Caminhada da Zona Norte promete reunir dezenas de pessoas no Dia Internacional da Mulher
“I Caminhada: Mulher Gera-Ação” acontece no próximo domingo (8) na Zona Norte de Natal
Por Redação
No intuito de promover a importância das ações do Sistema Único de Saúde referente à equidade, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) está apoiando a “I Caminhada: Mulher Gera-Ação” que acontece no próximo domingo (8) na Zona Norte de Natal. A concentração do evento será às 8h no supermercado Nordestão Santa Catarina, com destino ao Complexo Cultural da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, onde acontecerá a culminância do evento com oferta de serviços e apresentações culturais.
Segundo Chyrly Moura, da área técnica de Saúde da Mulher da Sesap, “o objetivo do evento é reunir mulheres de todos os segmentos sociais, sobretudo os grupos que sofrem iniquidades nos serviços de saúde em razão das particularidades étnicas, culturais, sexuais: como negras, quilombolas, ciganas, mulheres em situação de rua, lésbicas, travestis, mulheres do campo, entre outras, para que juntas possam comemorar esse dia mostrando a cara e lutando por seus direitos” enfatiza.
A ação da Sesap faz parte de um esforço que vem sendo feito no sentido de assegurar a Promoção da Equidade em Saúde dos povos de religiões de matrizes africanas, através das Áreas Técnicas de Saúde da Mulher, Saúde do Homem, Programa Estadual de DST/Aids e Hepatites Virais e a Subcoordenadoria de Informação, Educação e Comunicação (SIEC).
A I Caminhada: Mulher Gera-Ação está sendo organizada pela Articulação de Mulheres de Axé e Rede Mandacaru com apoio da Sesap, através da Coordenação de Promoção a Saúde, UERN, Povos de Matriz Africana, COEPPIR, SESC, Nordestão, Gosto de Pão, Povos do Campo e Floresta, Povos Ciganos, ONG Atrevida, SMS Natal e Universidade Potiguar.
De acordo com Carla Basen, da Articulação de Mulheres de Axé, explica que a escolha do dia 8 para a caminhada é por se tratar de uma data emblemática, de extrema importância para a luta das mulheres. Um ser dotado da capacidade de gerar vidas, de gerar ação em busca de reconhecimento e melhores condições de vida.
O Dia Internacional da Mulher é comemorado nesta data porque em 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato de extrema crueldade. Em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
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