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segunda-feira, 21 de agosto de 2017
Fiocruz lança estudo sobre maternidade no cárcere
Fiocruz lança estudo sobre maternidade no cárcere
O Brasil é detentor da terceira maior população carcerária do mundo. Quando se trata de encarceramento feminino, os números são ainda mais preocupantes: existem cerca de 37 mil mulheres em situação de privação de liberdade, e entre 2000 e 2014 o aumento da população carcerária feminina foi de 567%.
Contribuindo para o debate e o esclarecimento acerca dessa situação alarmante, a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) lançou este ano a pesquisa Nascer nas prisões: gestação e parto atrás das grades no Brasil. O estudo realizado a partir de entrevistas com 241 mães em privação de liberdade, entre os anos 2012 e 2014, mostra, pela primeira vez em nível nacional, o perfil das mulheres gestantes e com filhos ou filhas em situação de cárcere.
Os procedimentos de cuidado e atenção à saúde da mulher em gestação, desde o período de julgamento, demonstraram-se precários. Aproximadamente 89% das mulheres entrevistadas já estavam grávidas antes da prisão, mesmo assim, elas não usufruíram o direito à prisão domiciliar. Além disso, o atendimento pré-natal até o parto é mais precário do que o oferecido às mulheres gestantes que acessam o SUS fora do cárcere: 36% não tiveram acesso adequado aos exames de pré-natal, e 15% relataram casos de agressão (física, verbal ou psicológica) durante o parto.
Mais de um terço das mulheres referiram uso de algemas no momento do parto. “Visitamos todas as prisões femininas de todas as capitais e regiões do Brasil que recebem grávidas e mães. Verificamos que foi baixo o suporte social e familiar recebido, e foi frequente o uso de algemas na internação para o parto, relatado por mais de um terço das mulheres”, afirma a pesquisadora Maria do Carmo Leão, que coordenou a pesquisa ao lado da pesquisadora Alexandra Roma Sánchez.
O perfil coletado pela pesquisa mostra que 31% das mulheres gestantes e com filhos ou filhas em situação de cárcere são chefes de família, 57% são pardas, 13% são pretas, 45% têm menos de 25 anos, 51% têm menos de oito anos de estudo, 83% têm mais de um filho e 57% relatam estar na primeira detenção.
Além da pesquisa, está previsto o lançamento de um documentário com depoimentos dos especialistas da área de saúde que participaram do estudo. O teaser já está disponível, confira abaixo:
Veja a pesquisa na íntegra AQUI.
O ITTC luta há 20 anos pela efetivação de direitos da população em situação de cárcere. Diante do aumento do encarceramento feminino, mostra-se necessário olhar para a situação do sistema prisional sob a perspectiva de gênero e priorizar medidas que propiciam o desencarceramento. O ITTC acredita que a divulgação para a sociedade do cenário enfrentado dentro do sistema prisional é um meio de ampliar o diálogo para a efetivação dessas medidas.
http://www.scielo.br/pdf/csc/v21n7/1413-8123-csc-21-07-2061.pdf
Quilombola e benzedeira, Tia Cida traz a cura pelo axé
Quilombola e benzedeira, Tia Cida traz a cura pelo axé
Ana Aparecida Tobias dos Santos mantém vivas as técnicas que aprendeu com a mãe de criação

Ela aprendeu a metodologia com a mãe de criação. Em casa, Cida a escutava recitando os versos e cumprindo os passos que fariam a técnica funcionar, mas sem jamais se atrever na tentativa – até o dia em que a filha Silvaninha muda o guarda-roupa de lugar e reclama de dor nas costas. Foi a primeira vez que benzeu alguém. Prepara agulha, fio, pedaço de pano, bacia com água, copo. “Silvaninha, põe a mão aqui”.
- O que eu coso? Rendidura. Eu costuro carne rendida, ossos quebrados e carne esmagada.
Enquanto declama a oração, costura com agulha e fio um pedacinho de pano. O enfermo deve permanecer sentado, com as mãos ou os pés mergulhados numa bacia cheia de água e, dentro desta, um copo virado de ponta-cabeça. Recita os versos vez após vez e reza e costura até cerrar um quadrado ao redor do pano. Depois, o tecido deve ser lançado em água corrente; sempre que pode, Cida vai até uma cachoeira próxima e o atira pela correnteza.
- Mãe… – murmurou a Silvaninha, já livre da dor. – A senhora é mágica!

