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segunda-feira, 2 de maio de 2011

o pan-africanismo

Por Jose Raimundo dos S. Silva. Pan-africanista
Pseudônimo: Thembi Sekou Okwui.
Estudante de Direito e membro do CNNC – SP


Primeiro, devemos entender o pan-africanismo em sua forma literal: pan vem do grego, que denota “todo”, “tudo”; africanismo significa: 1 – Estudo das coisas da África; 2 – Influência da África; 3 – Costumes ou modos próprios da África; 4 – Palavra ou expressão oriunda das línguas africanas; 5 – Sentimento de amor ou fidelidade às tradições, interesses ou idéias africanas. Em suma, pan-africanismo é o “tudo” ou “todo” relativo à África. Isso, quando analisamos a palavra pan-africanismo no seu sentido literal.
Historicamente, o pan-africanismo consiste na proclamação da organização, unidade e solidariedade entre negros do mundo todo, tantos os que vivem na África como os de sua Diáspora, na luta contra o racismo e supremacia racial dos brancos. Entenda a palavra Diáspora como todas as regiões fora do continente africano que abrigou, em seus territórios, os descendentes de africanos, tenham sido eles escravizados ou não.
No começo, o pan-africanismo era uma simples manifestação de solidariedade fraterna entre os negros de ascendência africana das Antilhas Britânicas e dos E.UA. Teve, como um dos seus precursores, o advogado negro da Ilha de Trinidad, Sylvester Williams, que foi o primeiro a usar o termo pan-africanismo, no final do século XIX. Muitos outros “apóstolos” caíram no esquecimento. E a lista deles seria não somente comprida e difícil de estabelecer, mas também pouco instrutiva. No entanto, dá para destacar os precursores das suas principais correntes.
· W.E. Burghardt Du Bois, considerado “pai do pan-africanismo político”. Ele tem um famoso livro intitulado “Almas da Gente Negra” que foi traduzido para o português. Neste livro ele responde com um categórico “não” à seguinte pergunta: “Será possível, será provável que possam milhões de homens realizar, no plano econômico, verdadeiros progressos, quando privados de direitos políticos, quando reduzidos apenas a uma casta servil, e quando não se lhes concede a mais mínima oportunidade de desenvolver os seus jovens intelectualmente bem dotados?
. Marcus Garvey foi o precursor do pan-africanismo messiânico. Fez um grande movimento popular em torno da repatriação dos negros à África, tendo criado uma linha de navegação, a Black Star Line, com essa finalidade. Seus discursos foram tão fortes que chegaram a influenciar o processo de libertação das nações africanas. Também, foi produto das manifestações lideradas por Marcus Garvey a “Declaração dos Direitos dos Povos Negros do Mundo”. Como esta é a corrente que nos importa para abordagem do tema, veremos mais sobre ele no próximo tópico.
. Jean Price-Mars foi o precursor do pan-africanismo cultural. Ele era grande humanista em toda extensão do termo. A sua obra mais importante, observada pelo ângulo pan-africano, foi “Assim Falou o Tio...”. Esta obra era um grande ensaio etnográfico publicado na França em 1928, cujas idéias revolucionárias eram bastante compreensivas. Assim, trago à luz um dos seus pensamentos mais importantes: “Houve, em dado momento, no continente africano, centro de civilização negra dos quais não somente se encontram vestígios, mas cujo brilho se irradiou além da estepe e do deserto”
Vários foram os acontecimentos na história mundial que representaram a concepção ideológica pan-africana. No Brasil, por exemplo, podemos destacar a resistência cultural das religiões de matriz africana, a capoeira, as fugas, as revoltas, as rebeliões, a musicalidade negra e tantas outras, como a formação dos Quilombos. Estes últimos, por exemplo, representam os verdadeiros princípios pan-africanos de solidariedade, unidade e autodeterminação (a liberdade propriamente dita). Os Quilombos não eram somente comunidades de negros fugidos, mas sim um lugar onde os negros procuraram resgatar os valores, concepções e modo de vida africanos.

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