O FDA, agência regulatória de remédios e alimentos dos EUA, aprovou recentemente um medicamento que reúne quatro substâncias contra o vírus da aids num único comprimido. O Brasil se prepara também para fabricar e distribuir no Sistema Único de Saúde o primeiro antirretroviral “3 em 1” do País. Para médicos, esta nova tendência no tratamento deve ajudar na adesão. Já para pacientes, é preciso mais pesquisas sobre os efeitos colaterais provocados por esses medicamentos.
Dra. Marinella Della Negra atendeu os primeiros casos de aids no Brasil. Referência nacional do tratamento de crianças com HIV, a infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas de São Paulo aprova a criação de medicamentos compostos.
“As pílulas que combinam mais de uma substância em sua composição só melhoram a adesão dos pacientes ao tratamento”, afirmou.
Com o avanço científico na elaboração de medicamentos contra a aids, pacientes que já chegaram a tomar mais de 20 comprimidos por dia, hoje tomam menos de cinco.
O infectologista e pesquisador Esper Kallás, da Faculdade de Medicina da USP, acredita que esta será a nova tendência do tratamento contra a aids. “Cada vez mais os produtores estão buscando esta estratégia, pois é uma demanda que vem das próprias pessoas com HIV”, disse. “Esta medida sempre facilita a adesão”, acrescentou.
Esper ressalta a obrigatoriedade destes remédios cumprirem suas funções no organismo da pessoa infectada, que é impedir a multiplicação das partículas virais do HIV; e propõe uma variedade de combinações de substâncias nos comprimidos “4 em 1” ou “3 em 1”, já que os pacientes necessitam de tratamentos diferentes.
Para Beto Volpe e Beatriz Pacheco que estão em tratamento antirretroviral há vários anos, no entanto, esta nova tendência contra a aids merece cautela.
“Concordo que unir estas substâncias em um único medicamento ajuda na adesão, mas acredito que deve haver uma vigilância mais apurada, tanto por parte do governo como pelos laboratórios sobre aos efeitos colaterais produzidos por estes medicamentos”, disse Volpe, que é representante no estado de São Paulo da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+).
Beatriz Pacheco, uma das fundadoras do Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas, concordou que “é mais fácil tomar uma pílula que várias”. Porém, ela pede melhores avaliações sobre as interações desses remédios conforme a idade, peso e sexo dos pacientes, por exemplo.
“O movimento social deve cobrar dos laboratórios para que estudem os efeitos adversos dos medicamentos. Não podemos festejar algo que vai manter as pessoas vivas, mas em péssimas condições”, finalizou.
Primeiro “3 em 1” do Brasil
O primeiro medicamento “3 em 1” contra a aids fabricado no Brasil irá reunir os antirretrovirais Efavirenz, Tenofovir e Lamivudina.
Vários fatores foram decisivos na escolha destes medicamentos, informa Ronaldo Hallal, coordenador da área de Cuidado e Qualidade de Vida do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. “Primeiro, por serem todos produzidos no Brasil e poderem ser coformulados em uma dose só. Segundo, porque há tendência de utilizar esquemas de tratamento baseados no Efavirenz como terapia inicial e, finalmente, pelo fato de que o Tenofovir tem sido cada vez mais utilizado na primeira linha, por apresentar menos efeitos colaterais que o AZT”, explicou.
A Pasta informa que ainda não há uma previsão para que este comprimido comece a ser distribuído e nem de quantos pacientes serão beneficiados.
Nos EUA, o “4 em 1” reunirá a Elvitegravir, Cobicistat, Emtricitabina e Tenofovir.
Fonte: Agencia Aids
Dra. Marinella Della Negra atendeu os primeiros casos de aids no Brasil. Referência nacional do tratamento de crianças com HIV, a infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas de São Paulo aprova a criação de medicamentos compostos.
“As pílulas que combinam mais de uma substância em sua composição só melhoram a adesão dos pacientes ao tratamento”, afirmou.
Com o avanço científico na elaboração de medicamentos contra a aids, pacientes que já chegaram a tomar mais de 20 comprimidos por dia, hoje tomam menos de cinco.
O infectologista e pesquisador Esper Kallás, da Faculdade de Medicina da USP, acredita que esta será a nova tendência do tratamento contra a aids. “Cada vez mais os produtores estão buscando esta estratégia, pois é uma demanda que vem das próprias pessoas com HIV”, disse. “Esta medida sempre facilita a adesão”, acrescentou.
Esper ressalta a obrigatoriedade destes remédios cumprirem suas funções no organismo da pessoa infectada, que é impedir a multiplicação das partículas virais do HIV; e propõe uma variedade de combinações de substâncias nos comprimidos “4 em 1” ou “3 em 1”, já que os pacientes necessitam de tratamentos diferentes.
Para Beto Volpe e Beatriz Pacheco que estão em tratamento antirretroviral há vários anos, no entanto, esta nova tendência contra a aids merece cautela.
“Concordo que unir estas substâncias em um único medicamento ajuda na adesão, mas acredito que deve haver uma vigilância mais apurada, tanto por parte do governo como pelos laboratórios sobre aos efeitos colaterais produzidos por estes medicamentos”, disse Volpe, que é representante no estado de São Paulo da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+).
Beatriz Pacheco, uma das fundadoras do Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas, concordou que “é mais fácil tomar uma pílula que várias”. Porém, ela pede melhores avaliações sobre as interações desses remédios conforme a idade, peso e sexo dos pacientes, por exemplo.
“O movimento social deve cobrar dos laboratórios para que estudem os efeitos adversos dos medicamentos. Não podemos festejar algo que vai manter as pessoas vivas, mas em péssimas condições”, finalizou.
Primeiro “3 em 1” do Brasil
O primeiro medicamento “3 em 1” contra a aids fabricado no Brasil irá reunir os antirretrovirais Efavirenz, Tenofovir e Lamivudina.
Vários fatores foram decisivos na escolha destes medicamentos, informa Ronaldo Hallal, coordenador da área de Cuidado e Qualidade de Vida do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. “Primeiro, por serem todos produzidos no Brasil e poderem ser coformulados em uma dose só. Segundo, porque há tendência de utilizar esquemas de tratamento baseados no Efavirenz como terapia inicial e, finalmente, pelo fato de que o Tenofovir tem sido cada vez mais utilizado na primeira linha, por apresentar menos efeitos colaterais que o AZT”, explicou.
A Pasta informa que ainda não há uma previsão para que este comprimido comece a ser distribuído e nem de quantos pacientes serão beneficiados.
Nos EUA, o “4 em 1” reunirá a Elvitegravir, Cobicistat, Emtricitabina e Tenofovir.
Fonte: Agencia Aids
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