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terça-feira, 16 de outubro de 2012

PROTOCOLAMOS PAUTA JUNTO AO SR.CARLOS EDUARDO CANDIDATO A PREFEITO DE NATAL - PAUTA QUE SOLICITAMOS A VOSSA SENHORIA IGUALDADE RACIAL




PAUTA QUE SOLICITAMOS A VOSSA SENHORIA IGUALDADE RACIAL - ENTIDADE REDE MANDACARU RN E PARCEIROS...

 Garantir a formação permanente dos servidores municipais, visando às questões relacionadas aos direitos humanos, buscando eliminar qualquer discriminação de raça e cor;

NESTA FORMAÇÃO CONVIDAR INSTITUIÇÕES QUE DEMANDAM E MILITAM NA QUESTAO NEGRA E AFRO PARA PARTICIPAR DE GT FORMAÇÃO...

 Apoiar as ações e as atividades culturais hip-hop, dança afro e capoeira; INCLUIR MANIFESTAÇÕES AFRO ESPECIAL DAS COMUNIDADES E POVOS EXISTENTES EM NATAL...

 Incentivar ações que valorizem a cultura negra, objetivando a discussão e o enfrentamento do preconceito e da intolerância; INCLUIR RACISMO INSTITUCIONAL

 Construir um mapa sócio econômico da etnia negra, visando à realização de ações transversais na gestão pública;I NCLUIR MAPEAMENTO DAS COMUNIDADES DE TERREIRO DE NATAL

 Criar mecanismos de fiscalização quanto à prática de discriminação racial na ocupação de vagas no mercado de trabalho. EFETIVAR DELEGACIA DAS MINORIAS JA EXISTENTES EM PARCERIA COM GOVERNO ESTADO E CRIAR SECRETARIA DE IGUALDADE RACIAL

 Incentivar a criação do Conselho Municipal da Igualdade Racial - CONSEPIR NATAL PARITARIO E DELIBERATIVO COM ORÇAMENTO E DOTAÇÕES PROPRIAS...


 Implementação da Lei°10.639/03 (11 645 ) sobre diversidade étnico-raciais como proposição indispensável e obrigatória no currículo escolar, em articulação o com o conselho municipal de educação/SECAD- MEC.

 ACRESCENTAR A LEI 11645 QUE A NOVA LEGISLAÇÃO E O FORTALECIMENTO JUNTO AO FORUM PERMANENTE DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE RACIAL MEC/SECADI JA EXISTENTE

FORTALECIMENTO DAS CASAS E POVOS  DE TERREIRO EMANCIPANDO -OS COM LEGALIZAÇÃO

EMANCIPAÇÃO E FORTALECIMENTO DA SEGURANÇA ALIMENTAR JUNTO A COMUNIDADES TRADICIONAIS - CIGANAS E POVOS DE TERREIRO E RIBEIRINHAS EXISTENTES EM NATAL
CRIAÇÃO DA SECRETARIA DE IGUALDADE RACIAL 

FORTALECIMENTO E APOIO AS FESTVIDADES DE IEMANJAR DENTRO DO CALENDARIO OFICIAL DA CIDADE 

OFICIALIZAR CANLENDARIO DA CIDADE DOS FESTEJOS CIGANOS E POVOS DE TERREIRO

EXPEDIR ISENÇÃO DE LICENÇA AMBIENTAL PARA CASAS DE TERREIRO
FORTALECER A JUVENTUDE DE TERREIROS COM POLITCAS EXISTENTES E EFETIVAR AS MESMAS

FAZER VALER NA CIDADE DO NATAL A POLITICA NACIONAL DE POVOS TRADICIONAIS

VALORIZAR A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DIVERSIDADE RESGATE A EDUCAÇÃO DE JOVENS ADULTOS NAS COMUNIDADES DE TERREIRO HOEJ EM PROCESSO DE ABANDONO

CERTIFICAR E VALORIZAR POVOS DE TERREIROS COMO KILOMBOS URBANOS ESPAÇOS DE RESISTENCIA AFRO BARSILEIRA

PROMOVER  CONFERENCIA DE IGUALDADE RACIAL MUNCIPAL PARA EFETIVAR PLANO MUNCIPAL DE IGUALDADE RACIAL E FAZER VALER O MESMO

