Barreiras à comercialização prejudicam pecuária do RN
Publicação: 19 de Maio de 2012 às 00:00
Sara Vasconcelos - repórter
Seis estados que tentam se tornar áreas livres de febre aftosa fecharam, oficialmente, as fronteiras para animais e produtos da pecuária do Rio Grande do Norte. As restrições são consequência de deficiências identificadas no Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do estado (Idiarn) em cumprir metas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Essas deficiências deixaram o RN fora do grupo que está sob análise do Ministério para avançar em relação ao status da doença, se tornando áreas livres com vacinação. Fora desse grupo, o estado continua área de risco médio e, enquanto não reverter os problemas, encontrará barreiras no caminho. Os prejuízos por causa dessas barreiras, impostas a partir desta semana, e outras dificuldades enfrentadas pelo setor pecuarista, devido à estiagem, foram reiterados ontem.
Seis estados que tentam se tornar áreas livres de febre aftosa fecharam, oficialmente, as fronteiras para animais e produtos da pecuária do Rio Grande do Norte. As restrições são consequência de deficiências identificadas no Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do estado (Idiarn) em cumprir metas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Essas deficiências deixaram o RN fora do grupo que está sob análise do Ministério para avançar em relação ao status da doença, se tornando áreas livres com vacinação. Fora desse grupo, o estado continua área de risco médio e, enquanto não reverter os problemas, encontrará barreiras no caminho. Os prejuízos por causa dessas barreiras, impostas a partir desta semana, e outras dificuldades enfrentadas pelo setor pecuarista, devido à estiagem, foram reiterados ontem.
Rodrigo Sena - Lideranças do setor fizeram entrevista coletiva ontem e disseram que há risco de falência da atividade
Produtores de leite apontam dificuldades
A estiagem tem agravado a queda na produção leiteira. Segundo dados mostrados pelas entidades do setor pecuário, a aquisição do produto pelo Programa do Leite caiu de 145 mil litros por dia, em 2011, para cerca de R$ 80 mil litros/dia. De acordo com os produtores, o preço pago por litro, que será reajustado a partir deste mês de R$ 0,80 para R$ 0,83, está abaixo da média de outros estados e inviabiliza o crescimento da produção. "A política do governo é um genocídio para o produtor rural. É pior que a seca", disse o presidente do Sinproleite Marcelo Passos. Na Paraíba e em Pernambuco, o litro do leite foi reajustado para R$ 0,92 e R$ 1,00, respectivamente.
O preço de mercado não é compatível com o custo com insumos, destacou o produtor de Ielmo Marinho, Gilson de Andrade, que sofre com a baixa na fazenda. "Falta leite e por esse preço pago pelo Estado, muitos produtores estão preferindo negociar fora do programa", diz. Com as barreiras pela febre aftosa, a indústria de laticínios teme não poder negociar. A produção de queijo da Tapuio Agropecuária, em Taipu, é boa parte destinada para Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Sergipe. "Nosso temor que os caminhões passem a ficar retidos a partir de agora", observa o proprietário Francisco Veloso. A Usina também comercializa queijo para estados vizinhos.
A estiagem tem agravado a queda na produção leiteira. Segundo dados mostrados pelas entidades do setor pecuário, a aquisição do produto pelo Programa do Leite caiu de 145 mil litros por dia, em 2011, para cerca de R$ 80 mil litros/dia. De acordo com os produtores, o preço pago por litro, que será reajustado a partir deste mês de R$ 0,80 para R$ 0,83, está abaixo da média de outros estados e inviabiliza o crescimento da produção. "A política do governo é um genocídio para o produtor rural. É pior que a seca", disse o presidente do Sinproleite Marcelo Passos. Na Paraíba e em Pernambuco, o litro do leite foi reajustado para R$ 0,92 e R$ 1,00, respectivamente.
