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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Volume 8, número 12, dezembro de 2011 – Dossiê História Atlântica e da Diáspora Africana...


Volume 8, número 12, dezembro de 2011 – Dossiê História Atlântica e da Diáspora Africana


Um dossiê sobre Histórias Atlânticas e da Diáspora Africana é algo relativamente novo, pois enquadra uma grande quantidade de temas sobre a movimentação no Atlântico, sobretudo aquela da Diáspora Negra. O Antropólogo inglês Paul Gilroy publicou em 1993 o livro Atlântico Negro, que enfocava um Atlântico em movimento, um Atlântico vivo, um Atlântico do tráfico de escravos, um difusor de gente, ideias, músicas e elementos culturais. Ainda nos anos de 1960 e 1970 um agrupamento muito específico de pesquisadores dos estudos afro começou a utilizar o termo Midlle Passage, a passagem do meio, para referirem-se ao oceano Atlântico, espaço que separa, mas ao mesmo tempo interliga os continentes, países, ideias e informações através de seus portos.
O oceano Atlântico, portanto, possibilitou a existência da diáspora africana e através dele os cativos africanos incorporaram aspectos culturais, sociais, econômicos e políticos da vida no Brasil, nas Américas e no Mundo. Estes africanos no “Novo Mundo”, trabalhando no eito ou no espaço doméstico, sendo negro de ganho ou negro de fazenda, imprimiram marcas na cultura afro-americana, na agricultura, na culinária, nas práticas religiosas, língua, música, artes, etc. É a partir da necessidade de melhor compreender essas conexões nos dois lados do atlântico, que a Revista Outros Tempos lança o presente dossiê.
Na seção específica, podemos encontrar o trabalho de Rafael Chambouleyron MUITA TERRA… SEM COMÉRCIO: O Estado do Maranhão e as rotas atlânticas nos séculos XVII e XVIII; sobre o comércio para o Grão-Pará e Maranhão através do Atlântico, ligando o Estado a outras localidades do Império. Reinaldo Barroso Junior com o título ARROZ DE VENEZA E OS TRABALHADORES DE GUINÈ: A lavoura de exportação do Estado do Maranhão e Piauí (1770-1800) analisa a produção de arroz no Maranhão e a utilização dos trabalhadores africanos de Guiné, descritos como qualificados para o cultivo deste produto. Em seguida, o trabalho de Tatiana Raquel Reis Silva sobre o COMÉRCIO (TRANS) ATLÂNTICO das rabidantes cabo-verdianas, que discorre sobre a intensa movimentação econômica entre Brasil e Cabo Verde e O COMÉRCIO ILEGAL DE AFRICANOS NO SUL-FLUMINENSE: Os Souza Breves e suas fazendas, no qual o historiador Thiago Campos Pessoa analisa a relação entre o tráfico ilegal de escravos e a produção de riquezas da família dos Sousa Breves.
Destacamos, também, o artigo de Luiza Nascimento dos Reis O “CASO DOS SOUZA CASTRO”: Itinerários de dois pesquisadores do Centro de Estudos Afro-Orientais na Nigéria (1962-1963), sobre a trajetória de pesquisa do casal “Sousa Castro” na Nigéria. O trabalho de Fábio Pereira de Carvalho é uma análise da obra de Eugene Genovese relacionando-a ao mundo e a resistência escrava - E TOMARÃO LUGAR À MESA DO REINO DE DEUS: Eugene D. Genovese e o evangelho nas senzalas. Clara Farias nos apresenta A IRMANDADE DE NOSSA SENHORA DOS HOMENS PRETOS DO RECIFE E O GOVERNO DAS NAÇÕES E CORPORAÇÕES: uma análise das apropriações do cargo de governador dos pretos. O dossiê conta ainda com o trabalho de Fred Maciel e Marcos Sorrilha Pinheiro, sobre o Blues como uma manifestação cultural que consolidou a cultura afro-americana, intitulado BLUES: manifestação e inserção sociocultural do negro no início do século XX e, por fim, com a tradução do texto OS DOMÍNIOS DO PRAZER: a mulher escrava como mercadoria sexual, escrito por Hilary  McD Beckles no ano de 2000, e traduzido por Elaine Pereira Rocha.
Antes, no espaço reservado aos artigos livres apresentamos pesquisas sobre o Brasil oitocentista, centradas nas províncias do Maranhão e Rio Grande do Sul, e sobre o Estado do Pará no início do século XX. Marcelo Cheche Galves analisa as COMEMORAÇÕES VINTISTAS NO MARANHÃO (1821-1823). O trabalho de Wheriston Silva Neris trata A PRODUÇÃO DO CORPO SACERDOTAL NO BISPADO DO MARANHÃO (XIX): formação seminarística e introdução de novos modelos disciplinares, referente a formação nos Seminários de Nossa Senhora das Mercês e Santo Antonio. Ainda no XIX, Sandor Fernando Bringmann nos apresenta o artigo “DOS ÚTEIS EFFEITOS DA SOCIABILIDADE E DAS VANTAGENS DA CIVILISAÇÃO”: a questão indígena e sua representatividade nos gabinetes provinciais do Rio Grande do Sul (1846-1870), que estuda as imagens criadas sobre os índios do grupo Kaingang, habitantes das regiões norte e nordeste do Rio Grande do Sul. A seção de artigos livres termina com o artigo de Fabrício Herbeth Teixeira da Silva A DISCIPLINA E SUAS NORMAS: a higienização da carne, a atuação dos açougueiros e marchantes em Belém na virada do XX.
Também faz parte do presente volume, os documentos referentes à Vila de Santo Antônio de Alcântara (Maranhão) do final do século XVII, apresentados por Daniel Rincon Caires e a resenha do livro “A hidra de muitas cabeças: marinheiros, escravos, plebeus e a história oculta do Atlântico Revolucionário”, de Sabrina Fernandes Melo.
Boa Leitura!!
ARTIGOS

DOSSIÊ HISTÓRIA ATLÂNTICA E DA DIÁSPORA AFRICANA
OS DOMÍNIOS DO PRAZER: A mulher escrava como mercadoria sexual. Hilary McD Beckles. Tradução Elaine Pereira Rocha.

RESENHA

ORGANIZADORES
Tatiana Raquel Reis Silva
Nielson Rosa Bezerra

PARECERISTAS
Alan Kardec Gomes Pachêco Filho (UEMA)
Andrea Pessanha (UFF-UNIABEU)
André Roberto de Arruda Machado (UNIFESP)
Agostinho Júnior Holanda Coe (UFPI – Picos)
Cláudia Cristina Azeredo Atallah (USS)
Claudio de Paulo Honorato (UFF)
Claudio Furtado (UNICV)
Carlos Benedito Rodrigues da Silva (UFMA)
Denise Demetrio (UFF)
Fernanda Thomas (UERJ)
Gabriel Aladren (UFRJ)
Helidacy Maria Muniz Corrêa (UEMA)
Joana Bahia (UERJ)
Lígio Maia (UFRN)
Márcia Milena Galdez Ferreira (UEMA)
Orlando Santos (UFBA)
Paulo Henrique Silva Pacheco (UERJ-FEUDUC)
Protásio Paulo Langer (UFGD)
Reinaldo dos Santos Barroso Junior (UEMA/Darcy Ribeiro)
Valdinéa Sacramento (UFBA)
Valtéria Alvarenga (UESPI)
Viviane de Oliveira Barbosa (UFMA)
Yuri Costa (UEMA)

REVISÃO
Abílio Ângelo da Costa Neto

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