Clipping - Departamento DST/AIDS e Hepatites Virais
ÍNDICE
A vida está no mundo virtual.....................................................................................................................2
FGTS poderá ser pago no exterior ..........................................................................................................4
Pedofilia levará mais tempo para prescrever.........................................................................................4
Morre Maurice Sendak...............................................................................................................................6
Calendário com travestis gera polêmica no CE.....................................................................................6
Planos de saúde reembolsam SUS em R$ 82,8 milhões ....................................................................7
Pepetela investiga a Angola do século 17 em novo livro .....................................................................8
Usuário de plano de saúde terá número de Cartão SUS.....................................................................9
Lei reacende polêmica sobre sexo e adolescentes ............................................................................10
Governo quer aumentar repasses para criação de vagas em creches ...........................................11
Angústia e erros em exames clínicos....................................................................................................12
Estudo de "impacto sexual".....................................................................................................................14
Inscrições para o Prêmio Cultural LGBT em Fortaleza estão abertas.............................................14
Seminário LGBT discute questões de gênero na educação .............................................................15
OPS pede a países da América Latina e do Caribe que garantam terapia contra a aids ............16
Departamento de Aids divulga errata sobre resultado de edital de eventos...................................16
Frente Parlamentar de combate à tuberculose será lançada nesta terça-feira..............................17
Cearense Luma Andrade é a primeira travesti a apresentar uma tese de doutorado no Brasil ..17
Testagem voluntária em ONG do Rio de Janeiro registrou 16% de diagnósticos positivos para o
HIV...............................................................................................................................................................19
Padilha anuncia números sobre situação do diabetes no Brasil.......................................................20
MORRE MAURICE SENDAK .................................................................................................................21
Planos de saúde reembolsam SUS em R$ 82,8 milhões ..................................................................21
Calendário com travestis gera polêmica no CE...................................................................................22CORREIO BRAZILIENSE - DF | DIVERSÃO E ARTE
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
09/05/2012
A vida está no mundo virtual
O cinema morreu, mas Peter Greenaway anda fascinado por certas coisas. Second Life e machinima podem ser opções à
linguagem falecida. Personagens virtuais cujas ações são filmadas em tempo real e interagem com o espectador como num
videogame andam perturbando Greenaway, que esteve ontem em São Paulo para falar sobre o futuro do cinema no seminário
Fronteiras do Pensamento.
O cineasta galês, hoje radicado em Amsterdã, é cético e pessimista. O cinema já não tem capacidade de dizer mais nada. Há
mais de duas décadas Greenaway não compra um tíquete para entrar em uma sala escura. "Cinema é muito chato", justifica.
Já as novas tecnologias são terrenos virgens a serem explorados e é o que ele anda fazendo, embora não largue a linguagem
cinematográfica. Em 2007 lançou Ronda noturna, uma reprodução do quadro homônimo de Rembrandt que também foi
encenada ao vivo em um museu.
Desde o início do século 21 o cineasta de 70 anos tem deixado de lado roteiros inteiramente ficcionais para se concentrar em
projetos multimídia, história da arte e documentários. O próximo filme, Golzius and the Pelican Company, em pós-produção na
Itália, deve ficar pronto em três semanas e trata de um episódio da vida do gravador holandês Hendrik Golzius, mestre barroco
do século 16. Greenaway também finaliza um filme realizado no México e no ano que vem, começa a filmar um remake de
Morte em Veneza, inspirado no romance de Thomas Mann. Também não desistiu de um projeto em São Paulo. Quer fazer um
filme sobre vampiros porque ficou fascinado com os voos de "corvos" em volta dos arranha-céus paulistanos durante uma visita
à cidade há 15 anos. Por telefone, de São Paulo, o cineasta conversou com o Correio sobre o futuro do cinema e as
motivações para continuar criando.
Em 1997, quando lançou O livro de cabeceira, o senhor começou a falar da morte do cinema. O que mudou nestes últimos 15
anos?
Há 20 anos comecei a reclamar e a dizer que o cinema morreu e que precisamos encontrar novas formas de expressão. O
cinema de nossos pais não existe mais. Diversificação, tecnologia, política, ambição e a democratização das formas de fazer
cinema mudaram completamente os filmes. Vamos esquecer a noção de cinema e pensar que vivemos na era da tela.
Curtas-metragens ainda seriam um espaço de experimentação?
Sim, acho que sempre fomos muito encorajados por essa ideia de que o longa é a forma mais importante de manifestação do
cinema e isso criou o formato desnecessário cinemascope e a ideia de que os filmes de 20 minutos não são merecedores da
tela grande. O curta era um formato clássico nos anos 1960, quando comecei a fazer filmes, e era também um espaço muito
especial para as pessoas estudarem. Mas, geralmente, no contexto europeu é muito difícil distribuir e comercializar tais filmes.
Acho que deveríamos esquecer o formato clássico do cinema e do filme em celuloide e começar a refletir sobre se estamos
familiarizados com machinamos e todos esse formatos contemporâneos. Isso é que deve nos encorajar.
O senhor está tentando esses novos formatos?
Sim, estou, sou muito guloso, embora também esteja fossilizado nos antigos formatos. Agora sou VJ, faço machinima, passeio
pela Second Life, faço teatro, escrevo livros. Ainda tenho uma mente muito literária, mesmo acreditando que o cinema seja um
espaço fenomenal. No fim da minha vida quero estar apto a utilizar todas as diferentes formas de expressão porque estamos
vivendo uma era muito excitante.
O senhor toca algum instrumento?
Não. Mas acredito que a trilha sonora é mais valiosa que a imagem, creio que 60% da experiência cinematográfica vem da
trilha sonora e 40%, da imagem.
E na TV, enxerga algo de interessante?
Na Holanda, as gerações mais jovens não assistem mais a televisão. Eles nem ligam. Não é interessante. Eles ligam
ocasionalmente para algum uso específico, talvez para assistir o último sucesso de Hollywood, mas ninguém mais realmente
assiste televisão. Terminou. É difícil fazer filmes pessoais?
Eu sou um produto dos anos 1960. Tinha 21 em 1963 e éramos muito otimistas a respeito de tudo. Eu me engajei naquelas
teorias do cinema europeu, nas ideias da Nouvelle Vague, e acreditei nisso. E todos os produtos desses pensamentos, seja
cinema, pintura ou escultura, tinham que ter um sentido pessoal, uma certa subjetividade. Acho que esse foi o fenômeno mais
rico dos últimos tempos. Hoje há muitos filmes encomendados por grandes produtores, de lucro fácil, e todos são entediantes.
Pode adiantar um pouco do que trata Golzius and the Pelican Company?
Tenho uma teoria que ainda precisa ser testada que é de que todas as novas formas de tecnologias viciantes deitam na
mesma cama que a pornografia. Se você olhar o início da pintura, o início da fotografia, o início do cinema, e agora a internet e
esse fenômeno do Second Life, eles têm uma associação enorme com o erotismo, ou, se você preferir, com pornografia. Eu
quero examinar isso no final do século 16, quando a nova tecnologia era prensa, a impressão de livros e gravuras. Esse
holandês, Golzius, era um gravador e o filme é um episódio de sua vida. Mas também sou fascinado por como o cristianismo e
o catolicismo sempre foram misóginos, antifemininos e antagonistas. Então é um longa sobre duas coisas que me fascinam
muito.
O senhor tem feito muitos documentários nos últimos 15 anos. Há um comprometimento com esse tipo de linguagem ?
Estou muito cansado desse esse conceito jornalístico atual que fica se preocupando com os componentes do documentário.
Qual a diferença? A maioria dos documentários são muito subjetivos, muito preocupados em dizer a verdade e começam agora
a entender que não há história e sim historiadores. Então eu acho que as diferenças entre as noções de documentário são
muitas. Um dos projetos no qual estou envolvido agora é demonstrar a enorme distância entre essas formas diferentes de
jornalismo.
Qual a diferença no tratamento da pornografia na época de Golzius e hoje?