O preço de mercado não é compatível com o custo com insumos, destacou o produtor de Ielmo Marinho, Gilson de Andrade, que sofre com a baixa na fazenda. "Falta leite e por esse preço pago pelo Estado, muitos produtores estão preferindo negociar fora do programa", diz. Com as barreiras pela febre aftosa, a indústria de laticínios teme não poder negociar. A produção de queijo da Tapuio Agropecuária, em Taipu, é boa parte destinada para Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Sergipe. "Nosso temor que os caminhões passem a ficar retidos a partir de agora", observa o proprietário Francisco Veloso. A Usina também comercializa queijo para estados vizinhos.
Jean Pierre
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Em entrevista coletiva com representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), Associação de Criadores do Rio Grande do Norte (Anorc), Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos (Ancoc) e do Sindicato dos Produtores de Leite (Sinproleite), o setor lamentou o que chama de inércia do governo. A situação é considerada de "falência, caso o governo não intervenha", explica o presidente da Faern José Alvares Vieira, e poderá culminar na baixa de até 40% do rebanho potiguar. A categoria espera sentar com o governo ainda hoje para discutir a situação.
Das reivindicações feitas ao Estado há cerca de duas semanas, pouco se avançou e as medidas até agora adotadas - como o aumento de R$ 0,03 no litro do leite adquirido pelo Programa do Leite e a alteração do incentivo financeiro do Proadi para carne bovina de outros estados - são consideradas "insuficientes", pelos pecuaristas. "O governo precisa entender que depende dele salvar ou deixar morrer o rebanho", acrescenta Vieira
As barreiras sanitárias que restringem a entrada e saída do rebanho potiguar nos estados nordestinos de Alagoas, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Piauí e parte do Pará, na região Norte, impedem não só a comercialização, observa Marcos Teixeira, presidente da Anorc, como também fecha as portas para prática adotada durante outros períodos de seca: a retirada do gado para outros estados menos atingidos. "Não há como escapar o gado para outros pastos, precisamos de soluções para o volumoso", disse Teixeira.
Setor terá mais milho e custo menor
Das reivindicações feitas ao Estado há cerca de duas semanas, pouco se avançou e as medidas até agora adotadas - como o aumento de R$ 0,03 no litro do leite adquirido pelo Programa do Leite e a alteração do incentivo financeiro do Proadi para carne bovina de outros estados - são consideradas "insuficientes", pelos pecuaristas. "O governo precisa entender que depende dele salvar ou deixar morrer o rebanho", acrescenta Vieira
As barreiras sanitárias que restringem a entrada e saída do rebanho potiguar nos estados nordestinos de Alagoas, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Piauí e parte do Pará, na região Norte, impedem não só a comercialização, observa Marcos Teixeira, presidente da Anorc, como também fecha as portas para prática adotada durante outros períodos de seca: a retirada do gado para outros estados menos atingidos. "Não há como escapar o gado para outros pastos, precisamos de soluções para o volumoso", disse Teixeira.
Setor terá mais milho e custo menor
A ampliação da cota de milho por produtor, em operações realizadas com Conab, de 14 toneladas para 27 toneladas - alternativa apontada para melhorar e garantir a oferta de ração, em meio a escassez de pasto - foi uma das poucas medidas que saíram do papel.
A redução do preço da saca de 60 quilos do milho, segundo o presidente da Faern, deverá ser implementada até a segunda-feira. "O deputado Henrique Eduardo Alves garantiu junto ao Ministério, a redução do preço. Isso vai possibilitar maior acesso para o pequeno e médio produtor", frisou José Vieira. Um decreto interministerial, à exemplo do adotado no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, deverá baixar dos atuais R$ 33,00 para R$ 18,10, a saca vendida a produtores atendidos pelo Pronaf, e para R$ 21,00, para pequenos e médios produtores.
A falta de volumoso para alimentação do gado é uma das principais preocupações. "Não existe mais boi gordo, falta pasto, água e o gado já começa a morrer", observa Marcos Teixeira.
A compra de bagaço de cana das usinas açucareiras, além da destinação de 500 hectares de terra na região do Baixo Açu para plantio do volumoso podem minimizar os efeitos da seca, mas precisam de subsídio do governo. No primeiro caso, o setor busca o custeio de parte do frete para a compra do bagaço de cana de açúcar em usinas da Paraíba e, para o plantio, a instalação de sistemas de irrigação que possam viabilizar a cultura. A Usina Vale Verde, em Baía Formosa, anunciou a comercialização de mil toneladas do subproduto da cana para os produtores, que terão cota individual de 10 toneladas, ao custo de R$ 100,00, cada.
