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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

ME POUPE DE SUA FALSIDADE QUE EU TE POUPO DE MINHA MACUMBA...

QUEM NAO RESPEITA A FE ALHEIA ESTA PRESO A SUA PROPRIA IGNORANCIA...

TRAZEMOS A PESSOA AMADA DE VOLTA - MAS DEPEDEMOS DE VOCÊ SEJA UM DOADOR DE ORGÃOS E TECIDOS, OSSOS....






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Presidência da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos
 
Altera a Lei no 10.836, de 9 de janeiro de 2004, para ampliar a idade limite de crianças e adolescentes que compõem  as unidades familiares beneficiárias do Programa Bolsa Família elegíveis ao recebimento do Benefício para Superação da Extrema Pobreza, e dá outras providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:  
Art. 1o  A Lei no 10.836, de 9 de janeiro de 2004, passa a vigorar com as seguintes alterações:  
“Art. 2o ...........................................................................
..............................................................................................
IV - o benefício para superação da extrema pobreza, no limite de um por família, destinado às unidades familiares beneficiárias do Programa Bolsa Família e que, cumulativamente:
a) tenham em sua composição crianças e adolescentes de zero a quinze anos de idade; e
..............................................................................................
§ 15.  O benefício para superação da extrema pobreza corresponderá ao valor necessário para que a soma da renda familiar mensal e dos benefícios financeiros supere o valor de R$ 70,00 (setenta reais) per capita.
§ 16.  Caberá ao Poder Executivo ajustar, de acordo com critério a ser estabelecido em ato específico, o valor definido para a renda familiar per capita, para fins do pagamento do benefício para superação da extrema pobreza.” (NR) 
“Art. 6o ........................................................................... 
Parágrafo único.  O Poder Executivo deverá compatibilizar a quantidade de beneficiários  e de benefícios financeiros específicos do Programa Bolsa Família com as dotações orçamentárias existentes.” (NR) 
Art. 2o  Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 29 de novembro de 2012; 191o da Independência e 124o da República. 
DILMA ROUSSEFFGuido Mantega
Miriam Belchior
Tereza Campello
Este texto não substitui o publicado no DOU de 30.11.2012

O livro da teóloga censurado pelos bispos dos EUA


O livro da teóloga censurado pelos bispos dos EUA

Ir. Elizabeth Johnson, CSJ é uma ilustre professora de Teologia da universidade jesuíta Fordham, de Nova York. Ela também é autora de um livro que a Comissão de Doutrina dos bispos norte-americanos denunciou, na última semana, por conter "imprecisões, ambiguidades e erros". Quest for the Living God foi publicado em 2007. Agora, sua editora, Continuum, estão vendo um ressurgimento do interesse – e das vendas – do livro.
A popular visão deísta de Deus

Há um território assentado a partir do qual a busca do Deus vivo se estabelece em nossos dias. Herdada dos séculos recentes, essa visão prevê Deus a partir do modelo de um monarca, no pico da pirâmide do ser. Sem consideração a Cristo ou ao Espírito, ela enfoca o que a teologia trinitária chama de "primeira pessoa", um único indivíduo poderoso que habita no alto, governando o cosmos e julgando a conduta humana.

Mesmo quando esse Ser Supremo é retratado com uma atitude benevolente, o que o melhor da teologia faz, "Ele" – pois é sempre o homem dominante que defende essa ideia – está essencialmente remoto.

Às vezes, ele intervém para afetar as leis da natureza e opera milagres, às vezes não. Embora ele ame o mundo, ele permanece incontaminado pela sua desorganização. E esse distante legislador senhorial sempre se encontra no cume do poder hierárquico, reforçando estruturas de autoridade na sociedade, na Igreja e na família.

Sem estereótipos indevidos, é justo dizer que essa é a imagem que prevalece no discurso público comum e na mídia da cultura ocidental. Ela oferece o realce para o ateísmo moderno, que nega que tal Ser Supremo exista (p. 14).

A Trindade e a Igreja

No trabalho pioneiro God for us [Deus para nós], Catherine LaCugna (...) desenha uma parábola que começa no topo da página com o Deus oculto no céu, que desce a página ao longo do tempo e faz algumas voltas para voltar até o topo da página novamente, atraindo todas as coisas de volta para a comunhão divina.

Isso delineia um verdadeiro diagrama da Trindade, pois a revelação de "Deus para nós" nos dá fundamentos para pensar que não há um Deus simplesmente existente que não seja ao mesmo tempo relacional. Porque o fato de Deus "existir" significa "estar em relação".

Consequentemente, uma análise mais aprofundada da vida íntima da Trindade à parte da preocupação salvífica pelo mundo é uma distração. Afirmações metafísicas sobre a vida íntima de Deus, se forem necessárias, devem funcionar diretamente com relação à obra redentora de Deus. Senão, a feliz verdade trazida pelo monoteísmo trinitário é traída. (p. 215)

Atitudes e práticas profundamente prejudiciais têm surgido na Igreja e na sociedade porque um grupo se imagina superior a outro. A estratificação resultante do poder, com alguns dominante e alguns subordinados, molda as instituições do racismo, do sexismo, do clericalismo eclesiástico e da destruição da terra, entre outros pecados perniciosos.

