humanização do capitalismo com a redução das
desigualdades sociais: a busca do bem estar social. Esta
é a base da Terceira Via, nova doutrina
político-econômica idealizada por Anthony Giddens e
impulsionada por Tony Blair (Grã-Bretanha) e Lionel
Jaspin (França) e que ganha força com a eleição do
novo chanceler alemão Gerhard Schroeder.
No Brasil, ingleses e brasileiros, discutem em seminário promovido pela Firjan, suas visões e práticas da "nova política".
Com as vitórias de Tony Blair (abril/97) na Grã-Bretanha , Lionel Jaspin na França (maio/97) e do novo chanceler alemão Gerhard Schroeder (out/98), a Europa dá uma guinada. Eles assumiram o poder com a determinação de reorientar a construção da Europa. Isso deverá mudar os rumos da economia mundial, já que a Europa passa a demonstrar mais preocupação com o social e uma visão mais humanista. Já se fala até na retomada do pensamento iluminista. É a humanização do capitalismo.
No Brasil, ingleses e brasileiros, discutem em seminário promovido pela Firjan, suas visões e práticas da "nova política".
Com as vitórias de Tony Blair (abril/97) na Grã-Bretanha , Lionel Jaspin na França (maio/97) e do novo chanceler alemão Gerhard Schroeder (out/98), a Europa dá uma guinada. Eles assumiram o poder com a determinação de reorientar a construção da Europa. Isso deverá mudar os rumos da economia mundial, já que a Europa passa a demonstrar mais preocupação com o social e uma visão mais humanista. Já se fala até na retomada do pensamento iluminista. É a humanização do capitalismo.
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O sonho de humanizar o capitalismo e diminuir as desigualdades começou a ser discutido em 1994, quando Anthony Giddens, diretor da London School of Economics, publicou um livro provocador chamado Para Além da Esquerda e da Direita (no Brasil, a edição é da Unesp), reforçado na sua mais recente obra, The Third Way - The Renewal of Social Democracy (A Terceira Via - A Renovação da Social-Democracia).
Giddens formula um modelo como alternativa à "velha esquerda" e à "nova direita". " Os valores tradicionais do capitalismo são destrutivos. O capitalismo precisa ser humanizado e o Estado deve estar alerta, para que o mercado não domine as reais necessidades da população " .
Essa nova doutrina político-econômica ganhou impulso com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e Lionel Jaspin, na França, considerados seus expoentes.
A filosofia da "Terceira via" preocupa-se em procurar o sentido das três grandes revoluções: a globalização, as transformações da intimidade e a mudança do relacionamento do homem com a natureza. A partir dessas análises, projeta políticas que, sendo realistas, não deixam de ser radicais. Ou seja, não abrem mão dos ideais de solidariedade e inclusão social.
É o caminho intermediário entre socialismo e neoliberalismo. É a social-democracia modernizada. Giddens a define como um movimento "centro-radical". Radical, porque não abandonou a política de solidariedade. De centro, porque reconhece a necessidade de trabalhar alianças que proporcionem uma base para ações práticas. Seus principais objetivos são a reforma do Estado, a revitalização da sociedade civil, a criação de fórmulas para o desenvolvimento sustentado e a preocupação com uma nova política internacional.
No Reino Unido, o caminho proposto por Blair é o da ortodoxia econômica com ênfase no social. Ao lado da primazia concedida na gestão econômica, há parâmetros como disciplina fiscal, competitividade e estímulo a livre iniciativa. O novo trabalhismo reforça a idéia de que o Estado deve ser mais ativo na capacitação dos indivíduos e menos gerador de dependências. Por isso propôs reformas nos sistemas de previdência social, de educação e de saúde, além de ter iniciado programas específicos na área do emprego, com recursos arrecadados da tributação de empresas privatizadas e da loteria nacional.
Em novembro a Firjan promoveu um seminário para discutir as visões e práticas da Terceira Via na Inglaterra e no Brasil, com a participação de Julian Le Grand, professor de Políticas Sociais da London School of Economics -berço da Terceira Via- e David Miliband, assessor do Gabinete de Tony Blair.
Fonte:
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- O Globo, 27/10/98 e 06/11/98
- Veja, 30/09/98
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