O
CULTO VODUA
palavra vodu está associada com a cultura oriunda do Haiti e
de outras ilhas. Entretanto, este culto possui uma enorme quantidade
de iniciados nos Estados Unidos, desde os tempos da escravidão
negra em Nova Orleans.
O vodu chegou à América do Norte, vindo do antigo Dahomé para as Antilhas, há mais ou menos duzentos anos. Sua difusão ocorreu de forma rápida, espalhando seus bonecos e alfinetes, seus medos e assombrações. Foi por este motivo que as autoridades norte-americanas proibiram a importação de escravos das Antilhas, alegando que poriam em perigo a vida das pessoas nas cidades norte-americanas.
Apesar disso, a seita vodu alastrou-se pelos Estados Unidos mesmo com a proibição feita aos escravos de se reunirem para praticar a sua religião. Ocultos nas matas, os negros do antigo Dahomé faziam seus toques festivos aos loas e as suas representações. Porém, com o passar do tempo, as proibições foram ficando cada vez mais brandas e eles foram organizando o culto. A cidade escolhida foi Nova Orleans onde há a Casa do Vodu Maior, fundada por volta de 1803.
Toda a cerimônia vodu possui um rei e uma rainha, uma mãe e um pai, sendo que à rainha cabe o poder maior; mostrando, desta forma, que o vodu é um culto matriarcal. Para fazer o vodu, acendem-se fogueiras e um toque de tambor anima a cerimônia. No momento do êxtase dos participantes, a mãe tira uma cobra de um cesto e faz com que o animal lamba sua face. Esta cobra é Dambalá, a serpente sagrada do Dahomé; ou grande vodu, que dá aos seus filhos o poder de ver além da realidade, de se transformar em um bicho ou uma planta, além de todos os poderes mágicos que um voduno, que é sacerdote do culto possui.
Segundo um dos mitos vodu, os primeiros homens nasceram cegos e foi a serpente Dambalá quem deu a visão à raça humana.
Para este Deus e outros do mundo mágico dos vodus oferecem-se caldeirões com água fervendo onde são colocadas várias coisas e sempre uma enorme cobra. Com olhos arregalados, observando tudo, os vodunos gritam: "Ele está chegando, o grande Zumbi vem aí. Ele vem fazer os gris-gris (que são os despachos vodu)".
Os iniciados, vestidos apenas com tangas vermelhas, saltam no meio do terreiro, carregando na mão um objeto que colocam aos pés da sacerdotisa e dançam mais alucinados. Rodam em volta da fogueira até caírem exaustos. Nisso os outros fiéis começam a dançar, bebem do caldeirão e tomam canecas cheias de tafiá, que é uma porção com infusão de várias ervas e também aguardente. A partir desse momento, todos entram em transe.
Conforme as crenças vodu, o homem ao abandonar a Terra, vai para uma região povoada de loas. Os loas podem ser classificados de diversas formas: pelo nome dos espíritos, pelo elemento da natureza que lhes serve de domínio, pelo culto que lhes é dedicado ou por sua origem africana ou haitiana.
De acordo com os seus domínios, há loas do ar, da água, do fogo e da terra. Sendo que enquanto os do ar e da água são mais benéficos, os do fogo estão ligados à bruxaria e os da terra, à morte. Por outro lado, quanto aos cultos, há três cultos principais: rada, congo e petro.
Como já foi explicado anteriormente, no culto vodu a pessoa pode ser transformada num animal ou planta. As pessoas devem ser desprendidas dos bens materiais. Estes são dois mandamentos do credo vodu. O vodu é uma religião existencial completa, segundo os etnólogos. Já é tempo de caírem os tabus e superstições em torno deste culto. O vodu é constituído de heranças africanas do Dahomé (hoje, atual República do Benin) e misturadas as influências católicas, tendo sofrido transformações em contato com os nativos do Haiti. No vodu, o Deus se encontra no sétimo céu. Olha de lá a sua criação, que é o nosso mundo e os loas é que dão assistência aos seres humanos mediante as trocas e oferendas.
