Conceito de grupo de risco e ultrapassado?...
Sim, é ultrapassado, pois o que deve ser considerado é o comportamento das pessoas e esse comportamento pode variar muito. Uma mesma pessoa pode ter períodos nos quais seu comportamento a coloca em maior risco e outros períodos nos quais ela corre pouco ou nenhum risco. É muito importante que a pessoa saiba muito bem o que a coloca em maior risco e o que a pode proteger quando essas situações acontecerem. Cada um de nós precisa ter um plano sobre o que fazer se uma situação dessas acontecer. Conhecimento sobre prevenção do HIV é fundamental para quem tem vida sexual ativa e esse conhecimento não pode ficar restrito ao meio acadêmico. Se as pessoas não se apropriarem do conhecimento gerado pela pesquisa, qual o valor da pesquisa? Os resultados das pesquisas precisam ser apresentados a população de forma simples e de fácil compreensão.
A Profilaxia Pré-exposição (PrEP) ao vírus da imunodeficiência humana, o HIV, é uma estratégia de prevenção que envolve a utilização de um medicamento antirretroviral (ARV), por pessoas não infectadas, para reduzir o risco de aquisição do HIV através de relações sexuais. O medicamento ARV irá bloquear o ciclo da multiplicação desse vírus, impedindo a infecção do organismo.
Há duas formas principais de PrEP: a PrEP Oral em forma de comprimido e a PrEP Tópica em forma de gel. Os resultados iniciais dos ensaios clínicos de PrEP Oral indicam que essa estratégia de prevenção pode ser extremamente útil para a mudança de cenário necessária no combate a infecção pelo vírus HIV.
A PrEP Oral baseia-se no uso de medicamentos ARV para a prevenção da aquisição do HIV e suaeficácia parcial foi demonstrada entre homens que fazem sexo com homens (HSH) e heterossexuais. Intervenções de prevenção biomédica, como a PrEP, têm um grande potencial, especialmente se combinadas a testagem anti-HIV ampliada (mensal ou trimestral), diagnóstico e vinculação ao tratamento daqueles identificados como infectados pelo HIV.
http://prepbrasil.com.br/
A Profilaxia pós-exposição (PEP), é dada a indivíduos após uma possível exposição ao HIV. Se administrada em até 3 dias da exposição ao HIV, a PEP já se mostrou capaz de reduzir o risco de infecção pelo HIV – porém não é uma substituta para outras estratégias de prevenção do HIV. Na Profilaxia pré-exposição (PrEP), um indivíduo toma um medicamento para o tratamento do HIV como prevenção à infecção. O único medicamento recomendado atualmente é o Truvada (1 comprimido por dia).
Truvada® é um medicamento antirretroviral aprovado pelo Food and Drugs Administration (FDA), órgão
semelhante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), para o
tratamento de HIV/AIDS que combina dois medicamentos em um comprimido: o fumarato de tenofovir desoproxila (TDF, 300 mg) e a emtricitabina (FTC, 200 mg).
O Truvada® deve ser utilizado diariamente por via oral e pode ser ingerido com ou sem alimentos.
Homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis e mulheres transexuais;
Ter idade igual ou superior a 18 anos;
Não ser infectado por HIV-1;
Ser disposto e capaz de fornecer consentimento livre e esclarecido* por escrito;
Possuir qualquer uma das seguintes evidências de risco para aquisição de infecção pelo HIV-1:
1. Ter praticado sexo anal sem preservativo com 2 ou mais homens ou mulheres transexuais nos últimos 12 meses; ou
2. Ter dois ou mais episódios de sexo anal com pelo menos um parceiro HIV+ nos últimos 12 meses; ou
3. Ter praticado sexo com um homem ou mulher transexual e possuir diagnóstico de qualquer uma das seguintes doenças sexualmente transmissíveis nos últimos 12 meses: sífilis, gonorreia retal ou infecção por clamídia no reto.
*Consentimento Livre e Esclarecido – Documento que o participante de pesquisa assina e data por concordar em participar voluntariamente e antes que qualquer procedimento do estudo seja realizado. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) contém todas as informações necessárias que o participante deve e precisa saber sobre o estudo qual irá participar. Informações como os objetivos, duração do estudo, medicamentos que serão utilizados, além dos riscos, benefícios, direitos e papel dos voluntários durante a pesquisa.
CAMISINHA
Camisinha é um método contraceptivo do tipo barreira. Feita de látex ou poliuretano, impede a ascensão dos espermatozoides ao útero, prevenindo a gravidez indesejada. Também é eficiente na proteção contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como AIDS e HPV.
Há dois tipos de camisinha: masculina e feminina. A camisinha masculina é um envoltório geralmente de látex que recobre o órgão reprodutor masculino, retendo o esperma durante o ato sexual. Já a camisinha feminina é um tubo de poliuretano com uma extremidade fechada e a outra aberta, acoplado a dois anéis flexíveis.
É um dos métodos contraceptivos mais eficientes, pois apresenta uma taxa de 90-95% de eficácia na prevenção da transmissão de DSTs e gravidez. Deve ser utilizada em todas as relações sexuais. É acessível a todas as pessoas e não há contraindicação.
TRATAMENTOS E CUIDADOS
Esse método contraceptivo é indicado para homens e mulheres, de qualquer faixa etária.
Camisinha feminina:
- Usar a camisinha feminina desde o começo do contato entre os órgãos sexuais;
- Usar uma única vez cada camisinha feminina. Usar o contraceptivo mais de uma vez não previne contra DST e gravidez;
- Guardar a camisinha feminina em locais frescos e secos;
- Nunca abra a camisinha feminina com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la.
Para colocar a camisinha feminina:
- 1) Verifique a integridade da camisinha;
- 2) Dobre o anel menor;
- 3) Introduza o anel menor até o fim.
Camisinha masculina:
- Colocar a camisinha desde o começo do contato entre os órgãos sexuais;
- Tirar a camisinha logo depois da ejaculação;
- Apertar a ponta da camisinha enquanto ela é desenrolada para evitar que permaneça ar dentro dela. Se o reservatório estiver cheio de ar, o preservativo pode estourar;
- Usar somente lubrificantes à base d’água. A vaselina e outros lubrificantes à base de petróleo não devem ser usados, pois causam rachaduras no preservativo, acabando com sua capacidade de proteger contra doenças e gravidez;
- Usar uma única vez cada camisinha. Usar o preservativo mais de uma vez não previne contra DST e gravidez;
- Guardar a camisinha em locais frescos e secos;
- Nunca abrir a camisinha com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la.
Cuidados ao colocar a camisinha masculina:
- Escolha uma boa marca. Carregue-a sempre com você. Cuidado ao deixar muito tempo na carteira, pois a embalagem poderá sofrer danos com o calor e o atrito, prejudicando a ação do produto;
- Abra delicadamente a embalagem. Cuidado para não furar a camisinha com suas unhas;
- Deixe um pequeno espaço na ponta da camisinha. Isso é importante;
- Apertando o espaço que você deixou com um dedo, coloque a camisinha;
- Desenrole até a base;
- Após o uso, retire a camisinha. Cuidado para não deixar escapar o líquido que foi armazenado no interior da camisinha;
- Jogue no lixo. Camisinha é descartável. Nada de usar outra vez;
- Camisinhas lubrificadas são mais confortáveis e eficientes. Prefira as que possuem espermaticida junto;
- Não use cremes, óleos ou vaselinas. Se quiser usar um lubrificante, use preferencialmente em gel, específicos para relações íntimas.
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