A FLOR DO SERTAO E CANGAÇO - Organização que atua na defesa social da vida ambiente da diversidade etinico racial de todas as formas e maneiras, a missão de servir ao outro com toda a nossas forças e sinergia
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Ab initio: desde o começo. Ab aeterno: desde a eternidade. In perpetuum: para sempre.
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15 DE AGOSTO COMEÇA VACINA ANTI RABICA EM NATAL - RN.....
A Secretaria Municipal de Saúde de Natal, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) está ultimando os preparativos para
a Campanha Antirrábica 2017, para cães e gatos, a partir de 45 dias de
nascidos. A campanha iniciará em 15 de agosto e segue até 18 de outubro,
tendo o Dia “D” em 7 de outubro.
O Centro de Controle de Zoonoses, responsável pela campanha, vem promovendo durante os meses de julho e agosto, ampla capacitação com os agentes de combate às endemias, agentes comunitários de saúde e voluntários dos cinco Distritos Sanitários.
De
acordo com a chefe do Núcleo de Educação em Saúde do CCZ, Huyliane
Souza, a capacitação tem por propósito atualizar os profissionais
envolvidos na campanha, afim incorporar novos conhecimentos, para
assegurar uma melhor qualidade na prestação dos serviços ofertados.
A
meta de animais a ser vacinados é de 60%, de acordo com o Ministério da
Saúde, que compreende 85.143 animais, entre cães e gatos. Em Natal
existem uma população de 99.793 cães e 42.112 gatos, totalizando o
número de 141.905 animais.
RAIVA
É uma
doença infecciosa aguda alta letalidade em humanos e animais. O cão, o
gato e o morcego são os principais transmissores da raiva para o homem
nos ambientes urbanos, entretanto mamíferos de áreas silvestres, como
raposas e saguis podem contrair e transmitir a raiva, sendo, portanto,
potenciais transmissores da doença.
SINTOMAS
O
animal apresenta dificuldade para engolir água e alimentos, alta
salivação, mudança repentina no comportamento. Os cães, têm o latido
diferente, podendo parecer um “uivo rouco”; e os morcegos podem ser
encontrados
durante o dia, em hora e locais não habituais. Já o humano apresenta
febre pouco intensa, mal-estar, dor de cabeça, dificuldade para engolir,
náuseas, irritabilidade, inquietude, sensibilidade a luz, e ao barulho,
pavor de água ou qualquer líquido (característica que remete ao outro
nome da doença a “hidrofobia”). A partir de então, são frequentes
ataques de terror, depressão nervosa, convulsões, acessos de fúria,
alucinações visuais e auditivas, alta salivação e delírio.
CUIDADOS E PREVENÇÃO
Vacinar
anualmente seu cão ou gato com idade a partir de 45 dias; evitar
contato com animais desconhecidos; em caso de ataques por cães, gatos,
morcegos ou qualquer outro animal que possa transmitir a doença deve-se
seguir os procedimentos como, Lavar bem a ferida com água e sabão;
procurar a Unidade de Pronto-atendimento mais próxima ou o hospital de
referência do município de Natal, o Hospital o Hospital Gisela
Trigueiro.
Campanha quer resgatar peças sagradas de religiões de origem africana...
Qual crime Exú cometeu para estar preso há 100 anos?.
Querem
saber as lideranças religiosas de matriz africana. Isso porque a polícia
civil do Rio de Janeiro tem em seu poder mais de 200 peças sagrados da
Umbanda e Candomblé, apreendidas desde a Primeira República (1889-1930).
Nessa época as religiões afros eram proibidas, devotos perseguidos e os
objetos sacros apreendidos.
Mais de 100 anos depois o Estado continua mantendo esse acervo
cultural e religioso sobre seu poder e longe dos olhos da sociedade...
Por isso o mandato do deputado estadual Flávio Serafini
(Psol) está desenvolvendo uma campanha chamada “Libertem o nosso
sagrado”, para que esses objetos possam ser destinados a outro museu,
para serem expostos de forma adequada e respeitosa.