1963 é o ano chave. Havia uma atitude diferente em relação ao sexo, à liberdade sexual e à liberação sexual. Acredito que, em
2012, ainda nos preocupamos com as noções do que seja pornografia, mas acho que ainda não começamos a falar
seriamente sobre o assunto. Embora tenhamos avançado muito, ainda somos muito imaturos quando se trata de nossa
Sexualidade. Acho que o cinema deveria ser uma linguagem contemporânea que poderia seriamente abordar isso. Dito isso,
acho que as pessoas vão ter muitos problemas com Golzius and the Peliccan company porque ele está na fronteira da
pornografia.
Por que escolheu morar em Amsterdã?
É uma história longa e chata, mas acho que tem a ver com essa coisa de andar pelo mundo em busca de trabalho e acabar
encontrando o amor.
O senhor pinta muito. Qual sua motivação em pintar?
Não sei, há algo invisível quando se está fazendo filmes, especialmente pelo fato de você estar lidando com mídias eletrônicas.
Eu gosto de tocar nas coisas, de brincar com o material, gosto da substância. Acho que sou um pintor à moda antiga.
As gerações mais jovens não assistem mais atelevisão. Eles nem ligam"
Peter Greenaway, diretor
CORREIO BRAZILIENSE - DF | ECONOMIA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 09/05/2012
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FGTS poderá ser pago no exterior
Os brasileiros que moram na Europa e que já trabalharam com carteira assinada no Brasil não precisarão mais se deslocar
para cá a fim de solicitar a liberação do saque da conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A Caixa
Econômica Federal, gestora do fundo, o Itamaraty e o Ministério do Trabalho, lançaram ontem essa modalidade de serviço nos
consulados gerais do Brasil em Bruxelas, Paris, Londres, Roterdã e na Embaixada Brasileira em Dublin.A possibilidade de
sacar o FGTS sem vir ao Brasil já é uma realidade desde 2010 para a comunidade brasileira que reside no Japão, e desde o
ano passado, nos Estados Unidos. Nesse período, já foram feitos mais de dois mil pagamentos, num total de R$ 12 milhões.
Condições
Para sacar o dinheiro, os interessados precisam apresentar ao consulado o contrato de trabalho que tinham no Brasil,
rescindido sem justa causa (a prova está na carteira de trabalho) ou documentação que comprove a aposentadoria concedida
pela Previdência Social.É preciso ainda que sejam atendidas as condições previstas na lei. No Brasil ou no exterior, o saque é
permitido em caso de aposentadoria e doença grave, como por exemplo câncer e Aids. O trabalhador que tem conta inativa no
fundo - aquela que fica três anos ininterruptos sem depósitos - também pode retirar o dinheiro.
Para saber se possui saldo e se a conta de FGTS pode ser sacada, o interessado pode buscar informação nos sites da Caixa
ou do FGTS . Para acessar o extrato é necessário cadastrar antes uma senha pela Internet.
No consulado, o trabalhador deve assinar, na presença do representante diplomático brasileiro, o formulário "solicitação de
saque do FGTS". O documento também está disponível na Internet, de onde pode ser baixado e impresso. A resposta da
Caixa também será dada via Internet e os recursos estarão disponíveis em até 15 dias úteis na conta bancária indicada pelo
interessado. Se preferir, o trabalhador pode também informar os dados bancários de alguém de sua confiança para receber o
crédito.
» Fator previdenciário
Foi adiada para a próxima terça-feira (15) a reunião que seria realizada ontem entre as centrais sindicais e o ministro da
Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para definir mudanças nas condições para aposentadoria e isenção do
Imposto de Renda sobre participação nos lucros das empresas recebida pelos trabalhadores. Carvalho está na Espanha, onde
participa de uma reunião preparatória para a Cúpula Ibero-Americana. Essa negociação é fundamental para os rumos do
Projeto de Lei 3299/08, que teve urgência aprovada mês passado.
CORREIO BRAZILIENSE - DF | BRASIL
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
09/05/2012
Pedofilia levará mais tempo para prescrever
Quando tinha 20 anos, em 2008, a nadadora olímpica Joanna Maranhão tornou pública uma história guardada desde a infância
que sensibilizou o país. A atleta medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de 2003 revelou ter sido molestada
sexualmente por seu primeiro treinador, quando tinha 9 anos. A coragem de Joanna foi aplaudida, mas o alvo da denúncia nem
sequer foi processado porque o crime já estava prescrito. Um projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados ontem,
porém, deve impedir que o mesmo aconteça com outras vítimas.
A proposta foi criada em 2009 pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, no Senado, e foi apelidada com o
nome da nadadora. Segundo o texto, que segue agora para a sanção presidencial, o prazo de prescrição de crimes contra a
dignidade sexual de crianças e adolescentes, como estupro, Prostituição e pedofilia, só vai começar a contar quando a vítima completar 18 anos. A regra vale para os casos em que o adolescente ou a família ainda não tiverem denunciado o agressor.
O texto altera o item do Código Penal que determinava a contagem da prescrição do crime a partir da data em que ele ocorria.
O secretário de assuntos legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, considerou a aprovação do texto um avanço
para a cidadania brasileira. "Ele será muito importante para reprimir o crime e ajuda a vítima a ter coragem para denunciar a
prática a tempo de ela ser investigada", comentou.
De acordo com o secretário, a vítima pode denunciar o crime em qualquer época, utilizando-se de relatos de testemunhas, por
exemplo. O relator do projeto de lei na Câmara, deputado João Paulo Lima (PT-PE), destacou que não houve restrições para a
aprovação da proposta na Casa nem no Senado. "Ela vai ajudar a mostrar à sociedade que esse tipo de crime absurdo não vai
ficar impune e a proteger as crianças que crescem com medo de relatar o que sofreram por medo da família, onde está a maior
parte dos agressores", ressaltou.
"Esse tipo de crime absurdo não vai ficar impune. O projeto protege as crianças que crescem com medo de relatar o que
sofreram"
João Paulo Lima (PT-PE), relator
Crimes sexuais contra menores
Como era:
Prescrição começava a contar a partir da data do crime, independentemente da idade da criança ou do adolescente
Como ficou:
Se a denúncia não tiver sido feita na época do ocorrido, a prescrição começa a contar a partir do 18º aniversário da vítima
Prazos para prescrição de crimes sexuais:
Estupro de vulnerável
Pena: reclusão de 8 a 15 anos - crime prescreve em 20 anos
Prostituição ou exploração sexual
Pena: reclusão de 2 a 8 anos - crime prescreve em 12 anos
Rufianismo (tirar proveito da Prostituição alheia)
Pena: reclusão de 3 a 6 anos - crime prescreve em 12 anos
Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente
Pena: reclusão de 2 a 4 anos - crime prescreve em 8 anos
O ESTADO DE S. PAULO - SP | CADERNO 2
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
09/05/2012
Veja a matéria no site de origemMorre Maurice Sendak
Autor tinha 83 anos e legou um clássico, o livro Onde Vivem os Monstros
Morreu ontem em Danbury,Connecticut, nos Estados Unidos, o escritor Maurice Sendak, aos 83 anos. Sendak era considerado
um mestre da literatura para crianças, e tornou famosa no mundo todo a trilogia Onde Vivem os Monstros, de 1963,que vendeu
mais de 20 milhões de exemplares mundo afora (e virou filme, com direção de Spike Jonze).
Ele morreu de complicações de um derrame, segundo informou seu editor, Michael de Capua.
Publicado no Brasil pela Cosac Naify, Onde Vivem os Monstros vendeu aqui 18 mil exemplares, informou a editora. O autor,
que se mantinha ativo (há 30 anos, também ilustrava), publicou seu último livro, Bumble- Ardy, em setembro,nos Estados
Unidos, pela Harper Collins Publishers, e trata da vida de um porco órfão (os pais haviam sido comidos).
O livro ganhou, em 1964, a Caldecott Medal, considerada o prêmio Pulitzer dos livros ilustrados para crianças. Sendak também
foi o primeiro criador americano a receber o prestigioso Prêmio Internacional Hans Christian Andersen.