CRIAR E EFETIVAR O CONSEPIR MUNICIPAL PARITARIO E DELIBERATIVO COM ORÇAMENTO E DOTAÇÃO PROPRIA

EFETIVAR O PLANO OPERATIVO DE ATENÇÃO A POPULAÇÃO CARCERARIA JA PRONTO NA SMS E SEM REALIZAÇÃO

EFETIVAR O PLANO NACIONAL E MUNICIPAL DA SAUDE DA POPULÇAO  NEGRA

VALORIZR ATRAVES DO PAM PLANO DE AÇÃO METAS DST AIDS E HEPATITES VIRAIS AS COMUNIDADES E POVOS TRADICONAIS 

MAPEAR COMUNIDADES E POVOS TRADICIONAIS EM FOCO DE TERREIRO DE NATAL

PROMOVER JUNTO A FUNCARTE O RECONHECIMENTO DOS MESTRES E MESTRAS TRADICIONAIS DOS POVOS DE TERREIROS

PROMOVER A INCLUSÃO EFETIVA DA EDUCAÇÃO AFRO INDIGENA  E O COMBATE EFEITVO AO RACISMO INSTITUCIONAL NA PREFEITURA DE NATAL INCLUINDO A INTOLERANCIA RELIGIOSA E COMBATE E EETIVO DA HOMOFOBIA, LESBOFOBIA E TRANSFOBIA EXISTENTES A COMEÇAR NOS ORGAOS E AGREGADOS DA PMN

WWW.MANDACARURN.BLOGSPOT.COM

Ms. Ir. Marcello J.Rocha Fernandes, Mabosj - Olufam
kiumba  Esu Akirijèbó...
" centro de resistencia cultura e educação: Ti Oluwa Ni Ile" Ilê Ilê Axé àrà-àiyé Omim ofa Orum fum fum Bara Lona...

BARA KETU E KETU, BARA EXU OMO...

MENBRO DA EXECUTIVA  COORDENAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES NEGRAS
MENBRO DA EXECUTIVA DA  COORDENAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES E RESISTENCIA AFRO BRASILEIRAS
MENBRO DA EXECTUIVA DA ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE TEOLOGOS AFROINDIGENAS BRASIL E AMERICA LATINA
MENBRO DA EXECUTIVA DO FORUN NACIONAL PERMANENTE DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ETINICO RACIAL MEC/SECADI
MENBRO DO FORUN NACIONAL DE ECONOMIA SOLIDARIA - SENAES/MTE / DF
ENTIDADE RECONHECIDA INTERNACIONALMENTE NO COMBATE E CONVIVENCIA DAS DST AIDS E HEPATITES VIRAIS - MINISTERIO DA SAUDE - UNAIDS
MENBRO DA REDE NACIONAL DE EDUCAÇÃO E PRATICAS DE SAUDE  - MINISTERIO DA SAUDE
MENBRO NACIONAL DA EQUIPE TRILHA DA VIDA BIOMA CAATINGA - IBAMA/UNIVALE/MMA
MENBRO DO GRUPO NACIONAL DE ESTUDOS DE SEGURANÇA ALIMENTAR - SAN -MDS
MENBRO DA REDE NACIONAL DE LIXO E CIDADANIA

REDE MANDACARU BRASIL
RESISTÊNCIA EM TERRAS POTIGUARES NO NORDESTE E NO BRASIL A 23 ANOS:

"Ti Oluwa Ni Ile" Ilê Ilê Axé àrà-àiyé Omim ofa Orum fum fum Bara Lona...

IFE HISTORIA E ANCESTRALIDADES... OMO ORIXAS E SUAS RAIZES...

