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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Adolescente está mais sujeito a hipertensão e diabetes


Adolescente está mais sujeito a hipertensão e diabetes

Publicação: 15 de Dezembro de 2011 às 00:00

Margareth Grilo - repórter especial

O adolescente natalense está mais gordo e propenso à hipertensão, diabetes e doenças cardíacas. Esse é o retrato de uma pesquisa desenvolvida pelo cardiologista Kerginaldo Paulo Torres, doutor em Ciências da Saúde, durante quatro anos, e concluída em novembro passado. Durante um ano e meio, entre 2007 e 2008, o médico acompanhou 626 adolescentes na faixa de 10 a 19 anos e constatou uma prevalência de fatores de risco cardiovascular que preocupa.

Objeto do doutorado do cardiologista, pelo programa de pós-graduação em Ciências da Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a pesquisa identificou que em Natal a obesidade, os níveis de colesterol e a hipertensão entre adolescentes se constituem em grave problema de saúde pública, atingindo níveis que se igualam ou até superam os de outras localidades no Brasil.

No grupo pesquisado, 26,4% dos adolescentes apresentaram sobrepeso e obesidade. Nesse aspecto, o maior índice de adolescentes obesos está entre os jovens, de 10 e 13 anos. Dos que tem obesidade, 12,5% tem pré-hipertensão e 20% tem hipertensão, considerando a pressão arterial sistólica (quando o coração inicia o processo de expulsão do sangue).

Avaliando os resultados da pesquisa, o cardiologista alerta os gestores de saúde. "Se, hoje, a obesidade  já preocupa; no futuro, ela vai ser ainda mais grave. Sem ações concretas de prevenção, junto aos adolescentes, a obesidade tende a se perpetuar". As constatações da pesquisa tornam-se mais preocupantes pela associação de outros fatores de risco com o sobrepeso e a obesidade.

A pesquisa "Fatores de risco cardiovasculares em adolescentes da cidade de Natal" identificou, no geral, 15% dos adolescentes como pré-hipertensos ou hipertensos e 50% com taxas de colesterol total e da fração LDL (ruim) acima do normal. Além disso, 34% apresentaram alteração na taxa de triglicerídeos. As dosagens de triglicerídeos, colesterol HDL e HOMA-RI alterados foram mais prevalentes nos que apresentavam o Índice de Massa Corporal (IMC) aumentado.

Segundo Torres, embora exista mais sobrepeso e obesidade entre as mulheres, no homem, a gordura se concentra na região abdominal, o que torna o problema ainda mais grave e mais complicado. Os dados referentes à obesidade do adolescente não diferem da situação nacional.

Pesquisa recente da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) encontrou uma prevalência de 11,7%. Ainda segundo o estudo, três em cada dez jovens, de 10 a 19 anos, já estão acima do peso. Isso aproxima o índice de obesidade infantil dos brasileiros dos níveis encontrados nos Estados Unidos, onde 15% dos adolescentes estão obesos. O trabalho foi realizado com adolescentes de todos os cinco distritos sanitários da cidade, a partir do Programa de Atenção ao Adolescentes, do Centro Clínico Pediátrico do Alecrim. Dos 5 mil adolescentes cadastrados no programa, 400 foram selecionados. Completaram a amostra, 226 adolescentes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia.

Além do estudo observacional e da pesquisa da história familiar e hábitos de vida, foram realizadas dosagens laboratoriais e exames clínicos. Entre as variáveis estudadas estão: peso, idade, gênero, estatura, Índice de Massa Corporal, relação cintura/quadril, pressão arterial, frequência cardíaca, perfil lipídico, Glicose e insulina de jejum e pós Dextrosol (uma espécie de xarope adocicado).

Por se tratar de adolescentes, o cardiologista usou, tanto para determinar os níveis de obesidade/sobrepeso e de pressão arterial, normas padronizadas de acordo com recomendações da Organização Mundial de Saúde. Para para definição de sobrepeso/obesidade, foi utilizado o percentil de IMC, considerando como ponto de corte o percentil de IMC menor que 85 para sobrepeso e maior que 95 para obesidade, conforme parâmetros da OMS.