As ideias revitalizadas da Trindade esclarecem que, longe de existir como um monarca que governa em um esplendor isolado e que domina sobre os outros, o Deus vivo é uma comunhão transbordante de amor que se entrega. A importância prática dessa proposta reside na forma como ela expõe a perversão do patriarcado, do racismo e de outros padrões pecaminosos.

Como essas rupturas na comunidade opõem-se totalmente à própria forma de Deus se relacionar, as pessoas de fé têm razões de sobra para se comportar de outra forma.

A identidade da Igreja e da missão centram-se nesse ponto. Chamada a ser sacramento da salvação do mundo, a Igreja deve ser um símbolo vivo da comunhão divina, que se volta para o mundo por meio de um amor inclusivo e compassivo. Apenas uma comunidade de pessoas iguais relacionadas em profunda mutualidade, derramando louvores a Deus e cuidados ao mundo em necessidade, apenas tal Igreja corresponde ao Deus trino que ela se propõe a servir (p. 223).

Salvação e outras religiões

De uma forma problemática, a teologia frequentemente subordinou a missão do Espírito a Cristo, ligando muito estritamente, assim, a salvação à Igreja, que leva adiante a missão de Cristo no mundo. Na verdade, a Palavra de Deus crucificada e ressuscitada e a Igreja que proclama a misericórdia de Deus nEle são normativas e constitutivas para a salvação de todos.

Em Jesus Cristo, a atividade salvífica de Deus alcança a sua maior intensidade na história concretamente. Mas a manifestação da presença e da atividade de Deus nas religiões não pode ser limitada ao que foi revelado em Jesus Cristo e proclamado pela Igreja. Embora tal manifestação nunca seria contraditória com a revelação cristã – Deus é fiel e não tem duas caras –, ela pode ser diferente.

Michael Amaladoss, da Índia, coloca desta forma: "O Espírito é o Espírito de Jesus. Mas ele não repete simplesmente o que Jesus fez na comunidade cristã. Caso contrário, as outras religiões não seriam diferentes...".

Por muitos séculos, a teologia rejeitou outras religiões como invenções pagãs ou se dignou, no máximo, a considerá-las como formas deficientes que as pessoas tinham para cambalear rumo ao divino. O encontro dialógico atual com as outras religiões leva a uma visão diferente. Assumindo que a presença real da graça e da verdade só pode ter uma origem divina, o religioso pode ser visto como obra de Deus.

Nelas, vemos um primeiro vislumbre da generosidade transbordante do Deus vivo, que foi derramada sobre as pessoas abandonadas, mas que concedeu o amor divino a todas as culturas.

Essa é a graça do nosso tempo: encontrar múltiplas tradições religiosas amplia o horizonte em que entrevemos a plenitude amorosa de Deus. Assim, somos capacitados a nos aproximar do mistério cada vez mais profundamente. Nas palavras de Jacques Dupuis, "pode-se encontrar muito mais verdade e graça divinas em toda a história das relações de Deus com a humanidade do que simplesmente na tradição cristã" (p. 162-163).

os caminhos da consciencia



Desde o dia em que Martinho Lutero se recusou a renegar suas crenças, declarando: "Aqui estou. Não posso fazer outra coisa", a integridade inflexível do herói solitário da consciência tem sido um ícone do imaginário ocidental. Mas a consciência é um poder sutil e às vezes também liga as pessoas de princípio às próprias comunidades contra as quais elas protestam.

Sócrates seguiu o seu "daimon", mas também se submeteu ao veredicto de Atenas, a cidade que tinha dado à luz a sua busca pela virtude. O Concílio Vaticano II foi possível graças à pesquisa de homens como Yves Congar, OP,Henri de Lubac, SJ, e Courtney John Murray, SJ, que haviam sofrido o silenciamento por parte das autoridades da Igreja. O Concílio foi a sua reivindicação.

A consciência pode aderir a apenas um objetivo, ou pode sustentar uma tensão vivificante entre dois ou mais compromissos. Pode se posicionar desafiadoramente sozinha, ou pode mostrar o cuidado pela humanidade, mesmo por aqueles em posição de autoridade. Para Mohandas Gandhi, por exemplo, a verdade moral não fica em um lado de uma disputa, mas surge a partir do encontro entre os manifestantes e aqueles que se lhes opõem. São Tomás Morus nos ensina que as pessoas de consciência podem até definir estratégias e esquemas para satisfazer as exigências maleáveis da consciência.

''Fui expulso por acreditar que as mulheres também são chamadas a ser sacerdotes'' - "Frente a uma injustiça, o silêncio é a voz da cumplicidade".


''Fui expulso por acreditar que as mulheres também são chamadas a ser sacerdotes''

"Frente a uma injustiça, o silêncio é a voz da cumplicidade". (fernandes jose geraldo de sao gabriel das dores, mabosj"

Publicamos aqui o artigo de Roy Bourgeois, sacerdote daSociedade dos Padres e Irmãos de Maryknoll, recentemente dispensado pelo Vaticano pela sua postura de defesa à ordenação de mulheres. O artigo foi publicado no sítio Religión Digital, 28-12-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Fui sacerdote católico da congregação de Maryknoll por 40 anos. Quando eu era jovem, aproximei-me da Maryknoll por causa do seu trabalho pela justiça e pela igualdade no mundo. Agora, é muito difícil e doloroso ser expulso da Maryknoll, da sua comunidade e do sacerdócio por acreditar que as mulheres também são chamadas a ser sacerdotes.