Programa do Leite
Distribuindo diariamente um litro de leite para cada uma das 155 mil famílias em todo o Rio Grande do Norte, o Programa do Leite integra as ações desenvolvidas pelo Governo do Estado na área de Segurança Alimentar junto às comunidades mais carentes. O projeto tem como objetivo reduzir as carências nutricionais de crianças com faixa etária entre seis meses e três anos, desnutridos de três a seis anos de idade, gestantes, nutrizes, idosos a partir de 60 anos, portadores de deficiência impossibilitados de trabalhar, portadores do vírus do HIV e tuberculose e pessoas com câncer. Como conseqüência do sucesso do programa, o RN foi indicado pelo Unicef como o Estado do Brasil com o menos índice de desnutrição e menor taxa de mortalidade infantil.
O programa conta com investimentos mensais na ordem de R$ 7,2 milhões, o que totaliza um aporte de recursos anuais que supera os R$ 85 milhões. Grande parte desses investimentos beneficia os cerca de três mil pequenos produtores do laticínio, que têm a compra do produto garantida todos os meses. Além de promover o incremento da atividade pecuária e a melhoria do rebanho e da produtividade da cadeia leiteira, o Programa do Leite contribui para a geração de ocupação e renda ao homem do campo, já que todo o leite pasteurizado tipo C (145 mil litros de gado e 10 mil litros de cabra) entregue à população é adquirido de produtores locais, que têm o pagamento realizado rigorosamente a cada 15 dias, o que garante as verbas necessárias à produção.
leie de cabra seria viavel no RN e incentivo a cultura de resistencia no nordeste dos caprinos mais resistentes e de melhor manejo como incentivo ao caprinocultor em referencia ao PAA e a agricultor pronaf A e agricultura familiar...
Conheça o Leite de Cabra
Assim como os outros tipos de leite, o leite de cabra é um alimento completo. Rico em vitaminas, proteínas e sais minerais, possui entre suas propriedades a fácil digestibilidade como um dos fatores de maior justificativa a seu consumo. O leite de cabra possui grande parte de suas moléculas de gordura em tamanho reduzido, o que facilita sua quebra (digestão) e contribuindo para a absorção de seus nutrientes. É indicado tanto para crianças como também para pessoas que tenham alergia aos outros leites. Seu alto teor de cálcio o coloca também como um excelente suplemento de cálcio, principalmente para pessoas que tenham problemas de absorção de cálcio ou estejam em fase de desenvolvimento.Outra indicação importante é devido seu fator tamponante. Problemas digestivos, úlcera, gastrite, podem ser amenizados com o consumo de leite de cabra pois devido a sua composição, diminui a acidez e contribui para a cicatrização das paredes do estômago.
Um fato curioso, a cabra é o único animal que continua produzindo anticorpos no leite durante toda a lactação, diferentes dos humanos que produzimos apenas até o sexto mês.
O consumo deste tipo de leite, ainda muito restrito à região nordeste, deverá se ampliar nos próximo anos, principalmente quando o leite de cabra e seus derivados tiverem juntos, uma legislação específica, desembaraçando o processo produtivo e conseqüentemente aumentando a oferta.
Comparação nutricional entre o leite de cabra e o leite de vaca:
O teor protéico do leite de cabra se assemelha ao do leite de vaca, com sutis diferenças.
No leite de cabra, o teor reduzido da caseína favorece a formação de coágulos finos e suaves, o que facilita o processo digestivo.
Os teores de gorduras e lactose são quase idênticos, porém, no leite de cabra há mais glóbulos de gordura de diâmetros menor, o que permite que sejam dispersos com mais facilidade no processo digestivo. Há também mais ácidos graxos de cadeia curta média, o que facilita a ação enzimática.
Por estas razões, o leite caprino é melhor e mais facilmente digerido pelo organismo humano.
