agudo (ɐ'gudu)
aguda (ɐ'gudɐ)
adjectivo
Bandeira de Benin
Brasão de Armas de Benin
Graduado em Geografia
aguda (ɐ'gudɐ)
adjectivo
1. bicudo, que termina em ponta
2. intenso
3. som alto e fino
4. com uma evolução rápida e forte (doença)
5. gramática com acento tónico na última sílaba
6. figurativo apurado, perspicazBandeira de Benin
Benin é um pequeno país localizado no
oeste da África, seu território é banhado pelo golfo da Guiné e faz
limites com Burkina Faso, Níger, Nigéria e Togo. Benin foi um dos
maiores entrepostos de escravos entre os séculos XVII e XIX. Muitos
deles foram trazidos para o Brasil, introduzindo elementos na cultura
brasileira. A feijoada e o acarajé fazem parte da culinária beninense, e
o vodu, prática religiosa da maioria da população, é semelhante ao
candomblé.
Antes de se tornar colônia francesa, em 1892, Benin era o centro do reinado Fon Daomé, um dos mais importantes da África Ocidental. O Palácio Real de Abomey, antiga sede da monarquia, é considerado patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Em 1981, a França ocupou o território de Benin, transformando-o na colônia denominada Daomé. Sua independência foi obtida no dia 1° de agosto de 1960, sendo nomeada República de Daomé, somente em 1975, adotou a atual nomenclatura.
A principal atividade econômica desenvolvida no país é a agricultura de subsistência, destacam-se o cultivo de milho, feijão, arroz, amendoim, caju, abacaxi e mandioca. O país é exportador de algodão e produtos têxteis.
O norte do território beninense é a região mais pobre. No Sul, a pesca e a agricultura sustentam a economia. Atualmente, Benin é considerado um dos países mais pobres do mundo.
Antes de se tornar colônia francesa, em 1892, Benin era o centro do reinado Fon Daomé, um dos mais importantes da África Ocidental. O Palácio Real de Abomey, antiga sede da monarquia, é considerado patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Em 1981, a França ocupou o território de Benin, transformando-o na colônia denominada Daomé. Sua independência foi obtida no dia 1° de agosto de 1960, sendo nomeada República de Daomé, somente em 1975, adotou a atual nomenclatura.
A principal atividade econômica desenvolvida no país é a agricultura de subsistência, destacam-se o cultivo de milho, feijão, arroz, amendoim, caju, abacaxi e mandioca. O país é exportador de algodão e produtos têxteis.
O norte do território beninense é a região mais pobre. No Sul, a pesca e a agricultura sustentam a economia. Atualmente, Benin é considerado um dos países mais pobres do mundo.
Brasão de Armas de Benin
Dados de Benin:
Extensão territorial: 112.622 km².
Localização: África.
Capital: Porto Novo.
Clima: Tropical.
Governo: República presidencialista.
Divisão administrativa: 12 departamentos.
Idioma: Francês.
Religião: Crenças tradicionais 51,4%, cristianismo 28% (católicos 20,8%, outros 7,2%), islamismo 20%, sem religião e ateísmo 0,3%, outras 0,3%.
População: 8.934.985 habitantes. (Homens: 4.509.112; Mulheres: 4.425.873).
Composição étnica: Fons 39%, iorubas 12%, gouns 12%, baribas 12%, adjas 10%, sombas 4%, aizos 3%, minas 2%, dendis 2%, outros 4%.
Densidade demográfica: 75 hab/km².
Taxa média anual de crescimento populacional: 3,22%.
População residente em área urbana: 41,61%.
População residente em área rural: 58,39%.
População subnutrida: 19%.
Esperança de vida ao nascer: 55,8 anos.
Domicílios com acesso a água potável: 65%.
Domicílios com acesso a rede sanitária: 30%.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,435 (baixo).
Moeda: Franco CFA.
Produto Interno Bruto (PIB): 5.579 milhões de US$.
PIB per capita: 618 de US$.