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Onde começa o Nagô, na Nigéria, é o centro da criação da cultura Nagô-Yorubá. Em Ile-Ifé, cultua-se Oduduwá, fundador da cultura dos povos iorubás, como Obatalá Deus, que criou o homem. Na cidade de Oyo está Xangô, que é rei em sua dinastia, deus do fogo e do trovão. O primeiro rei de Oyo foi Oranyan, pai de Xangô. Em Ire reina Ogum, deus do ferro, das guerras, que invadiu e dominou a cidade, se tornando rei, com o nome Ogum Onire. Em Obeokutá nasceu Yemanjá; em Ira-Enrilé nasceu Oyá. De Ilesa, temos uma grande herança: o cultua Logun-Edé. De Ikija surgiu Oxossi, que veio a ser primeiro rei de Ketu, cidade que foi dominada e destruída, depois de anexada ao Daomé, República Popular do Benin. A nossa idolatrada Oxum tem seu culto em Osogbó; em Oboto, Akpara, Ipetu, Igimu, Oxalá, em sua peregrinação, saindo de Ifé, tomou vários nomes diferentes, tornando-se assim rei em diferentes lugares. Em ejigbó tem o nome de Oxaguiã; em Ifon, Orixá olufon. os negros que desembarcaram aqui no Brasil vieram de diversas etnias, que se misturaram num todo como se fosse uma só tribo, sendo a Bahia o porto conseguiam manter seus hábitos, sendo assim distribuídos da seguinte forma: Oxalá na Bahia, que se assemelha com Ifé; Xangô no Recife, que se assemelha com Oyô, com uma diferença,que em suas terras muitos deles eram reis, enquanto aqui tinham que trabalhar em trabalhos forçados, em grandes áreas de terra, chamadas de roças, derivando daí os terreiros da Bahia, onde são conhecido pelo nome de roças, ou Ilê-Orixá (casa do Orixá). Orixá (Axobô) Yá Mssé (mãe de Xangô, paté de Oxum) na África, Ibiri (insigna de Nanã), Maruô, vestimenta de Ogum, feito da folha do dendê, usada em dias de festas no candomblé antigos, eram penduradas nas janelas para afastar os Eguns (Yálosa) dona da lagoa do Abaeté. Exu, irmão muito ligado a Ogum, por esse motivo Ogum também recebe oferendas nas estradas. Conta a lenda que cada Orixá tem seu lugar preferido, onde os homens podem sentir sua presença. Oranyã, Aganju e Xangô (o quarto rei coroado em Oyô) em Yfé, reino de Oxalá, após entrar num sono profundo, Oduduwá passou a sua frente e fundou o reino de Yorubá.contrato de hospedagem de site



Where to get Nago, Nigeria is the center of the creation of culture-Nago Yorubaland. In Ile-Ife, worships is Oduduwa, founder of the culture of the Yoruba people, as Obatala God who created man. In the city of Oyo is Shango, who is king in his dynasty, the god of fire and thunder. The first king of Oyo Oranyan was the father of Xango. Ire reigns in Ogun, god of iron, of war, who invaded and dominated the city, becoming king, named Ogun Onir. In Obeokutá born Yemanjá; Enrile was born in Ira-Oya. From Ilesa, we have a great heritage: the worships Logun-Ede. From Ikija Oxossi emerged, which became the first king of Ketu, a city that was dominated and destroyed, once attached to Dahomey, the Republic of Benin. Our beloved Oshun has his cult in Osogbo; in Obote, Akpara, Ipetu, Igimu, I hope, in his pilgrimage, leaving Ife, took several different names, thereby becoming king in different places. In Ejigbo is named Oxaguiã; at iFone, Orisha olufon. blacks who landed here in Brazil came from different ethnic groups, which were mixed into a whole as if it were a single tribe, and the Bahia port could maintain their habits, being distributed as follows: Hopefully in Bahia, which resembles Ife; Xango in Recife, which resembles Oyo, with a difference, that their lands many of them were kings, while here had to work as forced labor on large tracts of land, calls fields, thus deriving the terraces of Bahia, where they are known as fields, or Ile-Orisa (Orisha of the house). Orisha (Axobô) Ya MSSE (mother of Shango, Oshun pâté) in Africa, ibirá (insignia of Nana), Maru, Ogun garment, made of palm leaf, used in days of festivities in Candomblé old, were hung in windows to eliminate Eguns (Yalos) owns the pond Abaeté. Exu, brother very attached to Ogun, Ogun therefore also receives offerings on the roads. Legend has it that each Orisha has his favorite place, where men can feel his presence. Orany, Aganju and Shango (the fourth king crowned in Oyo) in Yfé, kingdom of Hopefully, after entering a deep sleep, Oduduwa went ahead and founded the kingdom of Yorubaland.contrato de hospedagem de site

Há 100 anos, Maceió vivia noite de terror com invasão e depredação de templos religiosos e espancamento de negros e adeptos do candomblé...


