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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Depois de Caçadas de Pedrinho, outra obra de Lobato é questionada Críticos agora pedem que livro Negrinha e TIA NASTACIA, adquirido em 2009 pelo Ministério da Educação, tenha a distribuição suspensa. Restrições à obra são as mesmas: conteúdo racista e sexista
Depois de Caçadas de Pedrinho, outra obra de Lobato é questionada
Críticos agora pedem que livro
Negrinha e TIA NASTACIA, adquirido em 2009 pelo Ministério da Educação, tenha a
distribuição suspensa. Restrições à obra são as mesmas: conteúdo racista
e sexista...
No final de outubro deste ano, o Conselho Nacional de Educação (CNE)
publicou um parecer sugerindo a exclusão do livro Caçadas de Pedrinho
(1933), negrinha e tia nastacia de Monteiro Lobato, das escolas públicas – sob a alegação de que
a obra trazia conteúdo discriminatório.
Mais uma obra de Monteiro Lobato se tornou alvo de
representação e levantará polêmicas. Antonio Gomes da Costa Neto, autor
de ação contra o uso do livro Caçadas de Pedrinho nas escolas
brasileiras, acaba de pedir à Controladoria Geral da União (CGU) que
investigue a aquisição de outra obra de Monteiro Lobato feita pelo
Ministério da Educação. Agora, ele questiona o conteúdo - que também
considera racista - do livro Negrinha.
A obra foi adquirida pelo Programa Nacional
Biblioteca na Escola (PNBE), do Ministério da Educação, em 2009. O
programa distribui livros para bibliotecas escolares de todo o País. De
acordo com levantamento feito pelo próprio Neto, 11.093 exemplares do
livro Negrinha foram destinados a colégios de ensino médio. Na opinião
de Costa Neto, mais uma vez, a legislação antirracista não foi
respeitada quando as obras foram compradas.
Reprodução/Editora Globo
Nova polêmica envolvendo livro de Monteiro Lobato: críticos questionam aquisição da obra, considerada racista
exemplo: A seguinte descrição tem sido um dos exemplos de suposto preconceito
contra a etnia negra: “Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos
reumatismos, trepou [numa árvore], que nem uma macaca de carvão”.
Com isso, o CNE (Conselho Nacional de Educação) chegou a emitir um
parecer em que sugeria a retirada da obra da lista dos livros fornecidos
pela Secretarias de Educação para crianças do ensino fundamental.
Ele alega que o conteúdo do livro, assim como
em Caçadas de Pedrinho, tem conteúdo racista e, por isso, não poderia
ser comprado com dinheiro público e distribuído para as escolas. Pelo
menos, não sem notas explicativas nas obras e preparo dos professores
para utilizar o texto em ações de combate ao racismo. Neto pede, em
representação protocolada esta manhã na CGU, uma "diligência" para
apurar os fatos narrados - e criticados - por ele.
Leia também: Nova reunião busca definir futuro de Monteiro Lobato nas escolas
No documento apresentado na Controladoria, que também é
assinado por Elzimar Maria Domingues, professora de História, e Humberto
Adami Santos Júnior, advogado do Instituto de Advocacia Racial e
Ambiental (Iara), há uma análise sobre os especialistas que deram
parecer a favor da escolha da obra, Marcia Camargos e Vladmir Sacchetta:
"Trata-se, portanto, de um conto que põe por terra a ideia de um
Monteiro Lobato racista. Aqui, ao contrário, ele denuncia de forma
categórica um regime desumano que continuava na mentalidade e nos
hábitos do senhorio décadas após a abolição".
Neto, porém, discorda. Para isso, cita trechos do livro.
"A descrição da personagem é assim: 'Negrinha era uma pobre órfã de 7
anos. Preta? Não, fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos
assustados... A terra papou com indiferença aquela carnezinha de
terceira – uma miséria, trinta quilos mal pesados...' O objetivo do
conto não é denunciar o racismo, ou mesmo desconstruí-lo, como diz a
apresentação dos especialistas, trata apenas da realidade que o autor e a
sociedade da época têm em relação ao negro", pondera.
“Monteiro Lobato se expressava de modo
eufórico a favor da eugenia (eliminação dos negros e branqueamento do
povo). As pessoas não gostam de admitir que ele era preconceituoso
porque construíram uma imagem fantasiosa desse autor na cabeça, por ser
ele criador de obras clássicas infantis, como Sítio do Picapau Amarelo”,
critica Regina. Ela considera que o Ministério da Educação deve
investir dinheiro em outras obras: “Esse é um livro ultrapassado e
preconceituoso. Tem tanta obra mais moderna e interessante por aí
precisando de apoio que seria muito melhor para as crianças”. Fonte:- Email – antonio.sedf@gmail.com
Livro: Após veto, obra do MEC ensina como lidar com obra de Lobato Opinião: Artigo: Quem paga a música escolhe a dança?