Onde Vivemos Monstros,primeiro volume de uma trilogia, conta a história de Max,de8anos.Punido pela mãe por conta de uma
pequena subversão, é posto de castigo no quarto e foge. Encontra um barco e entra nele, indo parar numa ilha cheia de
monstros, digamos,temperamentais e excêntricos, e iniciando uma pequena Odisseia infantil.
"Crianças vivem entre a fantasia e a realidade. Elas passam de uma a outra de um jeito que nós há muito tempo não nos
lembramos como fazer", disse o escritor. Sua obra tinha como pressuposto básico evitar a infantilização da narrativa.
Seu início amador foi nos quadrinhos, fazendo ilustrações para a literatura da tira Mutt & Jeff. Em 1951, ilustrou The Wonderful
Farm, de Marcel Aymé, seu primeiro trabalho como profissional.
"Um autor de esplêndidos pesadelos", disse o New York Times sobre o escritor. Sua arte se espelhava nas melhores obras de
autores clássicos, como Hans Christian Andersen, Leon Tolstoi,Herman Melville, William Blake e Isaac Bashevis Singer. Como
desenhista, fizeram ilações entre seu trabalho e o de William Blake.
Maurice Bernard Sendak nasceu no Brooklyn,em Nova York, em 10 de junho de 1928. Filho de um alfaiate, era de classe
média baixa e gay, condição que o atormentava inicialmente. "Tudo que eu queria era ser hetero para fazer meus pais felizes",
disse ao New York Times, em uma entrevista em 2008." Eles nunca,nunca, nunca souberam." Em 1993, lançou pela HarperCollins o livro We Are All in the Dumps With Jack and Guy, uma parábola sobre crianças sem-teto na era da Aids. Seus
amigos o consideravam melancólico e com tendência ao isolamento - vivia só em uma casa branca na zona rural de
Connecticut, com seus cães. /THE NEW YORK TIMES
ONDE VIVEM OS MONSTROS Autor: Maurice Sendak Tradução: Heloisa Jahn Editora: Cosac Naify (40 páginas, R$ 39,90)
O ESTADO DE S. PAULO - SP | VIDA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
09/05/2012
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Calendário com travestis gera polêmica no CE
Lauriberto Braga
Uma publicação apoiada pela prefeitura de Fortaleza está gerando polêmica na cidade. Trata-se do Calendário Translendário.
Este calendário foi denunciado ontem no plenário da Assembleia Legislativa pelo deputado estadual Fernando Hugo (PSDB)
por apresentar fotos de homossexuais e Travestis fazendo referência a obras sacras.
"Numa obra de Michelangelo, a Pietà, por exemplo, aparece um travesti posando sentado, desconfigurando a pintura do
artista", destacou o tucano. Segundo ainda Fernando Hugo, no calendário há uma simulação da Santa Ceia, de Leonardo da
Vinci, com homossexuais sentados à mesa.
O deputado prometeu encaminhar o calendário para o Ministério Público Estadual (MPE) e investigar quanto a prefeitura pagou
pela publicação.
Revelou ainda que vai enviar o calendário para representantes da Igreja Católica no Ceará, pois segundo ele a publicação é
uma afronta às obras consideradas cristãs.
"Insano."Em sua fala, o deputado disse não ser contra gays, lésbicas, homossexuais ou Travestis.
Afirmou ser "contra a prefeitura gastar dinheiro com este material, que é improdutivo, irresponsável e insano".
O deputado estadual Antônio Carlos (PT) saiu em defesa da publicação do calendário. "O calendário não traz nada demais.
Ela apenas foca no respeito à diversidade sexual", afirmou o petista.
Para ele, a denúncia de Fernando Hugo é "preconceituosa, exagerada e homofóbica".
Em 2007 a revista Farol, editada pela prefeitura, trouxe fotos eróticas e iria ser distribuída nas escolas municipais.
"Denunciamos isso e a revista foi recolhida, não circulando aquele número nas escolas e repartições", relembrou Fernando
Hugo. O deputado citou ainda a cartilha As descobertas de Alice e Ana Cláudia, que foi distribuída nas escolas como indutoras
da "liberdade sexual".
No ano passado, a 15.ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo também gerou polêmica ao usar imagens cristãs em uma
campanha pelo uso de Preservativos.
O ESTADO DE S. PAULO - SP | VIDA
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
09/05/2012
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Planos de saúde reembolsam SUS em R$ 82,8 milhões
Lígia Formenti / BRASÍLIA
O Ministério da Saúde anunciou ontem uma arrecadação recorde de reembolso de planos de saúde.
Ano passado, a pasta recebeu R$ 82,8 milhões de ressarcimento de planos de saúde, um valor cinco vezes superior ao que
havia sido reembolsado em 2010 - R$ 15,42 milhões.
"Mudanças no sistema de informação permitiram o avanço", afirmou o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O ressarcimento
recebido no ano passado é referente a procedimentos realizados não apenas em 2011, mas também em anos anteriores.
Pela lei, planos de saúde devem reembolsar o ministério quando seus usuários recebem tratamento no SUS. Operadoras, porém, resistiam em cumprir a determinação.
Em 2010, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estimava que operadoras deviam cerca de R$ 400 milhões ao
SUS.
Além da resistência ao pagamento, o órgão deixou de cobrar pelos procedimentos no período.
Antes da instalação do sistema eletrônico de cobrança, o tempo médio para o pagamento de ressarcimento ao SUS era de
cerca de quatro anos.
Padilha disse esperar que o sistema de cobrança das operadoras também seja reforçado pela inscrição de usuários no Cartão
Nacional de Saúde. A regra vale a partir de junho, mas não haverá tempo suficiente para entregar os números a todos os
usuários.
Segundo o ministro, porém, pacientes não precisarão apresentá- lo num primeiro momento.
"A falta do número não pode ser usado como justificativa para recusar atendimento", disse.
O governo tem cadastro de cerca de 30 milhões de usuários, feito a partir de informações prestadas pela ANS. O cadastro, que
passou por revalidação, será enviado esta semana para a ANS que, por sua vez, transmitirá as informações para operadoras.
O plano prevê que as operadoras, ao trocarem o cartão dos usuários, inscrevam na nova versão tanto o número do plano
quanto o número do Cartão Nacional de Saúde. "Isso vai permitir a comparação dos dados, tornando mais fácil a cobrança do
ressarcimento", diz Padilha.
Não há prazo para que todos os cartões tragam a informação.
FOLHA DE S. PAULO - SP | ILUSTRADA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
09/05/2012
Imagem 1
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Pepetela investiga a Angola do século 17 em novo livro
ELEONORA DE LUCENA
DE SÃO PAULO
Ex-guerrilheiro, escritor mistura figuras históricas com personagens inventados na obra "A Sul. O Sombreiro"
Aos 17 anos, Artur Carlos Pestana dos Santos queria estudar sociologia. Mas, em Portugal, nos anos 1960, o curso era
proibido pela ditadura de Salazar (1932-68). Por isso, ele foi estudar história e letras, abandonando os planos da família que
queria vê-lo engenheiro.
Na então metrópole, o jovem chegado da Angola colonial passou a ler Karl Marx e Josué de Castro. Acabou entrando para o
MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola). Na guerrilha ganhou o codinome Pepetela, que significa pestana na
língua africana em kimbundu.
Assim Artur Carlos virou Pepetela. Hoje com 70 anos, autor de 19 romances e duas peças, ele está no Brasil para lançar "A
Sul. O Sombreiro", sua última obra. Nela, mistura ficção e história na Angola do século 17. Baseado em documentos, faz figuras históricas interagirem com personagens inventados.
A trama se desenvolve entre dois opostos: Carlos Rocha, angolano que busca sua identidade, e Manuel Pereira, conquistador
de Benguela, onde nasceu o autor.
Rocha é pura invenção. Pereira existiu de fato. Pergunto a Pepetela se o colonizador não foi pintado no livro com tintas muito
horrorosas. "Ele cometeu muitas barbaridades. Tentei dar uma imagem um pouco melhor daquela que vem nos documentos,
quase todos de seus inimigos", explica.