Até 2010, as peças estavam expostas junto com armas, falsificações,
bandeiras nazistas, bandeiras integralistas, no Museu da Polícia Civil
do Estado do Rio de Janeiro, fechado desde então.
Entre 1945 e 1985 o acervo religioso foi nomeado de maneira
pejorativa como “Coleção de Magia Negra”, no Museu de Criminologia.
Agora, líderes das religiões de matriz africana querem destinar esse acervo a outro museu, ainda a ser escolhido. “Queremos devolver essas peças sagradas a seus verdadeiros herdeiros.
Expor esse acervo de religiões de matriz africana é também uma
oportunidade de mostrar a contribuição que tiveram na formação da
cultura brasileira. Seu valor é religioso, mas também cultural”, destaca
o deputado Flávio Serafini. PSOL...
Na internet, consta na página oficial da polícia a informação de que o acervo “pertence” ao museu.
“Pertence ao Museu da Polícia Civil uma importantíssima coleção
constituída por objetos de cultos afro-brasileiros, recolhidos pela
polícia no início do século XX, por força da legislação vigente na época
e especialmente do art. 157 da lei penal, que reprimia ‘o espiritismo, a
magia e seus sortilégios’”, diz o texto publicado pela polícia.
Além disso, o texto informa que “no momento, se prepara nova
exposição permanente com museografia compatível com o acervo”, mas não
diz quando e onde será exposto.
O Brasil de Fato entrou em contato com assessoria de imprensa da
Polícia Civil do Rio de Janeiro e também com o Museu da Polícia Civil,
mas não obteve resposta até o fechamento dessa reportagem.
RIO - Maria do Nascimento, mais conhecida como Mãe
Meninazinha de Oxum, cresceu em casas de candomblé do Rio e sempre ouviu
os mais velhos contarem que existia um lugar no Centro do Rio onde
roupas de santo e uma infinidade de peças sagradas de religiões com
matriz africana eram mantidas “aprisionadas”. Por serem consideradas
provas de crimes pelo antigo Código Penal de 1890, que proibia a
“prática do espiritismo, da magia e seus sortilégios”, no passado elas
eram apreendidas em terreiros e guardadas na Repartição Central da
Polícia, no prédio onde hoje funciona a sede da Polícia Civil.
Há dez anos, Mãe Meninazinha foi à instituição e encontrou,
além de imagens, instrumentos musicais — como agogôs e atabaques —,
cuias, búzios e palmatórias, tudo exposto no Museu da Polícia Civil.
Recentemente, ela tentou repetir a experiência, mas descobriu que a
exposição tinha sido desmontada, e boa parte do material está
armazenado. Desde então, acalentando o sonho de ver tudo liberado,
juntou-se a outras mães de santo, militantes do movimento negro,
intelectuais e políticos na campanha “Libertem Nosso Sagrado”, lançada
pela Comissão de Direito Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro (Alerj) ....
A ideia do grupo, que pretende marcar uma visita ao edifício
e, em seguida, uma audiência pública para discutir a situação de
“prisão” do acervo, é que tudo seja transferido para um outro museu. São
cerca de 200 objetos que foram integrados a um conjunto batizado de
coleção “Magia Negra”, tombado em 1938 pelo Serviço do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, atual Iphan.
— Conversei com outros babalorixás e ialorixás e queremos
tirar tudo de lá. São peças que fazem parte da historia de nossa
religião — diz Mãe Meninazinha, de 79 anos, que desde 1972 está à frente
de um dos mais tradicionais terreiros do estado, o Ilê Omolu Oxum, da
nação Ketu, no bairro São Mateus, em São João de Meriti.
INCÊNDIO TERIA DESTRUÍDO PEÇAS:
Para
o historiador Jorge Amilcar de Castro Santana, militante do movimento
negro e um dos idealizados da campanha, o fato de as peças religiosas
terem sido reunidas na coleção “Magia Negra” demonstra preconceito, que
precisa ser reparado.