Relações exteriores: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, UA.
Por Wagner de Cerqueira e FranciscoExtensão territorial: 112.622 km².
Localização: África.
Capital: Porto Novo.
Clima: Tropical.
Governo: República presidencialista.
Divisão administrativa: 12 departamentos.
Idioma: Francês.
Religião: Crenças tradicionais 51,4%, cristianismo 28% (católicos 20,8%, outros 7,2%), islamismo 20%, sem religião e ateísmo 0,3%, outras 0,3%.
População: 8.934.985 habitantes. (Homens: 4.509.112; Mulheres: 4.425.873).
Composição étnica: Fons 39%, iorubas 12%, gouns 12%, baribas 12%, adjas 10%, sombas 4%, aizos 3%, minas 2%, dendis 2%, outros 4%.
Densidade demográfica: 75 hab/km².
Taxa média anual de crescimento populacional: 3,22%.
População residente em área urbana: 41,61%.
População residente em área rural: 58,39%.
População subnutrida: 19%.
Esperança de vida ao nascer: 55,8 anos.
Domicílios com acesso a água potável: 65%.
Domicílios com acesso a rede sanitária: 30%.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,435 (baixo).
Moeda: Franco CFA.
Produto Interno Bruto (PIB): 5.579 milhões de US$.
PIB per capita: 618 de US$.
Relações exteriores: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, UA.
Graduado em Geografia
O Candomblé,
em sua essência Yorùbá foi se deturpando no geral com o passar dos
séculos, desde a chegada dos primeiros negros oriundos da África,
particularmente da Nigéria e do Dahomé (a atual República Popular de
Benin), sendo que os de origem Yorùbá foram dos últimos a chegarem ao
Brasil, já próximo ao término da escravidão.
Por sua diferença de maneiras (embora se diga que não) foram aproveitados em grande número como escravos domésticos, pois eram considerados mais refinados. Mas, com a sua adaptabilidade do tão conhecido jeitinho brasileiro, moldou-se segundo a nossa personalidade, adaptando-se e forjando-nos como Afro-brasileiros, para nos classificarmos, se assim se pode dizer.
Por sua diferença de maneiras (embora se diga que não) foram aproveitados em grande número como escravos domésticos, pois eram considerados mais refinados. Mas, com a sua adaptabilidade do tão conhecido jeitinho brasileiro, moldou-se segundo a nossa personalidade, adaptando-se e forjando-nos como Afro-brasileiros, para nos classificarmos, se assim se pode dizer.
A
nossa religião é uma das mais belas e originais manifestações de
espiritualidade, com um vasto e riquíssimo naipe de nuanças com
personalidade, feição e expressão próprias, traduzidas em linguagem
também própria e particularizadas, apesar de variada.
A
Linguagem Oral: através da qual se expressa os orins (cânticos), àdúràs
(rezas), Ofos (encantamentos) e oríkìs (louvações). É através dela que
se conversa com os Òrìsàs.
O Candomblé é eminentemente de transmissão oral, e a despeito disso, preservaram grande parte dos seus rituais, cânticos e liturgia com sua língua. litúrgica falada quase que fluentemente em seu bojo, pelas pessoas mais proeminentes, mas, infelizmente em número bem restrito.
A língua oficial nos cultos Kétu, Ègbá, Ifón e Ìjèsà, é o Yorùbá, que apesar disso é também pouco utilizado nos cultos de origem Angola e Jeje, que são oriundos de países e culturas diferentes.
Apesar de pouco conhecido pela grande maioria dos adeptos da religião, o yorùbá é amplamente falado de maneira empírica apenas mecânica e meramente Mimética, repetindo-se o que foi dito e decorado anteriormente, na maioria das Casas (Ile,Egbe)
O Candomblé é eminentemente de transmissão oral, e a despeito disso, preservaram grande parte dos seus rituais, cânticos e liturgia com sua língua. litúrgica falada quase que fluentemente em seu bojo, pelas pessoas mais proeminentes, mas, infelizmente em número bem restrito.