Governador em Luanda, Pereira foi realmente preso, deportado, esfaqueado e jogado ao mar num pequeno barco com pouca
comida e água. Acabou se safando. Sonhava encontrar cobre nas entranhas da região.
Carlos Rocha, o contraponto angolano ao colonizador, desabafa a certa altura: "Os portugueses estão interessados em três
coisas: escravos, marfim e metais".
Mudou alguma coisa?, pergunto a Pepetela. Ele fala dos avanços do país. Sim, as potências (a China em especial) continuam
interessadas em Angola. Lembra que 60% do PIB está ancorados em petróleo e diamantes.
"O grande problema é que uma pequena elite enriquece e a grande maioria da população ainda não superou a fase da
pobreza", afirma.
Pepetela foi vice-ministro da educação de Agostinho Neto, líder da independência e primeiro presidente angolano. Ficou seis
anos no governo. "Em três anos conseguimos fazer com que 95% das crianças fossem para a escola. Hoje esse percentual
está em 80%", diz.
Do ministério, Pepetela saltou para a literatura. Seus livros tratam da guerrilha, da história e criticam a sociedade angolana.
Enveredou pela sátira, fazendo "romances antipoliciais", com tom antiamericano.
Com cuidado, ele se levanta para posar para a foto. A dor é nas costas. Sequelas do tempo de guerrilheiro, quando caminhava
pela mata carregando 30 quilos de armas e equipamentos. Nunca se feriu. "Tive sorte, passava entre os pingos da chuva,
entre as balas", conta.
Ainda se emociona ao falar do momento em que ouviu pelo rádio, em 1975, Agostinho Neto proclamar a independência de
Angola. Tinha casado havia 15 dias com Filomena _com que está até hoje e com quem teve uma filha. Estava com Hepatite,
mas iria se mudar para um casa em frente ao mar em Benguela.
O caminhão de mobília não pode ser descarregado. Apesar da independência, a guerra continuava, a África do Sul do
apartheid invadia e ele precisou voltar para as trincheiras.
Pepetela fala da "história gloriosa" do MPLA, mas acha que hoje "é um partido conservador no sentido em que tenta preservar
o privilégio de alguns de seus membros".
E como o escritor se define? "Sou um socialista utópico, como [Pierre-Joseph] Proudhon. A propriedade é um roubo."
FOLHA DE S. PAULO - SP | COTIDIANO
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
09/05/2012
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Usuário de plano de saúde terá número de Cartão SUS
JOHANNA NUBLATDE BRASÍLIA
Medida vai facilitar ressarcimento do Estado por atendimentos na rede pública
Ministério cadastrou 30 milhões de usuários de planos; desde fevereiro cartão é obrigatório em procedimentos no SUS
Cerca de 30 milhões de usuários de planos de saúde foram cadastrados pelo Ministério da Saúde e ganharam um número de
Cartão SUS.
A proposta do governo é que as carteirinhas dos planos emitidas nos próximos meses tragam o número da inscrição no
cadastro federal, disse ontem o ministro Alexandre Padilha (Saúde).
Agora, com o número associado ao usuário do plano de saúde, o ministério pretende facilitar a identificação de pessoas que
pagam pelos planos de saúde, mas são tratadas pelo SUS. E, dessa forma, cobrar dos planos de saúde o ressarcimento pelo
serviço.
Desde o fim da década de 90, o governo tenta implementar uma espécie de cadastro nacional com dados de pacientes da rede
pública.
No ano passado, após mais de R$ 450 milhões gastos no projeto, o governo apresentou uma versão simplificada do cartão. Foi
promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff a implantação, em todo o país, de um sistema que gerencie esse cartão.
Desde fevereiro deste ano, a rede púbica cobra o registro do Cartão SUS para internações e procedimentos de alta
complexidade. Se o paciente não tem o cadastro, ele deve ser feito na hora.
RECORDE
Segundo Padilha, R$ 82 milhões foram devolvidos ao SUS pelos planos em 2011, pagamentos recorde, relativos a
procedimentos realizados no ano passado ou antes disso. Em 2010, o ressarcimento foi de R$ 15,4 milhões.
O ministério deve enviar, nos próximos dias, o banco de dados com os números dos cartões de usuários dos planos para a
ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). A agência vai, então, repassar para as operadoras, que deverão fornecer o
número ao seu cliente.
Padilha disse que a ANS deverá estabelecer um cronograma para que isso ocorra -a previsão inicial era 6 de junho. Porém,
mais importante do que saber o número é ter o número registrado no sistema, afirmou ele.
"A pessoa pode só se apresentar, com nome e os dados dela no serviço de saúde. É possível, no cadastro, ver se tem os
dados dela lá."
FOLHA DE S. PAULO - SP | COTIDIANO
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
09/05/2012
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Lei reacende polêmica sobre sexo e adolescentes
VAGUINALDO MARINHEIRO
DE SÃO PAULOAnálise
Com que idade um jovem/adolescente passa a ter direito de exercer sua liberdade sexual? Ela vale para alguém que perdeu a
liberdade física após cometer infrações, como os internos da Fundação Casa (antiga Febem)?
A lei federal 12.594, que foi assinada em janeiro e acaba de ser regulamentada no Estado de São Paulo, reacende essa velha
discussão.
Ela garante ao interno(a) que comprovar casamento ou união estável antes da apreensão duas visitas íntimas por mês.
Há um amontado de restrições, mas até aqueles com 14 anos podem ter o direito.
Os defensores da medida afirmam que ela irá reduzir a violência sexual entre os internos e que o contato com o parceiro(a)
mantém os laços com o mundo exterior e facilita na ressocialização.
Eles se amparam em números. Uma pesquisa feita em presídios masculinos de 50 Estados americanos mostrou que o total de
casos de violência sexual é 75% menor onde há visitas íntimas.
Já os detratores criticam "esse novo direito dado aos infratores". Afirmam que se os jovens são vistos como adultos para as
questões sexuais também devem sê-lo para as criminais.
Pedem, assim, a redução da maioridade penal.
É uma hipocrisia negar a Sexualidade dos adolescentes. Uma pesquisa feita pelo Datafolha no final de 2009 mostrou que os
homens iniciam sua vida sexual em média aos 15,6 anos. As mulheres, aos 17,8.
Dos entrevistados, 41% disseram ter tido relações sexuais entre os 14 e os 16 anos.
Mas seria a liberação da visita íntima uma forma de reduzir essa hipocrisia?
Se a intenção é garantir a liberdade sexual e impedir estupros e afins, por que restringir o direito aos casados?
Se a questão é fisiológica, deveria valer para todos.
Além disso, a nova lei criou uma disparidade com outra mais antiga. O Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990, proíbe
que menores de 18 anos frequentem motéis ou comprem "revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado".
Como esbravejam os críticos da nova lei: "no motel da Febem pode".
FOLHA DE S. PAULO - SP | PODER
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
09/05/2012
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Governo quer aumentar repasses para criação de vagas em creches
DE BRASÍLIA
Medida é para beneficiar crianças do Bolsa Família de 0 a 3 anos
O governo federal quer aumentar vagas em creches para filhos de beneficiários do programa de transferência de renda Bolsa Família.
Para isso, pretende aumentar em 50% o repasse feito hoje, por meio do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica), para cada nova vaga criada pelos municípios para essas crianças, cuja idade é entre 0 e 3 anos.
O custo adicional será bancado pelo Ministério do Desenvolvimento Social.
A estimativa é que pouco menos de 4% das crianças do Bolsa Família nessa faixa etária estejam na creche -a média nacional
é de 23,6%.
A medida faz parte de pacote, batizado de "Ação Brasil Carinhoso", a ser anunciado pela presidente Dilma Rousseff em
comemoração ao Dia das Mães.
A presidente também vai anunciar, no próximo domingo, medidas voltadas à saúde de crianças de até seis anos. Além da
distribuição gratuita de remédios contra asma, o Ministério da Saúde estará empenhado em reduzir o percentual de crianças
com anemia no país.
