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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Assim se elege um Papa Copta - Tawadros é o novo Papa copta


Tawadros é o novo Papa copta

A mão inocente de um menino escolheu o bispo Tawadros (foto) como o novo patriarca da Igreja ortodoxa copta do Egito. Neste domingo, em razão da cerimônia, a Catedral São Marcos, no Cairo, estava cheia.

A reportagem é publicada no sítio Religión Digital, 04-11-2012. A tradução é do Cepat

Depois das 10h30min [de domingo], um menino sorteou, entre os três candidatos, o centésimo décimo oitavo patriarca. A cerimônia foi marcada por um protocolo solene, considerado o reflexo de uma eleição divina.

“Pedimos ao Espírito Santo que nos dê o seu apoio”, declarou o bispo Pachomius, chefe interino desta Igreja. A cerimônia da mais importante comunidade cristã do Oriente Médio aconteceu na Catedral de São Marcos, no Cairo, sede desta Igreja, cujo chefe Shenuda III morreu, no último mês de março, aos 88 anos.

O atual processo de escolha contempla uma pré-seleção de três candidatos, por voto secreto, num conselho com cerca de 2.500 pessoas do clero e dos fiéis leigos. Os candidatos pré-selecionados na segunda-feira, 29 de outubro, foram os bispos Rafael (54 anos), do Cairo, eTawadros (60 anos), de Beheira (Delta do Nilo), e um monge, o padre Rafael Ava Mina (70 anos).

A eleição final fica nas mãos de uma criança, do sexo masculino, com idade entre 5 e 8 anos, durante a cerimônia deste domingo (04/11), nomeada como “sorteio do altar”. Confiar a eleição final a um menino “vem do passado, sendo interrompido e retomado em 1957”, data em que o procedimento foi regulamentado e aplicado em duas ocasiões (Cirilo VI, em 1959 e Shenuda III, em 1971).

Assim se elege um Papa Copta

A última palavra na eleição do sucessor de Shenouda III, o Papa dos coptas, falecido recentemente, terá uma criança com os olhos vendados. Como num sorteio normal, ela deverá tirar de uma urna de prata uma das três cédulas em que estarão escritos os nomes dos candidatos. Este é o curioso sistema, em que há séculos a igreja copta ortodoxa elege seu guia espiritual, no final de um processo complexo, marcado por diversas etapas e que duram alguns meses.

A reportagem é de Giorgio Bernardelli, publicada no sítio Vatican Insider, 26-03-2012. A tradução é do Cepat.

O procedimento, atualmente em vigor, remonta a 1957, tendo sido utilizado, portanto, para designar aos dois últimos papas coptas: Cirilo VI, que reinou de 1959 até 1971, e Shenouda III, que liderou a maior Igreja egípcia durante os últimos quarenta anos. Em 31 de outubro de 1971, ele foi escolhido por meio da “sacra eleição por sorteio”: diante de toda a comunidade reunida, foi deixada nas mãos dos mais jovens coroinhas a função de extrair uma das três cédulas em que, ao lado do nome de Shenouda, apareciam também os nomes dos monges Samuel Timóteo al-Maqari. Um modo antiquíssimo de tornar visível que, na eleição, a última palavra fica nas mãos de Deus.

É necessário acrescentar que a criança só entra na escolha ao final de um longo processo de seleção. O primeiro passo – a ser realizado nos sete dias que seguem à morte do papa copta – é a nomeação de um regente, eleito pelo Santo Sínodo (a assembleia de bispos coptas) para guiar a Igreja até que seja designado o sucessor. Normalmente, trata-se de um dos bispos mais velhos. Sob sua direção, no arco de um mês, se constitui uma comissão de quatorze membros do Sínodo, que tem a função de preparar, baseados nas propostas recebidas, uma primeira lista de cinco ou seis candidatos à eleição. Devem-se respeitar critérios precisos: o futuro papa copta tem que possuir mais de quarenta anos, ter vivido como monge por pelo menos quinze anos e não ter sido casado.

Depois de definida, esta lista é publicada nos três maiores diários, em língua árabe do Egito, para que os candidatos possam ser conhecidos por todos os fiéis da Igreja copta. Por este motivo, o seguinte passo só ocorrerá depois de três meses: nessa altura será convocada uma grande assembleia em que participam os 74 bispos da Igreja copta e – junto deles – doze representantes de cada diocese, eleitos entre os anciãos e os responsáveis das associações. Será este amplo conjunto, formado por um milhar de pessoas, que votarão nos candidatos. Os três mais votados verão seus nomes dentro de uma urna, durante a cerimônia da “sacra eleição por sorteio”. Uma cerimônia que acontecerá durante um rito público, em que toda a comunidade de fiéis está convidada a participar.

Portanto, o 119º papa dos coptas, só será nomeado dentro de quatro meses. E – circunstância curiosa – o procedimento para sua designação será mesclado, no Egito, com a campanha eleitoral para a presidência da República: as votações estão marcadas para os dias 23 e 24 de maio, com um possível segundo turno em 16 e 17 de junho. 

Outro assunto interessante será entender qual será o peso, desta vez, da participação das comunidades coptas, da diáspora, na eleição do novo papa. Hoje, elas são uma presença numericamente muito mais significativa do que em 1971, e podem contar com bispos próprios. 

Como o funeral do papa Shenouda III, a eleição de seu sucessor também acontecerá na catedral de São Marcos, a nova catedral inaugurada, em 1968, no bairro de Abbasyia. Nela estão as relíquias do evangelista que – segundo a tradição – foi o fundador da Igreja de Alexandria. Exatamente em 1968, com um gesto de profundo significado ecumênico, Paulo VI doou à Igreja copta uma parte dos restos mortais de São Marcos, que há séculos eram venerados em Veneza. Em seguida, após este gesto, em 1973, Montini Shenouda III puderam firmar uma declaração comum, em que juntos rendiam “graças no Espírito Santo, a Deus, pelo fato de que após o grande acontecimento do retorno das relíquias de São Marcos ao Egito, progrediram as relações entre as Igrejas de Roma e de Alexandria”.

Como a idade limite para a eleição é relativamente baixa – apenas 40 anos – não é raro que um papa dos coptas reine durante períodos muito longos, como aconteceu com Shenouda III. O recorde está nas mãos do seu predecessor, Cirilo V, que conduziu a Igreja copta de 1874 até 1927, ou seja, durante longos 53 anos. Um espaço de tempo não somente extenso, mas também fundamental para a história egípcia: de fato, ele assistiu o final da era otomana, a dominação britânica, o movimento “independentista” de Mustafá Pasha, a Primeira Guerra Mundial, a revolução de 1919 e a independência de 1922.

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