A língua oficial nos cultos Kétu, Ègbá, Ifón e Ìjèsà, é o Yorùbá, que apesar disso é também pouco utilizado nos cultos de origem Angola e Jeje, que são oriundos de países e culturas diferentes.
Apesar de pouco conhecido pela grande maioria dos adeptos da religião, o yorùbá é amplamente falado de maneira empírica apenas mecânica e meramente Mimética, repetindo-se o que foi dito e decorado anteriormente, na maioria das Casas (Ile,Egbe)
Dizem
algumas pessoas, que o Yorúbá é uma língua morta e está para o culto
aos Òrìsà assim como o Latin está para o Catolicismo. Mas, isso é um
engano, yorùbá é uma língua viva e dinâmica e é falado ainda nos dias
atuais por cerca de 20 a 25% da população da Nigéria e possui elevado
número de dialetos, cuja língua oficial é o Inglês, introduzido ali
pelos colonizadores.
No Benin, uma pequena parte de sua população, dentre outros tantos dialetos, que falam o Yorùbá como sua primeira língua ou segunda, dependendo de sua cultura.
O Yorùbá é a primeira língua de aproximadamente 30 milhões de Africanos Ocidentais, e é falada pelas populações no Sudoeste da Nigéria, Togo, Benin, Camarões e Serra Leoa
No Benin, uma pequena parte de sua população, dentre outros tantos dialetos, que falam o Yorùbá como sua primeira língua ou segunda, dependendo de sua cultura.
O Yorùbá é a primeira língua de aproximadamente 30 milhões de Africanos Ocidentais, e é falada pelas populações no Sudoeste da Nigéria, Togo, Benin, Camarões e Serra Leoa
O
idioma também sobreviveu em Cuba (onde é chamada de Lukumi) e no Brasil
(onde é chamada Nagô), termo que inicialmente era usado pejorativamente,
querendo significar "gentinha, gentalha, ralé".
À
parte de vários dialetos, existe o Yorùbá padrão, que é usado para.
propósitos educacionais, (e.g., em jornais, revistas, no rádio, TV e em)
(escolas). Esta forma padrão é compreendida por oradores dos vários
dialetos que atuam como tradutores do Yorùbá oficial para o dialetal e
vice-versa.
No Brasil o interesse pelo Yorùbá dá-se principalmente entre as pessoas adeptas da Religião dos Òrìsà, principalmente pelos adpetos do Candomblé.
No Brasil o interesse pelo Yorùbá dá-se principalmente entre as pessoas adeptas da Religião dos Òrìsà, principalmente pelos adpetos do Candomblé.
O
Candomblé nasceu da necessidade dos negros escravos em realizarem seus
rituais religiosos que no princípio eram proibidos pelos senhores de
escravos. E para burlar essa proibição, os negros faziam seus
assentamentos e os escondiam, preferencialmente fazendo um buraco no
chão, cobrindo-os e por cima colocavam e dançavam para seus Òrìsà,
dizendo que estavam cantando e dançando em homenagem àquele santo
católico; daí. nasceu o sincretismo religioso, que foi abandonado mais
tarde pela maioria dos adeptos do Candomblé tradicional, com o "término"
da escravidão e mais concretamente quando o Candomblé foi aceito como
religião com a liberdade de culto garantida pela Constituição
Brasileira.
Existem vários grupos, onde o mais expressivo, sem dúvida, é o grupo Yorùbá (na atualidade). Na época do tráfico de escravos, vieram muitos negros oriundos de Angola e Moçambique: os Bantos, Cassanges, Kicongos, Kiocos, Umbundo, Kimbudo, de onde se originou o “Candomblé Angola”, facilmente reconhecido por quem é da religião, pela maneira diferente de falar, cantar, dançar e percutir os tambores, o que é feito com as mãos diretamente sobre o couro com ritmos e cadências próprios, alegres e ligeiros.