Vaticano e a Maryknoll podem me despedir, mas não podem fazer desaparecer a questão da igualdade de gênero na Igreja Católica. A exigência por igualdade de gênero afunda suas raízes na justiça e na dignidade, e essas coisas não vão desaparecer.

Como católicos, professamos que Deus criou os homens e as mulheres com igual valor e dignidade. Como sacerdotes, professamos que o chamado ao sacerdócio vem de Deus, só de Deus. Como podemos nós, como homens, dizer que o chamado de Deus que nós recebemos é autêntico, mas o chamado de Deus para a mulher não o é?

A exclusão das mulheres do sacerdócio é uma grave injustiça contra as mulheres e contra a nossa Igreja, já que o nosso Deus é um Deus de amor que chama homens e mulheres a serem sacerdotes.

Frente a uma injustiça, o silêncio é a voz da cumplicidade. Minha consciência me obrigou a romper meu silêncio e a enfrentar o pecado do sexismo na minha Igreja. O único que eu lamento é que eu demorei tanto tempo para tomar uma posição de questionar o poder e a dominação masculina na Igreja Católica.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Nossa elas são tão especiais....A vocação de ser benzedeira


Nossa elas são tão especiais....
A vocação de ser benzedeira

Elas fazem parte da cultura popular. A maioria é de uma generosidade incrível. Por mais antiga que seja a tradição, as benzedeiras se encontram mais vivas do que nunca. Basta ter vocação e força de vontade. Mesmo com a medicina avançada, muitas pessoas recorrem a elas para os diversos tipos de cura. Sejam os chás, a reza de água benta, “benza” para dor de cabeça, quebrante, picada de inseto, entre outros. Elas têm as respostas para as perguntas da medicina: as benzedeiras.
Para encontrá-las não há endereço. Basta perguntar nas ruas que logo alguém conhece ou já ouviu falar delas. Na maioria são velhas e simples. É olhando para o rosto e contando suas rugas que encontramos a idade delas. Quem acredita em benzedeira, jura que elas fazem milagres. Muitos criticam, outros pensam que é pura bobagem. Há ainda os que dizem que é “coisa de bruxaria”, mas ninguém se atreve a falar isso na frente delas.
No interior da cidade de Agudo, no estado do RS, vive a benzedeira Irena Katza Becker, 82 anos, viúva, mãe de um filho. Irena, nome complicado de pronunciar, mas fácil de se deixar levar pelos olhos claros que transmitem bem-estar. Benzedeira assumida com muito orgulho, Rena, como é mais conhecida, parou de benzer há dez anos, pois se considerava acima da idade. “Parei porque tinha que cuidar mais de mim”, disse Rena.
Os ensinamentos foram passados pelo avô quando Rena tinha apenas 10 anos. Muita nova, já sabia que nos benzimentos encontraria a cura para muitos males. “Benzo para dor de cabeça, mordida de aranha, quebrante”, explica Rena. Ela fala pouco. As palavras e os entendimentos se transmitem pela expressão do rosto. E que rosto. Que olhar. Um olhar profundo digno de uma benzedeira que cultivou sabedoria durante sua vida.
Não muito longe de Agudo, em Vila Rosa, interior de Restinga Seca, mora sozinha numa casa modesta, mas aconchegante, Dona Arcelina Ferreira Preste, 71 anos, conhecida por Lica. Natural de Sobradinho, há trinta anos veio para Restinga onde permanece até hoje. Além de benzedeira, Lica também é massoterapeuta. Ela diz: “Cuido mais da parte espiritual de Deus. Invoco em Deus por força do espiritualismo”.

Ser benzedeira, como Lica diz: “Tem que ter o dom da natureza”. Ela acrescenta: “Aprendi com meu pai que também benzia e até hoje sei olhando no olho, quem acredita ou não. Se não acredita, não ajuda”. Acreditar é um requisito importante para quem quer ser curado. Mais importante do que acreditar, é a fé. Lica esclarece: “Porque se tem fé o resultado aparece”.
Em relação a essa tradição que passa de geração para geração, Lica afirma, já com lágrimas no rosto: “Os velhos tão se indo, e os novos não se interessam. Isso é uma coisa que com o tempo vai terminar. Hoje tem tanta coisa ruim, olho grande, falsidade, e os benzimentos são apenas coisas boas”. Lica não cobra pelo benzimento. “Deus nunca cobrou para fazer o bem. Eu curo e quando a pessoa é curada, ela fica feliz e me dá um presente”.
Para não se sentir muito só, Lica cria galinhas nos fundos da casa. “Gosto de tratá-las e costumo conversar com elas”. E não pretende parar tão cedo de benzer. “Se depender da minha força de vontade vou benzer até os dias que Deus me permitir”.
O tempo ensinou muito a Lica, que é viúva, já perdeu uma filha e criou a neta. Na sala humilde, há vários porta-retratos de fotos da filha e neta que criou com muito orgulho. Simpática, adora conversar e relembrar os velhos tempos. Conta, com alegria, várias histórias sobre seus benzimentos. Ao fundo, na sala há apenas um retrato de Maria e Jesus. “É para dar sorte”. Além dos benzimentos, Lica gosta de tratar as pessoas anêmicas. Atende também aqueles que sofrem de nervos e faz vitaminas para crianças e adultos.
Se depender de Marisa Teresinha Machado Schiefelbein Bley, 36 anos, as benzedeiras vão continuar por algum tempo. Aprendeu a benzer com sua avó, aos 12 anos, e não se arrepende. “Achava interessante ela conseguir curar a dor, e então pedi a ela que me ensinasse”, comenta Marisa.
Antigamente, a relação das benzedeiras com a medicina mantinha conflitos mais acirrados. Hoje, porém, a situação já está mais branda. É o que esclarece o Dr. Mario Lutke: “Isso é uma crença que está presente na vida da humanidade há muito tempo. Anos atrás, lembro que os médicos criticavam muito o rito feito por elas. Eu não acredito, mas respeito. Isso vai da cabeça de cada pessoa”.
Frei Luis Carlos defende o trabalho que as benzedeiras realizam. “Existe muita fé nesse processo. Se fosse algo contra a palavra de Deus, mas não é. As benzedeiras, pra quem acredita, só ajudam”.
Benzer para curar. Esse ritual faz parte de um imaginário popular deste tempos imemoriais. Não importa o tempo, a classe social, a religião. Para quem acredita, a fé, muitas vezes, é mais importante que a ciência ou a razão. Mesmo com a idade avançada das benzedeiras, o amor em curar é mais forte e dispensa férias. As que já se ausentam do ato de benzer tem seus motivos particulares, a maioria é devido ao problema de saúde. As que continuam benzendo, fazem por vontade e amor. Sempre haverá quem critique e quem simpatize. Mas isso não importa. Falem mal ou bem, elas amam o que fazem."