— Situação muito parecida acontecia no Museu da Polícia de
Salvador, mas o movimento negro, junto com o Ministério Público, agiu e
as imagens foram transferidas — diz Jorge Amilcar, que espera solução
parecida para o Rio. — Eram 200 peças, mas em 1989 teve um incêndio no
prédio e soube que 40 teriam sido destruídas. A Polícia Civil não dá
informações. Estive lá na semana passada e vi que só 10% do acervo estão
expostos, e num prédio anexo.
Guardiã. Mãe Meninazinha de Oxum luta pela preservação de peças consideradas sagradas: há dez anos ela pôde ver parte do acervo - Ana Branco / Agência O Globo
Fernando
Sousa, aluno do curso de mestrado em ciências sociais da Uerj, conta
que tentou ver e filmar o acervo em duas ocasiões, mas recebeu a mesma
resposta da direção: o material não estava disponível para consulta, mas
o catálogo, como fotos das peças, poderia ser consultado.
— Acho que esta postura, além de dificultar o trabalho
acadêmico e cultural, contribui para que continue existindo
desconhecimento sobre essas religiões — critica Fernando.
O deputado Flávio Serafini conta que foi procurado por
líderes religiosos e, para entender o que estava ocorrendo, fez uma
visita ao museu:
— O Estado Brasileiro já reconheceu que o racismo
institucional foi um equívoco, então, ele precisa agora de uma medida de
reparação.
No arquivo do Iphan, documentos com carimbo da Polícia do
Distrito Federal, do Serviço de Tóxicos e Mistificações, listam objetos
apreendidos, como uma imagem de São Jerônimo (Pai Xangô Ogodô), o homem
de machado, do raio e do trovão e uma guia de Nanã-Buruquê (Sant’Ana).
Procurada, a Polícia Civil, responsável pelo museu, não
respondeu às perguntas do GLOBO. Por meio de nota, a Superintendência do
Iphan no Rio disse que “está buscando parcerias junto à Secretaria
estadual de Cultura para catalogar o acervo e diagnosticar o estado das
peças”. Ainda segundo o órgão, conforme vistoria em maio de 2016, a
situação de acondicionamento “não era apropriada”.
MP quer recuperar objetos das religiões de matriz africana apreendidos no século passado
Lideranças religiosas, parlamentares, a Comissão de Direitos Humanos da OAB
estiveram, na última segunda, no Ministério Público Federal, para
protocolar uma representação que tem como propósito transferir do Museu
da Polícia Civil do Rio de Janeiro os objetos sagrados da Umbanda e do
Candomblé. De acordo com a representação do Liberte Nosso Sagrado,
a proposta é que esses objetos sejam transferidos para um museu, onde
sejam tratados com respeito, e que a gestão das peças envolva a
participação de representantes da sociedade civil, lideranças do
candomblé e da umbanda.
RIO — Na década de 1920, havia vários terreiros de candomblé
espalhados pela cidade, além de inúmeras rodas de capoeira. Mas, mesmo
cerca de 30 anos após a Abolição da Escravatura, os negros eram
impedidos, por lei, de exercer religiões de origem africana e outras
manifestações culturais. A polícia recebia grande quantidade de
denúncias, feitas por aqueles que temiam os denominados “ritos de magia
negra”, e fazia constantes batidas nos terreiros. Todo o material
apreendido — como imagens de orixás — era levado para a Repartição
Central de Polícia, que funcionava no imponente prédio na esquina das
ruas da Relação e dos Inválidos, no Centro, mais tarde sede do Dops.
Esse acervo hoje está longe do público e de estudiosos, mas poderá ser
visto assim que o Museu da Polícia for reinaugurado — o que ainda não
tem data para acontecer. Uma das peças recolhidas no início do século XX – Marcos Tristão / Agência O GloboMATERIAL É TOMBADO
Durante anos, essas peças ficaram expostas num espaço do prédio com
um título carregado de preconceito: Museu da Magia Negra. Com a
degradação do edifício, construído em 1910, o material começou a se
deteriorar. As peças incluem não só imagens, como vestimentas e
instrumentos musicais (como atabaques), cuias, bonecas e palmatórias,
além de garrafas com esculturas dentro.
