Ancestralidade
Ouço no vento
O soluço do arbusto:
É o sopro dos antepassados.
Nossos mortos não partiram.
Estão na densa sombra.
Os mortos não estão sobre a terra.
Estão na árvore que se agita,
Na madeira que geme.
Estão na água que flui,
Na água que dorme,
Estão na cabana, na multidão.
Os mortos não morreram...
Nossos mortos não partiram:
Estão no ventre da mulher
No vagido do bebê
E no tronco que queima.
Os mortos não estão sobre a terra:
Estão no fogo que se apaga,
Nas plantas que choram,
Na rocha que geme,
Estão na casa.
Nossos mortos não morreram.
De: Birogo Diop
Poesia apresentada, no Dídá-Ará, pela pesquisadora, professora e doutora, Obà Olóri Oba, sra Miriam Cristina Alves, a quem agradeço pelos ensinamentos sobre Ikú.
Minhas amigas e amigos, nada mais oportuno nesse mês de novembro, para refletir sobre nossa passagem.
"Somos a Memória que não se Cala"
O soluço do arbusto:
É o sopro dos antepassados.
Nossos mortos não partiram.
Estão na densa sombra.
Os mortos não estão sobre a terra.
Estão na árvore que se agita,
Na madeira que geme.
Estão na água que flui,
Na água que dorme,
Estão na cabana, na multidão.
Os mortos não morreram...
Nossos mortos não partiram:
Estão no ventre da mulher
No vagido do bebê
E no tronco que queima.
Os mortos não estão sobre a terra:
Estão no fogo que se apaga,
Nas plantas que choram,
Na rocha que geme,
Estão na casa.
Nossos mortos não morreram.
De: Birogo Diop
Poesia apresentada, no Dídá-Ará, pela pesquisadora, professora e doutora, Obà Olóri Oba, sra Miriam Cristina Alves, a quem agradeço pelos ensinamentos sobre Ikú.
Minhas amigas e amigos, nada mais oportuno nesse mês de novembro, para refletir sobre nossa passagem.
"Somos a Memória que não se Cala"
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