Angélica Weise
A vocação de ser benzedeira

Elas fazem parte da cultura popular. A maioria é de uma generosidade incrível. Por mais antiga que seja a tradição, as benzedeiras 
se encontram mais vivas do que nunca. Basta ter vocação e força de vontade. Mesmo com a medicina avançada, muitas pessoas recorrem a elas para os diversos tipos de cura. Sejam os chás, a reza de água benta, “benza” para dor de cabeça, quebrante, picada de inseto, entre outros. Elas têm as respostas para as perguntas da medicina: as benzedeiras.
Para encontrá-las não há endereço. Basta perguntar nas ruas que logo alguém conhece ou já ouviu falar delas. Na maioria são velhas e simples. É olhando para o rosto e contando suas rugas que encontramos a idade delas. Quem acredita em benzedeira, jura que elas fazem milagres. Muitos criticam, outros pensam que é pura bobagem. Há ainda os que dizem que é “coisa de bruxaria”, mas ninguém se atreve a falar isso na frente delas.
No interior da cidade de Agudo, no estado do RS, vive a benzedeira Irena Katza Becker, 82 anos, viúva, mãe de um filho. Irena, nome complicado de pronunciar, mas fácil de se deixar levar pelos olhos claros que transmitem bem-estar. Benzedeira assumida com muito orgulho, Rena, como é mais conhecida, parou de benzer há dez anos, pois se considerava acima da idade. “Parei porque tinha que cuidar mais de mim”, disse Rena.
Os ensinamentos foram passados pelo avô quando Rena tinha apenas 10 anos. Muita nova, já sabia que nos benzimentos encontraria a cura para muitos males. “Benzo para dor de cabeça, mordida de aranha, quebrante”, explica Rena. Ela fala pouco. As palavras e os entendimentos se transmitem pela expressão do rosto. E que rosto. Que olhar. Um olhar profundo digno de uma benzedeira que cultivou sabedoria durante sua vida.
Não muito longe de Agudo, em Vila Rosa, interior de Restinga Seca, mora sozinha numa casa modesta, mas aconchegante, Dona Arcelina Ferreira Preste, 71 anos, conhecida por Lica. Natural de Sobradinho, há trinta anos veio para Restinga onde permanece até hoje. Além de benzedeira, Lica também é massoterapeuta. Ela diz: “Cuido mais da parte espiritual de Deus. Invoco em Deus por força do espiritualismo”.

