
ONU alerta para sinais de novo genocídio na África:
Secretário de Assuntos Humanitários das Nações Unidas chama atenção para escalada da violência na República Centro-Africana e pede que milícias planejam limpeza étnica.A República Centro-Africana corre o risco de mergulhar numa crise humanitária ainda mais profunda se a comunidade internacional não responder à crescente violência, alertou, nesta segunda-feira (07/08), o secretário de Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Stephen O'Brien. Há risco, segundo ele, de um genocídio.
"A violência está se intensificando, perigando repetir a crise destrutiva e devastadora que assolou o país há quatro anos", diz O'Brien em um relatório especial da ONU. "Os primeiros sinais de genocídio já se apresentam. Temos que agir agora."
"A violência está se intensificando, perigando repetir a crise destrutiva e devastadora que assolou o país há quatro anos", diz O'Brien em um relatório especial da ONU. "Os primeiros sinais de genocídio já se apresentam. Temos que agir agora."

A violência sectária vem abalando o país desde 2013, quando uma aliança de grupos rebeldes de maioria muçulmana, conhecida por Seleka, derrubou o então presidente François Bozizé.
O levante desencadeou represália das milícias anti-Balaka, compostas por grupos cristãos e animistas. Embora os esforços para estabilizar o país tenham mitigado a violência no período que se seguiu ao golpe, os combates se acirraram nos últimos meses.
Em maio último, confrontos entre grupos armados deixaram cerca de 300 mortos e 100 mil deslocados, marcando a pior escalada de violência desde a queda do governo Bozizé.
"Não podemos subestimar a disseminação perigosa de grupos militares na República Centro-Africana, alguns dos quais com a intenção de uma limpeza étnica", revela O'Brien.
O secretário de Assuntos Humanitários diz que não se poderá lidar adequadamente com a crise na República Centro-Africana (RCA) enquanto a missão da ONU estiver subfinanciada. Segundo ele, somente 24% dos 497 milhões de dólares solicitados para este ano foram repassados para a missão na RCA.
"O risco real é muito, muito pior, enquanto grupos étnicos e religiosos de combatentes devastam vilarejos, exterminando pessoas de outras etnias e religiões", aponta O'Brien.
A Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana (Minusca) engloba 12.870 militares e policiais. O seu mandato vai até 15 de novembro.
Autor: Lewis Sanders IV (ca)
Relatório da ONU revela que o país está a viver ações de limpeza étnica
Um relatório das Nações Unidas sobre o Sudão do Sul, divulgado esta terça-feira,
refere que o país está muito próximo do genocídio e a viver ações de limpeza
étnica, sendo o retrato de uma nação em crise e faminta.
Um estudo, realizado durante sete meses pela Comissão dos Direitos Humanos da
ONU sobre o Sudão do Sul, deu origem ao relatório mais abrangente sobre a
questão da limpeza étnica e as condições que poderiam levar o país, que está
numa profunda guerra civil, ao genocídio.
O relatório inclui novos detalhes sobre a fome entre a população e o bombardeio
de civis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário