ASSOCIAÇÃO DE CLASSE
1. O direito de associação é um direito natural, próprio do processo da luta pela vida e
transformação do meio em que vive o homem. É expressão do trabalho e portanto se
destina a transformar o mundo.
2. O direito de associação é assegurado de acordo com os modelos jurídicos e estes são
conforme os modelos políticos adotados. Inscrevem-se nas constituições. Geralmente a
classe dominante declara que é assegurado nos termos da lei. Esta não só já é elaborada
estabelecendo restrições como exige determinadas normas de organização e
denominação das entidades: são nomes exigidos: cooperativa sociedade anônima,
banco, etc.
3. Como o assunto de classe é geralmente ligado a questões de sobrevivência, trabalho,
salário, direitos específicos (mulher, menores, condições de salubridade, etc.) as
associações reúnem seus membros sob as denominações convincentes, sem restrições,
porém aquelas que tendem a se transformar em associações próprias da organização do
trabalho, são regulamentadas, como formas prévias de sindicatos, para os quais a
regulamentação até agora tem sido total.
4. Para que se constituam as associações e elas tenham êxito é necessário basicamente que
exista espírito associativo e este elemento se forma por educação histórica, hábitos
adquiridos. Acontece que, no Brasil, os colonizadores portugueses proibiram e
obstaram a formação do espírito associativo, só permitindo associações líricas, ordens
religiosas, etc. (nas dos negros, os tesoureiros tinham que ser brancos).
5. Dessas origens, provém todas as dificuldades para a formação de associações de classe
e seu funcionamento.
6. Em tese, as associações de classe congregam seus associados para juntar experiência e
promover reivindicações de acordo com as necessidades nos limites da experiência
coletiva. Se a experiência histórica de cada associado é pobre as reivindicações nunca
assumirão o grau necessário para o pleno exercício de luta em defesa do atendimento
de necessidades. A classe dirigente no interesse de conservar seus próprios privilégios e
reduzir o custo operacional dos seus negócios coopera nitidamente para que seja pobre
e restrita a capacidade de luta e compreensão dos associados, na classe e nas
associações. Então, as associações de classe têm um trabalho dobrado: esclarecer seus
próprios membros e tenta vencer os preconceitos e interesses da classe dominante, em
cada caso de conflito.
Em tréguas momentâneas as invasões da estrutura de compreensão plena dos assuntos em
tela – de uma classe na outra classe – geram legitimação que se transforma em acordo. Na
nova República é a isso que o Sr. Presidente eleito está denominando pacto social. É uma
trégua nos conflitos para que os temas nacionais de classe sejam ordenadamente propostos,
analisados e confrontados para fins de legitimação e acordo. O assunto é a crise social, o
desemprego, os baixos salários, hierarquia das prioridades econômicas, reconhecimento de
profissão, garantia de mercado de trabalho, desenvolvimento da estrutura escolar e da
profissão, etc. Isso aparece na classe dos profissionais de turismo e vai envolver também a
mesma problemática.
7. Então, até aqui está claro que o associativismo procede de um direito natural, que
resulta em confrontos doutrinários ou práticos entre classes dominantes e classes
dominadas. No âmbito de qualquer profissão ou categoria profissional, assumindo
aspectos estruturais, de invasão, legitimação e acordo. Portanto, com estes aspectos
gerando lutas de conjuntura e regime, isto é, em períodos de tempo determinados ou em
função de discriminações de poder. Tudo em conjunto, posto em sincronia ou diacronia
mostra que o processo de associações de classe é intrinsecamente dialético.
8. O duplo trabalho da associação de classe acima referido, envolve, pois uma postulação
perante seus membros e uma outra em nome deles perante outra estrutura de classe e
que geralmente serão a estrutura patronal ou a estatal. À medida que se desenvolve esse
trabalho de defesa e luta de interesses, gera-se a praxis. A praxis soma o modo de
convivência com a experiência coletiva e mais a luta em comum com perspectiva
ideológica.
Quatro elementos:
Convivência
Experiência
Ideologia
Luta.
Isso acontece também nas classes dominantes.
9. Pela praxis surgem as duas perspectivas básicas que se tem que imprimir na consciência
e no esforço de cada associado:
I. O estar: Estabilidade ou
Segurança ou
Ordem.
O movimento de 1964 define essa parte com exclusividade para o Estado e não para o
indivíduo.
II. O tornar-se: A transformação ou
Mudança ou
Desenvolvimento ou
O progresso.
O movimento de 1964 define essa parte com exclusividade para a classe patronal, inclusive
participantes das estatais e não para o povo em geral:
a) Estado se reforçou.
b) Os patrões enriqueceram, por si ou por seus grupos.
c) Os trabalhadores empobreceram a um grau como nunca tinha acontecido.
Então, nessa conjuntura de retorno a uma análise objetiva da dialética do associativismo,
cumpre colocar-se, em termos decisivos que, com ou sem pacto social, é necessário para a
mudança, abolir os modelos radicais de implantação dos interesses do Estado e das classes
patronais para que a balança penda para o lado dos trabalhadores.
