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Moradores situação rua atendidos no HMWG sofrem com desassistência social em Natal
Pacientes moradores situação rua atendidos pelo Hospital Monsenhor Walfredo
Gurgel (HMWG), tem sido vítimas da desassistência social e da violência
na capital potiguar. Somente este ano, 20% das internações registradas
de pacientes sem identificação eram de moradores de rua violentados,
dependentes químicos ou alcóolatras, com estado grave de saúde. Na
grande maioria das vezes, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(Samu) é o responsável pelos primeiros socorros, remoção e transporte
destes pacientes para o Walfredo Gurgel. Em algumas situações, contudo,
não é possível salvar a vida da vítima, tamanha a gravidade do caso.
O mais recente paciente atendido pelo HMWG a se enquadrar nesse perfil
foi admitido no último dia 23 e segue internado na sala de observação I.
Transportado ao Walfredo Gurgel pelo Samu, o paciente foi socorrido com
sinais claros de embriaguez, aparentando 50 anos, cerca de 64 kg,
aproximadamente 1,61 m de altura, pele de cor branca e cabelos pretos
lisos. Ao Walfredo Gurgel o Serviço de Atendimento disse que a vítima
era moradora de rua e que possui histórico de insuficiência respiratória
e alcoolismo. “É uma situação muito preocupante. Estas pessoas
vivem geralmente marginalizadas, em condições impróprias de vida,
abusando de drogas e de bebidas alcóolicas. Ou seja, estão se
autodestruindo, sem que haja alguém que as ajude a sair desse caminho,
quase sempre, sem volta”, diz a diretora geral do HMWG, Maria de Fátima
Pereira Pinheiro. Quando não vão a óbito, estes pacientes
necessitam de longos períodos de internação para a total recuperação de
seu bom estado de saúde. Nestas situações, um mesmo leito pode
permanecer meses sem rotatividade, contribuindo para o inchaço dos
corredores no PSCS. Devido ao perfil de desassistência social, a alta
médica, para estas pessoas, nem sempre é a solução. Como não possuem
residência fixa, trabalho ou familiares, o hospital não pode liberar o
doente sem que, antes, ele tenha um abrigo para moradia e alimentação.
“Este é outro problema que temos de enfrentar. Não podemos simplesmente
devolver o paciente para a rua. É preciso encontrar algum serviço que o
acolha e o proteja. Não seria correto, em pleno século XX, encaminhar
este cidadão que não possui a menor condição social de sobrevivência, de
volta para a rua, uma vez que é garantido pela Constituição de nosso
país, o direito a todo o amparo social (habitação, alimentação, saúde e
lazer)”, afirma a chefe do Serviço Social do HMWG, Sandra Moura.
“No município de Natal há uma carência no número de abrigos que recebem
moradores situação de rua. E, mesmo estando de alta, enquanto não conseguimos
para onde levar esse paciente, ele fica internado. O serviço social tem
como rotina, o encaminhamento desses pacientes para a secretaria do
município de Natal responsável por estes casos, porém, o período de
aguardo para alguma solução é sempre muito longo, incompatível com a
realidade do hospital”, diz Sandra.