Técnicos do governo calculam que as medidas poderão beneficiar em torno de 5 milhões de crianças.
O GLOBO | ECONOMIA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
09/05/2012
Angústia e erros em exames clínicos
Dezenas de processos contra laboratórios tramitam na Justiça do Rio. Um deles teve que pagar R$ 10 mil por falha em teste
de HIV
Luiza Xavier luiza.xavier@oglobo.com.br
A possibilidade de erro existe em qualquer área de prestação de serviço, mas, quando o problema acontece no setor de saúde,
tende a assumir grandes proporções. Ao procurar um médico e submeter-se a exames espera-se comprovar as boas
condições físicas ou identificar doenças que possam ser tratadas. Um resultado incorreto, portanto, pode provocar
consequências graves. A família da aposentada Maria Etelvina, de 86 anos, enfrentou semanas de angústia depois que o
resultado de um exame de sangue realizado no laboratório Bronstein indicava que ela estava sofrendo de leucemia. Quando o
clínico geral que havia solicitado o exame verificou o resultado, encaminhou a paciente a um hematologista, devido à gravidade
do caso. O especialista, no entanto, informou à família que o estado clínico da paciente era incompatível com o que o exame
revelava. Ela foi encaminhada a um segundo especialista, que foi categórico: o resultado estava errado ou havia sido trocado.
Um novo exame foi solicitado e ficou confirmado que a aposentada não estava doente:
- Fiquei perplexa, pois nunca havia tido problemas como esse. Diante da situação, procurei a central de atendimento ao cliente
e disse que queria ser ressarcida pelo gasto em vão. Depois de alguns dias, acabaram entrando em contato e fizemos um
acordo. Recebi os R$ 715 que tive de pagar pelas consultas e pelo novo exame - conta Inês Helena de Carvalho, filha da
aposentada.
Inês recebeu também um telefonema de desculpas da direção do laboratório e a informação de que o problema pode ter
acontecido na coleta do sangue. Esse tipo de ocorrência, aliás, é observada com certa frequência, segundo especialistas.
Entre as dezenas de processos representados pela Associação de Proteção e Assistência aos Direitos da Cidadania (Apadic),
uma que já recebeu sentença definitiva no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) condenou um laboratório a pagar R$
10 mil por danos morais a uma pessoa que recebeu, erroneamente, o resultado de que era portadora do vírus HIV. Os nomes
do autor da ação e do réu não podem ser divulgados porque o processo tramitou sob sigilo:- Um laboratório é um prestador de serviço e, como tal, deve oferecer ao consumidor àquilo pelo qual ele pagou: um resultado
correto. Se descumpre essa condição, gera o direito ao dano moral e material. Entretanto, são processos complicados, que
podem durar muito tempo, pois exigem perícias médicas. E podem custar caro, já que o autor da ação arca com os custos -
explica Antônio Mallet, coordenador jurídico da Apadic.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), as principais causas de erros
ocorrem na fase pré-analítica, ou seja, antes de a amostra ser analisada - etapa que vai desde o pedido do exame pelo
médico, passando por preparo adequado para a realização do exame, correta identificação do paciente, acondicionamento da
amostra biológica até condições de transporte.
O problema da leitora Rita de Cássia Martins foi com o laboratório Sérgio Franco. Em fevereiro, ela encaminhou cinco frascos
contendo material de um nódulo do lado direito da tireoide e outros cinco com material retirado em uma biópsia realizada do
lado esquerdo do pescoço. "No dia 13 de fevereiro, foi postado no site (do laboratório) o resultado do exame citológico do
nódulo direito e do nódulo esquerdo da tireoide. Detalhe: eu não enviei amostra do lado esquerdo da tireoide. No mesmo dia
entrei em contato com o laboratório, mas infelizmente ninguém me atendeu. Prometeram ligar e nada, fiz várias tentativas para
esclarecer meu resultado, afinal de contas foram duas punções doloridas (...)". Na ocasião, o laboratório respondeu à carta
lamentando o transtorno e informando que emitiu um novo laudo.
Bronstein e Sérgio Francodizem investir em treinamento
Em nota, o Bronstein informou que mantém "rigorosos controles de qualidade" e que é submetido a avaliações constantes, por
meio de certificações e acreditações de respeitados órgãos certificadores, como o Programa de Acreditação de Laboratórios
Clínicos da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML).
"Problemas são ocasionados por falhas humanas e, por maior que seja o investimento em treinamento, fatores relacionados a
pessoas influenciam no atendimento final. Para diminuir possíveis falhas, a equipe de funcionários do Bronstein tem recebido
constante treinamento, com rigoroso padrão de controle. Além disso, são realizados investimentos em equipamentos de última
geração", diz o comunicado.
Já a nota enviada pela direção do laboratório Sérgio Franco afirma que "é importante esclarecer que o diagnóstico de um
paciente não se resume ao resultado de um exame.
Um diagnóstico é composto de uma história detalhada sobre a evolução da doença, condições de vida, meio social, familiar,
ambiente, trabalho e resultados de diferentes exames de apoio diagnóstico, como exames físicos e os laboratoriais. No caso
de exames anatomopatológicos, a informação escrita na solicitação médica é fundamental e o resultado é baseado na
informação vinda da prescrição médica". O laboratório afirma ainda que, para evitar falhas nos laudos dos exames, está
aumentando o investimento no treinamento da equipe.
No Brasil existem cerca de 17 mil laboratórios clínicos, a maioria de pequeno ou médio porte. O setor movimenta R$ 12 bilhões
por ano. Desde 1998, eles podem recorrer ao Programa de Acreditação da SPPC/ML, que tem como referência o programa do
Colégio Americano de Patologistas (CAP), dos EUA, considerado o maior do mundo.
- A acreditação é voluntária. O laboratório é submetido a auditorias externas periódicas que avaliam se ele atende a requisitos
de qualidade preestabelecidos pela instituição acreditadora - diz o diretor de Acreditação e Qualidade da SBPC/ML, Wilson
Shcolnik.
Para o público leigo, a instituição coloca à disposição o site Lab Tests On Line, que esclarece a melhor maneira de
compreender resultados de exames e a relação destes com inúmeras doenças.
- Esse é um mercado em crescimento e perde-se muito do atendimento personalizado. Na maior parte dos casos, a falha é
humana, já que os equipamentos em funcionamento no Brasil são muito avançados. E há falta de mão de obra - diz Hélio
Magarinos Torres Filho, diretor do Laboratório Richet, único no Rio a obter o certificado do CAP.O GLOBO | RIO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
09/05/2012
Estudo de "impacto sexual"
Canteiro de obras do metrô da Zona Sul será a 12km, ao lado da Vila Mimosa; relatório ambiental sugere aulas para operários
evitarem DSTs
Isabela Bastos isabelab@oglobo.com.br
Não é só na Zona Sul que as obras da Linha 4 do metrô, previstas para começar em junho, geram expectativas. A 12km de
Ipanema e Gávea, epicentros da expansão, os vizinhos do terreno da velha estação Barão de Mauá, na Leopoldina - uma
miríade formada por alunos de artes circenses, motoqueiros inveterados e até mesmo as moças da Vila Mimosa -, terão que
conviver compulsoriamente com aquele que será o maior dos canteiros do empreendimento. Em meio a locomotivas
enferrujadas e chassis de caminhões da antiga Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e cercado de pequenas e
estreitas ruas com vilas de casas, cortiços, cabeças de porco, oficinas mecânicas, bares e bordéis, a área de serviço começou
a ser montada há duas semanas. Pelos próximos 47 meses, abrigará uma central de produção de concreto, uma fábrica de
peças pré-moldadas e muitos alojamentos de operários, já que se esperam trabalhadores até de fora do Rio. Nos nove
canteiros da obra - serão oito na Zona Sul -, são esperados três mil trabalhadores no auge dos trabalhos.