10. A praxis, com sua dialética assim entendida, gerando situações de equilíbrio entre o
estar e o tornar-se, gira em torno de treis conjuntos globais de trabalho e ação:
I. A corte, em que operam os privilegiados;
II. O mercado, em que operam as aptidões;
III. O grupo, em que operam as necessidades.
Na história, sucessivamente, os modelos de estruturação social começaram pelas cortes,
passaram a mercados e, afinal, chegaram a nível de grupo. Também nos diversos níveis da
sociedade existente, tem-se um nível de domínio que é a corte; um nível de luta pela
sobrevivência que é o mercado e um nível de reivindicações por necessidades, que é o do
grupo, ou seja o das associações de classe. Há um modelo no espaço semelhante a um
modelo no tempo, e assim como na história vêm caindo os privilégios mantido o critério
das aptidões para atender necessidades, o mesmo acontece na sociedade.
11. Tanto isso é verdade que, no desenrolar do processo histórico, estando os instrumentos
técnicos em poder das classes dominantes, o mais avançado e pioneiro associativismo é
o das classes dominantes – daí a denominação grupo econômico, (truste, multinacional).
Com a mesma perspectiva e estruturação, valendo-se de instrumentos de ação mais
avançados (tecnologia, poder político, segredos de governo, linguagem, modelos
jurídicos e legislação a seu modo), os grupos econômicos lutam pelos privilégios e
interesses das classes dominantes.
12. Esta ordem de raciocínio leva à conclusão de que o futuro do associativismo em
determinado ciclo vai chegar aos grupos de trabalhadores, perdendo a sua força e
prestigio os grupos econômicos. No geral o processo ou conteúdo histórico crescente é
de cooperação e liderança, isto é, exatamente os objetivos estatutários de qualquer
associação de classe, com ou sem objetivo de lucro.
13. Enquanto não se chegar a um conceito bem identificado política e universalmente com
estes princípios, atribuir-se-ão efeitos a falsas causas, e as verdadeiras causas gerarão
falsos efeitos porque entre as causas e os efeitos estão os interesses dominantes de
poder e de capital deformando a realidade. Assim, o regime em que vivemos, conforme
todos os sociólogos o declaram – é de plena alienação (declarar erradamente causas e
efeitos).
Como adquirir uma consciência exata?
A de classe se adquire nos sindicatos; a de comunidade se adquire nos partidos; a de massa
se adquire nas cooperativas. Os princípios éticos seriam:
I. Um por todos, todos por um;
II. Todo membro de comunidade é responsável pelo bem estar coletivo.
1. O direito de associação é um direito natural, próprio do processo da luta pela vida e
transformação do meio em que vive o homem. É expressão do trabalho e portanto se
destina a transformar o mundo.
2. O direito de associação é assegurado de acordo com os modelos jurídicos e estes são
conforme os modelos políticos adotados. Inscrevem-se nas constituições. Geralmente a
classe dominante declara que é assegurado nos termos da lei. Esta não só já é elaborada
estabelecendo restrições como exige determinadas normas de organização e
denominação das entidades: são nomes exigidos: cooperativa sociedade anônima,
banco, etc.
3. Como o assunto de classe é geralmente ligado a questões de sobrevivência, trabalho,
salário, direitos específicos (mulher, menores, condições de salubridade, etc.) as
associações reúnem seus membros sob as denominações convincentes, sem restrições,
porém aquelas que tendem a se transformar em associações próprias da organização do
trabalho, são regulamentadas, como formas prévias de sindicatos, para os quais a
regulamentação até agora tem sido total.
4. Para que se constituam as associações e elas tenham êxito é necessário basicamente que
exista espírito associativo e este elemento se forma por educação histórica, hábitos
adquiridos. Acontece que, no Brasil, os colonizadores portugueses proibiram e
obstaram a formação do espírito associativo, só permitindo associações líricas, ordens
religiosas, etc. (nas dos negros, os tesoureiros tinham que ser brancos).
5. Dessas origens, provém todas as dificuldades para a formação de associações de classe
e seu funcionamento.
6. Em tese, as associações de classe congregam seus associados para juntar experiência e
promover reivindicações de acordo com as necessidades nos limites da experiência
coletiva. Se a experiência histórica de cada associado é pobre as reivindicações nunca
assumirão o grau necessário para o pleno exercício de luta em defesa do atendimento
de necessidades. A classe dirigente no interesse de conservar seus próprios privilégios e
reduzir o custo operacional dos seus negócios coopera nitidamente para que seja pobre
e restrita a capacidade de luta e compreensão dos associados, na classe e nas
associações. Então, as associações de classe têm um trabalho dobrado: esclarecer seus
próprios membros e tenta vencer os preconceitos e interesses da classe dominante, em
cada caso de conflito.
