Rio (AE) - Dados do Censo 2010 sobre a população indígena divulgados sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mostram que 40% dos índios vivem fora de suas terras, revelam também um mapeamento inédito das etnias e das línguas indígenas. A etnia Tikuna, que se concentra no Amazonas, especialmente na área do Alto Solimões, com presença também na periferia de Manaus, é a mais numerosa do País, com 46 mil habitantes, a grande maioria (85,4%) moradora de terras indígenas.
A análise das 505 terras indígenas regularizadas mostra que seis delas têm população de mais de 10 mil índios. A terra mais populosa é a Yanomami, localizada nos Estados de Amazonas e Roraima, e que reúne 25,7 mil indígenas. Em segundo vem Raposa Serra do Sol, em Roraima, com 17 mil índios.
O Censo 2010 mostra que apenas 37,4% da população indígena fala alguma língua nativa. Entre os que vivem dentro das terras indígenas, a proporção sobe para 57,3%, mas na população que vive fora desses territórios apenas 12,7% dominam uma língua indígena. Existem ainda 16,3% de indígenas que não falam português. Nas terras indígenas, 27,9% dos moradores não falam português e fora das terras, apenas 2%.
Embora a vida dentro das terras próprias garanta mais identidade cultural aos indígenas, alguns indicadores sociais são piores nessas áreas do que fora delas. O índice de analfabetismo na população de 15 anos ou mais, de 9,6% no País, sobe para 23,3% na população indígena em geral e chega a 32,3% entre os que indígenas que vivem em terras próprias. Entre os índios que vivem fora das terras indígenas, a proporção cai para 14,5% de analfabetos. A explicação é a carência de escolas, segundo o IBGE.
Enquanto entre os não-indígenas 98,4% das crianças de até 10 anos têm registro em cartório, a proporção cai para 87,5% para as crianças índias que vivem fora das terras próprias e para apenas 63% entre as que vivem em terras indígenas.
Wilson Dias /ABrFora dos territórios regularizados, apenas 12,7% dominam uma língua indígena, comprova oIBGE
Em segundo lugar estão os Guarani Kaiowá, de Mato Grosso do Sul, com 43,4 mil habitantes, sendo 81,2% instalados em terras próprias. Os técnicos do IBGE encontraram 250 etnias diferentes entre os indígenas que vivem em terras próprias e 300 entre os que estão fora.A análise das 505 terras indígenas regularizadas mostra que seis delas têm população de mais de 10 mil índios. A terra mais populosa é a Yanomami, localizada nos Estados de Amazonas e Roraima, e que reúne 25,7 mil indígenas. Em segundo vem Raposa Serra do Sol, em Roraima, com 17 mil índios.
O Censo 2010 mostra que apenas 37,4% da população indígena fala alguma língua nativa. Entre os que vivem dentro das terras indígenas, a proporção sobe para 57,3%, mas na população que vive fora desses territórios apenas 12,7% dominam uma língua indígena. Existem ainda 16,3% de indígenas que não falam português. Nas terras indígenas, 27,9% dos moradores não falam português e fora das terras, apenas 2%.
Embora a vida dentro das terras próprias garanta mais identidade cultural aos indígenas, alguns indicadores sociais são piores nessas áreas do que fora delas. O índice de analfabetismo na população de 15 anos ou mais, de 9,6% no País, sobe para 23,3% na população indígena em geral e chega a 32,3% entre os que indígenas que vivem em terras próprias. Entre os índios que vivem fora das terras indígenas, a proporção cai para 14,5% de analfabetos. A explicação é a carência de escolas, segundo o IBGE.
Enquanto entre os não-indígenas 98,4% das crianças de até 10 anos têm registro em cartório, a proporção cai para 87,5% para as crianças índias que vivem fora das terras próprias e para apenas 63% entre as que vivem em terras indígenas.
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