Vizinhos de muro com o canteiro de obras da Leopoldina, os bares e boates da Rua Sotero dos Reis, mais conhecida como
Vila Mimosa, não fecham. A rua, novo endereço do tradicional reduto da Prostituição no Rio, mereceu citação até no Estudo
de Impacto Ambiental (EIA-Rima) das obras da Linha 4. Ressaltando a proximidade do canteiro com a zona de meretrício, o
documento sugere que seja feito um programa de educação sexual com os trabalhadores na Leopoldina "como forma de
prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis". No canteiro serão montados alojamentos para 300 funcionários.
Presidente da Associação de Moradores e Amigos da Vila Mimosa, Maria das Graças Gonçalves diz que a proximidade das
obras, ao menos ali, não é vista com mesma apreensão dos outros vizinhos do entorno:
- Os engenheiros já nos visitaram. Falaram sobre as obras, o que vai ser feito. Não acreditamos que vá haver problema. De
repente será uma boa notícia para a região, que tem muitas pensões, bares e boates. Esses operários terão que comer e se
divertir em algum lugar nos horários de folga.
O terreno do canteiro é hoje ocupado parcialmente pela Escola Nacional de Circo, da Funarte. Inquilina involuntária de outra
obra do metrô, a escola usa provisoriamente o local desde 2009, quando precisou deixar seu antigo endereço, na Avenida
Radial Oeste, para abrir caminho à implantação da Linha 1A (ligação entre as estações São Cristóvão e Central sem passar
pelo Estácio). Três anos depois, a instituição se prepara para voltar para casa.
- O terreno antigo já foi liberado e passa por terraplenagem - conta o diretor da escola, Zezo Oliveira.
Esta reportagem foi publicada no vespertino para tablet "O Globo a Mais"
MIX BRASIL | CENTRAL DE NOTÍCIAS
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
08/05/2012
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Inscrições para o Prêmio Cultural LGBT em Fortaleza estão abertas
Secretaria de Cultura de Fortaleza recebe inscrições para Prêmio Cultural LGBT 2012
A Secretaria de Cultura de Fortaleza recebe inscrições para Prêmio Cultural LGBT 2012 até o próximo dia 03 de junho. O prêmio tem o objetivo de incentivar a produção artística e cultural acerca das temáticas sobre orientação sexual, identidade de
gênero e cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, Travestis e Transexuais.
O prêmio divide-se em três modalidades: apoio a eventos culturais, apoio a eventos de formação em torno da cultura LGBT,
apoio à realização de oficinas e cursos sobre Direitos Humanos de LGBT, ao todo, serão contempladas nove produções. O
formulário de inscrição e os demais anexos deverão ser entregues na sede da Secultfor.
Concurso Prêmio Cultural LGBT 2012
Inscrições: até 3 de junho
Secretaria de Cultura de Fortaleza
Rua Pereira Filgueiras, nº 04, Centro.
MIX BRASIL | CENTRAL DE NOTÍCIAS
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
08/05/2012
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Seminário LGBT discute questões de gênero na educação
A importância da discussão da Sexualidade na educação é tema de Seminário LGBT no Congresso
O Congresso Nacional abre as portas, no próximo dia 15 de maio, para a 9ª edição do Seminário LGBT que neste ano terá
como tema "Sexualidade, Papéis de Gênero e Educação na Infância e na Adolescência", com o lema: "Respeito à diversidade
se aprende na infância".
Nos plenários da Câmara dos Deputados, especialistas em direito, psicologia, cultura, educação, Sexualidade devem debater
a infância e adolescência de meninos e meninas que sofrem bullying por não se enquadrarem nos papeis de gênero definidos
pela sociedade.
O evento é uma iniciativa do deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ) em parceria com as comissões de Legislação
Participativa, de Educação e Cultura e de Direitos Humanos e Minorias.
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
08/05/2012
Veja a matéria no site de origemOPS pede a países da América Latina e do Caribe que garantam terapia contra a aids
Um relatório da Organização Panamericana de Saúde (OPS) indica que os países da América Latina e do Caribe deverão
reforçar o sistema de saúde para avançar no acesso universal ao tratamento contra a Aids.
De acordo com o texto, a região tem os índices mais altos de cobertura de tratamentos atirretrovirais, mas o desabastecimento
de medicamentos pode impedir a sustentabilidade do programa. Especialistas recomendam simplificar o tratamento, com
combinações de remédios em um único comprimido e eliminação gradual de medicamentos obsoletos, em especial os
altamente tóxicos.
Redação da Agência de Notícias da Aids com informações do Correio do Brasil
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
08/05/2012
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Departamento de Aids divulga errata sobre resultado de edital de eventos
O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde divulgou uma errata sobre o resultado da
Habilitação - Etapa I do edital para seleção de projetos para eventos em 2012. De acordo com o órgão governamental, o
resultado divulgado no último dia 3 continha nomes de organizações que não haviam participado da seleção.
O resultado correto pode ser acessado aqui.
No total, será destinado R$ 1,5 milhão para organizações da sociedade civil que atuam nas áreas de Aids, outras DST e
hepatites virais. A iniciativa ocorre em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Redação da Agência de Notícias da Aids
Dica de Entrevista
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Assessoria de Imprensa
Tels.: (61) 3306 7051 / 7024 / 7010 / 7016
E-mail: imprensa@Aids.gov.brAGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
08/05/2012
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Frente Parlamentar de combate à tuberculose será lançada nesta terça-feira
Doença é a principal causa de morte entre soropositivos
Às 17h30 desta terça-feira, dia 8, será lançada na Câmara dos Deputados, em Brasília, a Frente Parlamentar pela Luta Contra
a Tuberculose. Articulador da criação da Frente, o deputado Antonio Brito (PTB-BA), destaca que um dos maiores problemas
para o combate à doença é o abandono do tratamento pelo paciente antes dos seis meses necessários, em razão da melhora
no estado de saúde.
"Com o abandono do tratamento, o bacilo causador da doença se torna resistente, acometendo outras pessoas nas quais a
medicação já não fará efeito. É preocupante também o fato de a Tuberculose ser a principal causa de morte entre pessoas
com HIV/Aids", completou Brito.
A cada ano, 70 mil pessoas contraem Tuberculose no País, o que provoca 4.300 mortes anualmente, uma média de 12 por
dia. Estima-se que 45 milhões de pessoas carreguem o bacilo de Koch, a bactéria que provoca a maioria dos casos de
Tuberculose.
A doença ataca principalmente os pulmões, mas pode ocorrer em outras partes do corpo, como ossos, rins e meninges - as
membranas que envolvem o cérebro. Os principais sintomas são tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro,
acompanhada ou não por febre no fim do dia.
Serviço
O lançamento correrá no Plenário 13. Estarão presentes, principalmente, representantes de entidades médicas e
governamentais.
Frente Parlamentar
Uma Frente Parlamentar é uma associação suprapartidária de pelo menos 1/3 dos integrantes do Poder Legislativo Federal
destinada a aprimorar a legislação referente a um tema específico. As Frentes são regulamentadas pelo ato 69/05, da Mesa
Diretora.
Redação da Agência de Notícias da Aids
Dica de Entrevista
Deputado Antonio Brito
Tel: (61) 3215-5479
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
08/05/2012
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Cearense Luma Andrade é a primeira travesti a apresentar uma tese de doutorado no Brasil
A cearense Luma Andrade será a primeira travesti do Brasil a apresentar uma tese de doutorado, segundo informa a ABGLT
(Associação Brasileiras de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros). Graduada em ciências naturais pela
Uece (Universidade Estadual do Ceará) e com mestrado na área do desenvolvimento do meio ambiente pela Uern
(Universidade Federal do Rio Grande), agora, aos 35 anos, ela é doutoranda em educação pela UFC (Universidade Federal do
Ceará).
Para obter o título de doutora, ela se inspirou na própria realidade e produziu um estudo baseado no acesso das Travestis
(homossexuais que se vestem como mulheres) cearenses à educação. "Pude constatar que está havendo um aumento do
acesso e também da procura pela escola, mas ainda há resistências como a discriminação, bullying e a marginalização", disse
ao UOL Educação por telefone.