Motivação política e racismo destroem terreiros afros em Alagoas

Há 100 anos, Maceió vivia noite de terror com invasão e depredação de templos religiosos e espancamento de negros e adeptos do candomblé
por Larissa Bastos e Wellington Santos
Fotos: Ailton Cruz
Motivação política e racismo destroem terreiros afros em Alagoas
Praticantes de religiões de matriz africana lembram, durante a semana, centenário do episódio
Alagoas lembra, na próxima quarta-feira (1º), os cem anos do dia em que - nas vésperas do Carnaval - uma massa de populares, liderada por veteranos de guerra e políticos, invadiu, depredou e queimou os principais terreiros de Xangô em Maceió, espancando líderes e pais de santo dos cultos afros. Considerada um dos mais emblemáticos casos de racismo e intolerância religiosa do Brasil, a noite fatídica daquele 2 de fevereiro de 1912 ficou conhecida como “O Quebra de Xangô”.
O movimento foi organizado por integrantes da Liga dos Republicanos Combatentes em Maceió, sob a liderança do sargento do Exército Manoel da Paz, veterano da guerra de Canudos, na Bahia. “Muitos foram pegos de surpresa e apanharam pelas ruas até chegar à delegacia, na calada da noite. Outros tiveram a oportunidade de fugir para estados como Bahia, Pernambuco e Sergipe”, assegura o professor de História e pesquisador Célio Rodrigues, o “Pai Célio”, um dos grandes difusores da religião de matriz africana no Estado.
Também denominada como Operação Xangô, o movimento tinha um forte viés político com o objetivo de afastar do poder o então governador do Estado, Euclides Malta, que já administrava Alagoas por 12 anos seguidos e era considerado um amigo dos líderes religiosos massacrados.
Imprensa oposicionista
Na época do Quebra, o movimento que desencadeou a postura intolerante contra a religião de matriz africana contou com o apoio da imprensa oposicionista, notadamente o Jornal de Alagoas. Nos trechos de seus artigos e matérias, termos pejorativos sempre eram direcionados ao governador por este se relacionar com os xangôs. Na série de matérias intituladas “Bruxaria”, publicada nos dias consequentes ao episódio, a suposta relação de Euclides Malta com os xangôs denota a mãe de santo Tia Marcelina como sua “feiticeira” protetora.
Segundo as referidas reportagens, o “nefasto governo” de Euclides Malta e as ditas “casas de feitiçaria barata” encontravam-se extremamente difundidas pela cidade de Maceió e se relacionavam “na mais estreita afinidade”. De acordo com o jornal, “sabia-se que a grande força em que o “inepto oligarca” apoiava o seu governo era o xangô e, com essa confiança no fetiche ignorante, mantinha em completa debandada todos os outros poderes orgânicos do Estado”, diz um trecho da publicação em sua edição de 4 de fevereiro.
É notável a descrição de cunho pejorativo de um suposto ritual relatado pelo Jornal de Alagoas na época: “Na casa da Tia Marcelina, a mais frequentada pelo Sr. Euclides e os seus amigos, (em culto) realizado próximo às novas eleições, Tia Marcelina teria pressentido a vitória do adversário de Euclides Malta. Ela preparou a sessão, de acordo com o chefe, e, às 8 horas mais ou menos, o Soba (espécie de chefe de tribo) entrou nessa casa, em uma das ruas mais esconsas da Levada, acompanhado de um dos seus áulicos, que bem conhecemos. Os trabalhos já haviam principiado e a negra mãe de santo, modulando sorrisos de megera, olhares esgazeados de víbora saciada, correu com a mão o reposteiro de uma saleta contígua e lá ficou o ‘Ogum-taió’ da Praça dos Martírios, guardado às vistas dos seus irmãos e do pessoal que na rua avidamente olhava as danças e os requebros da Tia Marcelina”.
Tia Marcelina, segundo os historiadores, foi a fundadora do candomblé em Alagoas e a então mais famosa mãe de santo do Estado, tida como espécie de mentora espiritual do governador Euclides Malta. De acordo com os relatos, ela teria resistido à invasão de seu terreiro e recebido golpes de sabre – espécie de espada – enquanto lutava contra o ataque. A líder negra não resistiu e morreu meses depois.
Viés político
Na linha de frente do movimento que provocou o Quebra de Xangô, estavam políticos locais, como Clodoaldo da Fonseca, então candidato a governador na época; Fernandes Lima, seu vice; e Manuel da Paz, o sargento militar responsável pela liderança da Liga e da devassa aos terreiros alagoanos.
“Foi uma perseguição ao governador Euclides Malta, que tinha ligação com os terreiros e havia recebido até o título de papa do xangô alagoano, o Soba. O interessante é que Euclides era um fervoroso católico”, conta o historiador, médico e vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), Fernando Gomes.
No fim das contas, a oposição conseguiu destituí-lo e, com isso, a Liga dos Republicanos Combatentes – junto com o apoio popular – fez cair sobre os terreiros toda a fúria nos centros.
De acordo com Gomes, o episódio do Quebra de Xangô teve grande importância para apressar a renúncia de Euclides Malta, que aconteceu em 13 de março de 1912. “Em 12 de julho de 1912, Clodoaldo Fonseca, figura de relevo nos quadros do Exército e primo-irmão de Hermes da Fonseca, é empossado governador, juntamente com o vice José Fernandes de Barros Lima”, completa o vice-presidente do IHGAL.
“Os relatos são de que a multidão induzida pela Liga entrou quebrando tudo que via pela frente, no auge do ritual, quando alguns seguidores ainda tinham o santo na cabeça. Bateram nos filhos de santo e queimaram objetos sagrados numa grande fogueira”, diz Fernando Gomes.
O pesquisador Célio Rodrigues acrescenta que foi uma perseguição também aos negros em geral. “Essa Liga foi feita para dizimar as religiões de matriz africana e, por tabela, os negros, pois naquela época Maceió era habitada por muitos ex-escravos e seguramente uma das maiores cidades negras do Brasil”, defende ele.
FONTE: AGENCIA ALAGOAS
 