Axé de perto e de longe
Quanto mais combalido está o visitante, mais o copo suga a água para dentro. Quando suga quase tudo é porque a situação está mais grave, mas ela garante que não há doença que lhe passe imune: “Só de benzer, o doente já melhora”.
Rosa da Cruz, vizinha no Assentamento, conta que Cida não cobra nada de ninguém, mas sempre ganha uma lembrancinha pela gratidão de quem se recupera. “Ela não gosta quando dizem que é benzedeira, mas bem sabe que é”, delata a amiga. “Eu falo por mim. Quando ela me benze, parece que a coisa sai de dentro de mim. Uma vez sentei num banco da igreja pra ela me curar, porque não aguentava nem chegar aqui. Quando a tia Cida começou me deu um alívio, era como se a dor saísse com a mão. Depois eu agradeci com uma erva-mate”.
Isabela, filha de Rosa, garante que o poder de Aparecida é tão forte que ela cura à distância: “Eu ligo para a minha mãe e digo: mãe, fala pra tia Cida que tá foda. Nada é mais forte do que aquilo em que a gente acredita, não tem gente que diz isso? É o poder do axé dela. E é o nosso, de receber”.
Edição: Ednubia Ghisi
Este conteúdo foi originalmente publicado na versão impressa (Edição 43) do Brasil de Fato Paraná....
PALESTRA O DIABO EM FORMA DE GENTE (R) EXISTENCIA DOS GAYS, AFEMINADOS E VIADOS E BICHAS NA EDUCAÇÃO... PRETA, BICHA E PERIGOSA:....
A professora Megg Rayara Gomes de Oliveira é quase uma celebridade entre as rampas e corredores da reitoria da Universidade Federal do Paraná, onde conquistou, em março, o título de doutora em Educação.


A tese da Profª. Drª . Megg foi publicada no livro “O diabo em forma de gente – (r)esistência de gays afeminados, viados e bichas pretas na educação”...


A professora Megg Rayara Gomes de Oliveira é quase uma celebridade entre as rampas e corredores da reitoria da Universidade Federal do Paraná, onde conquistou, em março, o título de doutora em Educação. Sempre – ela enfatiza: sempre, sempre, sempre mesmo – vestindo salto alto e com as pernas de fora, num ato político que busca naturalizar o corpo das pessoas trans, Megg é cumprimentada por alguém com carinho e respeito a cada dez minutos de conversa. Aquele, porém, é seu “figurino do dia” - à noite, o salto aumenta e a saia encurta.“Eu não faço questão nenhuma de me parecer com uma mulher cis. Ao assumir quem somos, podemos reivindicar nosso direito de existir de forma muito mais potente”, justifica.
Aos seis anos de idade Megg percebeu que era mulher, ainda que o mundo insistisse em lhe dizer o contrário. Na época, já desfilava pela casa com uma toalha de banho na cabeça para simular cabelos compridos, marca que ela associava à feminilidade. Hoje, mantém uma longa cabeleira de cachos naturais.
Pesquisa empoderada
A independência de pensamento, que conquistou ao longo de uma vida sitiada pelo preconceito, a levou a questionar em sua tese de doutorado uma parte da teoria de Michel Foucault (a quem, cheia de intimidade, Megg chama de “bicha branca”; Foucault era homossexual). O autor reflete sobre dispositivos de poder que existem na sociedade para controlar os indivíduos e mantê-los presos aos padrões sociais, como a homofobia, que persegue homossexuais, ou o machismo, que reprime os direitos das mulheres. “Eu percebi, na pesquisa, que no Brasil esse contexto pode contribuir para empoderar esses indivíduos em vez de mantê-los calados, como Foucault sugere”, diz Megg, que é exemplo prático da própria teoria: as repressões que sofreu só fortaleceram sua identidade e não a impediram de conquistar, inclusive, um diploma de doutorado.
Sua tese foi publicada no livro “O diabo em forma de gente – (r)esistência de gays afeminados, viados e bichas pretas na educação”. Nele, Megg reúne depoimentos de quatro professores que sofreram por não se encaixarem nos padrões da heteronormatividade, que o sistema quer preservar a todo custo. Ela própria relata sua história nas páginas do livro, que se tornou, em parte, uma autobiografia. “Apesar das nossas origens e localidades distintas, percebi que as histórias se repetiam”, diz a professora. “Um dos entrevistados disse: já que estão me chamando de viado, de bicha, de preto, na tentativa de me desqualificar, vou assumir que sou tudo isso. Sou viado, bicha e preto. E agora?”. Em comum aos cinco personagens reais, a perseguição homofóbica e um processo de violência que conduziu ao empoderamento frente às tentativas de desestabilizar seu direito de existir. E atenção aos preconceituosos: tentar ofendê-los é uma estratégia que, segundo Megg, demonstra-se cada vez mais infrutífera. Já passou da hora de começar a aceitar as pessoas como elas são. (Este conteúdo foi originalmente publicado na versão impressa (Edição 50) do Brasil de Fato Paraná.
Para ficar por dentro)...
Lançamento do livro de Megg Rayara
Data: segunda-feira, 14/08
Horário: 19h30
Local: Anfiteatro 100 da Reitoria da UFPR (prédio D. Pedro I) – rua General Carneiro, 460
Edição: Ednubia Ghisi




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