Todo o material foi tombado em 1938 pelo Serviço do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, hoje Iphan. Em 2009, um catálogo com
fotos dos itens foi elaborado.
Todo o material foi tombado em 1938 pelo Serviço do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, hoje Iphan. Em 2009, um catálogo com
fotos dos itens foi elaborado. Agora, as peças estão embaladas e
encaixotadas, numa sala refrigerada de um prédio anexo.
A museóloga Cláudia Nunes, do Iphan, orientou a Polícia Civil sobre a forma correta de acondicionar o material.
— Quando tive contato com o acervo, as peças estavam em estantes e em
condições impróprias de conservação. Orientei para que o material
ficasse protegido da luz, da poeira e da umidade — contou. Garrafas com imagem e escultura: acervo tombado – Marcos Tristão / Agência O Globo
O acervo chama a atenção de antropólogos, museólogos e historiadores.
E o interesse aumentou com a Comissão Estadual da Verdade, que
investiga violações de direitos humanos na ditadura e teve acesso ao
prédio do antigo Dops. Nadine Borges, presidente da comissão, disse já
ter sido procurada por entidades interessadas no material.
Pâmela de Oliveira, museóloga do Parque Lage, ressaltou o valor do acervo:
— Esse material conta a história do que ocorria desde o Império,
quando os negros eram proibidos de praticar suas religiões. Ele mostra
como foi a repressão às religiões afro, mas também abre um debate muito
contemporâneo, porque ainda enfrentamos graves problemas com a
intolerância religiosa.
O Ministério Público Federal vai pedir ao Instituto do Patrimônio
histórico e Artístico Nacional, o Iphan, que verifique se as peças
sagradas das religiões de matriz africana que estão em posse da Polícia
Civil estão catalogadas como bens tombados e qual o estado de
conservação desses objetos.
A atuação do Ministério
Público Federal no caso foi um compromisso assumido pela instituição
após reunião com lideranças religiosas participantes da campanha Liberte
nosso sagrado, parlamentares e organizações de direitos humanos na
úlltima quarta-feira.
Os objetos consideradas provas de
crimes pelo Código Penal de 1890, que proibia a “prática do espiritismo,
da magia e seus sortilégios”, foram apreendidas em terreiros no começo
do século passado e também durante a ditadura militar e guardadas onde
hoje é a sede da Polícia Civil.
O deputado estadual
Flávio Serafini, do Psol, fala sobre a urgência de reverter essa
situação, que representa mais um caso de racismo institucional.
Estão
na Polícia Civil cerca de 200 peças, parte delas já tombada pelo Iphan
em 1938 e pertencente a uma coleção chamada de Magia Negra. Segundo o
Ministério Público Federal os objetos devem ser alocados em um museu que
tenha afinidade temática e capacidade técnica e estrutural para receber
o acervo para que através dele se conheça a história dessas religiões.
Kumbukumbu: Palavra da língua swahili que pode ser traduzida por memória e patrimônio.
Africanos no Brasil
A presença de africanos e de seus
descendentes no Brasil está marcada pela violência da escravidão e do
pós-abolição. Na virada do século XIX para o XX os velhos africanos e
seus descendentes nascidos no Brasil tiveram na religião um forte
elemento aglutinador.
No Rio de Janeiro esses núcleos eram
conhecidos como zungus, casas de dar fortuna ou candomblés, onde se
cultuavam inkices (bantu), orixás (yorubá) e voduns (jêje-mahi). As
casas eram invadidas e tinham seus objetos rituais confiscados e levados
às delegacias como provas materiais da prática de rituais alegadamente
proibidos. Os frequentadores dessas casas eram perseguidos pela polícia e
presos.
Sabendo da existência desses objetos no depósito da Polícia, o então
diretor do Museu Nacional, Ladislau Neto, interessou-se por eles e
passou a pedir que os enviassem para estudo. Desde então o Museu
Nacional preserva uma variada coleção de objetos que guardam as antigas
técnicas de metalurgia e o conhecimento da arte da escultura em madeira,
exemplos materiais das práticas religiosas dessa última geração de
africanos e de seus descendentes diretos.