Falta fiscalização no litoral Norte
A falta de fiscalização por parte das autoridades tem transformado um dos mais importantes atrativos turísticos do Estado - a praia de Jenipabu, no litoral norte - uma "terra" onde as leis são ignoradas por motoristas que aproveitam para exibir seus carros em meio aos pedestres, frequentadores ou moradores da praia.
Magnus NascimentoBugueiros e seus passageiros não se incomodavam em infringir as leis de trânsito na orla de Jenipabu
Os riscos e a falta de cuidados com um dos cartões postais do Rio Grande do Norte são rapidamente observados. O "feriadão" maximiza as infrações e, consequentemente, os riscos aos quais estão expostos os banhistas. É um vai e vem de bugres e outros veículos, especialmente os de tração 4x4, na faixa de praia repleta de crianças e adultos.
"Todo feriado é assim. Fiscalização é difícil ter. Enquanto isso, vemos que alguns usuários reclamam. Outros não ligam nem se dão conta do perigo", afirmou Felipe Torres, comerciante de um dos bares da praia. O banhista divide espaço também com animais vadios ou mesmo os domésticos levados pelos seus proprietários para um passeio, em meio às crianças.
Enquanto os banhistas curtiam o sol deitados no chão da praia ou usufruíam do espaço com a prática de algumas modalidades esportivas, era necessária uma atenção constante, ou poderia ser atropelado. "É complicado. Você vem à praia para tentar fugir do trânsito e da rotina diária. Mas quando chega, se depara com o mesmo trânsito", reclama Daisy Nunes, de 30 anos. A turista sul-riograndense Alda Osório, de 80 anos, está pela primeira vez em Natal e não imaginava a praia de Jenipabu dessa forma.
"Você vê, quando vai comprar a viagem, que é uma praia calma, sem ninguém. Tipo uma praia deserta. Mas quando chega se depara com algo bem diferente do que foi vendido", brincou a aposentada. Para ela, é preciso investir nos acessos à praia, que estão com muitos buracos. "Tirando os acessos e esse movimento constante de bugres, tá tudo tranquilo", completou.
Para o comerciante ambulante Severino Silva, de 50 anos, as vendas estão fracas e o movimento bem abaixo do esperado para um feriado. "Deve ser porque é Finados. As pessoas têm a cultura de ir ao cemitério. Não deve sobrar muito tempo para vir à praia", acredita.
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