Vício em alta

Na pesquisa realizada pelo cardiologista Kerginaldo Torres, 22% dos adolescentes admitiram que já experimentaram cigarro. Outros 74% disseram ter experimentado ou fazer uso regular de bebidas alcoólicas. Quanto mais cedo uma pessoa começa a fumar  maiores serão os danos para a sua saúde. Estudos nacionais mostram que o fumante que deu suas primeiras baforadas antes dos 15 anos tem o risco de morte por câncer de pulmão aumentado em quatro vezes, em relação a quem começou a fumar aos 25 anos.

Segundo informações de especialistas são necessários quinze anos para que um ex-fumante volte ao patamar de risco de doenças cardiovasculares de um não-fumante. Entre as mulheres, esses perigos são potencializados. Quando elas fumam, o risco de ansiedade e depressão é duas vezes maior do que entre os homens. O de infartos e derrames, quatro vezes.

Diabetes atinge  7,5% dos adolescentes

Entre os 626 adolescentes pesquisados, 7,5% apresentaram resistência à ação da insulina. Segundo o cardiologista Kerginaldo Torres esse é um forte indicador de que o indivíduo tem maior probabilidade de se tornar diabético, bem mais cedo do que aquele que não tem resistência à insulina. Preocupado com os resultados do estudo, o cardiologista ressaltou que quando mais cedo se inicia a prevenção mais eficiente ela será.

"O problema é mais educacional que de saúde pública. Se, de fato, começamos a prevenção nos primeiros anos de vida, quando se tem a chance de identificar uma doença precocemente, teremos mais eficiência", avalia o médico. A pesquisa será encaminhada aos gestores de saúde e de Educação nas esferas estadual e municipal.

A pesquisa teve por objetivo examinar a prevalência do sobrepeso/obesidade e sua associação com outros fatores de risco cardiovasculares. E os dados mostraram que sobrepeso e obesidade tem relação direta com a diabetes, bem como com alterações das taxas de colesterol, triglicerídeos e hipertensão, o que corrobora, alerta o médico, para aumentar as chances de doenças cardíacas.

Nas entrevistas, cerca de 30% dos adolescentes relataram a obesidade familiar. Na pesquisa realizada em Natal, o índice de obesidade [excluindo os que estavam em sobrepeso] foi de 13%. Os problemas cardiovasculares, alertou Kerginaldo Torres, geralmente acontecem em faixas de idade mais avançada, mas o jovem não está livre de apresentá-los.

"Antes registrávamos de derrame, infarto, angina em pessoas de 60, 70 anos. Hoje, estamos tratando esses problemas em jovens de 30, 40 anos e até 20 anos de idade". Hoje, os adolescentes já tem os fatores de risco e probabilidade de ter complicação na terceira ou quarta década de vida.

Academia de ginástica atende apenas crianças

Fora do universo da pesquisa, muitos pais já estão preocupados em construir um estilo de vida saudável para seus filhos. A empresária Patrícia Motta desistiu de um negócio, no ramo de buffet, para montar uma academia, voltada para o público infantil.  Essa reviravolta teve uma razão: criar um espaço onde pudesse ajudar a filha de 10 anos, que já apresentava sinais de obesidade. "Em um ano, ela já perdeu nove quilos", comemora.

O espaço SPK Oficina de Movimento ainda é novo [tem um ano], mas já recebe 58 crianças, na faixa de 3 a 12 anos. O programa associa atividade física, brincadeiras e reeducação alimentar. O programa individual é montado de acordo com diagnóstico clínico emitido por um endocrinologista.

Além disso, a academia faz pesquisa sobre hábitos de vida da família e da criança. A maioria das crianças matriculadas, segundo Patrícia, tem diagnósticos que apontam taxas alteradas de colesterol, triglicerídeos e hipertensão, e quadros de obesidade e diabetes.

A aula dura uma hora, dividida em duas etapas: 50 minutos de exercícios intensos, utilizando instrumentos como parede de escalada, pula-pula, mini-trampolim, cama elástica  e bolas,  e dez minutos com estímulos à psicomotricidade, com pinturas, desenhos e jogos. Os pais podem optar por programas com atividades em dois ou três dias na semana. O custo varia entre R$ 130,00 e 160,00.

As irmãs Alessa, 9 anos, e Yasmin, 5 anos, estão na academia há quase um ano. "Não gosto de ficar parada, é muito ruim", dispara Yasmin Maria Lima Aires. As irmãs se exercitam, enquanto a mãe Edna Aires faz seu programa de ginástica, no mesmo prédio. Segundo ela, Alessa já perdeu 4 quilos e ganhou mais disposição. As duas tem acompanhamento de nutricionista. "Elas nunca ficaram paradas e tenho procurado oferecer alimentos mais saudáveis", contou Edna.

