Lançamento da Marcha das Margaridas 2015 !
começa a se articular novamente.
O movimento de mulheres trabalhadoras do campo promoveu
dia (11), em Luziânia (GO), o lançamento da próxima marcha,
prevista para os dias 11 e 12 de agosto de 2015.
De acordo com a coordenadora-geral do movimento,
Alessandra Luna, a marcha coleciona conquistas
importantes desde sua criação, em 2000.
“O Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora
Rural [PNDTR] foi uma das conquistas da marcha.
Para que as mulheres pudessem acessar outras políticas
públicas e terem sua autonomia econômica, foram 2 milhões de mulheres documentadas pelo PNDTR. Além
disso, atualmente a documentação de mais de 70% de terras têm como primeiro titular a mulher, isso é uma
conquista imensa”, destacou.
Alessandra citou ainda a implantação das unidades móveis de atendimento às mulheres do campo. Essas unidades
circulam pelas áreas rurais prestando serviços de segurança pública, assistência social, jurídica e psicológica a
mulheres vítimas de violência. “Já é uma das provas da importância da política contra violência chegando lá no
campo”, disse.
A coordenadora-geral ressaltou, no entanto, que existem reivindicações antigas ainda não atendidas. Uma delas
trata da assistência técnica para as trabalhadoras do campo. Técnicos agrícolas vão às unidades rurais ouvir
quais são as necessidades daquela produção para, posteriormente, elaborar um projeto que extraia o melhor
possível dentro do perfil encontrado. Segundo a coordenadora da marcha, a condição de atendimento dado às
mulheres não é o ideal. “A gente continua na briga da assistência técnica, é uma luta antiga. A mesma condição
de atendimento dado aos homens tem que ser dado também às mulheres”.
Alessandra acredita, no entanto, que a Marcha das Margaridas adquiriu uma visibilidade que permite que ela
represente causas históricas de todas as mulheres, do campo e da cidade.
A prova disso é que os organizadores da marcha a definem como “uma ação de mulheres trabalhadoras do campo
e da floresta, integrantes de sindicatos e de movimentos feministas e de mulheres”.
“Hoje várias mulheres nos perguntam quando será a próxima marcha, porque também querem participar.
A pauta da marcha transcende a questão rural, é uma agenda da autonomia econômica e social da mulher.
Uma das maiores conquistas é dar visibilidade à mulher e, no caso das mulheres rurais, que eram vistas
como incapazes de construir sua própria história”.
De acordo com a organização da marcha, a última edição reuniu 70 mil mulheres e a expectativa para a
edição de 2015 é mobilizar mais de 100 mil trabalhadoras.
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