó Logun odè.

Tradução

Oh! floresta, oh! Logun o nosso caçador que está na floresta ele derruba folhas
na floresta com seu arco e flecha, ele está na floresta, o guerreiro caçador seu arco e flecha
estão na floresta, guerreiro caçador.

Oríkì fún Lògún Ede

Ganagana bi ninu elomi ninu
A se okùn soro èsinsin
Tima li ehin yeye re
Okansoso gudugu
Oda di ohùn
O ko ele pé li aiya
Ala aiya rere fi owó kan
Ajoji de órun idi agban
Ajongolo Okunrin
Apari o kilo òkò tímotímo
O ri gbá té sùn li egan
O tó bi won ti ji re re
A ri gbamu ojiji
Okansoso Orunmila a wa kan mà dahun
O je oruko bi Soponna
Soro pe on Soponna e nià hun
Odulugbese gun ogi órun
Odolugbese arin here here
Olori buruku o fi ori já igi odiolodi
O fi igbegbe lù igi Ijebu
O fi igbegbe lú gbegbe meje
Orogun olu gbegbe o fun oya li o
Odelesirin ni ki o wá on sila kerepa
Agbopa sùn kakaka
Oda bi odundun
Jojo bi agbo
Elewa ejela
O gbewo li ogun o da ara nu bi ole
O gbewo li ogun o kan omo aje niku
A li bilibi ilebe
O ti igi soro soro o fibu oju adiju
Koro bi eni ló o gba ehin oko mà se ole
O já ile onile bó ti re lehin
A li oju tiri tiri
O rí saka aje o dì lebe
O je owú baludi
O kó koriko lehin
O kó araman lehin
O se hupa hupa li ode olode lo
Òjo pá gbodogi ró woro woro
O pà oruru si ile odikeji
O kó ara si ile ibi ati nyimusi
Ole yo li ero
O dara de eyin oju
Okunrin sembeluju
Ogbe gururu si obè olori
A mò ona oko ko n ló
A mo ona runsun rdenreden
O duro ti olobi kò rà je
Rere gbe adie ti on ti iye
O bá enia jà o rerin sún
O se adibo o rin ngoro yo
Ogola okun kò ka olugege li òrùn
Olugege jeun si okurú ofun
O já gebe si orún eni li oni
O dahun agan li ohun kankan
O kun nukuwa ninu rere
Ale rese owuro rese / Ere meji be rese
Koro bi eni lo
Arieri ewo ala
Ala opa fari
Oko Ahotomi
Oko Fegbejoloro
Oko Onikunoro
Oko Adapatila
Soso li owuro o ji gini mu òrún
Rederede fe o ja kùnle ki agbo
Oko Ameri èru jeje oko Ameri
Ekùn o bi awo fini
Ogbon iyanu li ara eni iya ti n je
O wi be se be
Sakoto abi ara fini




