Dia de Oxalá – 15 de Janeiro um dia de dedicação - mais a ultima sexta feira do ano merece nosso respeito a Baba nosso Pai....
Filhos de Oxalufã
Teimosos, calmos e dignos, os filhos do Oxalá velho não mudam seus planos e aceitam as consequências. Frágeis, irritam os outros com sua prepotência. Não sabem perdoar, se fizeram para eles, haverá retorno. Pão duros, podem ficar afastados dos instintos carnais. Friorentos e líderes, podem ter defeito de nascença no corpo. Possuem auto controle, são observadores e odeiam barulho, sujeira e desordem.
Epa Ô Babá! |
Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. Apresenta-se de duas maneiras: moço – chamado Oxaguiam, e velho – chamado Oxalufam.
O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô.
A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira.
Sua saudação é ÈPA BÀBÁ ! Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano.
Simboliza a paz é o pai maior nas nossas nações na Religião Africana. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações. A Oxalá pertence os olhos que vêem tudo.
ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE OXALÁ
As pessoas de Oxalá são calmas ...., responsáveis, reservadas e de muita confiança. Seus ideais são levados até o fim, mesmo, mesmo que todas as pessoas sejam contrárias a suas opiniões e projetos. Gostam de dominar e liderar as pessoas. São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho. Respeitam a todos mas exigem ser respeitados.
OXALÁ – LENDA
Olodumaré entregou a Oxalá o saco da criação para que ele criasse o mundo. Porém essa missão não lhe dava o direito de deixar de cumprir algumas obrigações para outros Orixás e Exu, aos quais ele deveria fazer alguns sacrifícios e oferendas.
Oxalá pôs a caminho apoiado em um grande cajado, o Paxorô. No momento em que deveria ultrapassar a porta do além, encontrou-se com Exu que, descontente porque Oxalá se negara a fazer suas oferendas, resolveu vingar-se provocando em Oxalá uma sede intensa. Oxalá não teve outro recurso senão o de furar a casca de um tronco de um dendezeiro para saciar a sua sede.
Era o vinho de palma o qual Oxalá bebeu intensamente, ficou bêbado, não sabia onde estava e caiu adormecido. Apareceu então Olófin Odùduà que vendo o grande Orixá adormecido roubou-lhe o saco da criação e em seguida foi a procura de Olodumaré, para mostrar o que teria achado e contar em que estado Oxalá se encontrava.
Olodumaré disse então que “se ele esta neste estado vá você a Odùduà, vá você criar o mundo”. Odùduà foi então em busca da criação e encontrou um universo de água, e aí deixou cair do saco o que estava dentro, era terra. Formou-se então um montinho que ultrapassou a superfície das águas.
Então ele colocou a galinha cujos pés tinham cinco garras. Ela começou a arranhar e a espalhar a terra sobre a superfície da água, onde ciscava cobria a água, e a terra foi alargando cada vez mais, o que em Ioruba se diz IlE`nfê expressão que deu origem ao nome da cidade Ilê Ifê.
Odùduà ali se estabeleceu, seguido pelos outros Orixás e tornou-se assim rei da terra.
Quando Oxalá acordou, não encontrou mais o saco da criação. Despeitado, procurou Olodumaré, que por sua vez proibiu, como castigo a Oxalá e toda sua família, de beber vinho de palma e de usar azeite de dendê. Mas como consolo lhe deu a tarefa de modelar no barro o corpo dos seres humanos nos quais ele, Olodumaré insuflaria a vida.
OXALÁ
Um dia Oxalufam, que vivia com seu filho Oxaguiam, velho e curvado por sua idade avançada, resolveu viajar a Oyó em visita a Xangô, seu outro filho. Foi consultar um babalaô para saber acerca da viagem. O adivinho recomendou-lhe não seguir viagem. Ela seria desastrosa e acabaria mal.