Resistência, aliás, é uma palavra ou até mesmo um sentimento muito conhecido por Luma. "Desde os oito anos de idade que
convivo com isso. Já cheguei a apanhar na escola e ouvir da professora que era bem feito", contou.
Mesmo assim, ela disse que focou a atenção para os estudos e usou sua aptidão para as ciências exatas como uma aliada na
conquista de amigos e de respeito dos colegas. "Eu sabia matemática e fiz com que isso me ajudasse. Passei a dar aulas para
os colegas e eles passaram a ser meus amigos", disse.
Em casa ela usou a mesma estratégia de focar a atenção para os estudos, na hora de responder os questionamentos dos pais,
dois agricultores analfabetos que não a discriminavam, mas sempre perguntavam por uma namorada, principalmente no
período da adolescência.
Já adulta, chegou a ir, nos primeiros dias, para o campus da Universidade Federal do Ceará, no município de Limoeiro do
Norte, onde concluiu a graduação, vestida com roupas masculinas para evitar situações de preconceito e constrangimento,
mas a estratégia não deu certo. No primeiro dia de aula, ela conta que foi uma chacota geral, mas, depois que resolveu usar
roupas femininas, as pessoas a conheceram melhor e ela começou a ser aceita. "De início foi uma decepção, pois achava que
na universidade as pessoas eram mais maduras", disse.
Início na vida profissional foi marcado por dificuldades
Depois de formada, Luma recebeu o convite de um ex-professor da faculdade para dar aula em uma escola, mas o que parecia
ser uma grande oportunidade, na verdade foi um grande teste.
"Era terrível, os dirigentes e outros professores ficavam atrás das portas assistindo à minha aula. Os alunos também ficavam
rindo e muitos gritavam: gay, viado (sic), dentre outros palavrões. No fundo, eles achavam que a minha aula (de ciências
naturais) ia ser uma palhaçada, mas sempre no primeiro dia, eu contava a minha história de vida e ganhava fãs e aliados. Eles
também são pobres, nordestinos e sonham com dias melhores. "Além disso, sempre mantive postura, seriedade para lecionar,
o que foi fundamental para adquirir o respeito de alunos e colegas", completa.
Depois de conquistar estabilidade e ser aprovada em concurso público na área de Educação, Luma passou na seleção de um
mestrado em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e a cidade cearense mais próxima era Aracati. "Começou tudo de novo, tive
que voltar à estaca zero", disse Luma que precisou pedir uma intervenção da Secretaria Estadual da Educação do Ceará para
ser admitida em concurso que havia sido a única pessoa a ser aprovada. "A minha nomeação era sempre protelada sem que
um motivo fosse alegado".
Anos depois, em 2005, desenvolveu o projeto "Intimamente Mulher" que incentivava alunas e professoras a fazer exames de
prevenção que lhe rendeu o primeiro lugar no Estado e um prêmio no Ministério da Educação.
Atualmente, Luma está casada com um professor de História, realiza palestras, é constantemente convidada para ser
madrinha de formaturas e passeatas, além de presidir a Associação Russana de Diversidade Humana, na cidade de Russas, a
165 km de Fortaleza.
Tese de doutorado
Essas e outras barreiras enfrentadas por Travestis foram relatadas na tese da doutoranda, que aponta alguns entraves
enfrentados por Travestis nos ensinos médio, fundamental e superior. "Uma coisa é o nome, onde muitos professores fazem
questão de gerar um constrangimento as chamando pelo nome de batismo, outra é a utilização do banheiro, onde somos
obrigadas a usar os sanitários masculinos, o que é muito desagradável, pois as Travestis acabam sendo vítimas de muita
gozação, agressões físicas, tentativas de estupro e isso tudo faz com que elas deixem a escola", disse ela que há dois anos
conseguiu mudar os documentos e abandonar o antigo nome de João.
O uso do banheiro por parte das Travestis é um dos capítulos da tese de Luma. Ela disse que prendia a urina e só ia ao
banheiro depois que chegava em casa, o que lhe rendeu, à época dores abdominais, dilatação da bexiga, além do desconforto no momento em que assistia a aula. "Muitas vezes eu perdia a concentração", resume.
Realidades diferentes no interior e nos grandes centros
Na apuração para a produção da tese de doutorado, Luma Andrade, estudou 95 casos em todo o Ceará, mas três cidades
tiveram maior destaque: Fortaleza, Russas e Tabuleiro do Norte. Nos municípios, ela encontrou duas realidades diferentes.
Na capital, mesmo com uma maior oferta de estabelecimentos educacionais, as Travestis quase não têm acesso à educação
e a maioria se concentra em zonas de Prostituição no centro e na orla da cidade. Já em Russas e em Tabuleiro do Norte, ela
acompanhou de perto a história de três Travestis que frequentavam aulas em escolas de ensino fundamental e médio. "Por
incrível que pareça, no interior elas são mais acolhidas e o preconceito é menor, pois elas conseguem viver no ambiente da
família, sem precisar se prostituir. É possível ver Travestis trabalhando no comércio como vendedoras e em diversas
atividades", observa.
Outra coisa que chamou a atenção da doutoranda foi o fato de muitos dirigentes escolares e educadores não saberem
distinguir uma travesti de um homossexual. Segundo o manual de comunicação da Associação Brasileiras de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Transexuais e Transgêneros (ABGLT), "um travesti é a pessoa que nasce do sexo masculino ou feminino, mas
que tem sua identidade de gênero oposta ao seu sexo biológico, assumindo papéis de gênero diferentes daquele imposto pela
sociedade". Já um homossexual é, segundo o documento, "a pessoa que se sente atraída sexual, emocional ou afetivamente
por pessoas do mesmo sexo/gênero".
Fonte: UOL Educação
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
08/05/2012
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Testagem voluntária em ONG do Rio de Janeiro registrou 16% de diagnósticos positivos
para o HIV
A iniciativa envolve também as cidades do Recife, Brasília e São Paulo, e tem como foco as populações consideradas mais
vulneráveis, como homens que fazem sexo com homens (HSH), gays e Travestis.
Na capital pernambucana, 2% das 3404 pessoas que fizeram o teste entre os meses de fevereiro e dezembro foram
diagnosticadas com HIV. No Distrito Federal foram 1818 exames e 1.1% de resultado positivo durante o mesmo período. Em
São Paulo, onde a ação ocorreu de setembro a dezembro, foram 759 exames com 5% de casos HIV+.
Do total de 6848 pessoas que fizeram o teste nas quatro cidades, 53% eram gays, HSH ou Travestis; aproximadamente 54%
tinham entre 18 e 30 anos; 55% nunca tinham feito o exame; e 66% eram negros ou pardos. A média de diagnósticos positivos
para o HIV foi de 3.9%.
"A realização do teste de HIV em quase sete mil pessoas em menos de um ano foi bem positiva", analisa o coordenador
nacional do Quero Fazer, o ativista Beto de Jesus. Segundo ele, mesmo tendo como foco a população de HSH, gays e
Travestis, as campanhas não foram "estigmatizadas", o que pode ser comprovado pela grande quantidade de pessoas que
fizeram o teste e se declaram heterossexuais, 3208.
No Rio de Janeiro, onde se registrou a maior porcentagem de resultados positivos para o HIV, Beto acredita que pode ser
justificado pelo local da promoção do exame, a sede do Grupo Arco-Íris. "É um espaço frequentado principalmente por pessoas
que têm relações homossexuais, e muitas delas mais velhas, o que significa que ao longo da vida, provavelmente, já passaram
por mais situações de vulnerabilidade", explica.
O percentual de atendimento da população prioritária no Rio de Janeiro foi de 92%. Em São Paulo, de 86%; em Brasília, 43%; no Recife, 41%.
"Sinto que a população homossexual é muito bem recebida pelos nossos aconselhadores. A abordagem e o respeito prestado
por eles, como a identificação das Travestis pelo nome feminino, tem atraído muitas pessoas", conta Beto.
Com exceção do Rio de Janeiro, os aconselhamentos e testagens do programa Quero Fazer são feitos num trailer. Em São
Paulo, no Largo do Arouche; no Recife, na Praça do Carmo, próximo ao Bar Pity Hausen e em municípios da região
metropolitana; e em Brasília, no Parque da Cidade, no Setor de Diversões Sul e em cidades satélites.