Oríkì para Lògún Ede


Um orgulhoso fica infeliz que um outro esteja contente
É difícil fazer um corda com as folhas espinhosas da urtiga
Montado de cavalinho sobre as costas de sua mãe
Ele é sozinho, ele é muito bonito
Até a voz dele é agradável
Não se coloca as mãos sobre o seu peito
Ele tem um peito que atrai as mãos das pessoas
O estrangeiro vai dormir sobre o coqueiro
Homem esbelto
O careca presta atenção à pedra atirada certeiramente
Ele acha duzentas esteiras para dormir na floresta
Acordá-lo bem é o suficiente
Nós somente o vemos e o abraçamos como se ele fosse uma sombra
Somente em Orunmila nós tocamos, mas ele não responde
Ele tem um nome como Soponna /
É difícil alguém mau chamar-se Soponna
Devedor que faz pouco caso
Devedor que anda rebolando displiscentemente
Ele é um louco que quebra a cerca com a cabeça
Ele bate com seu papo numa árvore Ijebu
Ele quebrou sete papos com o seu papo
A segunda mulher diz ao papo para usar um pente (para desinchar o papo)
Um louco que diz que o procurem lá fora na encruzilhada
Aquele que tem orquite ( inflamação dos testículos) e dorme profundamente
Ele é fresco como a folha de odundun
Altivo como o carneiro
Pessoa amável anteontem
Ele carrega um talismã que ele espalha sobre o seu corpo como um preguiçoso
Ele carrega um talismã e briga com o filho do feiticeiro dando socos
Ele veste boas roupas
Com um pedaço de madeira muito pontudo ele fere o olho de um outro
Rápido como aquele que passa atrás de um campo sem agir como um ladrão
Ele destroi a casa de um outro e com o material cobre a sua
Ele tem olhos muito aguçados
Ele acha uma pena de coruja e a prende em sua roupa
Ele é ciumento e anda "rebolando" displicentemente
Ele recolhe as ervas atrás
Ele recolhe as ervas atrás
Ele anda "rebolando" desengonçado para ir ao pátio interior de um outro
A chuva bate na folha de cobrir telhados e faz ruído
Ele mata o malfeitor na casa de um outro
Ele recolhe o corpo na casa e empina o nariz
O preguiçoso está satisfeito entre os passantes
Ele é belo até nos olhos
Homem muito belo
Ele coloca um grande pedaço de carne no molho do chefe
Ele conhece o caminho do campo e não vai lá
Ele conhece o caminho runsun redenreden
Ele está ao lado do dono dos obi e não os compra para comer
O gavião pega o frango com as penas
Ele briga com qualquer um e ri estranhamente
Ele tem o hábito de andar como a um bêbado que bebeu
Sessenta contas não podem rodear o pescoço de um papudo
O papudo come no inchaço de sua garganta
Ele quebra o papo do pescoço daquele que o possui
Ele dá rapidamente crianças às mulheres estéreis
Ele guarda seus talismãs numa pequena cabaça
A noite coisa sagrada, de manhã coisa sagrada /
Duas vezes assim coisa sagrada
Rápido como alguém que parte
A proibição do pássaro branco é o pano branco
Ele mexe os braços fantasiosamente
Marido de Ahotomi
Marido de Fegbejoloro
Marido de Onikunoro
Marido de Adapatila
Bem desperto, ele acorda de manhã já com o arco e flecha no pescoço
Como um louco ele se debate para colocar os joelhos no chão, como o carneiro
Marido de Ameri que dá mêdo
Leopardo de pele bonita
Ele expulsa a infelicidade do corpo de alguém que tem infelicidade
Assim ele diz e assim ele faz
Orgulhoso que possui um corpo muito belo
  
 
 

Ibeji


São os Orixás protetores dos gêmeos, na mitologia Yorubá. O nomedeles é Taiwo e Kheinde, são filhos de Xangô com Oyá e foram criados por Oxum. Os Yorubás acreditam que era Kheinde quem mandava Taiwo supervisionar o mundo, onde a hipótese de ser aquele o irmão mais velho cada gêmeo é representado por uma imagem, os Yorubás colocam oferendas diante de suas imagens para invocar a benevolência dos Ibeji. Os pais de gêmeos costumam fazer sacrifícios a cada oito dias em honra a Ibeji.O animal tradicionalmente associado a Ibeji é o macaco kolobo polykomos ou kolobo real, que é acompanhado por uma grande lenda mística entre os africanos. Eles possuem coloração preta, com detalhes brancos, pelas manhãs eles ficam acordados em silêncio na copa das árvores, como se estivessem em oração ou contemplação, dai eles serem considerados por vários povos como o mensageiro dos Deuses ou tendo a habilidade de escutar os Deuses.
Ibeji, o único Orixá permanentemente duplo, aproxima-se de Exu pelo seu comportamento arquetípico independente. É formado por duas entidades distintas e sua função básica é indicar a contradição, os opostos que coexistem. Num plano mais terreno, por ser criança. A ele é associado a tudo o que se inicia: a nascente de um rio, o germinar dasplantas, o nascimento de um ser humano.
Mostram um temperamento infantil, brincalhão, sorridentes, irrequietas, de muita energia nervosa.  São muito cativantes e carinhosos, com uma sensibilidade sempre à flor da pele; por isso mesmo, magoam-se com facilidade, exageram as contrariedades e agressões que recebem e se deixam levar por mal-entendidos.