Ser benzedeira, como Lica diz: “Tem que ter o dom da natureza”. Ela acrescenta: “Aprendi com meu pai que também benzia e até hoje sei olhando no olho, quem acredita ou não. Se não acredita, não ajuda”. Acreditar é um requisito importante para quem quer ser curado. Mais importante do que acreditar, é a fé. Lica esclarece: “Porque se tem fé o resultado aparece”.
Em relação a essa tradição que passa de geração para geração, Lica afirma, já com lágrimas no rosto: “Os velhos tão se indo, e os novos não se interessam. Isso é uma coisa que com o tempo vai terminar. Hoje tem tanta coisa ruim, olho grande, falsidade, e os benzimentos são apenas coisas boas”. Lica não cobra pelo benzimento. “Deus nunca cobrou para fazer o bem. Eu curo e quando a pessoa é curada, ela fica feliz e me dá um presente”.
Para não se sentir muito só, Lica cria galinhas nos fundos da casa. “Gosto de tratá-las e costumo conversar com elas”. E não pretende parar tão cedo de benzer. “Se depender da minha força de vontade vou benzer até os dias que Deus me permitir”.
O tempo ensinou muito a Lica, que é viúva, já perdeu uma filha e criou a neta. Na sala humilde, há vários porta-retratos de fotos da filha e neta que criou com muito orgulho. Simpática, adora conversar e relembrar os velhos tempos. Conta, com alegria, várias histórias sobre seus benzimentos. Ao fundo, na sala há apenas um retrato de Maria e Jesus. “É para dar sorte”. Além dos benzimentos, Lica gosta de tratar as pessoas anêmicas. Atende também aqueles que sofrem de nervos e faz vitaminas para crianças e adultos.
Se depender de Marisa Teresinha Machado Schiefelbein Bley, 36 anos, as benzedeiras vão continuar por algum tempo. Aprendeu a benzer com sua avó, aos 12 anos, e não se arrepende. “Achava interessante ela conseguir curar a dor, e então pedi a ela que me ensinasse”, comenta Marisa.
Antigamente, a relação das benzedeiras com a medicina mantinha conflitos mais acirrados. Hoje, porém, a situação já está mais branda. É o que esclarece o Dr. Mario Lutke: “Isso é uma crença que está presente na vida da humanidade há muito tempo. Anos atrás, lembro que os médicos criticavam muito o rito feito por elas. Eu não acredito, mas respeito. Isso vai da cabeça de cada pessoa”.
Frei Luis Carlos defende o trabalho que as benzedeiras realizam. “Existe muita fé nesse processo. Se fosse algo contra a palavra de Deus, mas não é. As benzedeiras, pra quem acredita, só ajudam”.
Benzer para curar. Esse ritual faz parte de um imaginário popular deste tempos imemoriais. Não importa o tempo, a classe social, a religião. Para quem acredita, a fé, muitas vezes, é mais importante que a ciência ou a razão. Mesmo com a idade avançada das benzedeiras, o amor em curar é mais forte e dispensa férias. As que já se ausentam do ato de benzer tem seus motivos particulares, a maioria é devido ao problema de saúde. As que continuam benzendo, fazem por vontade e amor. Sempre haverá quem critique e quem simpatize. Mas isso não importa. Falem mal ou bem, elas amam o que fazem."

Em 1947, a ONU aprovou o plano de Partilha da Palestina. Com isso, o território palestino foi dividido em dois Estados, um judeu e outro árabe. Em maio de 1948, a criação do Estado de Israel foi oficialmente instituída.


A Criação do Estado de Israel

Em 1947, a ONU aprovou o plano de Partilha da Palestina. Com isso, o território palestino foi dividido em dois Estados, um judeu e outro árabe. Em maio de 1948, a criação do Estado de Israel foi oficialmente instituída.

O Estado de Israel
O Estado de Israel
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo se deparou com as sequelas de anos de crueldade: mais de seis milhões de judeus exterminados nos campos nazistas. Com isso, as organizações voltadas para ajuda humanitária passaram a resgatar os judeus que sobreviveram aos campos de concentração e embarcá-los clandestinamente para a palestina. A Inglaterra tentou de todas as formas barrar o desembarque dos refugiados, lembrando que a Palestina era concessão britânica.
O fato sensibilizou a opinião pública mundial e revigorou a ideia de criação de um Estado judeu na Palestina. Em 1947, em assembleia realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha, foi deliberada a divisão da Palestina em dois Estados, o Estado Judeu e o Estado Árabe. Em maio de 1948, os judeus, liderados por David Bem Gurion, fundaram oficialmente o Estado de Israel. No entanto, o Estado árabe prenunciado pela ONU nessa partilha não foi estabelecido e os palestinos lutam até hoje para ter o seu Estado. Esse episódio foi denominado Questão Palestina.
A revolta dos países árabes foi imediata à criação do Estado de Israel. Isso culminou no primeiro conflito árabe israelense.  Com o apoio militar e financeiro recebido de outras nações, Israel venceu a guerra e dominou mais da metade do território reservado aos árabes no plano de divisão da ONU. Com a derrota da guerra de 1948, cerca de meio milhão de palestinos foram obrigados a deixar a terra em que viviam para se refugiar em países vizinhos.
Expulsos de suas terras, os palestinos eram maltratados, inclusive nos países árabes. Somente a Jordânia permitiu a integração dos palestinos em sua sociedade, mas sendo vigiados permanentemente. Nos outros países eles passaram a viver em acampamentos para refugiados, com a ajuda da ONU. Desde então, o Oriente Médio tornou-se uma das regiões mais conflituosas do globo, cenário de consecutivos conflitos extremistas entre judeus e árabes.

Os Orixás são as forças da Natureza


Os Orixás são as forças da Natureza

Com certeza, o Culto aos Orixás é uma das religiões mais belas e discriminadas de todas, não só por pessoas de fora do culto, mas principalmente pelos próprios adeptos do culto. Alguns sentem vergonha do Culto, mas isso, infelizmente não é o pior, existem ainda aqueles que vulgarizam o Culto, com atitudes débeis, dando assim mais e mais motivos para que as pessoas continuem falando mau do Culto aos Orixás, e o pior é que essas atitudes mesquinhas vem por parte dos ditos, "Babalorixás", que fazem dessa Religião uma espécie de comércio barato, distorcendo a verdade dos fato para seu proveito. Fica claro que os "Babalorixás", de tanto nome dos quais não só eu já ouvi falar como vocês também já ouviram, não possuem o mínimo de sabedoria que o cargo exige. E com toda certeza eles nem ao menos sabem o que realmente é o verdadeiro AXÉ.
 
