Um aprendizado ... Um caminho a trilhar...
A resposta à epidemia de HIV/Aids e do enfrentamento das DST no Brasil é historicamente construída em parceria com a sociedade civil organizada.
Ao longo destes vinte e cinco anos as organizações da sociedade civil são consideradas centrais e estratégicas para a construção de respostas a esta epidemia. É importante destacar algumas características dessas organizações que são consideradas estruturantes para a busca de tais respostas. São elas: inovação: as OSC oferecem serviços diferenciados à população, trazem soluções inovadoras adaptadas às necessidades das comunidades e contibui na re-inserção social das pessoas vivendo com HIV/Aids; controle social: importante papel para o controle social das respostas e dos investimentos que são feitos para o controle da aids. As OSC estão, cada vez mais, integrando-se aos mecanismos de controle social das políticas públicas em saúde; advocacy: a atuação das OSC neste campo pressiona o poder público no que diz respeito à elaboração das leis específicas, tais como a de acesso universal aos anti-retrovirais, redução do estigma e da discriminação das pessoas vivendo com HIV/Aids e de populações mais vulneráveis à epidemia, entre outras e, por fim, a capilaridade: as OSC possuem dinâmicas próprias e são aliadas importantes à medida que estão mais próximas da vida cotidiana das pessoas vivendo com HIV/Aids e de outras populações igualmente vulneráveis.
O Monitoramento e a Avaliação no cotidiano dessa agenda.
Neste processo de produção de respostas, acumularam-se experiências, expertises, tecnologias, sistemas e instrumentos jurídicos que propiciaram uma resposta multisetorial e integrada para enfrentar uma epidemia com tantas facetas.
No entanto, ainda são muitos os desafios: um deles é o estabelecimento de uma cultura organizacional voltada para formulação de instrumentos de monitoramento e avaliação nas OSC. Uma prática que está associada equivocadamente à fiscalização das ações e posteriormente sua punição ou desmerecimento do que foi ou irá ser feito.
É preciso desconstruir essa idéia negativa de monitoramento e dar ouvidos ao que algumas OSC já perceberam, isto é, monitorar e avaliar propiciam uma maior consistência na visibilidade de projetos e ações executadas por OSC, trazem enriquecimento qualitativo e quantitativo de indicadores e informações sobre ações desenvolvidas, por fim, subsidia decisões e aprimora as características e práticas destas valentes e preciosas OSC. Monitorar e avaliar é só praticar!
Na perspectiva de subsidiar esta prática, alguns esforços já podem ser acessados e, diga-se de passagem, sáo da melhor qualidade. O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de DST/Aids, em parceria com a FIOCRUZ e CDC, capricharam na elaboração de materiais específicos sobre o tema e na capacitação de gestores e OSC para o uso das ferrramentas produzidas, podendo ser acessados para quem ainda não conhece, em www.aids.gov.br, no item de monitoramento.
Tive o privilégio de dar algumas oficinas na região sudoeste neste tema e pelas avaliações dos/as participantes, foram pra lá de aceitas a metodologia e os materiais disponibilizados para serem utilizados de imediato.
Outro parceiro nessa missão de fomentar a prática de monitoramento entre as OSC foi a Pact Brasil (www.pactbrasil.org.br) que, em parceria com a Fundação Elton John, alinhou-se com a proposta do governo federal: isto é, utilizou o mesmo conceito de M&A (existem vários na literatura) e focou esforços em instrumentalizar e qualificar estratégias de M&A para projetos de OSC que trabalham com pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA). Além disso, tivemos a oportunidade de estarmos todas juntas em duas oficinas do TRANSpondo Barreiras, conversando sobre M&A voltado para os projetos que desenvolvemos em rede, em prol da prevenção do HIV junto às travestis e transexuais.
Então, como vimos, já é uma realidade investir recursos, tecnologias e ferramentas para a implantação da cultura de M&A nas OSC deste País, que atuam em DST/Aids. Agora é só colher os frutos deste investimento, que acredito serão muitos, mas é preciso ser continuamente regada essas sementes preciosas (M&A), pois incorporar uma prática como essa demanda esforços coletivos. Um aprendizado... Um caminho a trilhar....
Por onde começar?
É fácil! É só querer e utilizar a roda que está pronta, ou melhor, as ferramentas que estão disponíveis em sites das organizações já citadas e em outros tantos mais. Mesmo sabendo que todo o conteúdo ao qual me refiro está disponível em sites da internet, me atrevo a partilhar com vocês apenas um pouco deste conteúdo de forma bem rápida, deixando o resto por conta do interesse de cada um/a.