"Ajubá Ibeji orô, Xangô d'Ibeji, Oxum d'Ibeji, Oiá n'Ibeji, gbogbô ouô fum uá oxá Ibeji, Ibeji orô!"

"Nossos respeitos a Ibeji, Deuses tão importantes quanto Xangô e Oxum, Ibeji filhos de Oiá, Deuses que trazem a riqueza para todos, Deuses Gêmeos!"  

Como a maior parte das crianças, gosta de estar em meio a muita gente. As pessoas freqüentemente temem Ibeji: poderoso como todo o Orixá, a criança-divindade, entretanto, entende os pedidos de maneira simplista, o que pode levar a conseqüências não previstas pelas entidades em geral. Por outro lado, têm a reputação de ser extremamente fiéis às pessoas que conquistam sua confiança.

 
 
 


 Ibeji

O preto e o branco
A areia e o mar
O sol e a lua
O inverno e o verão
O outono e a primavera
Terra e fogo
Água e ar
O liquido e o sólido
O visível e o invisível
O concreto e o abstrato
A tristeza e a felicidade
A saúde e a doença
O alto e o baixo
A vida e a morte
O dia e a noite
Razão e emoção
O liso e o estampado
O quente e o frio
O velho e o novo
O céu e o inferno
1 minuto e a eternidade
O prazer e dor
O real e a ilusão
O norte e o sul
O leste e o oeste
O progresso e a o retrocesso
O homem e a mulher
O amor e o ódio

Tão opostos, tão perfeitos
Estão sempre lado a lado
Em perfeita sintonia
Juntos, estão em todas as coisas
E em todos os lugares
Embora não sejam sempre concretos
Podem ser vistos na pratica a cada momento
Representados pelo Ying-Yang...
Opostos, juntos, um no outro
Em perfeita harmonia.
 

Qualquer participação de Ibeji em cerimônias, dá um toque alegre e inconseqüente à ela, sendo freqüente que as comidas ritualísticas a eles oferecidas recebam enfeites como fitas de cetim em cores vivas. A Ibeji se oferece todas as cores vivas e as roupas de seus filhos, em cerimônia, são multicoloridas. São homenageados aos domingos, recebendo como comidas rituais, doces, bolinhos, balas, e refrigerantes.


Ádurà Ibejì

Igbà Órìsà
(Orixá eu te saúdo)
Órìsà Ibéjì
(Orixá Ibeji)
Dakùn dabó, ma jékì a rì Ikù Omodé,
(Não permita que haja a morte de crianças)
Ma jékì a rì Ikù agbà,
(Não permita que haja a morte de adultos)
Enitì ó bì, máà jékì ó sokùn,
(Quem tem para não chorar)
Máà jékì a kù Ikù airotélé,
(Não deixe acontecer a morte imprevista)
Fun mi lowó latì sé nkan gbógbó,
(Me dê dinheiro para minhas necessidades)
Iwó ti só alakisà di alasó, jowó só akisà mi di asó,
(Você que torna o pobre rico, me torne rico)
Iwó to ti essè mejé ji bé silé alakisà, jowó bé silé mi,
(Você que entrou na casa do pobre, peço entre na minha)
Órìsà Ibejì, pelé ó,
(Orixá Ibeji eu te saúdo)
Ejiré àra isokùn,
(Ejirê de Issokun)
Jowó só mi di oloró.
(Peço, me torne próspero).

Orìkí fún Ibeji

B'eji B'eji're
B'eji B'eji'la
B'eji B'ejiwo
Igbá omo ire
Axé


Orìkí para Ibeji


Dar a luz aos gêmeos traz fortuna boa
Dar a luz aos gêmeos traz abundância
Dar a luz aos gêmeos traz dinheiro
Saudar as crianças das coisas boas
Axé

 
 
 

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