 É incrível como o homem, vulgariza, menospreza e destrói, os verdadeiros fundamentos da vida  por simples jogos de interesses, para se entregar e se perder cada vez mais numa cultura baseada em disputas de uma forma geral. E isso para atingir seus interesses banais, passa por cima de tudo e todos, inclusive a Natureza, que é a verdadeira fonte da vida. Mas é tolice do homem em pensar que pode fazer tudo o que quiser com a Natureza. Ela já mostrou em várias ocasiões, que ela decide o rumo que cada uma de nossas vidas seguirá e não o contrário, a própria história já provou isso e recentemente ela já está dando sinais, como o famoso Tsunami que devastou a Indonésia, furacões que assolam países da América, vulcões, nevascas, tempestades tropicais e elétricas. Agora isso vai do entendimento de cada um, reconhecer ou não a importância dela, nós que cultuamos Orixá sabemos disso e sei que todos que lerem esse texto, concordarão que todos nós, seres humanos, somos filhos da Natureza, eu sou filho da Natureza, eu sou filho do fogo, eu sou filho do aço, eu sou filho dos raioseu sou filho das águas, eu sou filho do vento, eu sou filho das  matas, eu sou filho das folhas, sou filho da chuva, sou filho do tempo, sou filho da luz e por fim sou filho da Terra, sou filho de Onilé (Ilé Mopé ô).
Bem vindos ao culto dos Orixás, Bem vindos ao culto da Natureza, Axé!
  Ilé Mopé ô
(Terra eu te saúdo)

Gravura de Carybé representa a cerimônia do Padê.

O artigo 5º da Constituição Federal dispõe que é inviolável a
liberdade de consciência e de crença e que ninguém será
privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política
A lei determina uma pena de reclusão de um a três anos,
além de multa para os crimes relacionados ao preconceito
religioso.
Se o crime for cometido por intermédio dos meios de
comunicação social ou publicação de qualquer natureza a
pena aumenta para dois a cinco anos de reclusão, além da
multa. Poderá ocorrer também a proibição das respectivas

Diga Não ao Preconceito




Preconceito religioso é crime, temos o dever de respeitar todas as crenças, iguais ou diferentes das nossas, mas também temos o direito de sermos respeitados da mesma forma.
    

Não podemos mais permitir essas ofensas, não somos "Macumbeiros", "Somos Umbandistas, Candomblézistas, Espiritualistas e Kardecistas"
Vamos denunciar esses abusos, pois somos amparados pela lei:

“Art. 5º : Todos são iguais perante a lei (...)
VIII: ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política (...)”
Neste sentido temos a Lei 7.716/89, que em seu artigo 1º, alterado pela Lei  009.459/97, dispõe que serão punidos na forma da Lei os crimes resultantes de discriminação ou preconceito religioso.
Neste mesmo diploma legal, em seu artigo 20º, puni quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito religioso com pena de reclusão de 01 (um) a 03 (três) anos e multa. 
 
Caso isso Aconteça devemos Nos dirigir até uma delegacia abrir um Boletim de ocorrência, que lá as autoridades competentes, tomaram as medidas cabiveis. 
 

Exu Não é Diabo



 
O ser humano pratica suas maldades e se diz tentado pelo Diabo. Procede errado na vida e culpa o Capeta pela responsabilidade do ato. O Demo representado por uma imagem horrível e satânica torna-se réu culpado das más ações não praticadas por ele. Nesse sentido, o Demônio serve de “bode expiatório” para isentar o indivíduo da culpabilidade de seus atos. Essa foi a forma mais fácil encontrada pelo homem a fim de alcançar o perdão de Deus. Para o criador essa fantasia não existe. Deus quando criou o mundo e os seres humanos deu a cada filho dele o livre-arbítrio para optar pelo melhor ou pior caminho, logo, quando uma pessoa age mal, a escolha dessa conduta é somente de quem pratica.
O ser humano pratica suas maldades e se diz tentado pelo Diabo. Procede errado na vida e culpa o Capeta pela responsabilidade do ato. O Demo representado por uma imagem horrível e satânica torna-se réu culpado das más ações não praticadas por ele. Nesse sentido, o Demônio serve de "bode espiatório" para isentar o indivíduo da culpabilidade de seus atos. Essa foi a forma mais fácil encontrada pelo homem a fim de alcançar o perdão de Deus. Todos os seres humanos possuem o livre-arbítrio para optar pelo bem ou pelo mal, logo, quando uma pessoa age mal a escolha dessa conduta é somente dela.
Sem entrar no mérito da questão, o ser humano desenvolve dentro de si mesmo, duas forças, a do bem e a do mal. Haja vista a possibilidade da pessoa ser boa por um lado e má por outro. O culpado da parte má é sempre uma figura folclórica com vários nomes: Diabo, Demônio, Satanás, Capeta, Lúcifer etc. os quais são culpados pelas consequências do ato cometido pelos homens.
Na religião africana e afro-brasileira como o Candomblé, Exu é um Orixá, é um Deus de suma importância e que é louvado antes de todos os outros Deuses, Orixás. Por um outro lado na Umbanda alguns adeptos menos esclarecidos associam erradamente Exu ao Diabo, e não a um Orixá. Na realidade Exu é uma entidade de maior desdobramento entre o mundo dos Deuses e do homens, ele é um Deus e não tem nada haver com o Diabo cristão.
Embora Exu seja assexuado, isto é, não tem sexo, na África, Ele é representado por um montículo de terra em forma de homem acocorado ornado com um falo de tamanho respeitável. Exu é o protetor dinâmico, esperto, inteligente, jovial. Ele é um Deus guardião dos templos religiosos, das casas de moradia e defensor das pessoas. Exu é também mestre em feitiçaria, ele é o agente mágico da Umbanda sabe fazer e desmanchar magia negra. Com os seus poderes espirituais, também, cura doenças, abre os caminhos e melhora a vida de seus aparelhos mediúnicos, quando estes seguem os princípios da Umbanda.
Exu é um ser espiritual de natureza controvertida e indefinida, Ele ajuda mas castiga também mas o Deus pai de outra religião também é assim.
Na Umbanda existe um seguimento de espírito, os Guardiões, Ekurus, que são chamados de Exus, esses espíritos são muito próximos das pessoas e possuem uma importante missão na vida de todos os seres humanos. Eles são infinitos e seus nomes são dos mais variados, Sete Encruzilhadas, Tranca-Ruas, Capa Preta, Caveira, Morcego, Veludo, Calunga, Cigano etc. e eles possuem seus complementares femininos que são chamados de Pombo-Gira cujos nomes também são dos mais variados: Maria das Camélias, Dama da Noite, Maria Mulambo, Maria Padilha, Maria Quitéria, Pombo-Gira Cigana, Sete Saias, etc. Embora se intitulem Exus, na realidade são Eguns esclarecidos em evolução que procuram fazer o bem, são espíritos que já quebraram o ciclo da reencarnação.
Segundo Allan Kardec, partindo do princípio de que o planeta Terra é um mundo de expiações e provas, todas as reencarnações estão sujeitas à expiação, como forma de purgar por suas faltas em vidas anteriores. Não é, pois, o Diabo e nem o Exu, culpados pelos transtornos de uma vida penosa de sofrimentos, dificuldades e obstáculos, que ocorre com os encarnados.
Autor: Joel Santos 
   