Tia Marcelina, um mito que ainda aguça o imaginário alagoano Hoje considerada o maior símbolo da resistência religiosa em Alagoas, mãe de santo ainda tem vida e morte repleta de mistérios e fatos obscuros


Tia Marcelina, um mito que ainda aguça o imaginário alagoano

Hoje considerada o maior símbolo da resistência religiosa em Alagoas, mãe de santo ainda tem vida e morte repleta de mistérios e fatos obscuros
por Larissa Bastos e Wellington Santos
Fotos: Raul Plácido
Tia Marcelina, um mito que ainda aguça o imaginário alagoano
Homenagem à Tia Marcelina abriu cortejo do Quebra de Xangô realizado em Maceió
“Bate moleque, quebra braço, quebra perna, tira sangue, mas não tira saber”. Fortes, as palavras ainda ecoam pelos centros de candomblé de Alagoas e trazem à tona, mesmo cem anos depois, o terror vivido na noite de 1º de fevereiro de 1912. Foi assim, segundo a lenda, que a mais famosa personagem do Quebra de Xangô, Tia Marcelina, teria resistido à perseguição da polícia e lutado até o fim na tentativa de preservar suas crenças.
A propagação do episódio – contado pelo professor Morôni Laurindo do Nascimento no trabalho ‘As representações de Tia Marcelina: uma luta entre classificações’ – retrata a importância alcançada pela mãe de santo. Sobrevivendo ao tempo, ela é hoje lembrada pelos adeptos das religiões de matriz africana como a mais importante figura de resistência e sua lenda continua sendo repassada de geração em geração nos terreiros do Estado.
Apesar do status de mito, a vida da sacerdotisa continua mergulhada em mistérios. E, para tentar entender os eventos obscuros que a cercam, é necessário conhecer, antes de tudo, quem foi Tia Marcelina. Longe do imaginário popular durante quatro décadas, foi somente em 1952 que as histórias sobre a religiosa começaram a ser conhecidas e difundidas tanto dentro quanto fora dos candomblés.
Os primeiros escritos são de Abelardo Duarte e Oséas Rosas e, segundo eles, a yalorixá seria uma importante descendente da família real da África e responsável ainda pela fundação da primeira casa de toque alagoana, num pequeno sítio - hoje, o local se transformou em um imóvel, situado atrás do Espaço Cultural da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), na Praça Sinimbu. O terreiro logo faria sucesso, tendo sido frequentado, inclusive, pela elite política do início do século XX.
“Todas as classes queriam conhecer a Tia Marcelina, queriam conhecer a religião, queriam conhecer o candomblé. Uns iam porque frequentavam como filhos de santo, outros iam como curiosos. Olhar, conhecer o que é o terreiro, o que é o candomblé, o que era a seita. O meu avô falava que o ex-governador Euclides Malta era filho de santo da Tia Marcelina e o Orixá dele era Obá, filho de Obá”, conta Pai Maciel no documentário 1912: O Quebra de Xangô.
Não demoraria para que a aura de poder criada ao redor da religiosa fosse cada vez mais reforçada. “Dizem que tem um Exu ali debaixo daquelas escadarias lindas do palácio do Governo. Se existe um exu plantado no palácio do Governo, só quem teve a ousadia de botar foi Tia Marcelina, que era mãe de santo de Euclides. Até hoje ninguém sabe se ele foi filho de santo dela ou só um cliente”, diz a filha de santo Rosa Mossoró, também ouvida no filme.
Para os diários da época, no entanto, a imagem era outra: a da bruxa responsável por todas as mazelas e pelas piores feitiçarias do Estado. “Os trabalhos já haviam principiado e a negra ‘mãe de santo’, modulando sorrisos de megera, olhares esgazeados de víbora saciada, correu com a mão o reposteiro de uma saleta contígua e lá ficou o ‘Ogum-taió’ da Praça dos Martírios”, descreve o Jornal de Alagoas.
Símbolo criado
