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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ongs repudiam propostas da Rio+20...


Ongs repudiam propostas da Rio+20


Rio (AE) - Organizações não-governamentais (ONGs) que participam da Rio+20 divulgam ontem uma carta de repúdio aos resultados diplomáticos da conferência ambiental. O texto é assinado por ícones do movimento ambientalista, como o cientista Thomas Lovejoy e a ex-ministra Marina Silva. O documento acordado entre os países para ser aprovado na plenária final da conferência nesta sexta-feira, intitulado "O Futuro que Queremos", é classificado como "fraco e muito aquém do espírito e dos avanços conquistados nestes últimos 20 anos, desde a Rio-92".
marcelo casal jr / abrMoradores de Copacabana deixam mensagens sobre oceanos, em folha de papel com 150 metrosMoradores de Copacabana deixam mensagens sobre oceanos, em folha de papel com 150 metros

Na quarta-feira, lideranças da sociedade civil pediram que a expressão "com plena participação da sociedade civil" seja removida do parágrafo introdutório do documento. Leia abaixo a íntegra da carta que tem como título "A Rio+20 que não queremos":

"O Futuro que Queremos não passa pelo documento que carrega este nome, resultante do processo de negociação da Rio+20. O futuro que queremos tem compromisso e ação, e não só promessas. Tem a urgência necessária para reverter as crises social, ambiental e econômica e não postergação. Tem cooperação e sintonia com a sociedade e seus anseios, e não apenas as cômodas posições de governos."

"Nada disso se encontra nos 283 parágrafos do documento oficial que deverá ser o legado desta Conferência. O documento intitulado O Futuro que Queremos é fraco e está muito aquém do espírito e dos avanços conquistados nestes últimos 20 anos, desde a Rio-92. Está muito aquém, ainda, da importância e da urgência dos temas abordados, pois simplesmente lançar uma frágil e genérica agenda de futuras negociações não assegura resultados concretos."

"A Rio+20 passará para a história como uma Conferência da ONU que ofereceu à sociedade mundial um texto marcado por graves omissões que comprometem a preservação e a capacidade de recuperação socioambiental do planeta, bem como a garantia, às atuais e futuras gerações, de direitos humanos adquiridos."

"Por tudo isso, registramos nossa profunda decepção com os chefes de Estado, pois foi sob suas ordens e orientações que trabalharam os negociadores, e esclarecemos que a sociedade civil não compactua nem subscreve esse documento."

MAIS CRÍTICA

E a Cúpula dos Povos apresenta hoje ao secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, o seu documento final em que resume as discussões no Aterro do Flamengo desde a semana passada. O texto, assinado pelas mais de 70 organizações e grupos autogestionados que participaram do encontro, refuta, em especial, as resoluções da Rio+20. "Nós da sociedade civil lamentamos, mas o documento da ONU é fraco, medroso e não avança no sentido de uma sociedade mais justa", afirma Iara Pietricovsky, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), que irá mediar o encontro com Ban Ki Moon.

O documento final da cúpula é resultado de cinco plenárias organizadas em torno dos temas soberania alimentar, trabalho, energia e empresas extrativistas, defesa dos bens comuns e justiça social. Além do consenso contra a Rio+20, a cúpula contesta a ideia de economia verde e o atual modelo de desenvolvimento. 

Irritação do governo fez ONU recuar

Rio (AE) - Foi a irritação do governo brasileiro com o discurso de Ban Ki-moon na quarta-feira sobre a insuficiente ambição do documento final da Rio+20 que levou o secretário-geral das Nações Unidas a convocar uma entrevista às pressas com a imprensa brasileira na quinta-feira, com o objetivo de se desdizer: agora, Ban Ki-moon classifica o texto final da Rio+20 como "ambicioso, amplo é prático". Segundo fontes diplomáticas ouvidas pelo jornal O Estado de S Paulo, a irritação do governo brasileiro foi transmitida de forma "pouco suave" à ONU, e partiu principalmente da presidente Dilma Rousseff.

Na ONU, há certo desconforto com a situação. A visão é de que a diplomacia brasileira conseguiu de fato um grande feito em fechar em dois ou três dias um documento que vinha sendo debatido pelos países, com um enorme número de discordâncias, por meses. Há genuína admiração pelo trabalho do Itamaraty.

Por outro lado, a percepção é de que seria impossível, mesmo para a hábil diplomacia brasileira, resolver um número tão grande de contenciosos sem reduzir a substância e a ambição do texto. A timidez do documento final é uma conclusão quase unânime, variando apenas o grau da crítica - muito mais ácida no caso das ONGs, atenuada e buscando aspectos positivos no caso dos governos que vão assinar o texto. Aliás, o próprio ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, fez referência às insatisfações provocadas pelo documento final. A reação do governo brasileiro ao discurso de Ban Ki-moon, portanto, surpreendeu a ONU.

Um experiente diplomata lembra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs a realização da Rio+20 em 2007, quando o mundo estava no ápice do boom econômico, e havia um otimismo generalizado. A conferência em si, porém, acabou sendo realizada na esteira da pior crise econômica desde a década de 1930, o que reduziu muito a disposição de financiamento dos países ricos. Isto, por sua vez, tornou o ambiente de negociação mais recriminatório e menos propenso a se alcançar a tão almejada ambição.

Governos têm de incorporar biodiversidade

Rio (AE) - A conservação da biodiversidade é um elemento essencial do desenvolvimento sustentável que precisa ser considerado nas políticas de todas as áreas de governo, e não apenas nas do meio ambiente. "O grande desafio é como incorporar a biodiversidade nas nossas economias", disse o biólogo brasileiro Braulio Dias, ex-secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente e atual secretário executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) das Nações Unidas, que participou na quinta-feira de eventos na Rio+20.

"Só os instrumentos dos ministérios ambientais não são suficientes para atingir as metas", completou Dias, referindo-se às chamadas Metas de Aichi. São 20 no total, a serem cumpridas até 2020, incluindo reduzir ao menos pela metade o ritmo global de desmatamento e garantir da proteção de no mínimo 10% dos ecossistemas marinhos e costeiros do mundo, por meio da criação de novas unidades de conservação.

As metas foram acordadas no Japão em 2010, na última Conferência das Partes (COP) da CDB, que foi uma das três convenções criadas na Rio-92, com a Convenção sobre Mudança do Clima e a de Combate à Desertificação. "Não podemos promover a segurança alimentar nem nos adaptar às mudanças climáticas sem biodiversidade", disse Dias.

Ele lamentou o fato de o documento final da Rio+20 não garantir a criação de um tratado para conservação da biodiversidade em águas internacionais - um tema extremamente polêmico.

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