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sábado, 19 de fevereiro de 2011

oya e seus arquetipos

Epa Hei ,Iya Mesan Orun!(Salve a Mãe dos Nove Espaços do Orun)
Significa : Senhora da Tarde
Elemento: Fogo

Conhecida no Brasil como Yansã, cujo nome advém de algumas formas prováveis: Oyamésàn - nove Oyàs; usado como um dos nomes de Oyà
Ìyá omo mésàn, mãe de nove crianças, Iansã , que da lenda da criação da roupa de Egúngún por Oyà.

Ìyámésàn "a mãe (transformada em) nove", que vem da história de Ifá, da sua relação com Ogun.
Está associada ao ar, ao vento, a tempestade, ao relâmpago/raio (ar+movimento e fogo) e aos ancestrais (eguns). Na Nigéria ela é a deusa do rio Niger. Principal esposa de Xangô, impetuosa, guerreira e de forte personalidade, também rainha dos espíritos dos mortos, sendo reverenciada no culto dos eguns. Em yorubá, chama-se Odò Oyà. Senhora da etnia Modumbi. ,mulher de Xangô . Orixá que domina os furacões e ciclones . Iansã é o Orixá do fogo, do calor ; guerreira e regente das paixões.Iansã é a paixão,o desejo incontido,é o sentimento mais forte que a razão.Oya é o raio. É o seu poder. É a eletricidade.É a energia viva, pulsante e brilhante.


Suas contas são vermelhas ou tijolo, o coral por excelência, o monjoló (uma espécie de conta africana, oriunda de lava vulcânica). Seus símbolos são: os chifres de búfalo, um alfanje, adaga, eruesin [eruexin] (confeccionado com pelos de rabo de cavalo, encravados em um cabo de cobre, utilizado para "espantar os eguns").
Afefe, o vento, a tempestade, acompanha Oyà.

Seus adeptos não podem sequer encostar em carneiro e em volta dos pescoços usam contas de um certo tom de vermelho ( Marrom ).

Foi a única mulher de Sango que o acompanhou em sua fuga para a terra de Tapa, Oya tornou-se a divindade do Rio Níger. Os tornados e tempestades são as marcas de seu descontentamento.



Qualidades:
1) Oyà Biniká
2) Oyà Seno
3) Oyà Abomi
4) Oyà Gunán
5) Oyà Bagán
6) Oyà Onìrá
7) Oyà Kodun
8) Oyà Maganbelle
9) Oyà Yapopo
10) Oyà Onisoni
11) Oyà Bagbure
12) Oyà Tope
13) Oyà Filiaba
14) Oyà Semi
15) Oyà Sinsirá
16) Oyà Sire
17) Oyà Gbale ou Igbale (aquela que retorna à terra) se subdividem em:
a) Oyà Gbale Funán
b) Oyà Gbale Fure
c) Oyà Gbale Guere
d) Oyà Gbale Toningbe
e) Oyà Gbale Fakarebo
f) Oyà Gbale De
g) Oyà Gbale Min
h) Oyà Gbale Lario
i) Oyà Gbale Adagangbará

Essas Oyàs, estão ligadas ao culto dos mortos, quando dançam parecem expulsar as almas errantes com seus braços. Tem forte fundamento com Omulu , Ogun e Exú.

Arquétipo de seus Filhos:
Pessoas vaidosas,altruistas e inteligentes.Tagarelas,alegres,são as pessoas mais animadas ,pois fazem festa com tudo.Tem um forte dom para a magia e uma incrível capacidade de adaptação. Trabalhadeiras,dedicadas inteiramente àquilo que gostam. Comunicam-se facilmente e falam alto.Otimistas,despachadas e carinhosos e tem excelente disposição. Decisão rápida e alto poder de imaginação.Audaciosas e ciumentas.

Êpa Heyi!

LENDAS DE IANSÃ

1- O Casamento de Iansã e Ogun
Ogum foi um dia caçar na floresta.
Ele ficou na espreita e viu um búfalo vindo em sua direção.
Ogum avaliou logo à distância que os separava e preparou-se para matar o animal com a sua espada.
Mas viu o búfalo parar e, de repente, baixar a cabeça e despir-se de sua pele. Desta pele saiu uma linda mulher.
Era Iansã, vestida com elegância, coberta com panos, um turbante luxuoso amarrado à cabeça e ornada de colares e braceletes.
Iansã enrolou sua pele e seus chifres, fez uma trouxa e escondeu num formigueiro.
Partiu, em seguida, num passo leve, em direção ao mercado da cidade, sem desconfiar que Ogum tinha visto tudo.