O percentual de lactose é o mesmo em ambos os leites e os valores calóricos se assemelham, sendo ligeiramente mais elevados no leite de cabra.
No leite caprino, as vitaminas B6, B12 e o ácido fólicos são muito reduzidos. As demais vitaminas aparecem em teores próximos aos do leite de vaca. O teor de minerais é maior no leite de cabra, particularmente fósforo e potássio.
O leite caprino é especialmente ativo na neutralização da acidez gástrica. Esta aptidão,chamada de “capacidade tamponante”, se deve às proteínas e aos fosfatos. Por suas características, o leite de cabra é tido como substituto satisfatório nos casos de crianças alérgicas ao leite de vaca.
Curiosidade
O leite de cabra favorece na fabricação de queijos:
a) Os glóbulos de gordura do leite de cabra são menores do que os do leite de vaca (desnate natural mais lento e melhor absorção pela mucosa intestinal);
b) O leite de cabra não tem -caroteno, daí sua coloração branca;
c) Apresenta duas vezes mais ácidos graxos de cadeia curta do que o leite de vaca. Explica- se aí o pronunciado sabor e o aroma dos queijos de cabra;
d) Possui, em geral, menor teor de proteínas do que o leite de vaca (em média 2,82% contra 3,2%). Dentro das proteínas, o leite de cabra apresenta ainda menor quantidade de caseínas do que o leite de vaca (2,33% contra 2,7%) e maior quantidade de substâncias nitrogenadas não-protéicas (cerca de 0,27% contra 0,16% no leite de vaca). Isso leva ao menor rendimento na fabricação de queijos;
e) O leite de cabra possui ligeiramente maior teor (1,35 g/l) de cálcio do que o leite de vaca
(1,25 g/l);
f) Devido à sua composição protéica, as micelas do leite de cabra são menos hidratadas do que as do leite de vaca. Este fator, aliado ao maior teor de soro proteínas e de cálcio, conferem ao leite de cabra menor estabilidade térmica.
saac Lira - repórter
A distribuição do Programa do Leite caiu para 70 mil litros diários, menos da metade do volume original distribuído à população - que chegava a 155 mil litros. A estimativa foi feita pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Norte (Sindleite). Segundo o presidente, Francisco Belarmino, a estimativa oficial do Governo do Estado - de que a distribuição chega a 105 mil litros - está defasada.
Alex RégisEm alguns postos, o produto é entregue com frequência menor
A queda na oferta levou o Governo a reajustar o preço que paga aos fornecedores para R$ 0,93 por litro, um aumento de R$ 0,10 em relação ao preço anteriormente praticado. A investida é uma tentativa de chamar de volta produtores que pararam de atender o programa para vender em outros mercados que pagam mais.
O diretor da Emater, Ronaldo Cruz, afirma que a estimativa oficial, de 105 mil litros diários, é de abril e que o número de fato pode ser menor. "A estimativa mais recente que eu tenho, do início de abril, mostra uma queda de 50 mil litros. Pode ser que na última quinzena tenha caído mais ainda. A tendência com a seca é mesmo cair, por isso o Governo está oferecendo o aumento", diz. O diretor da Emater afirma que, apesar do descontentamento dos produtores e donos de usinas leiteiras, o Governo não tem como dar um reajuste maior que o que está oferecendo.
O aumento é uma tentativa, por parte do Governo, de brecar a queda da distribuição do leite para as famílias e, ao mesmo tempo, estimular a bacia leiteira do Rio Grande do Norte. Com o preço anterior, e o aumento dos custos para a manutenção do rebanho por ocasião da seca que abate o Estado, não era economicamente atrativo, para os produtores, vender o leite ao Estado. "O valor não cobre nem os custos. Os produtores ou procuram outro ramo ou vendem em outros mercados, que pagam melhor. O preço de mercado hoje é acima do que o Governo paga", diz Francisco Belarmino.
