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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Adolescente está mais sujeito a hipertensão e diabetes


Adolescente está mais sujeito a hipertensão e diabetes

Publicação: 15 de Dezembro de 2011 às 00:00

Margareth Grilo - repórter especial

O adolescente natalense está mais gordo e propenso à hipertensão, diabetes e doenças cardíacas. Esse é o retrato de uma pesquisa desenvolvida pelo cardiologista Kerginaldo Paulo Torres, doutor em Ciências da Saúde, durante quatro anos, e concluída em novembro passado. Durante um ano e meio, entre 2007 e 2008, o médico acompanhou 626 adolescentes na faixa de 10 a 19 anos e constatou uma prevalência de fatores de risco cardiovascular que preocupa.

Objeto do doutorado do cardiologista, pelo programa de pós-graduação em Ciências da Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a pesquisa identificou que em Natal a obesidade, os níveis de colesterol e a hipertensão entre adolescentes se constituem em grave problema de saúde pública, atingindo níveis que se igualam ou até superam os de outras localidades no Brasil.

No grupo pesquisado, 26,4% dos adolescentes apresentaram sobrepeso e obesidade. Nesse aspecto, o maior índice de adolescentes obesos está entre os jovens, de 10 e 13 anos. Dos que tem obesidade, 12,5% tem pré-hipertensão e 20% tem hipertensão, considerando a pressão arterial sistólica (quando o coração inicia o processo de expulsão do sangue).

Avaliando os resultados da pesquisa, o cardiologista alerta os gestores de saúde. "Se, hoje, a obesidade  já preocupa; no futuro, ela vai ser ainda mais grave. Sem ações concretas de prevenção, junto aos adolescentes, a obesidade tende a se perpetuar". As constatações da pesquisa tornam-se mais preocupantes pela associação de outros fatores de risco com o sobrepeso e a obesidade.

A pesquisa "Fatores de risco cardiovasculares em adolescentes da cidade de Natal" identificou, no geral, 15% dos adolescentes como pré-hipertensos ou hipertensos e 50% com taxas de colesterol total e da fração LDL (ruim) acima do normal. Além disso, 34% apresentaram alteração na taxa de triglicerídeos. As dosagens de triglicerídeos, colesterol HDL e HOMA-RI alterados foram mais prevalentes nos que apresentavam o Índice de Massa Corporal (IMC) aumentado.

Segundo Torres, embora exista mais sobrepeso e obesidade entre as mulheres, no homem, a gordura se concentra na região abdominal, o que torna o problema ainda mais grave e mais complicado. Os dados referentes à obesidade do adolescente não diferem da situação nacional.

Pesquisa recente da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) encontrou uma prevalência de 11,7%. Ainda segundo o estudo, três em cada dez jovens, de 10 a 19 anos, já estão acima do peso. Isso aproxima o índice de obesidade infantil dos brasileiros dos níveis encontrados nos Estados Unidos, onde 15% dos adolescentes estão obesos. O trabalho foi realizado com adolescentes de todos os cinco distritos sanitários da cidade, a partir do Programa de Atenção ao Adolescentes, do Centro Clínico Pediátrico do Alecrim. Dos 5 mil adolescentes cadastrados no programa, 400 foram selecionados. Completaram a amostra, 226 adolescentes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia.

Além do estudo observacional e da pesquisa da história familiar e hábitos de vida, foram realizadas dosagens laboratoriais e exames clínicos. Entre as variáveis estudadas estão: peso, idade, gênero, estatura, Índice de Massa Corporal, relação cintura/quadril, pressão arterial, frequência cardíaca, perfil lipídico, Glicose e insulina de jejum e pós Dextrosol (uma espécie de xarope adocicado).

Por se tratar de adolescentes, o cardiologista usou, tanto para determinar os níveis de obesidade/sobrepeso e de pressão arterial, normas padronizadas de acordo com recomendações da Organização Mundial de Saúde. Para para definição de sobrepeso/obesidade, foi utilizado o percentil de IMC, considerando como ponto de corte o percentil de IMC menor que 85 para sobrepeso e maior que 95 para obesidade, conforme parâmetros da OMS.

Vício em alta

Na pesquisa realizada pelo cardiologista Kerginaldo Torres, 22% dos adolescentes admitiram que já experimentaram cigarro. Outros 74% disseram ter experimentado ou fazer uso regular de bebidas alcoólicas. Quanto mais cedo uma pessoa começa a fumar  maiores serão os danos para a sua saúde. Estudos nacionais mostram que o fumante que deu suas primeiras baforadas antes dos 15 anos tem o risco de morte por câncer de pulmão aumentado em quatro vezes, em relação a quem começou a fumar aos 25 anos.