Seja como bruxa ou deusa, as histórias de Tia Marcelina podem não ser tão verdadeiras quanto parecem – e, apesar da reputação, a figura mais importante do Quebra pode não ter nem existido. Pelo menos é o que desconfia o professor e historiador Luiz Sávio de Almeida, defendendo que a recuperação da imagem da mãe de santo é um processo de afirmação dos cultos em parceria com setores intelectuais da classe média.
Segundo o estudioso, foi apenas na década de 60, com a I Semana dos Cultos Afrobrasileiros, que a personagem começou a tomar vida e que a difusão do mito teve início. Foi durante este movimento – uma invasão consentida ao Teatro Deodoro realizada como forma de protesto contra a repressão – que ele ouviu falar pela primeira vez na sacerdotisa. Eram poucos também os adeptos do candomblé que a conheciam.
Para Sávio de Almeida, Tia Marcelina pode ter sido moldada para se tornar um símbolo. “Ninguém tinha referências nem sabia quem ela era. Só sabiam que o terreiro dela ficava perto da Praça Sinimbu. Menos de 50 anos depois do Quebra, fiz uma busca tentando encontrar quem a tivesse conhecido. Passei por vários centros, mas não achei ninguém que tivesse convivido com ela ou que conhecesse o terreiro. A lenda, porém, ficou na cabeça do povo”, conta.
E nem mesmo a imagem da religiosa é conhecida ao certo – o quadro pintado por Zumba pode não representar a realidade. “Ninguém sabia como ela era, mas chegaram dizendo que o Zumba havia feito uma pintura. Não discuti. Se eles acreditavam que ela era assim, então era. Comprei o quadro e pendurei na minha casa. Aliás, dizem que ela está sempre ao meu lado”, afirma Sávio, que é católico e diz ter um misto de crença e ceticismo quanto ao tema.
Ele acredita, porém, que, mesmo com todas as dúvidas sobre sua vida, ela teve, sim, papel importante para os religiosos alagoanos. “Acho que Tia Marcelina teve um papel preponderante, senão não teria tanta importância. O que se conta é que ela morreu dizendo que o policial poderia matar a ‘preta velha’, mas que ele morreria dias depois. O que ela representa é isso, o enfrentamento do povo, a coragem de lutar”, expõe o professor.
Dúvidas quanto à morte
Além da existência, a morte da sacerdotisa também é um dos pontos que aguçam o imaginário. “Eu ouvi contar que Tia Marcelina não teria morrido meses depois por causa da violência do quebra-quebra, mas sim que ela teria se suicidado, se jogado em uma cacimba”, afirma Mãe Miriam, uma das matriarcas da religião de matriz africana no Estado, numa versão não sustentada por qualquer estudioso.
Outra variante é de que ela teria sido espancada com golpes de sabre, ficando vários meses prostrada até morrer. Antes disso, contudo, ela ainda teria jogado uma maldição. “Maceió é um dia só”, teria dito, profetizando que a cidade não possuiria futuro e que nenhuma ação pública daria certo. Ainda segundo a lenda, o oficial que a espancou teria morrido com um lado do corpo completamente seco – coincidentemente o braço e a perna que a atingiram.
Segundo Pai Maciel, a história é ainda mais mítica. “Após a saída dele [Euclides Malta], ele recomendou que ela saísse de Alagoas [...] Então ela não tomou conselho. Jogou os búzios pra Ogum [...] No jogo, Ogum revelou a ela que fosse embora de Alagoas para o domínio do outro lado. Quer dizer, a Salvador, a Pernambuco ou outro Estado e ela não foi. Apegou-se a Maceió, ao dinheiro, ao ouro, a casa, ao terreiro, ao ilê, à filiação e não foi. Depois que o governador saiu, ela recebeu a repressão, o castigo e passou pela decepção”.
Desobediência ou não, a resistência de Tia Marcelina em fugir passou a ser interpretada, ao longo dos anos, como ato de coragem. Fazendo coro com Sávio de Almeida, o professor Morôni Laurindo também lembra a importância do ato para o povo negro. “A frase atribuída a ela parece ser uma espécie de resistência das religiões afro-brasileiras, que, mesmo diante da violência física, persistem em ser guardiãs de um ‘saber’ que o repressor, nas várias formas de ataque, não conseguiu tirar”, diz ele.
Ações