Existem vários grupos, onde o mais expressivo, sem dúvida, é o grupo Yorùbá (na atualidade). Na época do tráfico de escravos, vieram muitos negros oriundos de Angola e Moçambique: os Bantos, Cassanges, Kicongos, Kiocos, Umbundo, Kimbudo, de onde se originou o “Candomblé Angola”, facilmente reconhecido por quem é da religião, pela maneira diferente de falar, cantar, dançar e percutir os tambores, o que é feito com as mãos diretamente sobre o couro com ritmos e cadências próprios, alegres e ligeiros.
É o
Candomblé de onde se originou o Samba, que tomou emprestado o próprio
nome, que em Kimbundo significa "oração". É também origem do "Samba de
roda", que era feito como recreação, principalmente pelas mulheres,
após os afazeres rituais, dançando e cantando dizeres em sua maioria
jocosos e galhofeiros. Mais tarde assimilado pelo Samba de Caboclos, aí
já em sua versão mais “abrasileirada” como um culto ameríndio que era
feito pelos Caboclos, aí já incorporados em seus "cavalos" e já em
idioma aportuguesado com versos chamados de "sotaque". Isto, porque
quase sempre eram parábolas ou charadas que poucos entendiam. muito em
voga ainda hoje.
Acha-se
que este Samba de Caboclos foi o embrião da Umbanda, onde nasceu o
culto aos Òrìsà cantado e falado em português, fazendo assim a
nacionalização dos Òrìsà Africanos, que algumas pessoas faziam objeção
por causa de ter uma língua estrangeira não bem aceita pelos já
nascidos brasileiros e que foram perdendo os conhecimentos da língua
ancestral, principalmente por causa do analfabetismo.
A
Umbanda é a mistura do Culto aos Òrìsà, do Catolicismo e do Kardecismo,
resultando numa religião Brasileira, que hoje em dia é até exportada
para os países vizinhos, principalmente os do cone Sul, como Argentina,
Paraguai e Uruguai, onde existem até confederações de Umbanda e onde o
Brasil está para eles, assim como a África está para nós.
A origem da força cultura Yorùbá foi demonstrada em uma das guerras havidas entre o Dahomé e a Nigéria, mais ou menos no meado para o final do século dezesseis, em que o Estado de Kétu, teve praticamente metade do seu território anexado ao Dahomé como espólio de guerra após sua população juntamente com a de Meko, ter sido saqueada e parte dela capturada como escravos perdurando essa anexação militar até os dias atuais.
Como Resultado dessa guerra, muitos foram capturados de ambos os lados, e foram vendidos aos Portugueses como escravos. Foi quando, já ao final do século, começaram a chegar tantos os escravos de origem Ewe-Fon, conhecido popularmente por Jejes, oriundos do Benin, antigo Dahomé, que foram capturados pelos Yorùbá, com a recíproca, dos Yorùbá capturados pelos Ewe-Fon, também vendidos como escravos.
Os Yorùbá em sua maioria, eram oriundos de Kétu, o território anexado. Mas, também vieram negros trazidos de outras áreas Yorùbás como Òyó, Ègbá, Ilesá, Ifón, Abeokuta, Iré, Ìfé, etc.
Estes dois grupos (Jeje e Yorùbá) quando chegaram ao Brasil, continuaram inimigos ferrenhos e não havia hipótese de um aceitar o outro. Mas, eram indivíduos de tradições sociais religiosas tribais, e não podiam sobreviver sozinhos. Então procuraram unirem-se em virtude da condição cativa de ambos. Essa união era difícil tanto pela barreira do idioma, pois eram vários e diferentes em dialetos, quanto pelo ódio que alguns nutriam contra os outros do que os Senhores de escravos e Feitores se aproveitavam em tirar proveito para fomentar mais ainda a animosidade entre eles. Pois, os Senhores de Engenho principalmente, temiam a união do grande número de escravos, o que certamente poderia colocar em risco a segurança dos brancos. Então, quando eles permitiam que os negros se reunissem no terreiro para cantar e dançar, estimulava-lhes a que fizessem "rodas" separadas, somente com seus compatriotas, onde os Kétu não misturavam-se aos Jejes nem Bantu e assim também os outros faziam o mesmo eles próprios com relação aos outros. Mas, com o tempo essa tática foi deixando de dar certo, porque os negros entenderam que sua maior fraqueza era a sua própria desunião, e resolveram se unir para facilitar um pouco à sobrevivência, unindo-se contra o inimigo comum, isto é, o branco. Isso é mais evidenciado com a instituição dos quilombos, que eram focos de resistência dos negros fujões, e que não se curvavam à escravidão.