Mesmo assim, Oxalufam, por teimosia, resolveu não renunciar à sua decisão. O adivinho aconselhou-o então a levar consigo três panos brancos, limo-da-costa e sabão-da-costa, assim como a aceitar e fazer tudo que lhe pedissem no caminho e não reclamar de nada, acontecesse o que acontecesse. Seria uma forma de não perder a vida.
Em sua caminhada, Oxalufam encontrou Exú três vezes. Três vezes Exú solicitou ajuda ao velho rei para carregar seu fardo, que acabava derrubando em cima de Oxalufam. Três vezes Oxalufam ajudou Exú, carregando seus fardos imundos. E por três vezes Exú fez Oxalufam sujar-se de azeite de dendê, de carvão, de caroço de dendê.
Três vezes Oxalufam ajudou Exú. Três vezes suportou calado as armadilhas de Exú. Três vezes foi Oxalufam ao rio mais próximo lavar-se e trocar suas vestes. Finalmente chegou a Oyó. Na entrada da cidade viu um cavalo perdido, que ele reconheceu como o cavalo que havia presenteado a Xangô.
Tentou amansar o animal para amarrá-lo e devolvê-lo ao filho. Mas neste momento chegaram alguns súditos do rei à procura do animal perdido. Viram Oxalufam com o cavalo e pensaram tratar-se do ladrão do animal. Maltrataram e prenderam Oxalufam. Ele, sempre calado, deixou-se levar prisioneiro.
Mas, por estar um inocente no cárcere, em terras do Senhor da Justiça, Oyó viveu por longos sete anos a mais profunda seca. As mulheres tornaram-se estéreis e muitas doenças assolaram o reino. Xangô desesperado, procurou um babalaô que consultou Ifá, descobrindo que um velho sofria injustamente como prisioneiro, pagando por um crime que não cometera.
Xangô correu para a prisão. Para seu espanto, o velho prisioneiro era Oxalufam. Xangô ordenou que trouxessem água do rio para lavar o rei. O rei de Oyó mandou seus súditos vestirem-se de branco. E que todos permanecessem em silêncio. Pois era preciso, respeitosamente, pedir perdão a Oxalufam. Xangô vestiu-se também de branco e nas suas costas carregou o velho rei. E o levou para as festas em sua homenagem e todo o povo saudava Oxalá e todo o povo saudava Xangô. Depois Oxalufam voltou para casa e Oxaguiam ofereceu um grande banquete em celebração pelo retorno do pai.
Orixás e Elementos da Natureza
Orixás e Elementos da Natureza Orixás são Elementos da Natureza, cada Orixá representa uma Força da Natureza.
Quando cultuamos os Orixás, cultuamos também as Forças Elementares oriundas da Água, da Terra, do Ar, do Fogo, etc.
Essa forças em equilíbrio produzem uma enorme energia (Axé), que nos auxilia em nosso dia a dia, ajudando para que nosso destino se torne cada vez mais favorável.
Essa forças em equilíbrio produzem uma enorme energia (Axé), que nos auxilia em nosso dia a dia, ajudando para que nosso destino se torne cada vez mais favorável.
Sendo assim, quando dizemos que adoramos deuses, nós nos referimos a estarmos adorando as forças da natureza, forças essas pertencentes á criação do grande Pai.
Pai esse conhecido por nós como “Olorum” (Deus Supremo).
A grande maioria das nações africanas, anterior á Era Cristã, conheciam a existência de Olorum como grande Criador, o Ser Fundamental.
A grande maioria das nações africanas, anterior á Era Cristã, conheciam a existência de Olorum como grande Criador, o Ser Fundamental.
Olorum “é o Todo”. E o todo, é a natureza e seus integrantes, (animais, vegetais, homens, planetas, etc.).
O panteão dos Orixás nada mais é que a junção das Energias de todo os Elementos da Natureza, e cada Elemento da Natureza é representado por um Orixá…
Aprendemos a sentir e manipular essas energias individualmente através de cada Orixá, os filhos nascidos sobre a influência do Orixá detém mais energia do seu Orixá influente que os filhos de outros orixás.