Assim que Iansã partiu, Ogum apoderou-se da trouxa, foi papa casa, guardou-a no celeiro de milho e seguiu, também, para o mercado.
Lá, ele encontrou a bela mulher e cortejou-ª
Iansã era bela, muito bela, era a mais bela mulher do mundo.
Sua beleza era tal que se um homem a visse, logo a desejaria.
Ogum foi subjugado e pediu-a em casamento.
Iansã apenas sorriu e recusou sem apelo.
Ogum insistiu e disse-lhe que a esperaria.
Ele não duvidava de que ela aceitasse sua proposta.
Iansã voltou à floresta e não encontrou seu chifre nem sua pele.
Ah! Que contrariedade! Que teria se passado? Que fazer?
Iansã voltou ao mercado, já vazio, e viu Ogum que a esperava.
Ela perguntou-lhe o que ele havia feito daquilo que ela deixara no formigueiro.
Ogum fingiu inocência e declarou que nada tinha a ver, nem com o formigueiro nem com o que estava nele.
Iansã não se deixou enganar e disse-lhe:
Eu sei que escondeu minha pele e meu chifre.
Eu sei que você se negará a me revelar o esconderijo.
Ogum, vou me casar com você e viver em sua casa.
Mas, existem certas regras de conduta para comigo.
Estas regras devem ser respeitadas, também, pelas pessoas da sua casa.
Ninguém poderá me dizer: Você é um animal!
Ninguém poderá utilizar cascas de dendê para fazer fogo.
Ninguém poderá rolar um pilão pelo chão da casa
Ogum respondeu que havia compreendido e levou Iansã.
Chegando em casa, Ogum reuniu suas outras mulheres e explicou-lhes como deveriam comportar-se.
Ficara claro para todos que ninguém deveria discutir com Iansã, nem insultá-la.
A vida organizou-se.
Ogum saía para caçar ou cultivar o campo.
Iansã, em vão, procurava sua pele e seus chifres.
Ela deu à luz uma criança, depois uma segunda e uma terceira
Ela deu à luz a nove crianças.
Mas as mulheres viviam enciumadas da beleza de Iansã.
Cada vez mais enciumadas e hostis, elas decidiram desvendar o mistério da origem de Iansã.
Uma delas conseguiu embriagar Ogum com vinho de palma.
Ogum não pôde mais controlar suas palavras e revelou o segredo.
Contou que Iansã era, na realidade, um animal;
Que sua pele e seus chifres estavam escondidos no celeiro de milho.
Ogum recomendou-lhes ainda:
Sobretudo não procurem vê-los, pois isto a amedrontará.
Não lhes digam jamais que é um animal! Depois disso, logo que Ogum saía para o campo, as mulheres insultavam Iansã:
Você é um animal! Você é um animal!!
Elas cantavam enquanto faziam os trabalhos da casa:
Coma e beba, pode exibir-se, mas sua pele está no celeiro de milho!
Um dia, todas as mulheres saíram para o mercado.
Iansã aproveitou-se e correu para o celeiro.
Abriu a porta e, bem no fundo, sob grandes espigas de milho, encontrou sua pele e seus chifres.
Ela os vestiu novamente e se sacudiu com energia.
Cada parte do seu corpo retomou exatamente seu lugar dentro da pele.
Logo que as mulheres chegaram do mercado, ela saiu bufando.
Foi um tremendo massacre, pelo qual passaram todas.
Com grandes chifradas Iansã rasgou-lhes a barriga, pisou sobre os corpos e rodou-os no ar.
Iansã poupou seus filhos que a seguiam chorando e dizendo:
Nossa mãe, nossa mãe! É você mesma?
Nossa mãe, nossa mãe! Que você vai fazer?
Nossa mãe, nossa mãe! Que será de nós?
O búfalo os consolou, roçando seu corpo carinhosamente no deles e dizendo-lhes:
Eu vou voltar para a floresta; lá não é bom lugar para vocês.
Mas, vou lhes deixar uma lembrança.
Retirou seus chifres, entregou-lhes e continuou:
Quando qualquer perigo lhes ameaçar, quando vocês precisarem dos meus conselhos, esfreguem estes chifres um no outro. Em qualquer lugar que vocês estiverem, em qualquer lugar que eu estiver, escutarei suas queixas e virei socorre-los. Eis por que dois chifres de búfalo estão sempre no altar de Iansã.

2- Iansã e o Macaco Ijimerê



Há outra lenda para explicar o mito de Iyansã : "Em certa época, as mulheres eram relegadas a um segundo plano em suas relações com os homens. Então elas resolveram punir seus maridos, mas sem nenhum critério ou limite, abusando desta decisão, humilhando-os em demasia.

"Oyá era a líder das mulheres, e elas se reuniram na floresta. Oyá havia domado e treinado um macaco marrom chamado ijimeré (na Nigéria). Utilizara para isso um galho de atori (ixan) e o vestia com uma roupa feita com várias tiras de pano coloridas, de modo que ninguém via o macaco sob os panos.

"Seguindo um ritual, conforme Oyá brandia o ixan no solo o macaco pulava de uma árvore e aparecia de forma alucinante, movimentando-se como fora treinado a fazer. Deste modo, durante a noite, quando os homens por lá passavam, as mulheres (que estavam escondidas) faziam o macaco aparecer e eles fugiam totalmente apavorados.

"Cansados de tanta humilhação, os homens foram ver o babalawo para tentar descobrir o que estava acontecendo. Através do jogo de Ifá, e para punir as mulheres, o babalawo lhes conta a verdade. Ele os ensina como vencer as mulheres através de sacrifícios e astúcia.

"Ogun foi o encarregado da missão. Ele chegou ao local das aparições antes das mulheres. Vestiu-se com vários panos, ficando totalmente encoberto, e se escondeu. quando as mulheres chegaram, ele apareceu subitamente, correndo, berrando e brandindo sua espada pelos ares. Todas fugiram apavoradas, inclusive Oyá."

Desde então os homens dominaram as mulheres e as expulsaram para sempre do culto de Egun; hoje, eles são os únicos a invocá-lo e cultuá-lo. Mas, mesmo assim, eles rendem homenagem a Oyá, na qualidade de Igbalé, como criadora do culto de Egun.

Convém notar que, no culto, Egun nasce no bosque da floresta (igbo igbalé). No Brasil, no ilê awo, ele nasce no quarto de balé, onde são colocadas oferendas de comidas e realizadas cerimônias aos Eguns.Oyá é também cultuada como mãe e rainha de Egun, como Oyá Igbalé. E, como nos explica a lenda, Oyá, a floresta e o macaco estão intimamente ligados ao culto, inclusive em relação à voz do macaco como é o modo de o Egun falar.

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