 
Os Adeptos
Um dos grandes males dentro do Culto aos Orixás é a postura dos adeptos. É impressionante o quão cegos ficam alguns adeptos ao adentrarem no Culto, simplesmente, essas pessoas ficam inertes "a espera de um milagre", a espera de que os Orixás resolvam suas vidas.
O cidadão enquanto adepto do Culto aos Orixás não possui o mínimo de comprometimento para com sua crença no Orixá, muito menos com seu próprio destino ou evolução pessoal e esperam, apenas, que os Deuses, Orixás, e os guias movam o mundo em sua volta para que consigam "se dar bem". Embora isso pareça ridículo é exatamente assim que a maioria dos adeptos são, ridículos, aí em um belo dia quando eles finalmente se dão conta de que não é bem assim quem as coisas funcionam o dito "adepto" frustrado, no geral, procura um templo que cultua um deus único com a desculpa de que a crença nos Orixás é uma crença falsa e que não proporciona nada de bom. A partir deste momento ele muda sua atitude para com a vida, passa a se comprometer com as coisas, com o seu papel na sociedade e com a evolução pessoal, então com o maior cinismo e hipocrisia, passa a dizer que o que mudou sua vida foi sua nova crença e o culto, a este outro deus único, quando na realidade o que mudou sua vida foi sua mudança de atitude. 
 
Mas a grande questão é a seguinte: Como fazer os adeptos do Culto aos Orixás mudarem de atitude? Como fazer com que os adeptos passem a enxergar suas falhas? Esta é uma questão extremamente difícil de se resolver, embora seja fácil de visualizarmos este mal, a imensa maioria dos adeptos não quer enxergar a verdade, na realidade eles parecem usar uma espécie de cabresto onde a única coisa que eles enxergam é o que desejam. Como mostrar a esses adeptos, que querem ser encarnações dos Deuses, Orixás, que estão agindo de maneira inadequada? Será que alguém com esta postura realmente possui o Orixá desperto em sua vida? É evidente que não.
Infelizmente algo muito mais danoso ao Culto aos Orixás, que o preconceito da sociedade, está entranhado entre os adeptos, a soberba. Parece até mentira mas um dos 7 pegados capitais pregados pelo Catolicismo é o que está matando o Culto aos Orixás. A crença de que ele, o adepto, é auto-suficiente simplesmente por, supostamente, ter o lado espiritual desenvolvido, tem transformado o nosso meio religioso em um verdadeiro Caos, onde nada é claro, onde tudo é instável, onde é cada um por si, onde o "mais forte" vence. Mas onde está o erro? O que faz com que uma pessoa comum ao entrar no Culto aos Orixás passe a ser tão egoísta?
A resposta é muito simples, o fato é que não existe uma clara filosofia religiosa dentro do Culto aos Orixás, nem os adeptos conhecem os fundamentos da religião, na realidade isso seria algo impossível quando os próprios sacerdotes desconhecem o que é Cultuar Orixá. A falta de instrução é um fator decisivo em qualquer campo e no meio religioso não é diferente. Os próprios sacerdotes se incumbem de instaurar a anarquia e as intrigas quando afirmam que o Orixá X não se dá bem com o Orixá Y, ou o Orixá A derrotou, venceu, escravizou Orixá B. O Culto aos Orixás é harmônico, é sabedoria plena, não uma guerrazinha entre poderes ou vontades diferentes. Para se ter uma ideia, no Culto aos Orixás não existe um Deus do Mal, como o Diabo cristão por exemplo. As lendas, itãs, são apenas lendas como o próprio nome diz, são fantasias que não refletem em nada a realidade, todas foram criações e que não possuem fundamento em sua quase totalidade então porque sustentar estas afirmações?