Na nossa religião nós cantamos, oramos e, até dialogamos em Yorùbá com pequenas frases e termos usuais do dia-a-dia nas casas de culto com a assimilação de um até vasto vocabulário, se levarmos em consideração as condições em que se deu a preservação disto.
É de suma importância às linguagens da nossa religião, sobretudo, a oral porque a entendendo, entenderemos os rituais e poderemos nos comunicar com os nossos Òrìsà e Ancestrais, através da palavra.
Se não souber falar Yorùbá a pessoa falará aos emane em português
mesmo, os Òrìsà ouvirão e atenderão da mesma maneira. O que é mais importante é a fé e a sinceridade com que nos dirigimos a eles. Contudo, se nos comunicamos em Yorùbá é muito mais gratificante a emoção que sentimos ao saber que o fazemos da mesma maneira que os nossos Ancestrais faziam há vários séculos atrás em nossa Língua Mãe, religiosa.
Então, nós louvamos, elogiamos, exaltamos, enaltecemos os imalè noculto aos Òrìsà, no Candomblé, de acordo com a herança a nós legada pelos nossos antepassados, negros oriundos de vários lugares d'África, atravessando os séculos e chegando até nossos dias. As cantigas são um modos de enaltecer e glorificar fatos e feitos relacionados com determinado Òrìsà, reportando-se à mitologia daquele Òrìsà.
Louvar é: Elogiar, dirigir louvores, exaltar, enaltecer, etc. Isto nós o fazemos diuturnamente no culto aos Òrìsà, de acordo com a herança a nós legada pelos nossos ancestrais negros que nos ensinaram como fazê-lo através dos séculos desde então, da mesma maneira como eles o faziam. Essas maneiras são variadas e diversas embora, aos olhos do leigo possa parecer tudo a mesma coisa .
Dessas maneiras, a mais popular é o ORIN (a cantiga-música). Com ela nós ouvamos qualquer orixá ou imalè (espíritos). As cantigas são modos de enaltecer e glorificar os fatos e feitos relacionados a determinado Òrìsà ou imalè, reportando um acontecimento ligado à mitologia daquele Òrìsà.
Portanto, aprender a cantar corretamente e rezar para louvar os Orixás faz-se necessário inclusive, para um maior conhecimento e entendimento das suas lendas.
A origem da força cultura Yorùbá foi demonstrada em uma das guerras havidas entre o Dahomé e a Nigéria, mais ou menos no meado para o final do século dezesseis, em que o Estado de Kétu, teve praticamente metade do seu território anexado ao Dahomé como espólio de guerra após sua população juntamente com a de Meko, ter sido saqueada e parte dela capturada como escravos perdurando essa anexação militar até os dias atuais.
Como Resultado dessa guerra, muitos foram capturados de ambos os lados, e foram vendidos aos Portugueses como escravos. Foi quando, já ao final do século, começaram a chegar tantos os escravos de origem Ewe-Fon, conhecido popularmente por Jejes, oriundos do Benin, antigo Dahomé, que foram capturados pelos Yorùbá, com a recíproca, dos Yorùbá capturados pelos Ewe-Fon, também vendidos como escravos.
Os Yorùbá em sua maioria, eram oriundos de Kétu, o território anexado. Mas, também vieram negros trazidos de outras áreas Yorùbás como Òyó, Ègbá, Ilesá, Ifón, Abeokuta, Iré, Ìfé, etc.