Homicídios crescem 189% no RN

Andrey Ricardo - Jornal de Fato

O Rio Grande do Norte teve o segundo maior crescimento em índice de homicídio durante os últimos 10 anos entre as 27 unidades federativas do Brasil. A incômoda posição foi divulgada ontem pelo Instituto Sangari, através do Mapa da Violência 2012. O RN só perde no aumento da violência para o Estado do Pará. Enquanto a média nacional de crescimento foi de 10%, entre 1980 e 2010, no RN foi de 189%. O estudo mostra também que 32 cidades potiguares cresceram acima da média no Brasil em dez anos.

A pesquisa engloba todos os assassinatos registrados pelas 27 unidades federativas entre os anos de 1980 e 2010. Os números são fornecidos pelos governos estaduais e o cálculo é feito mediante uma comparação entre o número de homicídios e a quantidade de habitantes. O estudo mostra que o Rio Grande do Norte atravessou dois períodos distintos nesses 30 anos. Esse crescimento exacerbado da violência pode ser verificado a partir de 2004. Até então, a média de homicídios era baixa. É a partir daí que o índice encosta na média nacional e depois disso dispara, ficando quase 20 vezes maior.

Nesse primeiro período, entre 1980 e 2004, a taxa de violência avança lentamente. Os autores da pesquisa afirma que esse crescimento lento é devido o aumento da violência nas cidades do interior, que aos poucos vão elevando o posicionamento do RN perante os outros estados e a média nacional. Nesse primeiro período, o  Rio Grande do Norte  tinha a segunda menor média do Brasil, com 11,7 mortes a cada 100 mil habitantes. De 2004 em diante, a violência avança aceleradamente nas cidades potiguares, colocando a unidade norte-rio-grandense como a segunda mais violenta do Brasil, em índice de avanço.

Das 167 cidades que integram o estado norte-riograndense, 32 delas se destacam pelos índices de violência. Curiosamente, o maior índice (feito pela relação matemática entre o número de assassinatos e a quantidade de habitantes) é de Tibau, cidade distante 42 km de Mossoró. De acordo com o estudo, a média nacional das cidades é de 26 mortes a cada 100 mil habitantes em diante. Tibau apresenta uma taxa de 81,4, quase três vezes mais violenta do que a maioria das cidades brasileiras. A cidade tem uma característica particular: no período de veraneio, o número de habitantes exorbita.

Abaixo de Tibau surge a pequena João Dias, na região Alto Oeste, com um índice de 76,9 assassinatos, a segunda maior média no RN. Logo atrás vêm Caraúbas (71,5), que tem tido destaque em vários outros estudos da violência a nível nacional; Rafael Godeiro (65,3); Riacho da Cruz (63,2); Almino Afonso (61,6), cidade que também figurou noutras pesquisas; e Mossoró (52,7), município que também tem aparecido em incômodas posições em outros estudos que verificam a média de assassinatos - surgiu inclusive em outras edições do Mapa da Violência nos Municípios Brasileiros.

Índice de homicídio maior que o Iraque

SÃO PAULO - A cidade baiana de Simões Filho, com 116 mil habitantes, foi o município brasileiro mais violento entre 2008 e 2010, segundo o Mapa da Violência 2012, divulgado pelo Instituto Sangari ontem. Nesse período, a cidade que fica na Região Metropolitana de Salvador registrou 146,4 assassinatos por 100 mil habitantes. O único município do Rio Grande do Norte incluído entre os mais violentos é Caraúbas, onde foram registrados 68,5 mortes  por 100 mil habitantes.

O segundo lugar do ranking, atrás do município de Simões Filho é a cidade de Campina Grande do Sul, no Paraná, com 130 homicídios por 100 mil habitantes no período. Outra cidade baiana, a turística Porto Seguro, encontra-se entre as cinco mais violentas do Brasil, com 108 assassinatos por 100 mil habitantes.

O levantamento mostra que, na média, 67 cidades brasileiras ficaram com o índice de homicídios acima do registrado no Iraque no período de guerra. O país do Oriente Médio teve um índice de 64,9 mortes para cada 100 mil habitantes. Três capitais estão na listagem de mais violentos do que o país em conflito: Maceió (9.º), Recife (43.º) e Vitória (em 52.º).

