Japão
País recorda Hiroshima traumatizado por Fukushima
Hirochima - Milhares de pessoas recordaram hoje, segunda-feira, o bombardeamento nuclear de Hiroshima pelo Estados Unidos, no 67º aniversário da destruição desta cidade do oeste do Japão, em meio à crescente oposição ao uso da energia nuclear depois da catástrofe do ano passado em Fukushima.
Sobreviventes, parentes, representantes do governo e autoridades estrangeiras compareceram à cerimónia no parque memorial da paz de Hiroshima, para recordar a explosão da bomba atómica, há quase sete décadas.
O bombardeiro americano B-29 "Enola Gay" lançou a bomba nuclear em 6 de agosto de 1945, transformando a cidade num inferno e matando 140 mil pessoas, no capítulo final da Segunda Guerra Mundial.
Às 8 horas e 15 minutos no Japão, horário exacto da explosão, um sinal marcou o início de um minuto de silêncio.
Quase 50 mil pessoas assistiram a cerimónia. Outras compareceram a outros eventos organizados na cidade, que virou o símbolo do movimento global contra as armas nucleares.
Setecentas pessoas, incluindo sobreviventes da bomba e pessoas retiradas da região de Fukushima, participaram numa manifestação antinuclear, o mais recente de uma série de protestos em consequência da catástrofe do ano passado, desencadeada por um terremoto que provocou um tsunami, que matou 19 pessoas.
A maioria dos sobreviventes da bomba, conhecidos como "hibakusha", se opõem terminantemente a qualquer uso da energia nuclear.
O movimento de protesto contra a energia nuclear no Japão ganhou força desde que o primeiro-ministro Yoshihiko Noda decidiu, em junho, reactivar dois reactores nucleares.
O bombardeamento de Hiroshima foi seguido pelo de Nagasaki, que em 9 de agosto provocou 70 mil mortes. Os dois ataques precipitaram a rendição do Japão e o fim da Segunda Guerra Mundial, em 15 de agosto de 1945.
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