Já atingimos 233 HOMOCÍDIOS!!! - repassamos desabafo de varias entidades lgbtts do Brasil...Pobres, negros, Jovens aodoslecentes e população em geral sofrem com intoleraancia, discriminação e violencia - JUSTIÇA PRECISA SER PREVENTIVA E NAO SO COERCITIVA... ATENÇÃO ...


Bom gente fico muito triste quando vejo pessoa como o roto do sillas malafaias, querendo da uma de justo e correto,
quando chega de mancinho e se da bem querendo traze uma linha de politico concientizado, afim de uma linha igualitaria para todos, e fico muito preocupado quando vejo ele largamente tomando espaço, pois emquanto ele toma espaço vejo que mada ainda avançou o nosso movimento em relação de sua defesas igualitarias, por isso vejo que devemos nos unir mais e mais ajuda o povo de são paulo via net e etc. luta contra a candidatura de SERRA, onde tem dois dos seus apoiadores sendo ele o Edir Marcedo e o Sillas, e acorra tomaram como moeda de suas campanha ataca o movimento LGBT, principalmente o kit gay pejorativamente chamado e atacado por estes ratos de esgoto de ingrejas evangelicamente repressoras. esse e um dos trechos da fala do sillas malafais em entrevista ao portal do ig.
 
O pastor tem consciência de sua força nas urnas, no segmento evangélico e se regozija disso. Ele afirma que esta sua missão é influenciar o máximo possível. “Gooosto (de política)! Eu nunca vou ser candidato a nada, pode anotar aí! Agora, tenho a convicção, como pastor, acredito que fui levantado para influenciar. Então, vou influenciar o máximo que puder. Ser (político), nunca, mas influenciar, sempre!”
Malafaia também não tem pudores em relação ao jogo político, cuja dinâmica revela conhecer bem. “Na época da eleição, o prefeito e governador bajulam todo mundo para ganhar. Quando são eleitos, essa aqui é que é a verdade, amigo: “Quem é esse cara aí? Elegeu quem?” Então, para eles te atenderem, você tem de mostrar que você tem força política! Senão é mais um no bolo! (...) Essa é que é a verdade nua e crua.”
prescisamos reagi e ajuda a derrota-los ok
 
 
rodrigo firmino
presidente da AHCG-PB.QWWWWWWWWWWWWWWWWW2


---Já atingimos 233 HOMOCÍDIOS!!!
E Dilmofóbica continua insensível a esta carnificina.
Homossexual é encontrado morto com faca
cravada no peito em Jijoca de Jericoacoara.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVIxnRarCAFIjPGPdY4NM4Yqd3OKyAPJzxLiJ589o-hBR2N6Mfb34ZflK5PyxQpLbvEgaCl-QczdrodOXvLaXJuhfg2pjPzaArt0zxiSsp71lkKDCpeqQxLc8BxBINZAQhMs_DckH_Xonr/s1600/CRAVADA1.jpg
Um homem foi encontrado morto em casa com uma perfuração a faca, nesta quinta-feira, 13, por volta das 14h40min, no centro do município de Jijoca de Jericoacoara, distante 294,9kms de Fortaleza.
Valdegreidson Brandão Vasconcelos, de 36 anos, estava no quarto, sobre a cama, com uma faca encravada na altura do peito esquerdo.
Os policiais chegaram até o local atendendo a um chamado dos vizinhos, que acharam estranho a porta da residência estar aberta.
A vítima, que era homossexual, trabalhava como cozinheiro.
Não se sabe ainda o horário em que o crime foi praticado. As investigações estão sendo conduzidas pela polícia local.

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