De acordo com o pesquisador da Sangari, Julio Jacobo Waisefisz, o cenário da violência tem se descentralizado e aumentado no interior dos Estados. "(Houve) o deslocamento dos polos dinâmicos da violência: de um reduzido número de cidades de grande porte para um grande número de municípios de tamanho médio ou pequeno. Se as atuais condições forem mantidas, em menos de uma década as taxas do interior deverão ultrapassar as das capitais e regiões metropolitanas país", disse.

O interior está mais violento e pode superar grandes cidades

É nesse cenário que a violência tem se descentralizado e se tornado um fenômeno crescente no interior, aponta o pesquisador Julio Jacobo Waisefisz. No estudo, ele detectou "a reversão do processo de concentração da violência homicida, que vinha acontecendo no país desde 1980".

"A disseminação e a interiorização tiveram como consequência o deslocamento dos polos dinâmicos da violência: de um reduzido número de cidades de grande porte para um grande número de municípios de tamanho médio ou pequeno. Se as atuais condições forem mantidas, em menos de uma década as taxas do interior deverão ultrapassar as das capitais e regiões metropolitanas país."

Assim, cidades pequenas como Simões Filho (BA), com 116 mil habitantes, Campina Grande do Sul (PR), com 37,7 mil habitantes, e Marabá (PA), com 216 mil, passaram a liderar, nesta ordem, o ranking de municípios com as maiores taxas de homicídio por 100 mil habitantes.

Taxas gerais. Em geral, o Brasil viu suas taxas de homicídio crescerem quase constantemente entre 1980 e 2003, quando chegou a 28,9 mortes por 100 mil habitantes. A partir desse ano, os índices se reduziram e, com algumas oscilações, se estabilizaram.

Nesses 30 anos, a população também cresceu, embora de forma menos intensa, aponta o "Mapa da Violência".

"Passou de 119 milhões para 190,7 milhões de habitantes, crescimento de 60,3%. Considerando a população, passamos de 11,7 homicídios em 100 mil habitantes em 1980 para 26,2 em 2010. Um aumento real de 124% no período."

Também preocupa o fato de a violência ainda incidir de forma muito mais intensa entre a população negra. Segundo o estudo, em 2010 morreram, proporcionalmente, 139% mais negros do que brancos no país.

Brasil contabiliza mais de 1 milhão de assassinatos

SÃO PAULO - Com 1,09 milhão de homicídios entre 1980 e 2010, o Brasil tem uma média anual de mortes violentas superior à de diversos conflitos armados internacionais, apontam cálculos do "Mapa da Violência 2012", produzido pelo Instituto Sangari e divulgado nesta quarta-feira.

O estudo também conclui que, apesar da redução das mortes violentas em diversas capitais do país, o Brasil mantém um índice epidêmico de homicídios - 26,2 por 100 mil habitantes -, que têm crescido sobretudo no interior do país e em locais antes considerados "seguros".

Calculando a média anual de homicídios do país em 30 anos, Julio Jacobo Waisefisz, pesquisador do Sangari, chegou ao número de 36,3 mil mortos no ano - o que, em números absolutos, é superior à média anual de conflitos como o da Chechênia (25 mil), entre 1994 e 1996, e da guerra civil de Angola (1975-2002), com 20,3 mil mortos ao ano.

A média também é superior às 13 mil mortes por ano registradas na Guerra do Iraque desde 2003 (a partir de números dos sites iCasualties.org e Iraq Body Count, que calculam as mortes civis e militares do conflito). "O número de homicídios no Brasil é tão grande que fica fácil banalizá-lo", disse Waisefisz à BBC Brasil.

"Segundo essas mesmas estatísticas (feitas a partir de dados do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde), ocorreram, em 2010, quase 50 mil assassinatos no país, com um ritmo de 137 homicídios diários, número bem superior ao de um massacre do Carandiru por dia", diz o estudo, em referência à morte de 111 presos no centro de detenção do Carandiru (SP), em 1992.

ESTADOS

Por um lado, o "Mapa da Violência" vê motivos para otimismo: o Brasil estabilizou suas taxas de homicídio e conseguiu conter a espiral de violência em Estados como São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro (onde, entre 2000 e 2010, o número de homicídios caiu respectivamente 63,2%, 20,2% e 42,9%).