Estes dois grupos (Jeje e Yorùbá) quando chegaram ao Brasil, continuaram inimigos ferrenhos e não havia hipótese de um aceitar o outro. Mas, eram indivíduos de tradições sociais religiosas tribais, e não podiam sobreviver sozinhos. Então procuraram unirem-se em virtude da condição cativa de ambos. Essa união era difícil tanto pela barreira do idioma, pois eram vários e diferentes em dialetos, quanto pelo ódio que alguns nutriam contra os outros do que os Senhores de escravos e Feitores se aproveitavam em tirar proveito para fomentar mais ainda a animosidade entre eles. Pois, os Senhores de Engenho principalmente, temiam a união do grande número de escravos, o que certamente poderia colocar em risco a segurança dos brancos. Então, quando eles permitiam que os negros se reunissem no terreiro para cantar e dançar, estimulava-lhes a que fizessem "rodas" separadas, somente com seus compatriotas, onde os Kétu não misturavam-se aos Jejes nem Bantu e assim também os outros faziam o mesmo eles próprios com relação aos outros. Mas, com o tempo essa tática foi deixando de dar certo, porque os negros entenderam que sua maior fraqueza era a sua própria desunião, e resolveram se unir para facilitar um pouco à sobrevivência, unindo-se contra o inimigo comum, isto é, o branco. Isso é mais evidenciado com a instituição dos quilombos, que eram focos de resistência dos negros fujões, e que não se curvavam à escravidão.
Na nossa religião nós cantamos, oramos e, até dialogamos em Yorùbá com pequenas frases e termos usuais do dia-a-dia nas casas de culto com a assimilação de um até vasto vocabulário, se levarmos em consideração as condições em que se deu a preservação disto.
É de suma importância às linguagens da nossa religião, sobretudo, a oral porque a entendendo, entenderemos os rituais e poderemos nos comunicar com os nossos Òrìsà e Ancestrais, através da palavra.
Se não souber falar Yorùbá a pessoa falará aos emane em português
mesmo, os Òrìsà ouvirão e atenderão da mesma maneira. O que é mais importante é a fé e a sinceridade com que nos dirigimos a eles. Contudo, se nos comunicamos em Yorùbá é muito mais gratificante a emoção que sentimos ao saber que o fazemos da mesma maneira que os nossos Ancestrais faziam há vários séculos atrás em nossa Língua Mãe, religiosa.
Então, nós louvamos, elogiamos, exaltamos, enaltecemos os imalè noculto aos Òrìsà, no Candomblé, de acordo com a herança a nós legada pelos nossos antepassados, negros oriundos de vários lugares d'África, atravessando os séculos e chegando até nossos dias. As cantigas são um modos de enaltecer e glorificar fatos e feitos relacionados com determinado Òrìsà, reportando-se à mitologia daquele Òrìsà.
Louvar é: Elogiar, dirigir louvores, exaltar, enaltecer, etc. Isto nós o fazemos diuturnamente no culto aos Òrìsà, de acordo com a herança a nós legada pelos nossos ancestrais negros que nos ensinaram como fazê-lo através dos séculos desde então, da mesma maneira como eles o faziam. Essas maneiras são variadas e diversas embora, aos olhos do leigo possa parecer tudo a mesma coisa .
Dessas maneiras, a mais popular é o ORIN (a cantiga-música). Com ela nós ouvamos qualquer orixá ou imalè (espíritos). As cantigas são modos de enaltecer e glorificar os fatos e feitos relacionados a determinado Òrìsà ou imalè, reportando um acontecimento ligado à mitologia daquele Òrìsà.
Portanto, aprender a cantar corretamente e rezar para louvar os Orixás faz-se necessário inclusive, para um maior conhecimento e entendimento das suas lendas.
Texto de Altair T’Ogun
Adaptado por Lokeni Ifatola
Adaptado por Lokeni Ifatola
Candomblé na rua: contexto ou liberdade poética
7
Postado
31 de julho de 2012 por Redação kultafro em
Áfricas