Os autores da representação acreditam que o conteúdo do
livro demonstra que qualquer uso da obra nas escolas, seja por
profissionais da educação ou estudantes, deverá ser feito sob a ótica do
racismo e sexismo. Mais uma vez, Neto, que é técnico em gestão
educacional, defende que os professores sejam preparados para tratar
aspectos racistas antes de o livro chegar às mãos dos estudantes.
"Na época da aquisição dos exemplares estava em discussão
o parecer do Conselho Nacional de Educação, que já relacionava o autor
do conto e do romance citado em razão de passagens racistas contidas nos
livro Caçadas de Pedrinho. Foi reconhecida então a necessidade de
conscientização pelo profissional da educacção sobre a importância da
formação inicial e capacitaçaão dos educadores para utilizá-los de forma
adequada", diz. Formação de docentes
Os professores estão no centro da proposta elaborada por
Neto e os integrantes do Iara, que entraram com ação no Supremo Tribunal
Federal (STF) contra Caçadas de Pedrinho
. Na tarde desta terça-feira, eles apresentarão as medidas que
consideram essenciais para chegarem a um acordo com o Ministério da
Educação sobre o assunto. Eles querem a inclusão de disciplina
obrigatória sobre o tema nos currículos dos cursos que formam
educadores.
As solicitações feitas pelos autores da representação na
CGU incluem, novamente, os professores. Porém, primeiro, eles pedem que a
Controladoria confira "o laudo de avaliação do PNBE de 2009 em relação a
obra Negrinha" e o edital de licitação do programa para conferir se
"cumpriu a legislação nacional e internacional antirracista e sexista".
Depois, se houver comprovação de que as leis foram infringidas, eles
pedem a suspensão da distribuição dos livros "até que se promova a
devida formação inicial e continuada dos profissionais de educação".
Por fim, os autores da representação querem notas
explicativas nas obras "sobre a obrigatoriedade de tratar das questões
étnico-raciais e sexistas" nas escolas. Polêmica Monteiro Lobato se tornou centro de uma grande polêmica
em outubro de 2010. À época, o Conselho Nacional de Educação publicou um
parecer recomendando que os professores tivessem preparo para explicar
aos alunos o contexto histórico em que foi produzido o livro Caçadas de
Pedrinho, por considerarem que há trechos racistas na história. BEM COMO TIA NASTACIA..... A primeira recomendação dos conselheiros (parecer nº
15/2010) era para não distribuir o livro nas escolas. Escritores,
professores e fãs saíram em defesa de Monteiro Lobato . Com a polêmica
acirrada em torno do tema, o ministro da Educação à época, Fernando
Haddad, não aprovou o parecer e o devolveu ao CNE , que então mudou o
documento, recomendando que uma nota explicativa – sobre o conteúdo
racista de trechos da obra – fizesse parte dos livros.
Logo depois, Neto e os advogados do Instituto de
Advocacia Racial e Ambiental (Iara) impetraram um mandado de segurança
no STF pedindo a suspensão do último parecer do CNE (6/2011), que reviu a
definição do primeiro, ou mesmo impedir a aquisição de livros de
Monteiro Lobato com recursos públicos. Em uma decisão rara, o ministro
Luiz Fux, relator do processo, convocou uma audiência de conciliação
entre as partes. O primeiro encontro, realizado no dia 11 de setembro,
terminou sem acordo. Hoje, uma nova reunião tenta definir o assunto de
vez. todo o material Lobato ainda esta sendo questionado e esta sob judice e devera ser impedido de aquisição com dinheiro publico... e apresentado nas escolas....
A discriminação estaria presente, entre outras passagens, no tratamento
da personagem Tia Nastácia e de animais como o macaco e o urubu. Uma das
frases do livro diz: “Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos
reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão”. Priscilla Borges- Brasília |
Vejamos algumas passagens do livro Caçadas de Pedrinho relacionadas à Tia Nastácia:
"Emília repetiu-a, terminando assim:
- É guerra e das boas. Não vai escapar ninguém - nem Tia Nastácia, que tem carne preta."
"resmungou a preta, pendurando o beiço."
"Sim,
era o único jeito - e Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos
reumatismos, trepou que nem uma macaca de carvão pelo mastro de São
Pedro acima, com tal agilidade que parecia nunca ter feito outra coisa
na vida senão trepar em mastros."
"E você, pretura?"
"Desmaio de negra velha é dos mais rijos."
Ao longo da obra, há diversas
referências a Tia Nastácia como negra e preta. São expressões com carga
de preconceito sobre a cor da pele. O mesmo tratamento não é dispensado
aos outros personagens.
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