Por outro lado, o estudo aponta que "nossas taxas ainda são muito elevadas e preocupantes, considerando a nossa própria realidade e a do mundo que nos rodeia, e não estamos conseguindo fazê-las cair".  "Estados que durante anos foram relativamente tranquilos, alheios à fúria homicida, entram numa acelerada onda de violência", diz a pesquisa.

É o caso, por exemplo, de Alagoas, que, com 66,8 homicídios por 100 mil habitantes em 2010, se tornou o Estado com o maior número de mortes violentas (era o 11º em 2000). O Pará, que era o 21º Estado com mais mortes violentas em 2000, subiu para a terceira posição em 2010, com uma taxa de 45,9 homicídios por 100 mil habitantes.

Vários fatores podem explicar essa migração, diz o estudo: o investimento em segurança nas grandes capitais e suas regiões metropolitanas, fazendo com que parte do crime organizado migrasse para áreas de menor risco; melhoras no sistema de captação de dados de mortalidade, fazendo com que mortes antes ignoradas no interior pudessem ser contabilizadas; e o fato de algumas partes do país terem se tornado polos atrativos de investimento sem que tivessem recebido, ao mesmo tempo, investimentos em segurança pública.

Além disso, muitas regiões mais afastadas dos grandes centros também são locais de conflitos agrários ou ambientais, zonas de fronteira ou rotas do tráfico - fatores que tendem a estimular a violência.

PILANTROPIA DISFARÇADA COM ONG/OSC MALFAZEJO NO USO DO DINHEIRO PUBLICO ENQUANTO ISSO AS VERDADEIRAS ONG ESMOLAM PARA ATUAR....

A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União cumpriram, na manhã de hoje (14), mandados de busca e apreensão nas sedes das organizações não-governamentais Instituto Êpa e Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos (CTA) em Lagoa Nova, zona Sul de Natal. A medida, que resultou na apreensão de computadores e documentos, faz parte da Operação Êpa, deflagrada nesta quarta-feira com o objetivo de investigar a participação destas entidades na prática de crimes contra Administração Pública. De acordo com as autoridades, as organizações estariam utilizando-se de seu quadro societário e outras empresas relacionadas para o desvio de recursos públicos.

Além de recolher equipamentos e papéis, a polícia realizou a prisão de um funcionário por porte de arma sem registro.

Segundo nota oficial encaminhada pela PF, as investigações tiveram início em maio de 2010, a partir de fiscalização realizada pela Controladoria Geral da União que teria constatado indícios de graves irregularidades como: a) contratação de empresas pertencentes aos próprios diretores das Entidades envolvidas; b) contratação e pagamento de serviços não realizados; c) superfaturamento e sobrepreço de serviços contratados; d) contratação de empresa cujo ramo de atividade diverge do objeto contratado.

A nota traz a informação de que o Instituto e a Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos (CTA) foram beneficiárias de recursos federais na ordem de R$ 28 milhões relativos a repasses firmados com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério da Pesca e Aquicultura. Essa abrangência de atuação por parte das entidades e seus dirigentes, observa a polícia, pode revelar "riscos elevados de malversação de recursos federais".

"Durante as investigações foi apurado que o dano real decorrente da execução dos três convênios pode ultrapassar a monta de um milhão de reais, considerando que foram pagos R$ 1.021.550,78 (um milhão, vinte e um mil, quinhentos e cinquenta reais e setenta e oito centavos) a empresas ligadas à entidade convenente e R$ 1.039.180,05 (um milhão, trinta e nove mil, cento e oitenta reais e cinco centavos) para fornecimento de produtos/serviços incompatíveis com os ramos comerciais dos fornecedores ou produtos/serviços que não foram fornecidos", diz o comunicado.

Confira a nota na íntegra:

A   Polícia Federal no Estado de Rio Grande do Norte, em conjunto com a Controladoria Geral da União e o Ministério Público Federal do RN, deflagrou na manhã desta quarta-feira, 14/12, a Operação EPA que objetiva identificar e desarticular  organização voltada à prática de crimes contra Administração Pública, na qual o Instituto EPA! Espaço de Produção ao Desenvolvimento Sustentável e a Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos - CTA, utilizando-se de seu quadro societário e outras empresas e pessoas a ela relacionadas, para o desvio de recursos públicos.

