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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Encontros Regionais de Teólogos e Teólogas da Religião de Matriz Africana, Afro-Umbandista e Indígena.

Planejamento 2013 da ATRAI

by Redação
Encontros Regionais de Teólogos e Teólogas da Religião de Matriz Africana, Afro-Umbandista e Indígena.
A Associação Nacional de Teólogos e Teólogas da Religião de Matriz Africana, Afro-Umbandista e Indígena (ATRAI) realizará cinco (05) encontros regionais (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste) em que reunirá adeptos/as e estudiosos/as “desde dentro” que refletem e produzem pesquisa e teorizam acerca da Teologia da Tradição de Matriz Africana, Afro-Umbandista e Indígena.
Nosso entendimento é o de que teologia não é uma teleologia judaica cristã, católica ou muito menos uma concessão por conta do dado da revelação, fenômeno exclusivo e tão somente do cristianismo; outro argumento de que se vale e sustenta a ATRAI entre tantos outros pressupostos, é o que nos assegura Gross (2008, p. 324-325) que diz:
Um problema básico e de grandes consequências é a apressada identificação entre teologia e teologia cristã (às vezes ainda católico-romana) corrente no nosso contexto. Esta identificação esquece que o termo teologia é anterior ao cristianismo. O termo aparecia em Platão, por exemplo, na República. Plantão chamava de teologia as narrativas míticas sobre os deuses contadas pelos poetas [...]. (grifos do autor).
Um artigo publicado na revista Filosofia Ciência & Vida, ano II, nº 14, intitulada “Libertar-se é preciso” escrita por Bianca Fraccalvieri em que cita vários filósofos africanos, afro-americanos e estudiosos do assunto, relata que “Crantor, primeiro crítico de Platão, narrava que os contemporâneos de Platão riam dele por ter copiada a sua República das instituições egípcias” (p. 58). Na esteira da escrita de Fraccalvieri, jornalista e mestra em filosofia, a mesma explicita que: “poder-se-ia também citar Aristóteles que, além de discípulo de Platão, estudou com Eudosso de Cnido, o qual, por sua vez, passou seis meses estudando Matemática e Astronomia com sacerdotes egípcios” (Idem).
A autora citada prossegue nas suas elucidações e nesta direção diz que:
As descobertas egípcias não se restringiam somente aos números ou aos astros, mas formularam hoje aquilo que se tornou uma conquista mais significativa da humanidade, ou seja, o método científico, chamado tep-heseb (o método correto e as regras para estudar a natureza). Esse mesmo método do tep-heseb no Egito faraônico se tornou logos na antiga Grécia, razão teorética, discursiva e experimental na Europa depois de Galileo Galilei e, com Descartes, a lógica das ideias claras e distintas. O Egito faraônico foi ainda o precursor de muitas ideias que os gregos desenvolveriam, como, por exemplo, a imortalidade da alma (idem).
Théophile Obenga citado por Fraccalvieri (p. 59) evidencia o que segue:
A possibilidade das relações intelectuais entre o Egito e a Grécia é um facto histórico [...]. São os próprios gregos que reivindicam para os egípcios a invenção da matemática, da astronomia, do direito, das instituições políticas, da medicina, da teologia, das artes plásticas, da sabedoria, da filosofia, dos jogos sociais. O entusiasmo dos Gregos para com o saber do Vale do Nilo transformou-se numa legenda: todos os sábios gregos que ainda não tinham ido até lá acreditavam na obrigação de passar algum tempo de estudo no país dos Faraós. Isso demonstra a força de atração que o Egito representava para os intelectuais gregos. [...] Antes dos seus contatos com os egípcios, os gregos não tinham praticamente contribuído em nada no antigo mundo Mediterrâneo. Trata-se de uma evidência histórica. [...] A Grécia deve ao Egito os seus primeiros filósofos. O pensamento egípcio exerceu uma certa influência sobre o pensamento grego da mesma forma que hoje as ciências e as tecnologias norte-americana dominam o mundo inteiro. Na antiguidade a supremacia do Egito não tinha  equivalente  na Grécia. Mas a escritura da história da humanidade segundo as temáticas indo-europeias exclusivas obnubilou voluntariamente os fatos que, no entanto, são tão evidentes. (grifo nosso).
Munanga (2009, p. 27) ao discorrer sobrea as justificativas da missão colonizadora na África, diz que “acrescentaram-se ao discurso legalizador da missão civilizadora outras tentativas, no sentido de reduzir o negro ontológica, epistemológica e teologicamente”.

Referência
FRANCCALVIERI, Bianca. Libertar-se é preciso. In: Filosofia ciência & vida, nº 14, ano 2007, p. 52-59.
GROSS, Eduardo. Considerações sobre a teologia entre os estudos da religião. In: TEIXAIRA, Faustino (Org.). A(s) ciência(s) da religião no Brasil: afirmação de uma área acadêmica. 2.ed. São Paulo: Paulinas, 2008, p.323-346.
MUNANGA, Kabengele. Negritude: usos e sentidos. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
Objetivo
A Associação Nacional de Teólogos e Teólogas da Religião de Matriz Africana, Afro-Umbandista e Indígena (ATRAI) justifica sua criação em face da imperativa e premente necessidade de evidenciamento do arcabouço teológico como um dos componentes êmico do complexo civilizatório negro-africano e afrodiaspórico no seu amalgamento axiológico teofilosófico que substancia a Tradição de Matriz Africana, Afro-Umbandista e Indígena; a ATRAI tem o compromisso com a produção de uma teologia afrocentrada com bases em categorias de análises e quadro de referências próprias e nessa perspectiva os encontros regionais que se realizarão no decorrer do ano de 2013, objetivam numa estratégia inicial:
- mobilizar adeptos/as, estudiosos/as e pesquisadores/as que direta e/ou indiretamente refletem e/ou produzem conhecimento sobre o assunto;
- evidenciar a proposta política e conceitualmente o ideário da ATRAI;
- formalizar coordenações regionais da ATRAI mediante composição representacional dos Estados presentes;
- etc.;
Planejamento dos Encontros Regionais da ATRAI
I Encontro da Região Sul de Teólogos e Teólogas da Tradição de Matriz Africana, Afro-Umbandista e Indígena
Data: 29, 30 e 31 de março de 2013
Cidade/Estado sede: Porto Alegre (RS)

II Encontro da Região Sudeste de Teólogos e Teólogas da Tradição de Matriz Africana, Afro-Umbandista e Indígena
Data: 24, 25 e 26 de maio de 2013
Cidade/Estado sede: São Paulo (SP)

III Encontro da Região Centro-Oeste de Teólogos e Teólogas da Tradição de Matriz Africana e Indígena
Data: 12, 13 e 14 de julho de 2013
Cidade/Estado sede: Brasília (DF)

IV Encontro da Região Nordeste de Teólogos e Teólogas da Tradição de Matriz Africana, Afro-Umbandista e Indígena
Data: 06,07 e 08 de setembro de 2013
Cidade/Estado sede: Salvador (Ba)

V Encontro da Região Norte de Teólogos e Teólogas da Tradição de Matriz Africana, Afro-Umbandista e Indígena.
Data: 01, 02 e 03 de novembro de 2013
Cidade/Estado sede: Belém do Pará (PA)

Ano de 2014
Congresso de Teólogos e Teólogas da Tradição de Matriz Africana, Afro-Umbandista e Indígena
Data: Outubro/2014
Cidade/Estado sede: Salvador (BA)

NGUZO, ÀSE, MOOYO, SARAVÁ

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