O Quero Fazer é executado pela organização não governamental Espaço de Prevenção e Atenção Humanizada (EPAH), com
apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e do Departamento de DST, Aids e
Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Também apoiam esta iniciativa os Programas Municipais e Estaduais de DST/Aids onde são realizados as ações, a
Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Grupo Pela Vidda-RJ, Movimento
Paulistano de Luta e Articulação contra a Aids (MOPAIDS), Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+), Articulação e
Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (AMOTRANS), grupo Leões do Norte, grupo Estruturação, ELOS
LGBT, ANAV-Trans e Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e Aids - Núcleo Distrito Federal.
Lucas Bonanno
DICA DE ENTREVISTA
EPAH. Tel. (0XX11) 5842-5403
http://www.querofazer.org.br/
AGÊNCIA BRASIL | SAÚDE
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
09/05/2012 05:54
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Padilha anuncia números sobre situação do diabetes no Brasil
Da Agência Brasil
Brasília - O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apresenta hoje (9) em Brasília os novos números sobre a situação do
diabetes no país. Será às 10h30 no Centro de Convenções Brasil 21, durante o Fórum Pan-Americano de Doenças Crônicas
Não Transmissíveis.
Os dados fazem parte da pesquisa Vigitel - Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico - que coletou informações nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, as doenças crônicas não transmissíveis (câncer, diabetes e doenças do aparelho
circulatório e respiratório) são as principais causas de morte no mundo, correspondendo a 63% dos óbitos em 2008.
Aproximadamente, 80% das mortes ocorrem em países de baixa e média renda. Só no Brasil, essas doenças foram
responsáveis por 72% das causas de morte,no mesmo ano.
Edição: Graça Adjuto ESTADÃO ONLINE | CULTURA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
09/05/2012 03:08
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MORRE MAURICE SENDAK
Publicado no Brasil pela Cosac Naify, Onde Vivem os Monstros vendeu aqui 18 mil exemplares, informou a editora. O autor,
que se mantinha ativo (há 30 anos, também ilustrava), publicou seu último livro, Bumble-Ardy, em setembro, nos Estados
Unidos, pela HarperCollins Publishers, e trata da vida de um porco órfão (os pais haviam sido comidos).
O livro ganhou, em 1964, a Caldecott Medal, considerada o prêmio Pulitzer dos livros ilustrados para crianças. Sendak também
foi o primeiro criador americano a receber o prestigioso Prêmio Internacional Hans Christian Andersen.
Onde Vivem os Monstros, primeiro volume de uma trilogia, conta a história de Max, de 8 anos. Punido pela mãe por conta de
uma pequena subversão, é posto de castigo no quarto e foge. Encontra um barco e entra nele, indo parar numa ilha cheia de
monstros, digamos, temperamentais e excêntricos, e iniciando uma pequena Odisseia infantil.
"Crianças vivem entre a fantasia e a realidade. Elas passam de uma a outra de um jeito que nós há muito tempo não nos
lembramos como fazer", disse o escritor. Sua obra tinha como pressuposto básico evitar a infantilização da narrativa.
Seu início amador foi nos quadrinhos, fazendo ilustrações para a literatura da tira Mutt & Jeff. Em 1951, ilustrou The Wonderful
Farm, de Marcel Aymé, seu primeiro trabalho como profissional.
"Um autor de esplêndidos pesadelos", disse o New York Times sobre o escritor. Sua arte se espelhava nas melhores obras de
autores clássicos, como Hans Christian Andersen, Leon Tolstoi, Herman Melville, William Blake e Isaac Bashevis Singer. Como
desenhista, fizeram ilações entre seu trabalho e o de William Blake.
Maurice Bernard Sendak nasceu no Brooklyn, em Nova York, em 10 de junho de 1928. Filho de um alfaiate, era de classe
média baixa e gay, condição que o atormentava inicialmente. "Tudo que eu queria era ser hetero para fazer meus pais felizes",
disse ao New York Times, em uma entrevista em 2008. "Eles nunca, nunca, nunca souberam."
Em 1993, lançou pela HarperCollins o livro We Are All in the Dumps With Jack and Guy, uma parábola sobre crianças sem-teto
na era da Aids. Seus amigos o consideravam melancólico e com tendência ao isolamento - vivia só em uma casa branca na
zona rural de Connecticut, com seus cães. / THE NEW YORK TIMES
ESTADÃO ONLINE |
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
09/05/2012 03:07
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Planos de saúde reembolsam SUS em R$ 82,8 milhões
"Mudanças no sistema de informação permitiram o avanço", afirmou o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O ressarcimento
recebido no ano passado é referente a procedimentos realizados não apenas em 2011, mas também em anos anteriores. Pela lei, planos de saúde devem reembolsar o ministério quando seus usuários recebem tratamento no SUS. Operadoras,
porém, resistiam em cumprir a determinação.
Em 2010, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estimava que operadoras deviam cerca de R$ 400 milhões ao
SUS. Além da resistência ao pagamento, o órgão deixou de cobrar pelos procedimentos no período.
Antes da instalação do sistema eletrônico de cobrança, o tempo médio para o pagamento de ressarcimento ao SUS era de
cerca de quatro anos.
Padilha disse esperar que o sistema de cobrança das operadoras também seja reforçado pela inscrição de usuários no Cartão
Nacional de Saúde. A regra vale a partir de junho, mas não haverá tempo suficiente para entregar os números a todos os
usuários.
Segundo o ministro, porém, pacientes não precisarão apresentá-lo num primeiro momento. "A falta do número não pode ser
usado como justificativa para recusar atendimento", disse.
O governo tem cadastro de cerca de 30 milhões de usuários, feito a partir de informações prestadas pela ANS. O cadastro, que
passou por revalidação, será enviado esta semana para a ANS que, por sua vez, transmitirá as informações para operadoras.
O plano prevê que as operadoras, ao trocarem o cartão dos usuários, inscrevam na nova versão tanto o número do plano
quanto o número do Cartão Nacional de Saúde. "Isso vai permitir a comparação dos dados, tornando mais fácil a cobrança do
ressarcimento", diz Padilha. Não há prazo para que todos os cartões tragam a informação.
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09/05/2012 03:07
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Calendário com travestis gera polêmica no CE
"Numa obra de Michelangelo, a Pietà, por exemplo, aparece um travesti posando sentado, desconfigurando a pintura do
artista", destacou o tucano. Segundo ainda Fernando Hugo, no calendário há uma simulação da Santa Ceia, de Leonardo da
Vinci, com homossexuais sentados à mesa.
O deputado prometeu encaminhar o calendário para o Ministério Público Estadual (MPE) e investigar quanto a prefeitura pagou
pela publicação. Revelou ainda que vai enviar o calendário para representantes da Igreja Católica no Ceará, pois segundo ele
a publicação é uma afronta às obras consideradas cristãs.
"Insano."Em sua fala, o deputado disse não ser contra gays, lésbicas, homossexuais ou Travestis. Afirmou ser "contra a
prefeitura gastar dinheiro com este material, que é improdutivo, irresponsável e insano".
O deputado estadual Antônio Carlos (PT) saiu em defesa da publicação do calendário. "O calendário não traz nada demais. Ela
apenas foca no respeito à diversidade sexual", afirmou o petista. Para ele, a denúncia de Fernando Hugo é "preconceituosa,
exagerada e homofóbica".
Em 2007 a revista Farol, editada pela prefeitura, trouxe fotos eróticas e iria ser distribuída nas escolas municipais.
"Denunciamos isso e a revista foi recolhida, não circulando aquele número nas escolas e repartições", relembrou Fernando
Hugo. O deputado citou ainda a cartilha As descobertas de Alice e Ana Cláudia, que foi distribuída nas escolas como indutoras
da "liberdade sexual".
No ano passado, a 15.ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo também gerou polêmica ao usar imagens cristãs em uma campanha pelo uso de Preservativos.
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