Em Pierre Bourdieu, a
violência simbólica é o meio de exercício do poder simbólico. Uma crítica a
esse conceito parte do pensamento do filósofo alemão Jürgen Habermas e diz
respeito à violência equivaler sempre a agressão física, portanto exterior ao
simbólico. Contudo, essa crítica, além de restringir a violência apenas a
dimensão física factual, ignora a possibilidade de as crenças dominantes
imporem valores, hábitos e comportamentos sem recorrer necessariamente à
agressão física entre outras, criando situações onde o indivíduo que sofre a
violência simbólica sinta-se inferiorizado como acontece, por exemplo, nas
questões de bullying (humilhação constante), raça e gênero e fobias entre
outras patologias e marginalizações.
Este conceito de
violência permite assim partindo do cientista e filosofo Pierre Bourdieu sociólogo
Frances e permissivo então melhora as profundas motivações que se encontram na
origem de atitudes e comportamentos de submissão...
Ao conferir ao capital cultural possuído por determinado
agente um reconhecimento institucional, o certificado escolar permite, além
disso, a comparação entre os diplomados e, até mesmo, sua “permuta”
(substituindo-os uns pelos outros na sucessão). (BOURDIEU, 2002, p. 78).
Nas relações sociais em que o vínculo é de
domínio/submissão, os dominados, inconsciente e involuntariamente, assimilam os
valores e a visão do mundo dos dominantes e desse modo tornam-se cúmplices da
ordem estabelecida sem perceberem que são as primeiras e principais vítimas
dessa mesma ordem. Não são violentados nem por palavras nem por atos,
aparentemente não há coação nem constrangimento, mas a violência continua lá
sob forma sutil e escondida, sob forma de violência simbólica: o modo de ver, a
maneira de valorar, as concepções de fundo são as dos dominantes, mas os
dominados ignoram totalmente esse processo de aquisição e partem ingenuamente
do princípio que essas idéias e esses valores são os seus.
A questão da violência deve ser analisada a
fundo, seja para compreendê-la no plano teórico e ou plano pratico, seja para
conhecer como ela acontece e se
evidencia na prática. É comum, quando se fala em violência, que se tenha em
mente a violência da criminalidade. É preciso, porém, atinar no fato de que, da
mesma forma que podemos sofrer a violência, podemos também ser agentes ou
causadores dela. Melhor falar em violências num sentido mais amplo do fazer e
conceituar.
Partilhamos então alguns Tipos de violência que
permeiam a nossa vida cotidiana: a estrutural, a física e a simbólica. Cada tipo de violência
exige um tipo de abordagem, assim como diferentes encaminhamentos e critérios
para sua superação. É importante determinar como a violência torna-se concreta
em varias instancias e segmetnos e principalmente junto aos povos etnias e
grupos tidos como “minorias”...
Após essa introdução que achei necessária voltemos a questão
que e a formulação partida pelo livro ora proposto e o questionamento por ele
feito que fora no meu entender partindo após o texto ora citado acontecido em Macaé
no rio de janeiro e suas nuances e suas divagações.
Partimos da questão no tocante ao seguinte como desde
cedo nos tivemos a oportunidade de vivenciar a dúbio vida de Fé no sincretismo
onde na semana estávamos no terreiro e no domingo normalmente cumprindo tabela estávamos
na missão e assim foi desde nossa formação de criança até a vida adolescente
quando entendemos melhor o que vivíamos em suas questões... outro ponto ficou claro
na escola que cultura africana se resumia a datas impostas nos planos pedagógicos
e ou mera carnavalizações de nossas vivências princesa como heroína e “abolição”
como fato histórico e distante da realidade que ora nossos antepassados tinham
vivido... depois de muito questionar descobrimos que tudo não passava de falácias
de uma subvenção ate hoje convencionada por muito e que a luta tinha sido
realmente de muitas mãos e de muito sangue principalmente e enfaticamente
negros e negras que ora resilientes lutaram por sua liberdade em varias questões,
revoltas e ações por menores que fossem sejam na resistência de um simples
culto no terreiro, seja na língua, nas vestes, nos sabores e saberes, cores e
valores pertencimentos de uma existência que nem fogo nem ferro nem muita
chibata e todo o tipo de dilaceração não foram capazes de mutilar e extirpar
... sendo assim percebemos que as ditas “regalias”, benesses de hoje exemplo
este nosso próprio momento formativo e como não cotas e outras afirmações
publicas e reparadoras não são nada mais que fruto ainda de luta perene mais
afirmativa corroborada a muitos séculos no espinhaço de muitos e muitas que dão
cotidianamente sua cara seja preta, parda e ou branca entre outras a bater por esse que hoje muitos
continuam a violência falando em benesses nos chamamos de reparações
afirmativas fruto uso de espolio, esmagamento e marginalização ate hoje, apesar
de muitas vitorias porem o abismo e abiçal ainda...
Evidenciamos ainda a luta política afirmativa e
permanente que temos que garantir para as diversas etnias e como não a negra, indígena,
cigana entre outras cidadãs e cidadãos brasileiras e brasileiros que vivem margeados de nossas
ações e direitos afirmativos. E triste ainda relegar que precisamos de uma lei
para fazer valer nossos direitos e como não ainda regulares e potencializar esta
nos vários espaços como os entes e entidades sejam publicas e ou privadas para
a luta que travamos cotidianamente.
Fortalecidos com ações diversas mais ainda longe da real
necessidade reparadora inevitável “diante de fatos não há argumentos”, e só
perceber em dados oficias e também em cargos ditos públicos e como não em nosso
pseudo parlamento quantos são os negros, os índios, as mulheres, os homo- afetivos
entre outros caracterizando assim a distancia ora evidenciada de nossas
fronteiras sociais...
E so perceber os muitos
planos pedagógicos que ainda caducam de melhoras e reformulações para que estes
evidenciem melhor as nossas raízes e nossas ancestralidade sejam indígenas e
africanas, ciganas, judias, árabes entre outras.
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