A epidemia de AIDS no mundo
A epidemia de AIDS continua a ser um dos grandes desafios para a saúde global. Aproximadamente 33 milhões de pessoas vivem com HIV em todo o mundo. Globalmente, somente em 2009, 2,6 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV e 2 milhões morreram em decorrência da AIDS, a maioria devido ao acesso inadequado a serviços de tratamento e atenção.
O número anual de novas infecções pelo HIV diminuiu de 3,1 milhões [2,9 milhões - 3,4 milhões] em 1999 para 2,6 milhões [2,3 milhões – 2,8 milhões] em 2009. Em termos globais, 2 milhões [1,7 milhões-2,4 milhões] de pessoas morreram por questões relacionadas à AIDS em 2008, comparados à estimativa de 1,7 milhões [1,5 milhões – 2,3 milhões] em 2001.
Existem evidências de sucesso na resposta à AIDS em diversos contextos. Em alguns países, como República Dominicana e Tanzânia, a incidência de HIV caiu significativamente. Infelizmente, essas tendências favoráveis não são registradas de igual maneira em outros países ou regiões. A África Subsaariana ainda é a região do mundo mais afetada pela epidemia: cerca de 67% das infecções pelo HIV e 72% de mortes por AIDS, em 2008, ocorreram nesta esta região.
As mulheres já representam metade das pessoas vivendo com HIV em todo o mundo, com números crescentes em muitos países. Estima-se que 430 mil [240 mil – 610 mil] crianças menores de 15 anos se infectaram pelo HIV em 2008. Quanto aos modos de transmissão mais prevalentes apresenta-se um verdadeiro mosaico: na África Subsaariana e no Caribe predomina a transmissão heterossexual; no Leste Europeu vivencia-se uma transição, pois o antigo modo de transmissão mais prevalente, pelo uso de drogas injetáveis, tem cedido espaço à transmissão sexual; na Ásia predomina tanto a transmissão por uso de drogas injetáveis como a transmissão por sexo comercial sem proteção e, na América Latina, predomina a transmissão entre homens que fazem sexo com homens, ainda que se tenha que constatar o aumento da transmissão heterossexual em alguns países
Com dois terços do caminho percorrido, o progresso alcançado no sexto ODM é palpável: O número de pessoas vivendo com HIV com acesso ao tratamento aumentou 12 vezes desde 2006; novas infecções pelo HIV caíram 17% desde 2001. Porém muito ainda há a ser feito. A epidemia continua a crescer no Leste Europeu e na Ásia Central, e ainda existem dez milhões de pessoas necessitando de tratamento no mundo.
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