Segundo informações de especialistas são necessários quinze anos para que um ex-fumante volte ao patamar de risco de doenças cardiovasculares de um não-fumante. Entre as mulheres, esses perigos são potencializados. Quando elas fumam, o risco de ansiedade e depressão é duas vezes maior do que entre os homens. O de infartos e derrames, quatro vezes.

Diabetes atinge  7,5% dos adolescentes

Entre os 626 adolescentes pesquisados, 7,5% apresentaram resistência à ação da insulina. Segundo o cardiologista Kerginaldo Torres esse é um forte indicador de que o indivíduo tem maior probabilidade de se tornar diabético, bem mais cedo do que aquele que não tem resistência à insulina. Preocupado com os resultados do estudo, o cardiologista ressaltou que quando mais cedo se inicia a prevenção mais eficiente ela será.

"O problema é mais educacional que de saúde pública. Se, de fato, começamos a prevenção nos primeiros anos de vida, quando se tem a chance de identificar uma doença precocemente, teremos mais eficiência", avalia o médico. A pesquisa será encaminhada aos gestores de saúde e de Educação nas esferas estadual e municipal.

A pesquisa teve por objetivo examinar a prevalência do sobrepeso/obesidade e sua associação com outros fatores de risco cardiovasculares. E os dados mostraram que sobrepeso e obesidade tem relação direta com a diabetes, bem como com alterações das taxas de colesterol, triglicerídeos e hipertensão, o que corrobora, alerta o médico, para aumentar as chances de doenças cardíacas.

Nas entrevistas, cerca de 30% dos adolescentes relataram a obesidade familiar. Na pesquisa realizada em Natal, o índice de obesidade [excluindo os que estavam em sobrepeso] foi de 13%. Os problemas cardiovasculares, alertou Kerginaldo Torres, geralmente acontecem em faixas de idade mais avançada, mas o jovem não está livre de apresentá-los.

"Antes registrávamos de derrame, infarto, angina em pessoas de 60, 70 anos. Hoje, estamos tratando esses problemas em jovens de 30, 40 anos e até 20 anos de idade". Hoje, os adolescentes já tem os fatores de risco e probabilidade de ter complicação na terceira ou quarta década de vida.

Academia de ginástica atende apenas crianças

Fora do universo da pesquisa, muitos pais já estão preocupados em construir um estilo de vida saudável para seus filhos. A empresária Patrícia Motta desistiu de um negócio, no ramo de buffet, para montar uma academia, voltada para o público infantil.  Essa reviravolta teve uma razão: criar um espaço onde pudesse ajudar a filha de 10 anos, que já apresentava sinais de obesidade. "Em um ano, ela já perdeu nove quilos", comemora.

O espaço SPK Oficina de Movimento ainda é novo [tem um ano], mas já recebe 58 crianças, na faixa de 3 a 12 anos. O programa associa atividade física, brincadeiras e reeducação alimentar. O programa individual é montado de acordo com diagnóstico clínico emitido por um endocrinologista.

Além disso, a academia faz pesquisa sobre hábitos de vida da família e da criança. A maioria das crianças matriculadas, segundo Patrícia, tem diagnósticos que apontam taxas alteradas de colesterol, triglicerídeos e hipertensão, e quadros de obesidade e diabetes.

A aula dura uma hora, dividida em duas etapas: 50 minutos de exercícios intensos, utilizando instrumentos como parede de escalada, pula-pula, mini-trampolim, cama elástica  e bolas,  e dez minutos com estímulos à psicomotricidade, com pinturas, desenhos e jogos. Os pais podem optar por programas com atividades em dois ou três dias na semana. O custo varia entre R$ 130,00 e 160,00.

As irmãs Alessa, 9 anos, e Yasmin, 5 anos, estão na academia há quase um ano. "Não gosto de ficar parada, é muito ruim", dispara Yasmin Maria Lima Aires. As irmãs se exercitam, enquanto a mãe Edna Aires faz seu programa de ginástica, no mesmo prédio. Segundo ela, Alessa já perdeu 4 quilos e ganhou mais disposição. As duas tem acompanhamento de nutricionista. "Elas nunca ficaram paradas e tenho procurado oferecer alimentos mais saudáveis", contou Edna.

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