Dessa forma, o reajuste fixado pela Emater tem como objetivo tanto atrair o produtor que tem preterido o Programa do Leite como também fortalecer a bacia leiteira, dando mais estrutura para que os produtores consigam se manter na atividade. "O Estado não tem como pagar o preço de mercado, mas podemos pagar um preço justo. Não é o ideal, mas é o esforço que o Governo pode fazer no momento. Nós já pagamos um valor maior que a média praticada no Nordeste", aponta Ronaldo Cruz.
Para os produtores, contudo, o esforço não é suficiente para atender às expectativas do setor. O pleito do Sindleite era de R$ 1 em período de inverno e R$ 1,10 em período de seca. No início da tarde de ontem, Francisco Belarmino tratava o assunto como "em negociação". "Fizemos uma contraproposta para o Governo", disse. Todavia, nas palavras do diretor da Emater, não há possibilidade de discutir o assunto, por conta da impossibilidade de inflar o reajuste. "O valor foi fechado em R$ 0,93", garante Ronaldo Cruz.
O aumento fixado pelo Estado não possibilita uma reestruturação do setor, na avaliação de Francisco Belarmino. O presidente do Sindicato falou como se o valor não tivesse sido fechado pelo Governo. "Se o preço fosse esse de R$ 0,93 serviria para diminuir a velocidade da queda, mas não resolveria o problema como o um todo", diz.
A queda da produção não aconteceu de forma repentina. Em novembro do ano passado, a TRIBUNA DO NORTE já noticiava a diminuição para 105 mil litros diários, contra os 155 mil fixados para atender inteiramente a demanda. "Essa queda não aconteceu agora. Ela começou a partir dos freqüentes atrasos por parte do Governo há anos atrás. A atividade foi ficando inviável com o tempo", encerra Francisco Belarmino.
Emater aponta prejuízos à população
O declínio sucessivo da oferta do Programa do Leite atinge diretamente a população do Rio Grande do Norte. Ao ser questionado acerca do que acontece com a diminuição da oferta, Ronaldo Cruz é taxativo: "A população está deixando de receber". De acordo com o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RN (Sindleite), a carência dessa oferta ocorre principalmente de duas formas.
Em alguns postos de distribuição, segundo Francisco Belarmino, não está havendo a oferta do leite. "Alguns postos simplesmente pararam de distribuir, porque o leite não chega, não é enviado", diz. Em outros casos, a distribuição tem a sua frequência diminuída. "Se o beneficiário pegava leite cinco dias na semana, a partir de então passa a pagar somente duas ou três, porque não há como suprir essa demanda", relata.
LEITE EM PÓ
O diretor da Emater, Ronaldo Cruz, afirma que a distribuição de leite em pó pode ser uma alternativa à queda da distribuição. Ele atenta para o fato de que há um convênio entre o Estado e os produtores para atender à demanda de 155 mil litros. Esse contrato, segundo ele, não vem sendo cumprido. "O Estado tem todo o interesse de contar com os produtores. Mas se eles não quiserem cumprir o contrato, teremos de buscar alternativas", aponta. Ele ressalta no entanto que a compra e distribuição de leite em pó seria algo "emergencial".
No Rio Grande do Norte, o Programa do Leite é mantido por uma parceria entre o Governo do Estado e o Governo Federal. O repasse do Governo Federal, segundo a Emater, é de R$ 0,72. Mas esse valor é destinado unicamente a pessoas em situação de insegurança alimentar e crianças de 0 a 7 anos, gestantes, entre outros grupos.
NOVA LEI
Brasília (ABr) - Após meses de espera, entrou em vigor, com publicação no Diário Oficial da União de ontem, a Lei 12.669, que obriga as empresas de beneficiamento e comércio de laticínios a informar aos produtores de leite, até o dia 25 de cada mês, o preço que será pago pelo litro do produto entregue no mês seguinte. Em caso de descumprimento da lei, as empresas terão de pagar o maior preço do mercado. O projeto de lei que tratou do assunto foi aprovado pelo Senado em dezembro de 2011. Com a informação antecipada do preço que será pago pelo leite no mês seguinte, os produtores poderão optar por outro comprador, negociar o valor e planejar melhor os custos de produção, investindo mais ou menos em insumos, dependendo da renda esperada.
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