    



Discriminação Religiosa

Já não é novidade vermos algumas artimanhas de pessoas preconceituosas para tentar sufocar as formas de Culto aos Orixás. O mais recente caso é o do Sr deputado estadual do PV de São Paulo, Feliciano Filho, que revela ser umCristão e vegetariano. O deputado do PV de São Paulo, Feliciano Filho, diz reconhecer que a ideia é polêmica, mas afirma que "a liberdade de culto vem depois do crime de crueldade". Ele estima que os contrários ao projeto são minoria e afirma " não sei de onde virá a pressão, só sei que é uma minoria. Tem de valer o interesse da sociedade. Não pode valer o interesse de classe. Não queremos cercear a liberdade de Culto".
É impressionante o quão hipócrita pode ser uma pessoa ou até mesmo a sociedade, como o Sr deputado alega não querer cercear a liberdade de Culto criando uma lei que restringe a realização do ato litúrgico? O Sr deputado ao afirmar que não sabe de onde virá a pressão, realmente ele está certo já que quase à totalidade dos deputados são Cristão e, é claro, que existe uma parcela intolerante. Os adeptos das formas de Culto aos Orixás não possuem organização política, nem mesmo religiosa.
Não existe sentido em restringir o sacrifício de animais em ritos religiosos sem antes proibir o abate de todo animal em todos os seguimentos da sociedade. O direito a liberdade de culto vem depois do crime de crueldade, mas o capitalismo está sobre todas as leis. Um frigorífico pode matar quantos animais quiser e da forma que quiser, isso não é crime de crueldade? O tratamento dos animais como produto sim é crueldade. Um animal utilizado para pesquisa em laboratório é torturado, pois ele é mantido vivo durante todo o processo de pesquisa que leva longo tempo. Já um animal sacrificado dentro de um culto religioso, como o dos Orixás, possui uma representatividade muito grande, os animais a serem sacrificados não podem ser de granjas nem mesmo estar em mas condições de criação, não deve ser "torturado" antes de ser abatido, como ocorre em granjas.
Dentro do Culto aos Orixás o Sacrifício é algo extremamente Sagrado, o animal não pode sofrer durante o ato, isso é considerado como um "pecado" perante os Orixás. O Culto aos Orixás é um dos que mais respeitam a Vida e a Natureza e o ato do sacrifício do animal a um Deus é a prova disso. Diferentemente do cristianismo que acredita que os animais não possuem alma, são cascas vazias, dentro do Culto aos Orixás é bem diferente, todos os seres vivos possuem alma e possuem ciclos de evolução. O sacrifício de um animal, para nós, é algo extremamente penoso e por esta razão o chamamos de "Sacrifício" é triste para nós termos que tirar a vida de um outro ser vivo para nos alimentarmos. este é o real sentido do sacrifício, a Alimentação, por esta razão nada do animal sacrificado deve ser desperdiçado, nunca. Quando um animal é Sacrificado aos Orixás existe todo um rito que é seguido de modo a pedir aos Deuses a evolução da alma deste animal. Um seguidor de Orixá não deve se alimentar da carne de um animal que não tenha sido sacrificado em nome de um Deus e que não tenha passado pelos ritos necessários para que, este animal, atinja a evolução.

É fácil criticar o que não se conhece, é fácil, um Cristão, articular dentro da política, em um país Cristão contra uma forma de Culto a outros Deuses e à Natureza.


Em contrapartida, o Sr deputado Edson Portilho, do PT do Rio Grande do Sul, criou uma lei em 2003 que assegura aos adeptos de crenças que realizam sacrifícios tenham o direito constitucional, assegurado, a liberdade religiosa. Seria muito bom se as minorias religiosas, como os seguidores do Culto aos Orixás, passassem a se organizar e a confiar e respeitar mais uns aos outros, somente assim poderíamos ter nossos direitos assegurados, pois ao que parece a constituição em si não tem mais valor.
Apenas criando um grupo sócio-político forte, com representantes do nosso seguimento lá nos três poderes teremos o devido respeito. Somente com cidadão conscientes e imparciais como o deputado Sr Edson Portilho no poder teremos a segurança de que a Constituição Federal será respeitada.

Deputado Edson Portilho - Favorável ao sacrifício de animais em rituais religiosos.


"Diante dos direitos e deveres individuais e coletivos garantidos na Constituição Federal no art. 5º, especificamente no Inciso VI, ” é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias “, ou do Código Penal sobre os crimes contra o sentimento religioso em seu art. 208: ” Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”, faz-se necessária a apresentação deste projeto de lei que define, em parágrafo único, a garantia constitucional que vem sendo violada por interpretações dúbias e inadequadas da Lei nº 11.915, de 21 de maio de 2003 que institui o Código Estadual de Proteção aos Animais. Face a essa dubiedade de interpretação, os Templos Religiosos de matriz africana vêm sendo interpelados e autuados sob influência e manifestação de setores da sociedade civil que usam indevidamente esta lei para denunciar ao poder público práticas que, no seu ponto de vista, maltratam os animais".

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