Exemplo: os filhos de Ossanha possuem mais energia voltada para as curas e plantas do que os filhos de Oxum, que possuem por sua vez, mais energia voltada a sentimentos, á magia etc.
Em nossa Religião, é fundamental a integração com a Mãe Natureza, pois quanto maior o contato com a Natureza, maior será seu desenvolvimento, sua energia, seu ashé e, portanto, maior será o cordão (elo) de ligação com seu Orixá aproximando mais de Olorum (Deus Criador/Construtor de todo o universo).
Energia = Natureza; Natureza = Orixá; Orixá = Poder.
BARÁ
Orixa Bará Léba foi o primeiro Orixá a chegar na terra, por isso o cruzeiro é dele.
Quando ele chegou e pisou na terra, partiu o cruzeiro em 4 partes, e junto com ele veio a mentira, porque ele foi na parte de cima do cruzeiro e se identificou como Exu Lodê, saindo dali foi na cabeceira do mato e se identificou como Exu Adague, rodeou e foi mato a dentro, identificando-se como Exu Lanã, saindo dali, foi-se à beira da praia e identificou-se como Exu Agelú.
Quando ele chegou e pisou na terra, partiu o cruzeiro em 4 partes, e junto com ele veio a mentira, porque ele foi na parte de cima do cruzeiro e se identificou como Exu Lodê, saindo dali foi na cabeceira do mato e se identificou como Exu Adague, rodeou e foi mato a dentro, identificando-se como Exu Lanã, saindo dali, foi-se à beira da praia e identificou-se como Exu Agelú.
Chegando-se a conclusão de que todos s nossos Barás são um só, só que Leba é o nosso Orixalá, aí vem a controvérsia que em alguns lados ele chega e outros não.
E eu, Pai Didi, acredito que pode se ter o Inxé (força) dele a partir de uma rua, não tendo como ele se manifestar em um humano. Pelo que aprendi sobre o Leba o Oromilá, tem um Orixalá que não chega, não se apossa do ser humano, Seu dia da semana é segunda feira, e sua saudação é alupõ.
E eu, Pai Didi, acredito que pode se ter o Inxé (força) dele a partir de uma rua, não tendo como ele se manifestar em um humano. Pelo que aprendi sobre o Leba o Oromilá, tem um Orixalá que não chega, não se apossa do ser humano, Seu dia da semana é segunda feira, e sua saudação é alupõ.
Lenda: Exu como é chamado Bará, uma vez chateado por não ter recebido sua oferta semanal na segunda feira que é o seu dia, resolveu vingar-se.Vestiu um chapéu pontudo com um lado vermelho e outro branco. Passou pelas pessoas que deveriam ter-lhe dado a oferenda, dois grandes e bons amigos, e amigavelmente cumprimentou-os.
- Boa noite, como vão amigos?
- Vamos bem, gentil cavalheiro, boa noite para o senhor também?
E com um ligeiro abano de mãos se afastou. Um dos amigos falou para o outro.
-Quem será este cavalheiro tão educado com o chapéu vermelho que passou por nós?
Respondeu o amigo:
-Realmente é muito educado, mas o seu chapéu era branco!
-Que branco nada, era vermelho, está me chamando de cego?
-Qual nada, era branco, você é que está me chamando de mentiroso!
- Vamos bem, gentil cavalheiro, boa noite para o senhor também?
E com um ligeiro abano de mãos se afastou. Um dos amigos falou para o outro.
-Quem será este cavalheiro tão educado com o chapéu vermelho que passou por nós?
Respondeu o amigo:
-Realmente é muito educado, mas o seu chapéu era branco!
-Que branco nada, era vermelho, está me chamando de cego?
-Qual nada, era branco, você é que está me chamando de mentiroso!
E imediatamente após dizer isso, partiu para agressão ao amigo que se defendeu usando uma faca, no qual foi rechaçado pelo oponente que também possuía uma outra arma de corte, resultando em feridas feias e morte aos dois. Exu que de perto assistia a tudo, sorria e partiu. Estava vingado.
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