Alguns conceitos utilizados nas Oficinas
Monitorar é....
Acompanhamento rotineiro e sistemático das informações prioritárias sobre a implantação de um projeto;
Acompanhamento dos custos e o funcionamento do projeto;
Provê informações que podem ser utilizadas para a avaliação.
Avaliar é....
Processo sistemático para determinar até que ponto um projeto/programa ou intervenção atingiu os objetivos desejados;
É o somatório de informações sobre as atividades, as características e os resultados de um projeto/programa, que possibilita sua análise e a sua explicação, determinando seu mérito ou valor.
Qual é a base para o M&A? PLANEJAMENTO
Ao elaborar um projeto, o componente M&A deve ser um dos mais importantes, já que este poderá lhe mostrar os resultados e a possibilidade de ajustes ao decorrer do projeto.
Plano de Monitoramento e Avaliação: O Plano de M&A é um instrumento fundamental para o monitoramento e a avaliação de um projeto e/ou programa. Deve ser construído coletivamente durante a elaboração do projeto e composto por: objetivos, atividades, indicadores de processo e resultado, meios de verificação e responsáveis.
O que devemos monitorar em um projeto?
Insumos - Acompanhamento sistemático da utilização dos insumos ou recursos do projeto durante sua implantação;
Atividades - Procedimentos/ações do projeto que são direcionados à obtenção dos resultados desejados, bem como de seus impactos;
Resultados - Acompanhamento sistemático das informações relacionadas aos resultados esperados do projeto;
Impacto - Refere-se aos efeitos acumulados de projetos/programas. Raramente são atribuídos a um único programa ou intervenção.
O que são indicadores? Indicadores sáo formas utilizadas para medir informações quantitativas e qualitativas coletadas durante e/ou após a implementação de um programa/projeto, visando medir a sua implantação/efeitos. Os indicadores podem ser de monitoramento ou de avaliação.
Bem, chegamos ao final dessa primeira conversa e agora é só colocar a mão na massa e usufruir desse novo aprendizado! Estamos juntas nessa trilha!
Nair Brito

A FLOR DO SERTAO E CANGAÇO - Organização que atua na defesa social da vida ambiente da diversidade etinico racial de todas as formas e maneiras, a missão de servir ao outro com toda a nossas forças e sinergia "Ti Oluwa Ni Ile", Domine, quo vadis? Senhor, aonde ides? Ab initio: desde o começo. Ab aeterno: desde a eternidade. In perpetuum: para sempre. TRANSFORME SEU GESTO EM AÇÃO DEPOSITE: 9314 ITAU NATAL-RN-BRASIL 08341 2 Ilê Ilê Axé àrà-àiyé Omim ofa Orum fum fum Bara Lona...
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sexta-feira, 17 de junho de 2011
VIII Encontro de Travestis e Transexuais da Região Nordeste.

participação no VIII Encontro de Travestis e Transexuais da Região Nordeste.
O objetivo do Encontro é reunir os nove estados do Nordeste em torno de dois temas principais: Mercado de Trabalho e Segurança Pública. A solenidade de abertura será realizada às 18 horas do dia 12 de Agosto de 2011 e o encerramento será no dia 14 de Agosto. Na solenidade de abertura, além das boas vindas a todos os participantes e convidados, haverá show de Pietra Ferrari seguido de coquetail. O evento será realizado em Ponta Negra (Natal), no Hotel Praia Mar.
A programação será divulgada oportunamente pois aguarda a confirmação de alguns convidados. Os principais eixos norteadores do evento já foram definidos: Avanços e Conquistas do Movimento Trans na Região Nordeste; Educação para a Cidadania; Segurança Pública: abordagem e revistas às TTs - o que fazer para melhorar?; Prevenção PositHIVa; e Parcerias: o que são e como desenvolvê-las. Lembrando que haverá um Manifesto Público na Praça Gentil Ferreira em homenagem póstuma às vítimas de Homofobia, Transfobia e Lesbofobia no Nordeste.
A organização do evento é responsabilidade da ATREVIDA/RN - Associação das Travestis Reencontrando a Vida do RN. Maiores informações com Jacqueline Brazil (Coordenadora Geral do Encontro) pelos telefones: (84) 8746-2371 ou (84) 9449-8100.
É o Nordeste construindo um País melhor!
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