Este site encontra-se em constante atualização.
Próximo Capítulo: Feitiços, Ebós, Mandingas, Magias, Oferendas, Patuás, Despachos e Trabalhos: O que são??? Para que servem??? Aguardem!!!
O vodu chegou à América do Norte, vindo do antigo Dahomé para as Antilhas, há mais ou menos duzentos anos. Sua difusão ocorreu de forma rápida, espalhando seus bonecos e alfinetes, seus medos e assombrações. Foi por este motivo que as autoridades norte-americanas proibiram a importação de escravos das Antilhas, alegando que poriam em perigo a vida das pessoas nas cidades norte-americanas.
Apesar disso, a seita vodu alastrou-se pelos Estados Unidos mesmo com a proibição feita aos escravos de se reunirem para praticar a sua religião. Ocultos nas matas, os negros do antigo Dahomé faziam seus toques festivos aos loas e as suas representações. Porém, com o passar do tempo, as proibições foram ficando cada vez mais brandas e eles foram organizando o culto. A cidade escolhida foi Nova Orleans onde há a Casa do Vodu Maior, fundada por volta de 1803.
Toda a cerimônia vodu possui um rei e uma rainha, uma mãe e um pai, sendo que à rainha cabe o poder maior; mostrando, desta forma, que o vodu é um culto matriarcal. Para fazer o vodu, acendem-se fogueiras e um toque de tambor anima a cerimônia. No momento do êxtase dos participantes, a mãe tira uma cobra de um cesto e faz com que o animal lamba sua face. Esta cobra é Dambalá, a serpente sagrada do Dahomé; ou grande vodu, que dá aos seus filhos o poder de ver além da realidade, de se transformar em um bicho ou uma planta, além de todos os poderes mágicos que um voduno, que é sacerdote do culto possui.
Segundo um dos mitos vodu, os primeiros homens nasceram cegos e foi a serpente Dambalá quem deu a visão à raça humana.
Para este Deus e outros do mundo mágico dos vodus oferecem-se caldeirões com água fervendo onde são colocadas várias coisas e sempre uma enorme cobra. Com olhos arregalados, observando tudo, os vodunos gritam: "Ele está chegando, o grande Zumbi vem aí. Ele vem fazer os gris-gris (que são os despachos vodu)".
Os iniciados, vestidos apenas com tangas vermelhas, saltam no meio do terreiro, carregando na mão um objeto que colocam aos pés da sacerdotisa e dançam mais alucinados. Rodam em volta da fogueira até caírem exaustos. Nisso os outros fiéis começam a dançar, bebem do caldeirão e tomam canecas cheias de tafiá, que é uma porção com infusão de várias ervas e também aguardente. A partir desse momento, todos entram em transe.
Conforme as crenças vodu, o homem ao abandonar a Terra, vai para uma região povoada de loas. Os loas podem ser classificados de diversas formas: pelo nome dos espíritos, pelo elemento da natureza que lhes serve de domínio, pelo culto que lhes é dedicado ou por sua origem africana ou haitiana.
De acordo com os seus domínios, há loas do ar, da água, do fogo e da terra. Sendo que enquanto os do ar e da água são mais benéficos, os do fogo estão ligados à bruxaria e os da terra, à morte. Por outro lado, quanto aos cultos, há três cultos principais: rada, congo e petro.
Como já foi explicado anteriormente, no culto vodu a pessoa pode ser transformada num animal ou planta. As pessoas devem ser desprendidas dos bens materiais. Estes são dois mandamentos do credo vodu. O vodu é uma religião existencial completa, segundo os etnólogos. Já é tempo de caírem os tabus e superstições em torno deste culto. O vodu é constituído de heranças africanas do Dahomé (hoje, atual República do Benin) e misturadas as influências católicas, tendo sofrido transformações em contato com os nativos do Haiti. No vodu, o Deus se encontra no sétimo céu. Olha de lá a sua criação, que é o nosso mundo e os loas é que dão assistência aos seres humanos mediante as trocas e oferendas.
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