A investigação teve início em maio de 2010, a partir de fiscalização realizada pela Controladoria Geral da União, dado os indicativos de graves irregularidades, tais como: a) contratação de empresas pertencentes aos próprios diretores das Entidades envolvidas; b) contratação e pagamento de serviços não realizados; c) superfaturamento e sobrepreço de serviços contratados; d) contratação de empresa cujo ramo de atividade diverge do objeto contratado.

Durante as investigações foi apurado que o dano real decorrente da execução dos três convênios pode ultrapassar a monta de um milhão de reais, considerando que foram pagos R$ 1.021.550,78 (um milhão, vinte e um mil, quinhentos e cinquenta reais e setenta e oito centavos) a empresas ligadas à entidade convenente e R$ 1.039.180,05 (um milhão, trinta e nove mil, cento e oitenta reais e cinco centavos) para fornecimento de produtos/serviços incompatíveis com os ramos comerciais dos fornecedores ou produtos/serviços que não foram fornecidos.

Para se ter uma melhor idéia, o Instituto e a Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos (CTA) foram beneficiárias de recursos federais na ordem de  28  (vinte e oito milhões de reais) relativos a repasses firmados com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério da Pesca e Aquicultura, o que revela uma considerável abrangência de atuação por parte dessas entidades e seus dirigentes e, conseqüentemente, riscos elevados de malversação de recursos federais.

Dessa maneira, de posse do Relatório elaborado pela CGU e dos dados levantados no decorrer da investigação, o Delegado responsável pelo inquérito e o Procurador do Ministério Público Federal, representou junto ao Juiz Federal da 2ª Vara Federal de Natal/RN, pela expedição de 07 (sete)  mandados de busca e apreensão nos endereços pertencentes às pessoas físicas e jurídicas, todos localizados na grande Natal.

Na operação que está em andamento, participam cerca de 40 (quarenta) Policiais Federais do RN e PB e 10 (dez) servidores da CGU.

Representantes da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União deverão se pronunciar publicamente amanhã, por meio de coletiva,  haja vista que se faz necessária a análise preliminar da grande quantidade de documentos e provas que estão sendo arrecadados durante as buscas.

Até o presente momento, ocorreu apenas uma prisão em flagrante, visto que uma das pessoas investigadas estava de posse de uma arma sem registro.

Os investigados poderão ser responsabilizados pela prática dos crimes de peculato, formação de quadrilha e falsidade documental.

Coletiva dia 15 de dezembro (quinta-feira)  às 10 horas na Polícia Federal

DF SAI NA FRENTE NA LEI 10639/03 LDB E AFRICANIDADE

O anúncio ocorrerá na solenidade de abertura da Discussão: o alcance da Lei 10.639 no ambiente da LDB, no dia 14 de dezembro, a partir das 8 horas, no auditório da Camara Legislativa do Distrito Federal. 
A Secretaria da Educação do Distrito Federal anunciará na próxima quarta-feira, a Orientação Pedagógica (OP) para o ensino de História da África na grade curricular das escolas da rede pública. É a primeira vez que um membro da União lança mão desse dispositivo para obedecer a Lei 10.639, que essa disciplina seja lecionada nos níveis Básico e Médio de escolarização.
A Lei 10.639 foi decretada em 2003, mas oito anos depois ainda não foi cumprida em nenhum dos 27 Estados. O movimento social negro entende  que a aplicação dessa lei é essencial para o enfrentamento ao racismo e na mudança das relações etnicorracias no Brasil.
A adoção dessa OP é uma das etapas de expansão das políticas públicas de ações afirmativas planejadas pelo Governo do Distrito Federal – GDF, para inclusão da população afrodescendente nos serviços educacionais oferecidos em Brasília e cidades satélites da capital do país. Além dos aspectos social e academico, a OP para o ensino da História da África representa o fortalecimento institucional da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial do Distrito Federal – SEPIRDF e a Subsecretaria de Educação Integral, Cidadania, Direitos Humanos e Diversidade da Secretaria da Educação – SEDF.
O anúncio e o mecanismo de funcionamento da OP ocorrerá na solenidade de abertura da Discussão: o alcance da Lei 10.639 no ambiente da LDB, no dia 14 de dezembro, a partir das 8 horas, no auditório da Camara Legislativa do Distrito Federal. A atividade será seguida da palestra: A implantação da Lei 10.639, pela professora Renisia Garcia, da Universidade de Brasília – UnB.
Fonte: Ascom SEPIRDF

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