Em tréguas momentâneas as invasões da estrutura de compreensão plena dos assuntos em
tela – de uma classe na outra classe – geram legitimação que se transforma em acordo. Na
nova República é a isso que o Sr. Presidente eleito está denominando pacto social. É uma
trégua nos conflitos para que os temas nacionais de classe sejam ordenadamente propostos,
analisados e confrontados para fins de legitimação e acordo. O assunto é a crise social, o
desemprego, os baixos salários, hierarquia das prioridades econômicas, reconhecimento de
profissão, garantia de mercado de trabalho, desenvolvimento da estrutura escolar e da
profissão, etc. Isso aparece na classe dos profissionais de turismo e vai envolver também a
mesma problemática.
7. Então, até aqui está claro que o associativismo procede de um direito natural, que
resulta em confrontos doutrinários ou práticos entre classes dominantes e classes
dominadas. No âmbito de qualquer profissão ou categoria profissional, assumindo
aspectos estruturais, de invasão, legitimação e acordo. Portanto, com estes aspectos
gerando lutas de conjuntura e regime, isto é, em períodos de tempo determinados ou em
função de discriminações de poder. Tudo em conjunto, posto em sincronia ou diacronia
mostra que o processo de associações de classe é intrinsecamente dialético.
8. O duplo trabalho da associação de classe acima referido, envolve, pois uma postulação
perante seus membros e uma outra em nome deles perante outra estrutura de classe e
que geralmente serão a estrutura patronal ou a estatal. À medida que se desenvolve esse
trabalho de defesa e luta de interesses, gera-se a praxis. A praxis soma o modo de
convivência com a experiência coletiva e mais a luta em comum com perspectiva
ideológica.
Quatro elementos:
Convivência
Experiência
Ideologia
Luta.
Isso acontece também nas classes dominantes.
9. Pela praxis surgem as duas perspectivas básicas que se tem que imprimir na consciência
e no esforço de cada associado:
I. O estar: Estabilidade ou
Segurança ou
Ordem.
O movimento de 1964 define essa parte com exclusividade para o Estado e não para o
indivíduo.
II. O tornar-se: A transformação ou
Mudança ou
Desenvolvimento ou
O progresso.
O movimento de 1964 define essa parte com exclusividade para a classe patronal, inclusive
participantes das estatais e não para o povo em geral:
a) Estado se reforçou.
b) Os patrões enriqueceram, por si ou por seus grupos.
c) Os trabalhadores empobreceram a um grau como nunca tinha acontecido.
Então, nessa conjuntura de retorno a uma análise objetiva da dialética do associativismo,
cumpre colocar-se, em termos decisivos que, com ou sem pacto social, é necessário para a
mudança, abolir os modelos radicais de implantação dos interesses do Estado e das classes
patronais para que a balança penda para o lado dos trabalhadores.
10. A praxis, com sua dialética assim entendida, gerando situações de equilíbrio entre o
estar e o tornar-se, gira em torno de treis conjuntos globais de trabalho e ação:
I. A corte, em que operam os privilegiados;
II. O mercado, em que operam as aptidões;
III. O grupo, em que operam as necessidades.
Na história, sucessivamente, os modelos de estruturação social começaram pelas cortes,
passaram a mercados e, afinal, chegaram a nível de grupo. Também nos diversos níveis da
sociedade existente, tem-se um nível de domínio que é a corte; um nível de luta pela
sobrevivência que é o mercado e um nível de reivindicações por necessidades, que é o do
grupo, ou seja o das associações de classe. Há um modelo no espaço semelhante a um
modelo no tempo, e assim como na história vêm caindo os privilégios mantido o critério
das aptidões para atender necessidades, o mesmo acontece na sociedade.
11. Tanto isso é verdade que, no desenrolar do processo histórico, estando os instrumentos
técnicos em poder das classes dominantes, o mais avançado e pioneiro associativismo é
o das classes dominantes – daí a denominação grupo econômico, (truste, multinacional).
Com a mesma perspectiva e estruturação, valendo-se de instrumentos de ação mais
avançados (tecnologia, poder político, segredos de governo, linguagem, modelos
jurídicos e legislação a seu modo), os grupos econômicos lutam pelos privilégios e
interesses das classes dominantes.
12. Esta ordem de raciocínio leva à conclusão de que o futuro do associativismo em
determinado ciclo vai chegar aos grupos de trabalhadores, perdendo a sua força e
prestigio os grupos econômicos. No geral o processo ou conteúdo histórico crescente é
de cooperação e liderança, isto é, exatamente os objetivos estatutários de qualquer
associação de classe, com ou sem objetivo de lucro.
13. Enquanto não se chegar a um conceito bem identificado política e universalmente com
estes princípios, atribuir-se-ão efeitos a falsas causas, e as verdadeiras causas gerarão
falsos efeitos porque entre as causas e os efeitos estão os interesses dominantes de
poder e de capital deformando a realidade. Assim, o regime em que vivemos, conforme
todos os sociólogos o declaram – é de plena alienação (declarar erradamente causas e
efeitos).
Como adquirir uma consciência exata?
A de classe se adquire nos sindicatos; a de comunidade se adquire nos partidos; a de massa
se adquire nas cooperativas. Os princípios éticos seriam:
I. Um por todos, todos por um;
II. Todo membro de comunidade é responsável pelo bem estar coletivo.
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